Santa Cecília
Mártir (século II e III)
Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade
Média, tanto que uma basílica foi construída em sua honra no século V
Cecília, entre as mais populares virgens de Roma, é apresentada como
"virgo clarissima" e ao mesmo tempo como esposa do jovem Valeriano. A
"Paixão", posterior ao século V, pouco confiável do ponto de vista
histórico, estende-se nos particulares para esclarecer a aparente
contradição: virgem esposa.
Na noite de núpcias, Cecília confidenciou ao esposo haver consagrado a
própria virgindade a Deus, e acrescentou: “Nenhuma mão profana pode
tocar-me porque um anjo me protege”. Convidou-o então a seguir seu
exemplo, fazendo antes de tudo com que se batizasse.
O contrariado esposo não protestou. E na manhã seguinte dirigiu-se à via
Ápia, onde o papa Urbano estava escondido entre os monumentos
funerários. Instruído e batizado, voltou depois para a jovem esposa e um
anjo colocou em sua cabeça uma coroa de rosas e lírios.
O irmão de Valeriano, Tibúrcio, seguiu seu exemplo, e ambos se
consagraram à piedosa obra de sepultar os mártires cristãos. Foram logo
presos, processados e condenados à decapitação a quatro milhas fora de
Roma. Pelo caminho os dois irmãos conseguiram converter o prefeito
Máximo, que colheu com eles a palma do martírio.
Cecília depôs seus corpos em um sarcófago, depois lhe coube dar a Cristo
o extremo testemunho. Condenada à fogueira, saiu ilesa do suplício.
Passou-se então à decapitação, mas a espada do verdugo não conseguiu
cortar-lhe a cabeça. Cecília esperou assim por três dias a visita do
papa Urbano e por todo aquele tempo continuou a professar a sua fé ao
Deus Uno e Trino, com os dedos da mão, pois não podia proferir uma
palavra. Nesta atitude foi esculpida por Maderno a sua célebre estátua.
Antes de morrer, encontrou um modo de encarregar o papa da distribuição
de seus bens aos pobres, pedindo-lhe que transformasse sua casa em
igreja. Aqui termina a "Paixão". A história averiguou a existência dos
mártires Valeriano e Tibúrcio, se bem que seja difícil estabelecer uma
relação entre eles e santa Cecília.
O patrocínio da mártir romana à música sacra deveu-se a uma simples
frase que se lê na "Paixão", segundo a qual a jovem esposa, no dia das
núpcias, “enquanto os órgãos tocavam, cantava em seu coração tão-só para
o Senhor”. Aceita-se que suas relíquias, originariamente guardadas nas
catacumbas de São Calisto, ao lado da Cripta dos Papas, tenham sido
transferidas pelo papa Pascoal I (817-824) para a basílica do
Trastévere, a ela dedicada.
Santa Cecília, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Apresentação de Nossa Senhora no Templo - 21 de novembro
Apresentação de Nossa Senhora
O episódio da apresentação no templo não é narrado nas Sagradas Escrituras, mas em evangelhos apócrifos, em particular no Proto-evangelho de são Tiago, que a Igreja não considera inspirado por Deus.
No entanto, a celebração deste dia é antiga. Era celebrada já no século VI em Jerusalém, e a Igreja do Oriente, que acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reserva à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Unigênito.
A Igreja do Ocidente, ao manter essa festividade também com a reforma do calendário litúrgico, entendeu praticar um gesto “ecumênico”.
Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua Imaculada Conceição”.
Se bem que não se encontre na tradição hebraica a oferta de meninas ao templo (e menos ainda na tenra idade de três anos, como se lê nos apócrifos, segundo os quais “Maria morou no templo do Senhor como uma pomba, recebendo o alimento das mãos de um anjo”), os cristãos celebram hoje aquele particular oferecimento de Maria a Deus, feito no segredo de sua alma, que a preparou para acolher o Filho de Deus.
Esta menininha — diz são Germano de Constantinopla na homilia sobre a Apresentação — prepara o aposento para acolher a Deus, “mas não é o templo que a santifica e purifica, e sim a sua presença que purifica inteiramente o templo”.
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal
Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
Joaquim
e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja
infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo
Espírito Santo desde sua concepção imaculada
O episódio da apresentação no templo não é narrado nas Sagradas Escrituras, mas em evangelhos apócrifos, em particular no Proto-evangelho de são Tiago, que a Igreja não considera inspirado por Deus.
No entanto, a celebração deste dia é antiga. Era celebrada já no século VI em Jerusalém, e a Igreja do Oriente, que acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reserva à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Unigênito.
A Igreja do Ocidente, ao manter essa festividade também com a reforma do calendário litúrgico, entendeu praticar um gesto “ecumênico”.
Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua Imaculada Conceição”.
Se bem que não se encontre na tradição hebraica a oferta de meninas ao templo (e menos ainda na tenra idade de três anos, como se lê nos apócrifos, segundo os quais “Maria morou no templo do Senhor como uma pomba, recebendo o alimento das mãos de um anjo”), os cristãos celebram hoje aquele particular oferecimento de Maria a Deus, feito no segredo de sua alma, que a preparou para acolher o Filho de Deus.
Esta menininha — diz são Germano de Constantinopla na homilia sobre a Apresentação — prepara o aposento para acolher a Deus, “mas não é o templo que a santifica e purifica, e sim a sua presença que purifica inteiramente o templo”.
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal
Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!
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Unigênito
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Como confessar-se bem?
Instituindo o Sacramento da Reconciliação, Jesus Cristo manifestou claramente o modo como quer perdoar os pecados dos homens. Quais são as condições para nos beneficiarmos de sua incomensurável misericórdia?
Era uma
quinta-feira ensolarada e úmida na capital paulistana, perto do fim do ano. A
Catedral da Sé abriu suas portas para os fiéis já cedo, como de costume. Às
nove horas começavam alguns padres a caminhar pelos corredores laterais do
grande edifício em direção aos confessionários, diante dos quais vários fiéis
aguardavam a chegada do sacerdote.
– Para que essas filas dentro da Igreja? – perguntou a um
deles um curioso observador.
– Estamos esperando para nos confessarmos.
– Como assim?
– Essa fila é para a Confissão, para que o padre nos
atenda. Você é católico?
– Sim… Faz tempo que ouvi falar disso. Somente na minha
Primeira Comunhão. Como é mesmo?
– A Confissão é para Deus perdoar nossos pecados.
Ajoelhamos ali no confessionário, junto ao padre, e ele perdoa em nome de
Deus.
– Ah! E… Deus perdoa mesmo?
– Sim, claro, desde que haja arrependimento.
– Já fiz tanta coisa errada na vida…
Seguiu-se um silêncio prolongado, enquanto o visitante ia mudando
de expressão e se abstraia das coisas em torno de si. Entrara na
Catedral movido por mera curiosidade e sentia-se agora convidado a mudar
de vida. Há tanto tempo não se confessava, e já nem sabia como
fazer. Trinta, quarenta anos?
– Eu também posso entrar na fila?
Qualquer um perceberia o drama interno desse desconhecido,
a quem Deus chamava à conversão.
– Sim, entre aqui na minha frente.
Um passo decisivo fora dado na vida daquele homem rumo à
salvação de sua alma. Colocou-se junto ao demais, à espera de sua vez, mas
não conseguia mais falar, pois as lágrimas corriam às torrentes pelo seu
rosto.
“Terei Eu
prazer com a morte do ímpio? ”
Casos como este não são raros em nossos dias. Quantos e
quantos homens fizeram bem sua Primeira Comunhão, mas depois,
infelizmente, levados pelas preocupações da vida, deixaram-se arrastar
pelas atrações do mundo e esqueceram-se por completo de seus deveres para
com Deus!
Continuam sendo católicos, sim, mas católicos cuja fé
tornou-se como uma brasa abafada debaixo da espessa camada de cinzas dos
pecados. E mal guardam na memória alguns resquícios de suas primeiras
lições de Catecismo, aprendidas na infância.
Deus, entretanto, não os esquece.
Em certo momento Jesus
Cristo bate paternalmente à porta de suas almas com um carinhoso convite
para fazerem uma boa Confissão.
Deus poderia perdoar os pecados de
outra maneira, mas expressou
claramente sua vontade de
fazê-lo através de um sacerdote
outra maneira, mas expressou
claramente sua vontade de
fazê-lo através de um sacerdote
Que coisa terrível seria uma pessoa, por causa dos seus
graves pecados, ser condenada às masmorras eternas, onde os réprobos são
castigados com o afastamento de Deus, para o qual foram criados, e
sofrem terríveis tormentos, sem um só instante de alívio!
Ele, porém, sumamente misericordioso, não deseja para o
pecador esse destino: “Terei Eu prazer
com a morte do ímpio? – diz o
Senhor. – Não desejo, antes, que ele se converta e
viva?” (Ez 18, 23). Deus quer nos perdoar, e para isso
estabelece esta condição: a confissão de nossos pecados a um de seus
ministros.
Deus perdoa através do sacerdote
A Confissão é um dos mais palpáveis sinais da bondade de
Deus. Gravemente ofendido por aquele que peca mortalmente, Ele
tem poder para fulminar com uma sentença de eterna condenação o
pecador, e ao fazê-lo, praticaria apenas um ato de justiça. Deixou-nos,
entretanto, este Sacramento por meio do qual perdoa ao penitente todos os
pecados, por mais graves e numerosos que sejam.
É bastante conhecido o episódio da primeira aparição do
Divino Mestre a seus discípulos, após a Ressurreição. Com medo de
serem, também eles, perseguidos e condenados, estavam reunidos numa
sala com as portas fechadas, quando de repente apareceu-lhes Jesus.
Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: “Recebei o
Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão
perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo
20, 22-23). Estava instituído o Sacramento da Confissão!
Assim, desde os primórdios da Igreja os fiéis procuraram os
Apóstolos para confessar-lhes suas faltas, e receber deles a absolvição.
Esse poder de perdoar, dado por Cristo à sua Igreja, é conferido aos
presbíteros através do Sacramento da Ordem. E é assim que foi passando de
geração em geração através dos séculos até os nossos dias.
Requisitos para uma boa Confissão
Claro está que Deus poderia perdoar os pecados de outra
maneira, mas expressou claramente sua vontade de fazê-lo através de um
sacerdote no Sacramento da Reconciliação: “Em
verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a Terra será ligado no Céu, e tudo
o que desligardes sobre a Terra será também desligado no Céu”
(Mt 18, 18), disse Jesus aos Apóstolos. Como nos beneficiarmos desse
Sacramento?

Quais são esses requisitos? Sintetizando, a Igreja nos
ensina que
cinco coisas são imprescindíveis para uma boa Confissão:
fazer um bom exame de
consciência;
ter dor dos pecados;
fazer o propósito de não
mais cometê-los;
confessá-los;
e cumprir a penitência imposta pelo
confessor.
Mas em que consiste precisamente cada uma dessas
exigências?
O exame de consciência
Antes de tudo, deve-se fazer um exame de
consciência. O fiel desejoso de obter o perdão de suas faltas, precisa
antes auscultar sua alma, para saber quais pecados ainda não foram
confessados. Não é necessário trazer à memória os pecados de toda a vida,
mas apenas os cometidos desde a última Confissão bem-feita.
Um fato narrado nas Sagradas Escrituras bem demonstra a
importância do exame de consciência. O Rei Davi cometera dois pecados:
adultério e homicídio. Enviado por Deus, o profeta Natã supriu por meio de uma
severa advertência a falta do exame de consciência da parte do rei. E só assim
este caiu em si e foi capaz de se arrepender e pedir perdão (cf. II Sm 12,
1-13).
Nesse episódio do Antigo Testamento, podemos verificar
outro bom motivo para o exame de consciência: auxilia-nos a ter dor
de nossos pecados, isto é, nos ajuda a arrepender-nos. Se nos
detivermos em conhecer seriamente cada uma das ofensas feitas a Deus,
dispomo-nos a sentir por elas verdadeira tristeza e, assim, a obter o perdão.
O exame
de consciência precisa ser feito com cuidado, sem precipitação. É
importante rememorar os pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e
omissões, percorrendo, para esse fim, os Mandamentos da Lei de Deus e da
Igreja, a lista dos pecados capitais e as obrigações de nosso próprio estado. O
exame deve abranger também os maus costumes a serem corrigidos, e as ocasiões
de pecado a serem evitadas.
Mas a Igreja, como boa mãe, nos recomenda também evitar de
nos deixarmos levar pela exagerada preocupação de ter esquecido alguma falta ou
circunstância. Certa vez, Santa Margarida Alacoque, inquieta e perturbada,
estava fazendo com excessivo cuidado seu exame de consciência para a
Confissão. Apareceu-lhe então o próprio Nosso Senhor e a tranquilizou: “Por que te atormentares? Faze o que podes. Eu amo os
corações contritos que se acusam sinceramente dos pecados que conheçam,
com a vontade de não mais desagradar-Me”.
Qualquer pessoa, seja por deficiência de memória, seja por
relaxamento, pode sentir dificuldade em rememorar os pecados ainda não
confessados. Sem a ajuda de Deus, ninguém consegue fazer nada bem. Por isso, é
muito adequado começar o exame de consciência com uma oração, pedindo-Lhe,
através de Nossa Senhora ou de nosso Anjo da Guarda, que ilumine nossa mente
para reconhecermos todas as nossas faltas e nos dê força para detestá-las.
Quantas vezes pequei? Eis uma importante pergunta a ser feita.
Um soldado recebeu em combate três graves ferimentos. Levado ao hospital,
mostrou ao médico só duas de suas feridas; ocultou a terceira, movido por um
tolo sentimento de vergonha. De nada adiantou o médico ter curado as duas
lesões que conhecia, pois o soldado morreu em decorrência do agravamento da
terceira.
Ora, a Confissão também é um ato de cura. Se quisermos reatar
nossa amizade com Deus, e termos a alma curada das chagas de
nossos pecados, devemos pedir perdão de todos e cada um deles. Por isso,
em se tratando de pecados mortais – faltas em matéria grave, com pleno
conhecimento e pleno consentimento da vontade -, deve-se investigar tudo;
inclusive, na medida das possibilidades, quantas vezes foi praticado
determinado ato pecaminoso, e em que circunstâncias. É relevante relatar na
Confissão as situações que agravam o pecado. Por exemplo, roubar de um
pobre é mais grave que de um rico. Tratar mal os pais, a quem devemos a
vida, é mais grave do que fazer o mesmo a um colega da escola. As
circunstâncias agravantes devem ser apontadas porque o sacerdote, para
perdoar, precisa conhecer com clareza os pecados. Da mesma forma como um
médico, ao atender um paciente, precisa primeiro avaliar bem o quadro da
doença, a fim de poder aplicar-lhe o remédio mais adequado. Se omitirmos essas
informações por malícia, a Confissão será mal feita, portanto, nenhum
pecado será perdoado.
Ter dor dos pecados
O mais importante para o penitente obter o perdão de Deus é
o arrependimento, ou seja, ter um desgosto pela falta cometida e
uma vontade firme de não mais recair nela. Naturalmente, não há
necessidade de derramar lágrimas pela dor dos pecados, mas é preciso no
íntimo do coração se lamentar de ter ofendido a Deus, mais do que se
nos tivesse ocorrido qualquer outra desgraça.
Sem arrependimento, a Confissão não tem nenhum valor. Não
é possível obter o perdão de Deus sem odiar a falta cometida, sem a
disposição de jamais repeti-la. Essa
postura de alma deve estender-se a todos os pecados mortais, sem exceção.
E para obter o perdão de nossas faltas na Confissão, basta um arrependimento
por medo dos castigos acarretados pelo pecado – a atrição -, embora o
melhor seja que nos arrependamos por termos ofendido a Deus – a contrição.
O arrependimento também abrange a confiança na misericórdia divina pois, a dor
dos pecados sem essa virtude poderia dar em desespero.
O firme propósito
Havendo, de fato, arrependimento pelos pecados
cometidos, se produzirá na alma o propósito, a firme vontade,
resolutamente determinada, de nunca mais repeti-los e de fugir das ocasiões
próximas, de evitar tudo o que induz ao mal: pode ser uma pessoa, um
objeto, um lugar ou mesmo uma circunstância que me põe em perigo de
ofender a Deus.
Devo humildemente me acusar?
Conta-se que, certo dia, estava Santo Antonino de Florença
numa igreja e percebeu um demônio bem próximo da fila da Confissão.
Desgostado, o Arcebispo dirigiu-se ao anjo mau e lhe perguntou:
– O que
estás fazendo aqui?
– Ora, pratico uma boa ação.
– Mas será isso possível?!
– Ora, pratico uma boa ação.
– Mas será isso possível?!
– Sim, vim fazer uma devolução. Normalmente os cristãos têm
vergonha do pecado. Por isso, antes de caírem eu procuro tirar-lhes
a vergonha. Agora que vieram para se confessar, devolvo-a, para que diante
do confessor eles omitam as suas faltas.
Uma Confissão mal feita pode levar uma alma a condenar-se,
e é isso que o demônio quer. Por vezes, pode acontecer de sermos
tentados a calar os nossos pecados ao confessor, ou a não contá-los
direito. Para que isso não aconteça, é interessante recordar também como deve ser a acusação dos pecados
no Sacramento da Confissão.
Primeiramente é preciso, seguindo o mesmo princípio do
exame de consciência, contar ao padre todos os pecados mortais
cometidos após a última Confissão bem feita. Se alguém oculta um só pecado
grave propositalmente na Confissão, além de não receber o perdão de
nenhum, acaba cometendo outro, por estar ofendendo algo sagrado instituído
pelo próprio Cristo. Ou seja, é ao próprio Jesus que se está mentindo.
A Confissão deve ser sincera. O penitente deve acusar ao
sacerdote os seus pecados com objetividade, evitando desnecessárias
delongas, que podem até prejudicar a clareza da matéria. A falta de
sinceridade quanto à maneira de acusar os pecados é outra tentação do
demônio contra a qual é imprescindível precaver-se. E também as
desculpas podem ser ocasião de tentação: justificar os pecados, criando
atenuantes, não se reconhecendo inteiramente culpado de suas próprias
faltas ou colocando a culpa nos outros.
Por fim, devo cumprir a penitência
No fim da Confissão, o sacerdote impõe a penitência também
chamada de satisfação. Em geral é uma oração ou uma obra boa, que
o confessor ordena ao penitente como expiação de seus pecados.
Pelo nosso senso de justiça, sabemos que a toda ofensa deve
corresponder uma reparação proporcional. O mesmo princípio se aplica a
Deus: quando ofendido, Ele também merece uma reparação. Se a ofensa contra
Deus é grave, o pecador merece o inferno, pois a punição reparadora deve ser
proporcional ao ofendido: neste caso, eterna. Mas a Confissão sacramental, além
de perdoar a culpa do penitente, apaga a pena eterna, que é comutada numa pena
temporal. Por isso, quando alguém se confessa, seus pecados estão completamente
perdoados, mas sua dívida com Deus ainda não foi inteiramente paga. Por isso o
sacerdote impõe a penitência após a Confissão: ela tem o objetivo de reparar o
mal cometido contra Deus. Entretanto, pode ocorrer de ser perdoada a pena
temporal inclusive na própria Confissão; quando o penitente tem uma
extraordinária dor por seus pecados.
Claro está que o próprio Jesus, com seus sofrimentos e sua
morte na Cruz, satisfez a divina justiça quanto aos nossos pecados,
pagando já a nossa dívida em relação a Deus. Por isso na Confissão é
perdoada a nossa culpa e a punição eterna. Mas Deus exige, com todo
direito, que também nós, quando possível, façamos algo como satisfação dos
nossos pecados. E essa pequena satisfação também é exigida para a compreensão
da gravidade de nossas faltas, para que nos sirva de remédio aos pecados e
nos preserve de recaídas.
Deus perdoa os que se confessam bem
Tudo na vida deve ser levado a sério e mais ainda as coisas
relacionadas com Deus. Por isso, devemos praticar com muita fidelidade os
ensinamentos da Igreja acerca do Sacramento da Confissão,
sempre confiantes de que, através dele, são perdoados todos os nossos
pecados, somos auxiliados a não recair neles e nos é restituída a paz de
consciência.
Certa vez, apresentou-se a Santo Antônio de Pádua um grande
pecador para confessar-se. O coitado estava tão confuso que mal conseguia
falar. Chorava e soluçava com tanta veemência que não conseguia exprimir ao
Santo nenhuma de suas faltas. Para ajudá-lo o confessor sugeriu-lhe docemente
que fizesse um exame de consciência escrito:
– Vai, escreve os teus pecados e, depois, volta para
confessá-los.
O penitente seguiu o conselho. Depois, leu no
confessionário as suas faltas, tal como as havia escrito. Assim que
terminou a Confissão, grande milagre! O papel onde o pecador havia escrito
cuidadosamente suas ofensas a Deus ficou completamente em branco, pois
tudo o que havia sido escrito desaparecera!
Este prodígio muito nos consola e anima para nos
aproximarmos com retidão e confiança do Sacramento da Penitência, que é capaz
de destruir em nós o pior mal que existe, o pecado. Nosso Senhor
instituiu este Sacramento para todos os membros pecadores da sua
Igreja, dando-lhes uma nova possibilidade de se encontrarem com Deus e
de restaurarem a amizade com Ele. ² 1 Somente a Confissão bem feita perdoa
de fato os pecados. Se alguém, por malícia ou vergonha, deixasse de acusar-se
de um ou mais pecados, sua Confissão seria inválida.
(Revista Arautos do Evangelho, n.149, Maio/2014, p. 33 à 37)
Assista o video: http://www.arautos.org/tv/interna/id/7569/title/Divina+Escola+-+Como+ser+perdoado+.html
AUTOR: PE. CARLOS ADRIANO SANTOS DOS REIS, EP, Doutor em direito canônico.
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Santo do dia - 20 de novembro
Santo Edmundo
Suas qualidades morais tornaram-no modelo dos bons reis. Tinha
grande aversão aos lisonjeiros; toda a sua ambição era manter a paz e
assegurar a felicidade dos súditos
Rei e mártir (841-870)
Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.
Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.
No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.
Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu trespassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.
Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.
As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo.
Santo Edmundo, rogai por nós!

Rei e mártir (841-870)
Edmundo é um santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Mesmo porque os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, enquanto sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos apenas que Edmundo era cristão, filho do rei Alkmund, da Saxônia, que, posteriormente, teria sido adotado pelo rei das regiões da Inglaterra oriental, a Estanglia.
Aos quatorze anos de idade, tornou-se o último rei daquele território. Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida, constantemente, pelos sanguinários bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos. Esses bárbaros eram comandados por três irmãos: Halfdene, Ivarr e Ubba. Em suas investidas, além de saquear os povoados, exigiam um resgate para não destruírem as vilas.
No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.
Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira, selou seu destino. Morreu trespassado pelas flechas dos bárbaros pagãos no dia 20 de novembro de 870. O desaparecimento do rei Edmundo levou ao fim o reino da Estanglia. Mas a Inglaterra se fortaleceu sob seu nome, e o jovem rei morto tornou-se uma bandeira.
Antes do final do século IX, as moedas cunhadas durante o seu reinado já eram chamadas "penny of Edmund". A sua veneração tornou-se o culto de maior devoção do povo inglês. Foi canonizado e proclamado padroeiro da Inglaterra, recebendo as homenagens dos devotos no dia de sua morte.
As relíquias mortais de santo Edmundo foram sepultadas em Beadoricesworth, que hoje se chama Bury St. Edmund, na região de Cambridge. Atualmente, existe uma congregação de sacerdotes ingleses chamados Padres de Santo Edmundo.
Santo Edmundo, rogai por nós!
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
Santo do dia - 19 de novembro
Santo Abdias
Profeta (século IX a.C.)
Abdias (o seu nome significa “servo do Senhor”) é autor de um breve livro da Bíblia, composto só de 21 versículos, “profeta pequeno pelo número de versículos, não de ideias”, diz dele são Jerônimo. O profeta proferiu duas ameaças contra os descendentes de Esaú, os edomitas, que se aproveitaram da deportação dos israelitas para apossar-se de seus bens. Depois anuncia a restauração de Jerusalém, destinada a acolher o Messias: “A casa de Jacó será de fogo e a casa de Esaú será de palha...”
Santo Abdias, rogai por nós!
Monja beneditina (1241-1299)
Matilde ou Mechtilde — proveniente de uma família principesca, aparentada com a poderosa casa dos Hohenstaufen — teve desde a meninice o desejo de seguir as pegadas da irmã mais velha, Gertrudes, abadessa do mosteiro beneditino de Roderdorf, depois do de Helfta.
Aos 7 anos, pois, a menina foi confiada à irmã para que cuidasse de sua educação. Um bom aprendizado, visto que aos 14 anos Matilde foi admitida entre as noviças, das quais dentro de alguns anos se tornaria a mestra — um encargo confiado a religiosas de comprovada virtude.
Matilde teve entre suas noviças uma jovem destinada a deixar uma grande marca na espiritualidade da Alemanha, a grande santa Gertrudes. Mestra e aluna cresceram juntas, avançando rapidamente na via da perfeição, ambas favorecidas de particulares experiências místicas.
Gertrudes teve o encargo de fixar por escrito as confidências da mestra, aquelas célebres visões de santa Matilde que se lêem no Livro das graças especiais (Liber specialis gratiae). Este é um autêntico vade-mécum da espiritualidade medieval, centrada em Cristo glorioso, mais que em Cristo sofredor, e na devoção ao Sagrado Coração como evidência do incomensurável amor divino pela humanidade redimida.
Santa Matilde de Hackeborn, rogai por nós!
Religioso carmelita (1835-1907)
Nascido no dia 1º de setembro de 1835, em Vilna, capital da Lituânia, Rafael de São José era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.
Na juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe que frequentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de Petersburgo. Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.
A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreira militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.
Em janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.
Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.
Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.
Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no Convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.
O grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polônia morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a são Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.
São Rafael de São José, rogai por nós!
Jesuítas mártires (+1628)
Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo
Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros, Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do Brasil.
Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609. Passou assim a dedicar sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também no Brasil.
Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.
O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628. Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.
Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se realiza no dia 15 de novembro.
Profeta (século IX a.C.)
Abdias (o seu nome significa “servo do Senhor”) é autor de um breve livro da Bíblia, composto só de 21 versículos, “profeta pequeno pelo número de versículos, não de ideias”, diz dele são Jerônimo. O profeta proferiu duas ameaças contra os descendentes de Esaú, os edomitas, que se aproveitaram da deportação dos israelitas para apossar-se de seus bens. Depois anuncia a restauração de Jerusalém, destinada a acolher o Messias: “A casa de Jacó será de fogo e a casa de Esaú será de palha...”
Santo Abdias, rogai por nós!
Santa Matilde de Hackeborn
Matilde ou Mechtilde — proveniente de uma família principesca, aparentada com a poderosa casa dos Hohenstaufen — teve desde a meninice o desejo de seguir as pegadas da irmã mais velha, Gertrudes, abadessa do mosteiro beneditino de Roderdorf, depois do de Helfta.
Aos 7 anos, pois, a menina foi confiada à irmã para que cuidasse de sua educação. Um bom aprendizado, visto que aos 14 anos Matilde foi admitida entre as noviças, das quais dentro de alguns anos se tornaria a mestra — um encargo confiado a religiosas de comprovada virtude.
Matilde teve entre suas noviças uma jovem destinada a deixar uma grande marca na espiritualidade da Alemanha, a grande santa Gertrudes. Mestra e aluna cresceram juntas, avançando rapidamente na via da perfeição, ambas favorecidas de particulares experiências místicas.
Gertrudes teve o encargo de fixar por escrito as confidências da mestra, aquelas célebres visões de santa Matilde que se lêem no Livro das graças especiais (Liber specialis gratiae). Este é um autêntico vade-mécum da espiritualidade medieval, centrada em Cristo glorioso, mais que em Cristo sofredor, e na devoção ao Sagrado Coração como evidência do incomensurável amor divino pela humanidade redimida.
Santa Matilde de Hackeborn, rogai por nós!
São Rafael de São José
Nascido no dia 1º de setembro de 1835, em Vilna, capital da Lituânia, Rafael de São José era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.
Na juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe que frequentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de Petersburgo. Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.
A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreira militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.
Em janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.
Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.
Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.
Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no Convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.
O grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polônia morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a são Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.
São Rafael de São José, rogai por nós!
São Roque González e Companheiros
Jesuítas mártires (+1628)
Celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo
Na liturgia de hoje lembramos São Roque González e seus companheiros, Afonso Rodrigues e João de Castilho. Eles são conhecidos como Mártires das Missões e foram os primeiros evangelizadores da região sul do Brasil.
Roque González era filho de colonizadores espanhóis e nasceu em Assunção, no Paraguai em 1576. A boa educação na virtude e na piedade recebida dos pais o motivou a entrar no seminário e logo foi ordenado sacerdote. Seu desejo, porém, era trabalhar na formação espiritual dos índios e, por isso, deixou a sua diocese e ingressou na Companhia de Jesus, onde vestiu o hábito missionário em 1609. Passou assim a dedicar sua vida aos indígenas em várias regiões do Paraguai, Argentina e também no Brasil.
Juntamente com os padres João de Castilho e Afonso Rodrigues, organizou as missões e reduções entre os índios guaranis. Tinha como objetivo ensinar os princípios cristãos e defender os indígenas da brutalidade praticada pelos colonizadores. Nas reduções era possível preservar a cultura, serem alfabetizados, impedir de serem escravizados e aprender técnicas de construção, agricultura e cuidado de animais.
O sucesso dessa experiência fez com que os colonizadores, unidos à índios rebeldes, destruíssem as missões e reduções. Os padres Roque e Afonso foram mortos na Redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628. Após celebrar a missa com os índios, padre Roque estava construindo o campanário na nova capela, quando foi morto. Padre Afonso teria saído em socorro e também foi atingido. Seus corpos foram arrastados para dentro da Igrejinha e depois incendiados. Do coração do padre Roque, em meio às chamas, saía uma voz: "Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu". Seu coração então foi atravessado com uma flecha, mas as chamas o preservaram. Padre João de Castilho foi morto na Redução vizinha de São Nicolau, dois dias depois, junto com o cacique Guarobai-Guassu, que se preparava para ser batizado.
Os três missionários foram beatificados em 1943 pelo papa Pio XI e canonizados em 16 de maio de 1988, pelo papa João Paulo II. A relíquia do coração do padre Roque González está em Assunção, Paraguai.
Em Caibaté (RS) encontra-se o Santuário do Caaró, local do martírio e onde são venerados os santos Roque, Afonso e João. É local de peregrinação desde 1934 e anualmente a tradicional Romaria do Caaró se realiza no dia 15 de novembro.
São Roque González e Companheiros mártires, rogai por nós!
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domingo, 18 de novembro de 2018
Evangelho do Dia
Evangelho Cotidiano
33º Domingo do Tempo Comum
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 13, 24-32
- Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Lc 21,36);
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Marcos:
Naquele tempo, Jesus disse a seus
discípulos:
“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se
escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu
e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do homem vindo
nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro
cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade à outra da
terra.
Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos
ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está
perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo
que o Filho do homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta
geração não passará até que tudo isso aconteça. O céu e a terra
passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora,
ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
- Palavra da Salvação
- Glória a Vós, Senhor
- Glória a Vós, Senhor
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