São Lourenço de Brindisi
Geralmente, as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que
demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem,
parecem "perder os poderes" e nivelam-se com as demais pessoas. São
poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas, com certeza, uma
delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559, em
Brindisi, na Itália.
Seu nome de batismo mostrava, claramente, a ambição dos pais, que
esperavam para ele um futuro brilhante, como o do grande general romano.
Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs
lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao
coração da Europa depois de terem dominado a Hungria. Só que não
empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nessa ocasião, já
vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o
capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano,
Filipe Emanuel de Lorena.
Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino
Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as
páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em
público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão, aos
14 anos, foi acolhido por um tio que residia em Veneza. Nesta
megalópole, pôde desenvolver muito mais seus talentos para os estudos.
Mas a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a
Veneza, ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos Frades Menores
de São Francisco de Assis. Em seguida, juntou-se aos capuchinhos de
Verona, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Após
completar sua formação na Universidade de Pádua, voltou para Veneza em
1586 como professor dos noviços da Ordem, sempre evidenciando os mesmos
dotes da infância.
Tornou-se especialista em línguas, e sua erudição levou-o a ocupar altos
postos em sua Ordem e também a serviço do sumo pontífice. Foi
provincial em Toscana, Veneza, Gênova e Suíça e comissário no Tirol e na
Baviera, pregando firmemente a ortodoxia católica contra a Reforma
Protestante, além de animar as autoridades e o povo na luta contra a
dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço foi, mesmo, o superior-geral
da sua própria Ordem e embaixador do papa Paulo V, com a missão de
intermediar príncipes e reis em conflito.
Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário, em 1619, durante
sua segunda viagem à Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em
Portugal. Foi canonizado em 1881 e recebeu o título de 'Doutor da
Igreja' em 1959, outorgado pelo papa João XXIII. A sua festa é celebrada
um dia antes do aniversário de sua morte, dia 21 de julho.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Santo do dia - 21 de julho
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quarta-feira, 20 de julho de 2016
Santo do dia - 20 de julho
Santo Aurélio
Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodiu no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o Bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados 'donatistas', hereges que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar.
Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas. A todos esses, desejosos de retornarem ao seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio devolveu o sacerdócio, inclusive aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa forma, Aurélio conseguiu resolver uma das mais grandes crises disciplinares que a Igreja enfrentou.
Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede episcopal de Cartago, no mesmo ano em que também morria seu amigo Agostinho. Contudo, para a Igreja da chamada "província da África", apenas começava mais um novo, obscuro e sangrento período, marcado pela invasão dos bárbaros vândalos.
Santo Aurélio, rogai por nós!
Margarida nasceu no ano 275, na Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais aproximar-se de Deus. Mas algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à santidade.
Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. O pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo para assistir os sacrifícios aos deuses, mas não suspeitava que, à noite, ela participava de cultos cristãos. Porém, alguém tratou de abrir seus olhos.
Assim começou o suplício de Margarida. O pai exigiu que ela abandonasse o cristianismo, o que ela recusou. Ele impôs-lhe um severo castigo, mandando a jovem para o campo, trabalhar ao lado dos escravos. Como ela permanecia irredutível, entregou-a ao prefeito local para que fosse julgada pelo "crime de ser cristã".
O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo apegou-se de tal forma ao sofrimento da jovem, que à sua narrativa acrescentaram-se fatos lendários. O certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e, diante deles, negou-se a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada.
No dia seguinte, ela apareceu, sem o menor sinal de sofrimento, na frente do governante, que, irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente, a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi, então, jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito, enfurecido, mandou que a decapitassem.
Ela morreu no dia 20 de julho de 290, aos 15 anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X, seu corpo foi trasladado para a Itália e, desde então, seu culto se difundiu também em todo o Ocidente de tal modo que santa Margarida foi incluída entre os "14 santos auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão nos momentos mais difíceis. Santa Margarida é solicitada para proteger as grávidas nos partos complicados.
Santa Margarida, rogai por nós!
Onde e quando nasceu Aurélio, não se tem registro. As informações sobre ele aparecem a partir de 388, quando vivia em Cartago, era apenas um diácono e amigo do futuro santo e doutor da Igreja, Agostinho. Em 391, este último era o bispo da Hipona, atual Annaba, na Argélia, enquanto Aurélio tornava-se o bispo de Cartago.
Ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século. A crise explodiu no fim da perseguição romana aos cristãos, quando o Bispo da Numídia, Donato, se declarara uma força política e religiosa. Dizia que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados 'donatistas', hereges que se opunham aos católicos.
Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. Os seus seguidores dividiram-se internamente. Nessa situação, Aurélio e seu amigo encontraram uma Igreja devastada, fiéis com uma apatia generalizada, pobre de fé assim como de obras. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar.
Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. Diante do estado de ânimo daquela gente, Aurélio mostrou-se um pai caridoso, preocupado e sábio. E foi durante o Concílio de Hipona que Aurélio mostrou-se ainda mais cordial e acolhedor para com os antigos bispos donatistas. A todos esses, desejosos de retornarem ao seio da Igreja, junto com seus fiéis, Aurélio devolveu o sacerdócio, inclusive aos fiéis batizados durante o cisma. Dessa forma, Aurélio conseguiu resolver uma das mais grandes crises disciplinares que a Igreja enfrentou.
Bispo Aurélio morreu no ano de 430, na sua sede episcopal de Cartago, no mesmo ano em que também morria seu amigo Agostinho. Contudo, para a Igreja da chamada "província da África", apenas começava mais um novo, obscuro e sangrento período, marcado pela invasão dos bárbaros vândalos.
Santo Aurélio, rogai por nós!
Santa Margarida
Margarida nasceu no ano 275, na Antioquia de Pisidia, uma florescente cidade da Ásia Menor. Órfã de mãe desde pequena e filha de um sacerdote pagão e idólatra, Margarida tinha tudo para jamais aproximar-se de Deus. Mas algo divino aconteceu: o pai acabou confiando sua educação a uma ama extremamente católica e a vida de Margarida enveredou por outro caminho. Caminho que a levaria à santidade.
Cresceu inteligente e muito dedicada às coisas do espírito. O pai começou a perceber que ela não ia aos cultos ou mesmo ao templo para assistir os sacrifícios aos deuses, mas não suspeitava que, à noite, ela participava de cultos cristãos. Porém, alguém tratou de abrir seus olhos.
Assim começou o suplício de Margarida. O pai exigiu que ela abandonasse o cristianismo, o que ela recusou. Ele impôs-lhe um severo castigo, mandando a jovem para o campo, trabalhar ao lado dos escravos. Como ela permanecia irredutível, entregou-a ao prefeito local para que fosse julgada pelo "crime de ser cristã".
O martírio da jovem Margarida foi tão terrível e de resultados tão fantásticos que se tornou uma das paginas da tradição cristã mais transmitida através dos séculos. Justamente por ter sido tão cruel, o povo apegou-se de tal forma ao sofrimento da jovem, que à sua narrativa acrescentaram-se fatos lendários. O certo foi que primeiro ela foi levada à presença do juiz e prefeito e, diante deles, negou-se a abandonar a fé cristã. Foram horas de pressão e tortura psicológica que, por fim, viraram tortura física. Margarida foi açoitada, depois teve o corpo colocado sobre uma trave e rasgado com ganchos de ferro. Dizem que a população e até mesmo os carrascos protestaram contra a pena decretada.
No dia seguinte, ela apareceu, sem o menor sinal de sofrimento, na frente do governante, que, irado com o estranho fato, determinou que ela fosse assada viva sobre chapas quentes. Novamente, a comoção tomou conta de todos, pois nem assim a jovem morria ou demonstrava sofrer. Diz a tradição que Margarida teria sido visitada no cárcere pelo satanás, em forma de um dragão que a engoliu. Mas Margarida conseguiu sair do seu ventre, firmando contra ele o crucifixo que trazia nas mãos. Ela foi, então, jogada nas águas de um rio gelado. Quando saiu de lá viva, com as correntes arrebentadas e sem sinal das torturas aplicadas, muita gente ajoelhou-se, converteu-se e até se ofereceu para morrer no lugar dela. Mas o prefeito, enfurecido, mandou que a decapitassem.
Ela morreu no dia 20 de julho de 290, aos 15 anos. O seu corpo foi recolhido e levado para um lugar seguro, onde foi enterrado pelos cristãos convertidos, passando a ser venerada em todo o Oriente. No século X, seu corpo foi trasladado para a Itália e, desde então, seu culto se difundiu também em todo o Ocidente de tal modo que santa Margarida foi incluída entre os "14 santos auxiliadores", aos quais o povo cristão recorre pela intercessão nos momentos mais difíceis. Santa Margarida é solicitada para proteger as grávidas nos partos complicados.
Santa Margarida, rogai por nós!
terça-feira, 19 de julho de 2016
A devoção ao Sangue de Cristo e seu significado
Julho: mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Cristo
“Contemplemos com devoção o sangue de Jesus derramado até a última gota por nós na cruz pela redenção da humanidade.” (São Pio de Pietrelcina)
O mês de julho é dedicado à devoção do
preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos
pecados. São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue
desse Cordeiro não há salvação”. Em toda a celebração eucarística, de
fato, torna-se presente, juntamente com o Corpo de Cristo, o seu
precioso Sangue da nova e eterna Aliança, derramado por todos em
remissão dos pecados (cf. Mt 26, 27).
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida
humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o
perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem
for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo
Sangue de Cristo.

Este Sangue está presente na Eucaristia:
Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Na Comunhão podemos ser
lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que
veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no
Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com
pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave
a alma pecadora e doente.
O Catecismo da Igreja ensina que mesmo
que o mais santo dos homens tivesse morrido na cruz, seria o seu
sacrifício insuficiente para resgatar a humanidade das garras do
demônio; era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só
Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se
assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de
valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos
pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia
restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à
nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos
justificados por esse Sangue ensina São Paulo:
“Mas eis aqui uma prova brilhante de amor
de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue,
seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).
São Pedro ensina que fomos resgatados
pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe
1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e
o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver,
recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de
Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi
predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).
O Papa João Paulo II disse que: “O sinal
do “Sangue derramado”, como expressão da vida doada de modo cruento em
testemunho do amor supremo, é um ato da condescendência divina à nossa
condição humana. Deus escolheu o sinal do sangue, porque nenhum outro
sinal é tão eloquente para indicar o envolvimento total da pessoa”.
O Papa Bento XIV (1740-1748), ordenou a
missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja
Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). São Gaspar de Búfalo
propagou fortemente esta devoção, tendo a aprovação da Santa Sé; foi o
fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – CPPS,
em 1815. Nasceu em Roma aos 06 de Janeiro de 1786.
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida
humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o
perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares.
“Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos
homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).
Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do
pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz:
“Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue,
seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por seu Sangue Cristo nos
reconciliou com Deus: “ por seu intermédio reconciliou consigo todas as
criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na
cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl
1,20).
Com o seu Sangue Cristo nos resgatou, nos
comprou, nos fez um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho
sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a
Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”(At 20,29).
“Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no
santuário eterno, em virtude do Sangue de Jesus” (Hb 10,19).
Este Sangue redentor está à nossa
disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e
dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o
seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam
a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de
humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e
cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus.
Assista também: Fomos resgatados pelo sangue de Cristo – 1Pe 1,17ss
“O cálice de bênção, que benzemos, não é a
comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão
do corpo de Cristo? Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o
cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as
vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele
que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável
do corpo e do sangue do Senhor” (1 Cor 10,16-27).
É pelo Sangue de Cristo que os santos e
os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor,
tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande
tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no Sangue do Cordeiro”
(Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do Sangue do Cordeiro e de seu
eloquente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12,
11).
“Está vestido com um manto tinto de Sangue, e o seu nome é Verbo de Deus…” (Ap 19,13-16).
O Sangue de Cristo por nós derramado deve
nos levar a viver como Ele viveu. Como disse a Carta aos hebreus:
“Portanto, irmãos, já que pelo Sangue de Cristo temos uma fundada
esperança no acesso ao santuário… atendamos uns aos outros, para nos
estimularmos à caridade e às boas obras… ” (Hb 10, 19.24).
Por estes e tantos outros motivos
precisamos cultivar em nós a fé e a devoção ao Preciosíssimo Sangue de
Jesus Cristo e colher as inúmeras bênçãos que o Senhor têm para
distribuir em nossas vidas.
Prof. Felipe Aquino
Retirado do livro “Você conhece o poder do Sangue de Cristo?”. Ed. Cléofas.
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2016/07/19/a-devocao-ao-sangue-de-cristo-e-seu-significado/
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Santo do dia - 19 de julho
Santo Arsênio
Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote pelo papa Dâmaso pessoalmente. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por 11 anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início sozinhos, depois organizados em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns eremitas, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.
A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade.
Mas a paz e a tranquilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas, foi quando Arsênio abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450.
A importância de santo Arsênio na história da Igreja remonta à época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.
Santo Arsênio, rogai por nós!
Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação aos 18 anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.
Aos 27 anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e também Jesus Cristo. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que ali estava. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.
Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual, mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. Como não tinha dinheiro, foi espancado e quase morreu. Em seguida, os ladrões foram detidos e, no julgamento, o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.
Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante 1000 dias e 1000 noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".
Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.
São Serafim de Sarov, rogai por nós!
Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.
Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.
Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.
Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.
São Símaco, rogai por nós!
Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote pelo papa Dâmaso pessoalmente. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por 11 anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.
O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.
No início sozinhos, depois organizados em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.
Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns eremitas, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.
A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade.
Mas a paz e a tranquilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas, foi quando Arsênio abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450.
A importância de santo Arsênio na história da Igreja remonta à época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.
Santo Arsênio, rogai por nós!
São Serafim de Sarov
Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde
seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa
Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela.
Alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa
Senhora durante uma procissão.Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação aos 18 anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.
Aos 27 anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e também Jesus Cristo. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que ali estava. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.
Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual, mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. Como não tinha dinheiro, foi espancado e quase morreu. Em seguida, os ladrões foram detidos e, no julgamento, o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.
Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante 1000 dias e 1000 noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".
Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.
São Serafim de Sarov, rogai por nós!
São Símaco
Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.
Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.
Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.
Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.
Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.
São Símaco, rogai por nós!
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segunda-feira, 18 de julho de 2016
Santo do dia - 18 de julho
Santo Arnolfo
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano de 582. Era membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. Nesta época, a região da Gália, dominada pelos francos, era dividida em diversos reinos rivais, tendo como consequência grandes massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto. Como chefe daquela diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, Ansegiso, tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada Era Carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
Santo Arnolfo, rogai por nós!
Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos. Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.
Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: “Deus seja bendito!”
Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.
São Francisco Solano, rogai por nós!
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano de 582. Era membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. Nesta época, a região da Gália, dominada pelos francos, era dividida em diversos reinos rivais, tendo como consequência grandes massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto. Como chefe daquela diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, Ansegiso, tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada Era Carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
Santo Arnolfo, rogai por nós!
São Francisco Solano
Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi quando deixou a Europa e foi para a América Latina.
Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos. Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.
Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: “Deus seja bendito!”
Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.
São Francisco Solano, rogai por nós!
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domingo, 17 de julho de 2016
Evangelho do Dia
EVANGELHO COTIDIANO
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
Naquele tempo, Jesus entrou em certa
povoação, e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua
palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que
venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas
coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será
tirada».
Comentário do dia: São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
3.º Sermão sobre a Assunção
3.º Sermão sobre a Assunção
Marta
e Maria
Quem melhor do que os que estão
encarregados de uma comunidade merece que se lhes apliquem estas palavras:
«Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»? Quem são os que
se inquietam com muitas coisas, senão aqueles a quem incumbe cuidar de Maria, a
contemplativa, de seu irmão Lázaro, e de muitos outros? Marta inquieta e
preocupada com mil assuntos é o apóstolo, que tem o «cuidado de todas as
igrejas» (2Cor 11,28), que vela para que os pastores cuidem das suas ovelhas:
«Quem é fraco, sem que eu também o seja? Quem tropeça, que eu não me consuma
com febre?» (29). Que Marta receba, pois, o Senhor em sua casa, dado que lhe
foi confiado o cuidado do lar. […] Que os que partilham as suas tarefas recebam
igualmente o Senhor, cada um segundo o seu ministério particular; que acolham a
Cristo e O sirvam, e que O assistam nos seus membros, os doentes, os pobres, os
viajantes e os peregrinos.
Enquanto eles realizam estas atividades, que Maria permaneça em repouso, que conheça «como é bom o Senhor» (Sl 33,9). Que tenha o cuidado de se deitar aos pés de Jesus, com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem dele desviar os olhos, atenta a todas as suas palavras, admirando o seu belo rosto e a sua linguagem. «És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios se derramou a graça» (Sl 44,3), mais belo ainda do que os anjos na sua glória. Conhece a tua alegria e dá graças, Maria, tu que escolheste a melhor parte. Felizes os olhos que veem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir o que tu ouves! (Mt 13,16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor!
Enquanto eles realizam estas atividades, que Maria permaneça em repouso, que conheça «como é bom o Senhor» (Sl 33,9). Que tenha o cuidado de se deitar aos pés de Jesus, com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem dele desviar os olhos, atenta a todas as suas palavras, admirando o seu belo rosto e a sua linguagem. «És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios se derramou a graça» (Sl 44,3), mais belo ainda do que os anjos na sua glória. Conhece a tua alegria e dá graças, Maria, tu que escolheste a melhor parte. Felizes os olhos que veem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir o que tu ouves! (Mt 13,16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor!
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Aquele que recorre à Virgem Maria não deve se desesperar
O temor e a esperança nunca devem andar
desacompanhados um do outro, pois se o
temor não for acompanhado de esperança, não é temor, mas desespero, e a
esperança sem temor é presunção. Todo o vale será preenchido (Lc 3,5): urge, pois,
encher de confiança, e ao mesmo tempo de temor de Deus, esses vales de desânimo
que se formam quando conhecemos as nossas imperfeições e os pecados
cometidos?”.
São Francisco de Sales, como se depois da morte ainda
quisesse continuar a guerra que declarara ao desalento, arrancou do próprio demônio uma confissão repleta de estímulo até para as
almas mais criminosas: certa vez
um jovem de Chablais, que há cinco anos estava possuído pelo espírito maligno,
foi levado para junto do túmulo do santo Bispo de Genebra, no tempo em que
corria o processo da sua beatificação. Tardou vários dias até esse jovem ver-se
curado.
Nesse
meio tempo, ele foi submetido pelo bispo
Charles Auguste de Sales e pela Madre de Chaugy a vários interrogatórios junto
dos restos mortais do Santo. Relata uma testemunha ocular que, numa dessas
ocasiões, o demônio gritava com mais furor e confusão, dizendo: “Por que hei de sair?”, e a Madre de
Chaugy exclamou com aquela veemência que lhe era peculiar: “Ó Santa Mãe de
Deus, rogai por nós! Maria, Mãe de
Jesus, socorrei-nos!”. Com
essas palavras, o espírito infernal
redobrou os seus horríveis gritos, bradando: “Maria, Maria! Ah! E eu, que não tenho Maria!
Não pronuncieis esse nome, pois que me faz estremecer! Se houvesse uma Maria
para mim, como a tendes para vós, eu não seria o que sou. Mas eu não tenho
Maria!”.
Todos choravam. “Ah! continuou o demônio, se eu tivesse um só
instante dos muitos que desperdiçais… Sim, um só instante e uma Maria, eu não
seria um demônio…!”.
Pois bem. Nós que vivemos (SI 113,18) temos o momento
presente para regressar a Deus e temos Maria para nos obter essa graça. Quem,
pois, há de se desesperar?
Joseph Tissot
Retirado
do livro: A
Arte de aprender com as próprias faltas, Ed. Cléofas e Ed. Cultor de Livros
LEIA TAMBÉM:
A mediação de Maria
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