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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 15 de fevereiro

São Cláudio Colombiere


Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avignon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui". Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.



São Cláudio Colombiere, rogai por nós!


Santos Faustino e Jovita
 Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.

Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.

Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica. 


Santos Faustino e Jovita, rogai por nós! 


São Teotônio
Teotônio nasceu em 1082, na aldeia de Tartinhade, em Ganfei, próxima a Valença do Minho, Portugal. Na infância estudou no mosteiro beneditino de Ganfei.

Aos dez anos, mostrando inclinação religiosa, foi entregue ao tio, bispo de Coimbra, que assumiu sua educação. Na capital, o bispo o colocou no colégio anexo à sua Catedral designando o diretor padre Telo para orientador espiritual do sobrinho. Teotônio se formou em teologia e filosofia. Quando seu tio morreu , padre Telo o enviou aos cuidados de um outro tio, que era o prior do mosteiro em Viseu, para completar sua formação eclesiástica.

Em Viseu, ele tomou a ordem sacerdotal e sucedeu seu tio, como prior do mosteiro, em 1112. Teotônio fez então sua primeira peregrinação a Jerusalém e, ao voltar, recusou ser o bispo de Viseu. Preferiu continuar um simples missionário e voltou para a Terra Santa, pela segunda vez, onde pretendia ficar. Entretanto padre Telo, seu antigo orientador, mandou chamá-lo, porque precisava de sua ajuda para criar uma comunidade religiosa, sendo prontamente atendido.

Assim, Teotônio foi o co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro superior do mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, sede da nova Ordem, criada em 1131, sob a Regra de Santo Agostinho. Todos os fundadores receberam o hábito agostiniano. Depois, pediram ao papa Inocêncio II que tomasse sob sua proteção o mosteiro da Santa Cruz de Coimbra. Ele aceitou o pedido pela Bula Desiderium quod, de 26 de maio de 1135.

Sua atuação foi marcada por uma dinâmica missionária relevante durante a reconquista cristã no território português. Cedo compreendeu que as nações não se forjam nos campos de batalhas, mas nas escolas de formação de sua juventude. Era um missionário notável e um homem de visão moderna para o seu tempo. Foi conselheiro espiritual do rei Afonso Henrique, que o estimava e muito auxiliou a Ordem. Manteve contatos amistosos com personagens importantes do seu tempo, como São Bernardo.

Aos setenta anos Teotônio renunciou ao cargo de prior, voltando a ser um simples religioso. Um ano depois o papa Anastásio IV quis consagrá-lo bispo de Coimbra, mas ele recusou, consagrando seus últimos anos à oração. Morreu em 18 de fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa capela da igreja do mosteiro que fundou. Um ano depois, no aniversário de sua morte o papa Alexandre III o canonizou.

São Teotônio se tornou o primeiro santo da nação portuguesa a ser canonizado, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida religiosa em Portugal. O seu culto celebrado no dia 18 de fevereiro foi difundido pelos agostinianos espalhados no mundo todo. Em 1602, foi proclamado Padroeiro da cidade e diocese de Viseu. 


São Teotônio, rogai por nós!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Quaresma - Saiba quais são os tipos de jejum


Cuidado com as penitências absurdas na Quaresma

É preciso ter bastante cuidado com as penitências absurdas na Quaresma

Quaresma é tempo de lutar contra nossos pecados, pois ele é a pior realidade para nós. O Catecismo diz: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (n. 1489).


Olhando para Jesus, desfigurado e destruído na cruz, entendemos o horror que é o pecado. Foi preciso a morte de Cristo para que nos livrássemos do pecado e da morte eterna, a separação da alma de Deus. Então, a Igreja nos propõe 40 dias de penitência, de resistência contra o pecado na Quaresma.

Essa prática é baseada na vida do povo de Deus. Durante 40 dias e 40 noites, caiu o dilúvio que inundou a terra e extinguiu a humanidade pecadora (cf. Gn. 7,12). Durante 40 anos, o povo escolhido vagou pelo deserto, em punição por sua ingratidão, antes de entrar na terra prometida (cf. Dt 8,2). Durante 40 dias, Ezequiel ficou deitado sobre o próprio lado direito, em representação do castigo de Deus iminente sobre a cidade de Jerusalém (cf. Ez 4,6). Moisés jejuou durante 40 dias no Monte Sinai antes de receber a revelação de Deus (cf. Ex 24, 12-17). Elias viajou durante 40 dias pelo deserto, para escapar da vingança da rainha idólatra Jezabel e ser consolado e instruído pelo Senhor (cf. 1 Reis 19,1-8). O próprio Jesus, após ter recebido o batismo no Jordão, e antes de começar a vida pública, passou 40 dias e 40 noites no deserto, rezando e jejuando (cf. Mt 4,2). É um tempo de luta contra o mal.

São Paulo nos oferece uma indicação precisa: “Nós vos exortamos a que não recebais em vão a sua graça”. Porque Ele diz: “No tempo favorável, eu te ouvi; no dia da salvação, vim em teu auxílio’’. Este é o “tempo favorável”, este é “o dia da salvação” (2 Cor 6,1-2). A liturgia da Igreja aplica essas palavras de modo particular ao tempo da Quaresma. “Convertei-vos e crede no Evangelho” e “Lembra-te de que és pó e ao pó hás de voltar”.

Convite à conversão
O primeiro convite é à conversão, é um alerta contra a superficialidade de nossa maneira de viver. Converter-se significa mudar de direção no caminho da vida: uma verdadeira e total inversão de rumo. Conversão é ir contra a corrente, contra a vida superficial, incoerente e ilusória, que frequentemente nos arrasta, domina e torna-nos escravos do mal ou pelo menos prisioneiros dele. Jesus Cristo é a meta final e o sentido profundo da conversão; Ele é o caminho ao qual somos chamados a percorrer, deixando-nos iluminar pela sua luz e sustentar pela sua força. A conversão é uma decisão de fé, que nos envolve inteiramente na comunhão íntima com a pessoa viva e concreta de Jesus. A conversão é o ‘sim’ total de quem entrega sua vida a Jesus pela vivência do Evangelho. “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

Leia também:
:: Saiba quais são os tipos de jejum 
:: O que é penitência?  :: Ensinamentos sobre a Quaresma :: Quaresma, tempo de vencer as tentações e o diabo

Penitência não é para fazer mal
Para vencermos a nós mesmos, nossas fraquezas e paixões desordenadas, a Igreja recomenda, sobretudo na Quaresma, o jejum, a esmola e a oração como “remédios contra o pecado”, a fim de dominar as fraquezas da carne e aproximar-se de Deus. Portanto, não se deve fazer uma penitência exagerada, uma mortificação que leve a pessoa a ficar doente ou a se sentir mal. O jejum exige, sim, passar um pouco de fome durante o dia, mas sem causar mal à pessoa, sem tirar a sua condição de trabalhar, rezar etc.

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Qual o sentido da Quarta-feira de Cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas marca o início da Quaresma

A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus se sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.
 Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com
Qual é o sentido?
A intenção deste sacramental é levar-nos ao arrependimento dos pecados, marcando o início da Quaresma; e fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.

A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passa a vida lutando para “construir o céu na terra”. É um grande engano. Jamais construíremos o céu na terra; jamais a felicidade será perfeita no vale em que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos, sim, lutar para deixar a vida na terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.

Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio do Senhor nisso? A cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc… Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete, sem cessar, suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório… nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha; todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo passa, tudo é transi­tório.

Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro?
Com­pra-se uma camisa nova e, logo, já está surrada; compra-se um carro novo e, logo, ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.
A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e morre. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que o Senhor nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.

Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia.”

Leia também
:: Por que jejuar?
:: Quais são os tipos de jejum?
:: O que é penitência?
:: Um convite na Quarta-feira de Cinzas


E isso mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence. Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19b); ao que o Senhor lhe disse: “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma” (Lc 12,20).

A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante encontrada por Deus para nos dizer, a cada momento, que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. 1 Cor 15,28).

A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida se a vivermos para os outros e para Deus. São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”. Só o amor, a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.

E se a vida fosse incorruptível?
Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que o Todo-poderoso tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São Paulo a exclamar:

“Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta – uma vida junto d’Ele. E, para tal, o Senhor não quer que nos acostumemos com esta [vida], mas que busquemos a outra com alegria, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, nem haverá mais choro nem lágrimas.
Aqueles que não creem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra. Para os que creem a efemeridade tem sentido: a vida “não será tirada, mas transformada”; o “corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade” (cf 1Cor 15,54) em Jesus Cristo.

A expectativa do céu
Santa Teresinha não se cansava de exclamar:
“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições. Mas, para lá chegar é preciso sofrer e chorar; pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver a meu Bem Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que Ele quiser”.
São Paulo lembrou aos filipenses: “Nós somos cidadãos do Céu!. É de lá que também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja conforme o seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a si toda a criatura” (Fl 3, 20-21).

A esperança do Céu e da Sua glória fazia o Apóstolo dizer:
“Os olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
E essa esperança lhe dava as forças necessárias para vencer as tribulações: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rom 8,18).

Este é o sentido das Cinzas.

Fonte:  Canção Nova - Prof. Felipe Aquino 
Twitter: @pfelipeaquino

Santo do dia - 14 de fevereiro

São Cirilo


Constantino nasceu em 826 na Tessalonica, atualmente Salonico, Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência brilhante, se formou em tudo.

Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.

Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo". Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos". O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".


São Cirilo, rogai por nós!


São Metódio
Miguel, primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.

Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.

Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa Adriano II em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.

Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.

Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo. Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.

Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.

Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral. Atualmente se ignora o local exato onde foram colocadas suas relíquias. Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo. Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento. 


São Metódio, rogai por nós!

São Valentim
O mártir, quer dizer os dois mártires, de nome Valentim, que viveram no mesmo período da História e são comemorados em 14 de fevereiro, deram o nome a uma simpática tradição, chamada de "dia dos valentins" significando "dia dos namorados". Ainda esta tradição, indicava a festa de São Valentim como o início da primavera, estação do despertar da vida e também do romance, quando os pássaros começam a preparar seus ninhos.

Mas, São Valentim se tornou o protetor dos namorados, ou melhor, os dois se tornaram, por outro motivo, além desta tradição dos devotos. Vejamos porque. O primeiro mártir, um soldado romano, foi incluído no Martirológio Romano com o nome de Valentim. O segundo foi inserido como Valentim de Terni, pois era o bispo dessa diocese. O registro sobre sua vida pode ser encontrado por esse nome, em outra página.

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e o interrogou publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois o mandou para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou na casa, o sacerdote ficou sabendo que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos fatos, Valentim havia convertido a família inteira do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e a entregou ao pai dela. No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.

A sepultura de Valentim foi encontrada em 346, numa capela subterrânea na via Flaminia. Dez séculos depois, antigos registros o indicaram como irmão de São Zenão Hoje, as suas relíquias estão na Igreja de São Praxedes num Oratório dedicado a São Zenão e Valentim.

O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o Sacramento do Casamento e não pelo motivo acrescentado pela lenda.
 
 
São Valentim, rogai por nós! 

São Valentim de Terni
 Tudo na vida tem um início e portanto sua explicação ou história. Como aconteceu com o "Dia de São Valentim", que tem de tudo: fé, política e romance. Além do interessante fato de serem dois os santos mártires festejados neste dia, com o mesmo nome e ambos declarados pela Igreja, protetores dos namorados. Cada um por sua justa razão, como se pode verificar no texto da página de São Valentim, o sacerdote mártir.

Conforme os registros da diocese de Terni, Valentim foi consagrado em 197, sendo seu primeiro bispo e considerado fundador da cidade. Consta que ao lado de sua casa e da igreja havia um imenso prado e um belo jardim. Quanto não estava trabalhando na igreja ou tratando de algum doente, podia ser visto cuidando das rosas que cultivava. À tarde ele abria os portões para as crianças brincarem e correrem livremente. Ao entardecer ele abençoava cada uma entregando uma flor, para ser entregue às suas mães. A sua intenção era fazer as crianças irem direto para casa e alimentar o amor e respeito pelos pais.

Valentim, tinha o dom do conselho, sua fama de reconciliador dos casais de namorados era muito difundida. Tudo começou assim: certo dia, ouvindo dois jovens namorados brigando, que pararam ao lado da cerca do seu jardim, foi ao encontro deles levando na mão uma linda rosa. O capuz caído, a figura serena e sorridente do bom velho e aquela rosa que ele parecia lhes oferecer, tiveram o mágico poder da acalmar os dois namorados em briga. Depois, quando ele, entregando realmente a rosa vermelha, pediu que os dois juntos apertassem o cabo com cuidado para não se espetarem e explicou o "cor unum", que em latim significa "união de corpos" de duas pessoas casadas, o amor retornou como antes.

Algum tempo depois, os dois procuraram Valentim para marcar o casamento, que celebrou e abençoou a união do casal. Na cerimônia compareceram quase todos da cidade, querendo participar do final feliz do casal reconciliado. A história se espalhou e sua fama se criou.

Além do dom do conselho, Valentim possuía o da cura, que aumentava conforme sua idade. Muitas vezes viajava, a pedido de outras dioceses, para atender os enfermos. Em 272, foi chamado para cuidar de um doente em Roma. Durante sua estadia na cidade, Valentim converteu o famoso filósofo grego Crato e três de seus jovens discípulos atenienses. Este zelo o expôs aos delatores pagãos. Nesta época o imperador era Aureliano, ardiloso e cruel. Os discípulos de Crato foram ao julgamento em defesa do bispo, mas nada puderam fazer. Valentim foi condenado à morte e decapitado em 14 de fevereiro de 273. Os três jovens recém convertidos resgataram seu corpo e o transportaram para Terni onde foi sepultado.

A sua festa no dia 14 de fevereiro e a sua fama ganharam força em toda a Itália. Na Idade Média, foi ganhando reforços e hoje é festeja em todo o planeta por todos os casais devotos.
A Igreja o incluiu no Calendário Litúrgico como São Valentim de Terni, o bispo mártir, protetor dos jovens e dos namorados. As suas relíquias estão na Igreja das Carmelitas, na cidade de Terni, em Roma. Ao lado de sua urna de prata, coberta por uma redoma de cristal, existe a seguinte inscrição: "São Valentim, patrono do amor". Há também um belo vitral com a imagem do santo bispo abençoando um casal ajoelhado que segura uma rosa.


São Valentim de Terni, rogai por nós!
 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 13 de fevereiro

São Gregório II

Gregório nasceu no ano de 669. Pertencia a uma família cristã da nobreza romana, o pai era senador e a mãe uma nobre, que se dedicava à caridade. Ele teve uma educação esmerada junto à cúria de Roma. Muito culto, era respeitado pelo clero Ocidental e Oriental. Além da conduta reta, sabia unir sua fé inabalável com as aptidões inatas de administrador e diplomata. Tanto que, o papa Constantino I pediu que ele o acompanhasse à capital Constantinopla, para tentar resolver junto ao imperador do Oriente, Leão II, que se tornara iconoclasta, a grave questão das imagens.

Escolhido para o pontificado em 19 de maio de 715, Gregório II governou a Igreja durante dezesseis anos. Neste longo período, administrou seu rebanho com generosidade e sabedoria, consolidando a posição da Igreja no cenário político e religioso. Em 719, enviou são Bonifácio à Alemanha e nos anos seguintes encorajou e apoiou a sua missão apostólica.

Incentivou a vida monástica e enfrentou com firmeza, o imperador Leão II, que com um decreto proibia o culto das imagens, o qual, provocou um levante das províncias da Itália contra o exército que marchava para Roma. Gregório não se intimidou, mas para evitar um confronto com os muçulmanos, mandou consertar as muralhas de Roma.

Desde os primeiros tempos, o cristianismo venerou as imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Esta maneira, típica do Oriente, de expressar a religiosidade chegou e se difundiu por todo o Ocidente a partir dos séculos VI e VII. A seita iconoclasta não entendia o culto como legítimo, baseando-se no Antigo Testamento e também porque numa imagem de Cristo não se pode representar as suas duas naturezas: terrena e divina, que são inseparáveis. Mas, a legitimidade foi comprovada através dos argumentos da Sagrada Escritura e essencialmente do fato da própria encarnação.

O papa Gregório II expulsou a seita dos iconoclastas, antes de falecer no dia 11 fevereiro de 731. A Igreja sempre condenou a idolatria com rigidez e como reza o Evangelho, por isto mesmo nunca prestou adoração a imagem alguma. O culto tradicional de veneração sim, pois nele não se adora uma imagem , este ato é dirigido à memória e à lembrança, daqueles que ela resgata e reproduz. São Gregório II faz parte do calendário litúrgico se sua festa foi designada para o dia 13 de fevereiro. 




São Gregório II, rogai por nós!
 


São Benigno

Muito interessante a história do culto deste Santo de nome Benigno, até porque o seu próprio nome é um adjetivo que significa "bom", "benevolente", "benéfico", portanto, um atributo concedido a todos os Santos.

No Calendário Litúrgico da Igreja, são vários os personagens festejados com este nome, cerca de dezoito, entre mártires, bispos, sacerdotes, monges e ermitãos. Entretanto, o primeiro Benigno a ser venerado, foi o que nasceu e viveu em Todi, na região da Úmbria, próxima de Roma, no início do Cristianismo. Os registros confirmam que era um sacerdote muito querido, sendo considerado por sua retidão de caráter e bondade. Padre Benigno enfrentou corajosamente o martírio durante a última perseguição do imperador Maximiano.

Segundo a tradição, ele estava sendo conduzido à Roma para ser jogado às feras, quando morreu, em conseqüência das incessantes torturas a que foi submetido. O fato teria ocorrido na estrada vizinha à cidade de Vicus Martis, onde seu corpo que alí fora abandonado, foi recolhido e sepultado secretamente pelos cristãos, que o acompanhavam à distância e assistiram ao seu testemunho.

Anos depois, quando os cristãos puderam deixar a clandestinidade, no lugar onde Benigno esteve sepultado, foi construída uma igreja e um mosteiro beneditino, e com o passar dos tempos a região se tornou uma pequena cidade chamada Priorado de São Benigno. O local acabou se tornando num ponto de peregrinação obrigatória para os seus devotos, que estão espalhados no mundo inteiro, graças a sua memória sempre reverenciada pelos beneditinos fixados nos cinco continentes. Assim, as peregrinações aumentaram e se mantiveram, mesmo após o mosteiro ter sido desativado, alguns séculos mais tarde.

O Priorado conservou os restos mortais de São Benigno, na igreja à ele dedicada, até 1904, quando foram trasladados para a de São Silvestre, na cidade do Vaticano, onde foram colocados ao lado do altar maior, recolhidos numa preciosa urna de prata. Mas, a Igreja deixou um fragmento para ser guardado naquele lugar onde Benigno, o sacerdote de Todi, prestou o seu testemunho do amor incondicional à Paixão de Jesus Cristo.

O Papa Pelágio II, em 589 incluiu o culto de São Benigno, no Martirológio Romano, cuja festa litúrgica indicou para o dia 13 de fevereiro, que segundo a tradição foi quando ele morreu. No início do século XX, a Santa Sé desejou reunir todas as relíquias dos mártires das perseguições dos primeiros tempos nas igrejas situadas no Estado do Vaticano, por este motivo ele também foi trasladado para lá. 


São Benigno, rogai por nós! 


São Martiniano
 
Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo".

Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos. Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã.

Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.

Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. Ela, então, utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada a Deus.

Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo.

O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.


São Martiniano, rogai por nós!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Santo do dia - 12 de fevereiro

Santa Eulália

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saíam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.


Santa Eulália, rogai por nós!

São Julião Hospitaleiro
Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres.

Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando.

Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.

Tornou-se outro homem, calmo, humilde e pacífico. Andou pelos caminhos do mundo, esmolando. Por espírito de sacrifício contava a sua história e, então, todos se afastavam fazendo o sinal da cruz. Foi renegado por homens e animais. Vivia afastado, remoendo sua culpa, rezando em penitência, amargando suas visões fúnebres e os soluços da alma. Mas, Julião sentia necessidade de salvar vidas, ajudar os velhos e as crianças doentes e pobres. Decidiu então ajudar os leprosos na travessia de um rio, que pela violência da correnteza fazia muitas vítimas.

Julião, construiu sozinho um caminho para descer até ao rio. Em seguida reparou um velho barco e ergueu uma grande cabana. A travessia passou a ser conhecida por todos os leprosos, pois além de conduzi-los de graça, eram tratados por ele, na cabana. Ficou conhecido por "Julião Hospitaleiro". Costumava ir esmolar para distribuir o que ganhava com os que já não podiam caminhar.A cabana se tornou um verdadeiro hospital para leprosos. A fama de sua santidade começou a se espalhar, mas Julião continuava a sentir o tormento de sua alma, que só era aplacado quando cuidava dos seus leprosos. Até que uma noite, após um leproso morrer nos seus braços, Julião sentiu sua alma inundada por uma alegria infinita e caminhou para se encontrar face a face com Nosso Senhor Jesus Cristo, que o chamou para a glória do céu.

Esta é a história de Julião Hospitaleiro, e se encontra descrita, num dos vitrais da Catedral de Notre Dame, na França, que guarda suas relíquias. A diocese de Macerata, na Itália, onde dizem que ele permaneceu durante anos mendigando e ajudando as pessoas com seus prodígios de santidade, também recebeu algumas delas. A Igreja o comemora no dia 12 de fevereiro, data que a tradição indicou como sendo a de sua morte.

 
São Julião Hospitaleiro, rogai por nós!  


domingo, 11 de fevereiro de 2018

A Igreja alterou os 10 Mandamentos?


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Alguns protestantes afirmam que a Igreja alterou o Decálogo, os 10 Mandamentos que Deus deu a Moisés, e que Cristo os tornou perenes e necessários para a salvação.  

Jesus disse ao jovem rico: “Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos”, citando em seguida os preceitos que se referem ao amor do próximo:  

“Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe”.

 
Leia também: Os Mandamentos de Deus



reforma_protestanteFinalmente, Jesus resume estes Mandamentos de maneira positiva: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Mt 19,16-19). É preciso ressaltar que a Igreja nunca alterou a numeração dos Mandamentos, uma vez que essa numeração nunca existiu. Já os capítulos e versículos da Bíblia foram elaborados e enumerados pela Igreja Católica. A própria Bíblia mostra que não se preocupa com a ordem numérica dos Mandamentos (cf. Êx 20,1-7.17; Dt 5,6-21).


 

A tradição Judaica antiga revela que a divisão dos mandamentos variava. A Igreja apenas segue a divisão feita por Santo Agostinho de maneira catequética para facilitar o seu entendimento. “A Antiga Lei é o primeiro estágio da Lei revelada. Suas prescrições morais se acham resumidas nos Dez Mandamentos” (CIC, §1980).