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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Santo do dia - 13 de agosto

São João Crisóstomo
 João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo.

João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica, considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.

O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloquente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.

Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é, "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.

Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto, para João, era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como consequência, a perseguição.

Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.

Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos, destaca-se o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos. 

São João Crisóstomo, rogai por nós!


São Maurílio de Angers
 Maurílio nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.

Naquela época, a região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos campos mais distantes das cidades.

Então, Maurílio entregou-se, de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.

Foi assim que Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.

O que fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento. Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou continuar seu episcopado.

O bispo Maurílio morreu em Angers, na França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em 1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.


São Maurílio de Angers, rogai por nós!

  

Santos Ponciano e Hipólito 

 Tiveram caminhos que se chocaram durante a vida, no entanto, Ponciano e Hipólito se reconciliaram quando enfrentaram o exílio

Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador.

Aconteceu que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva.

Ponciano, que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram, sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o “passaporte” do Céu, ou seja o martírio.


Santos Ponciano e Hipólito, rogai por nós!


domingo, 12 de agosto de 2018

Evangelho do dia

Evangelho Cotidiano

Evangelho segundo S. João 6,41-51.
Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu».
E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: "Eu desci do Céu"?».
Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia.
Está escrito no livro dos Profetas: "Serão todos instruídos por Deus". Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim.
Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida.

No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram.
Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».

Comentário ao evangelho de São Lucas, 22

São Cirilo de Alexandria (380-444),  bispo, doutor da Igreja

«E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo»
Como podia o homem, inexoravelmente preso à terra e submetido à morte, ter de novo acesso à imortalidade ? Era preciso que a sua carne se tornasse participante da força vivificadora que é Deus. Ora, a força vivificadora de Deus nosso Pai é a sua Palavra, é o Filho Único; foi Ele que Deus nos enviou como Salvador e Redentor. [...]

Se deitares um pedacinho de pão em azeite, água ou vinho, impregnar-se-á das propriedades destes. Se o ferro estiver em contacto com o fogo, será tomado pela energia deste e, ainda que de facto o ferro seja por natureza ferro somente, tornar-se-á semelhante ao fogo. Do mesmo modo, portanto, o Verbo vivificador de Deus, ao unir-Se à carne de que Se apropriou, tornou-a vivificadora.

Com efeito, Ele disse: « Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida». E ainda: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne [...]. Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós». Assim, pois, ao comermos a carne de Cristo, Salvador de todos nós, e ao bebermos o seu sangue, temos em nós a vida, tornamo-nos um com Ele, e Ele permanece em nós.

Ele tinha de vir até nós da maneira que convém a Deus, pelo Espírito Santo, e de integrar-Se de alguma forma nos nossos corpos, pela sua santa carne e pelo seu precioso sangue que, em benção vivificadora, recebemos no pão e no vinho. De facto [...], Deus usou de condescendência para com a nossa fragilidade e pôs toda a força da sua vida nos elementos do pão e do vinho, que deste modo estão dotados da energia da sua própria vida. Não hesiteis pois em crer, já que o próprio Senhor disse claramente: «Isto é o meu corpo» e «Isto é o meu sangue».
 

Santo do dia - 12 de agosto

Santa Joana Francisca de Chantal


Filha de um político bem posicionado na França, Joana recusou matrimônio com um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista. Casou-se, então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma vida profundamente religiosa e feliz.

Joana nasceu em Dijon, França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente do parlamento de Borgonha. Após seu casamento, foi morar no castelo de Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada uma missa e que todos os servidores domésticos participassem. Ocupou-se, pessoalmente, da educação religiosa dos serviçais, ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.

Quando o barão feriu-se gravemente durante uma caçada, no castelo só se rezava por sua saúde. Mas logo veio a falecer. Joana ficou viúva aos 28 anos de idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o trabalho. Nessa época, conheceu o futuro são Francisco de Sales, então bispo de Genebra. Escolheu-o para ser seu diretor espiritual e fez-se preparar para a vida de religiosa.

Passados nove anos de viuvez e depois de ter muito bem casado as filhas, deixou o futuro barão de Chantal, então um adolescente de 15 anos, com o avô Benigno no castelo de Dijon e retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto com Francisco de Sales, fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, destinada à assistência aos doentes. Nessa empreitada juntaram-se, à baronesa de Chantal, a senhora Jacqueline Fabre e a senhorita Brechard.

Joana, então, professou os votos e foi a primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a madre superiora, acrescentou Francisca ao nome de batismo e dedicou-se exclusivamente à Obra, vivendo na sua primeira sede, em Anecy. Fundou mais 75 Casas para suas religiosas com toda a sua fortuna. Mas não sem dificuldades e sofrimentos, e sofrendo muitas perseguições em Paris, sem nunca esmorecer.

Depois de uma dura agonia motivada por uma febre que pôs fim à sua existência, morreu em Moulins no dia 13 de dezembro de 1641. Atualmente, as Irmãs da Visitação estão espalhadas em todos os continentes e celebram, no dia 12 de agosto, santa Joana Francisca de Chantal, que foi canonizada em 1767 para ser venerada como modelo de perfeição evangélica em todos os estados de vida. 


Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!



São João Berchmans


Fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria

Hoje, lembramos o jovem que viveu, durante apenas vinte e dois anos, numa total entrega e amor ao Cristo. São João Berchmans nasceu na Bélgica, em 1599, de família pobre, porém, rica na vida e nas virtudes cristãs.

Tocado pelo testemunho de paciência heróica da mãe diante da fatal enfermidade e, motivado pelo pai viúvo, o qual abraçou o Sacerdócio Católico, ele começou a estudar em um Colégio dos Jesuítas até entrar na Companhia. Ao ser encaminhado para os estudos de Filosofia e Teologia de Malines para Roma, João mostrou com a vida seu amor a Mãe de Deus lutando contra o pecado: “Antes, mil vezes morrer, do que cometer o mais leve pecado ou transgredir uma regra da Ordem”.

São João Berchmans que fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria; por isso deitou-se no chão, em sinal de humildade e recebeu os últimos Sacramentos. Testemunha-se que – com o crucifixo, o livro da Regra e o terço apertados sobre o peito – disse: “São estes os meus três tesouros, em cuja companhia quero morrer”, desta maneira é que despedido de todos, foi para a Eternidade repetindo: “Jesus! Maria!”.

São João Berchmans, rogai por nós!


 

sábado, 11 de agosto de 2018

Novena a São Peregrino contra o Mal do Câncer

São Peregrino contra o Mal do Câncer

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São Peregrino protetor contra o mal do câncer.
R: Rogai por nós.
São Peregrino esperança dos que sofrem.
R: Rogai por nós.
São Peregrino exemplo de oração confiante.
R: Rogai por nós.

Ó Redentor do gênero humano, que para apagar os nossos pecados, aceitaste ser submetido ao suplício da cruz e a uma morte atroz. Quando estavas neste mundo, no meio dos homens, curaste muitas pessoas de toda sorte e doença. Purificaste o leproso, devolveste a vista ao cego que suplicava: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!
Digna-Te, pois, Senhor meu Deus, livrar o(a) (diga o nome da parte do seu corpo que é mais frágil ou acometida da doença) deste mal incurável.
(repita a sua intenção e o nome da pessoa para a qual pede a graça)

Ó Deus, vosso servo peregrino a quem provastes com uma chaga maligna, passou a noite em oração diante do Vosso filho crucificado e amanheceu curado.
Por sua intercessão, humildemente Vos pedimos, concedei aos que sofrem de câncer o alívio de suas dores e, na Vossa infinita bondade, a cura da doença. E a nós livra-nos da doença do câncer.
Ó Deus por intercessão de São Peregrino livrai-nos da doença do câncer.
Por Cristo Senhor nosso.

Amém.

[divulgando por Graça alcançada.] 

Terço da Divina Providência

Terço a nossa Senhora, Mãe da  Divina Providência

Reze o Terço da Divina Providência com fervor e fé e Deus realizará maravilhas em sua vida.

A providência de Deus pode manifestar-se de diversas formas em nossas vidas. Muitas vezes só a avistamos através de coisas materiais, mas Deus concede-nos muitas outras coisas que por vezes nem tomamos conta. É importante estar ciente disso…pois assim, rechearemos nossos corações de gratidão, um sentimento fundamental para estarmos em comunhão com Cristo!

Como rezar o Terço da Divina Providência



Nas contas grandes reza-se: Mãe da Divina Providência, providenciai!

Nas contas pequenas reza-se: Deus provê, Deus proverá, Sua misericórdia não faltará!


 
Oração final: Vinde Maria, chegou o momento. Valei-nos agora e em todo o tormento. Mãe da Providência, prestai-nos auxílio no sofrimento da terra e no exílio. Mostrai que sois Mãe de Amor e de Bondade, agora que é grande a necessidade. Amém.











Memória de Santa Clara de Assis

Contra o império de Mamon não há outro remédio senão o despojamento de Nazaré, pois é impossível servir a Deus e ao dinheiro.

Por ocasião da memória litúrgica de S. Clara de Assis, vale a pena refletir hoje sobre a importância do carisma franciscano nos dias atuais. Deus, que age sempre na hora certa, enviou S. Francisco à Igreja numa época em que, a passos lentos, começava a surgir o que conhecemos hoje como burguesia medieval e, com ela, o poder econômico adquiria cada vez mais autonomia e peso dentro da sociedade. É nesse quadro de paulatina valorização do dinheiro e dos bens temporais que o poverello de Assis irá exortar os cristãos a voltarem à pobreza evangélica, inspirada no desprendimento total de Nosso Senhor e seus discípulos mais fiéis. 

Apesar dos abundantes frutos da Ordem Franciscana, aquele poder econômico surgido nas primeiras cidades irá agigantando-se século após século até converter-se no sistema financeiro que alimenta hoje todas as revoluções que visam destruir o cristianismo, não só pelo financiamento de pautas e agendas contrárias à moral cristã (como o aborto, a eutanásia, os contraceptivos, a reprodução artificial, as uniões homossexuais etc.), mas também pelo incentivo de uma busca desenfreada por dinheiro, sucesso profissional e segurança econômica. O resultado desse processo está à vista de todos: famílias esfaceladas, filhos abortados, casamentos destruídos, irmãos digladiando-se como abutres sobre o espólio de um pai falecido, pessoas reduzidas à condição de números, descartáveis e substituíveis… 

Contra esse império de Mamon não há outro remédio senão o despojamento de Nazaré, pois “nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Que possamos empenhar-nos, começando por nossos próprios hábitos, em exorcizar esse apego quase hipnótico às riquezas e comodidades do mundo. Sem um coração desapegado, como iremos entrar no Reino prometido aos pobres e pequeninos? — Que S. Francisco e S. Clara de Assis intercedam por nós e alcancem-nos, por seus méritos e preces, a graça de um coração pobre para o mundo, mas rico para Deus.

Transcrito Site Padre Paulo Ricardo 

 

Santo do dia - 11 de agosto

Santa Clara de Assis

Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos

“Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!” Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a ‘dama pobre’.

Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.

No dia 18 de março de 1212, aos 19 anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.

Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro Beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois, foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".

Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.

A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu, e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio, e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.

Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais 27 anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exército dos turcos muçulmanos.

No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV a proclamou santa Clara de Assis. 


Santa Clara de Assis, rogai por nós!

Santa Filomena

"Filomena era filha dos reis de um pequeno Estado da Grécia. Ela nasceu após seus pais converterem-se ao cristianismo, no dia 10 de janeiro. Foi uma bênção de Jesus, pois a rainha era estéril. No batismo, recebeu o nome de Filomena, que significa 'filha da luz da fé'. Aos 12 anos, fez os votos de virgindade e tornou-se esposa de Jesus.

Tinha 13 anos quando o imperador romano Diocleciano declarou guerra a seu pai. O rei decidiu viajar para Roma, com a esposa e a filha, e suplicar ao imperador pelo seu povo. O imperador encantou-se com a beleza da jovem e prometeu desistir da guerra se o rei lhe desse a linda filha em casamento. Os reis, com alegria, logo aceitaram, mas Filomena contestou, porque já tinha compromisso com Jesus, seu divino esposo. E ninguém conseguiu convencê-la do contrário. O imperador, humilhado, mandou prendê-la e torturá-la com chicotadas durante 37 dias. 


Nossa Senhora apareceu-lhe na prisão e revelou que dentro de três dias voltaria com seu amado Filho e a levariam para o céu. O imperador, cada vez mais cego pelo ódio, mandou flechá-la, mas as flechas voltaram e mataram os arqueiros; então ele mandou jogá-la no rio Tibre com uma âncora no pescoço, mas veio um anjo e cortou a corda. Diante disso, o tirano ordenou que ela fosse decapitada. E assim sua alma voou gloriosamente para o céu, no dia 10 de agosto, numa sexta-feira, às 3 horas da tarde, como seu divino esposo Jesus."
Este relato está no livro "Revelações", de madre Maria Luiza de Jesus, fundadora da Ordem Religiosa das Irmãs da Imaculada e de Santa Filomena.

Entretanto, o corpo de santa Filomena só foi encontrado nas escavações das catacumbas de Priscila, em Roma, no dia 25 de maio de 1802. A sepultura estava intacta, fato realmente raríssimo, e foi aberta na presença de autoridades civis, religiosos da Igreja e peritos leigos. Durante as escavações, ainda encontraram três placas de terracota com as seguintes inscrições: "Paz te Cum Fi Lumena", ou seja "A paz esteja contigo, Filomena". O caixão tinha os entalhes de uma palma, três flechas, uma âncora, um chicote e um lírio, indicando a forma de seu martírio e morte. Dentro dele estavam as relíquias do corpo de uma jovem e um pequeno frasco com um líquido vermelho ressequido. Os peritos verificaram que o corpo era de uma jovem com cerca de 13 anos, que tinha o crânio fraturado e que teria vivido no século IV. Assim, finalmente, foram encontradas as relíquias da jovem mártir santa Filomena, que ficaram sob os cuidados da Igreja Católica.

Essas relíquias foram transferidas para a Igreja de Nossa Senhora das Graças, em Nápoles, onde muitas graças e milagres foram alcançados por intercessão da santa, bem como ocorreram em muitas outras partes do mundo cristão. O seu santuário tornou-se um centro de intensa e frequente peregrinação.

O dominicano monsenhor Mastai Ferretti, que se tornou o papa Pio IX em 1849, foi ao santuário de Santa Filomena, em Nápoles, e celebrou uma missa na igreja em agradecimento à graça e intercessão da santa, que o curou de uma doença grave. Outros pontífices declararam-se fiéis devotos de santa Filomena, entre eles o papa Leão XII, que a proclamou "a grande milagrosa do século XIX". Foi o papa Gregório XVI que a nomeou "Padroeira do Rosário Vivente" e escolheu o dia 11 de agosto para a sua festa.

Entretanto as sequências dos estudos e descobertas posteriores mostraram que a sepultura de santa Filomena havia sido utilizada, ao longo dos séculos, para abrigar outros mártires. Diante de tal conclusão, a Igreja, durante a reforma universal dos ritos litúrgicos, em 1961, suprimiu-a do calendário. Mas os reconhecimentos oficiais dos milagres por intercessão de santa Filomena, a legião de fiéis e peregrinos, a própria devoção particular de papas e muitos santos continuam dando vida a esta celebração como marca da grande e intensa manifestação de fé que o povo tem pelo Redentor.


Santa Filomena, rogai por nós!


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Santo do dia - 10 de agosto

São Lourenço, Diácono e Mártir


Nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo

São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos


Seu martírio, diz o poeta Prudêncio, assinalou o declínio dos deuses de Roma. Sinal, portanto, de que a morte do jovem diácono Lourenço provocara na cidade uma grande impressão, a ponto dos pagãos — vendo tão serena coragem diante da tortura — começarem a se interrogar sobre a religião professada pelo heroico mártir.

Sua imagem, cingida de lenda (o relato da paixão de São Lourenço, que data de um século após sua morte, é pouco confiável) já na obra dos escritores próximos a sua época, como Prudêncio, Dâmaso e Ambrósio, está ligada à sua tortura. O mártir, posto em uma grelha sobre carvões ardentes, encontra um modo de gracejar: "Vede, deste lado já estou bem cozido; virai-me do outro". Mas a maioria dos escritores modernos julga que Lourenço tenha sido decapitado como o papa Sisto II — do qual era diácono e o havia precedido por três dias no martírio.


O papa Dâmaso, por outro lado, parece convalidar a tradição dos carvões ardentes e recorda o heroico testemunho de fé com eficaz síntese: "Verbera, carnífices, flammas, tormenta, catenas..."- açoites, carrascos, chamas, tormentos, cadeias, nada prevaleceu contra sua fidelidade a Cristo.


Ele fora, de fato, encarregado de dirigir outros diáconos de Roma. Pode-se, pois, julgar que, na iminência da prisão, o papa o tenha encarregado de distribuir aos pobres o pouco que a Igreja possuía.

Quando o imperador Valeriano — lê-se na paixão — impôs-lhe a entrega do tesouro do qual ouvira falar, Lourenço teria reunido diante dele um grupo de mendigos: "Eis o nosso tesouro", disse-lhe, "podeis encontrá-lo por toda a parte". Foi sepultado na via


Mas ao lado desta imagem de sofrimento aceito, há outra, de modo algum lendária, referente ao diácono encarregado de distribuir aos pobres a coleta dos cristãos
Tiburtina, no Campus Veranus — Verano —,e sobre seu sepulcro foi erigida a basílica que leva seu nome, a primeira das igrejas que Roma dedicou ao seu popular mártir.

São Lourenço, rogai por nós!