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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Memória ao Imaculado Coração de Maria


Esta memória ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus. Por isto na Tradição Viva da Igreja encontramos confirmada pelos Santos Padres, Místicos da Idade Média, Santos, Teólogos e Papas como o nosso João Paulo II.

“Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração”. Estes relato bíblico que se encontra no Evangelho segundo São Lucas, uni-se ao do canto de Louvor – Magnificat – a compaixão e intercessão diante do vinho que havia acabado e a presença de Maria de pé junto a Cruz, para assim nos revelar a sintonia do Imaculado Coração de Maria para com o Sagrado Coração de Jesus. Dentre os santos se destacou como apóstolo desta devoção São João Eudes, e dentre os Papas que propagaram esta devoção de se destaca Pio XII que em 1942 consagrou o mundo inteiro ao Coração Imaculado de Maria.

As aparições de Nossa Senhora em Fátima – Portugal- no ano de 1917, de tal forma espalhou a devoção ao Coração de Maria que o Cardeal local disse: “Qual é precisamente a mensagem de Fátima ? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo atual, para o salvar”. Desta forma pudemos conhecer do Céu que o Pai e Jesus querem estabelecer no mundo inteiro a devoção do Imaculado Coração que encontra fundamentada na Consagração e Reparação a este Coração que no final Triunfará.


 
Imaculado Coração de Maria …sede a nossa salvação!





29 de novembro - Santo do dia

São Francisco Antônio Fasani

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente

O santo de hoje nasceu em Lucera (Itália), a 6 de agosto de 1681, e lá morreu a 29 de novembro de 1742. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado a 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II. Fez os estudos no convento dos Frades Menores Conventuais. Sentindo o chamamento divino, ingressou no noviciado da mesma Ordem. Fez a profissão em 1696 e a 19 de setembro de 1705 recebeu a Ordenação Sacerdotal. Doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.

“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Fasani.

São Fasani apresenta-se-nos de modo especial como modelo perfeito de Sacerdote e Pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, São Francisco Fasani dedicou-se, em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.

Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.

Como Religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.


São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!

São Saturnino – bispo e mártir  



Saturnino, bispo de Toulouse, é um dos santos mais populares na França e na Espanha, onde é considerado o protetor das corridas (não se diz, porém, se protege o toureiro, o touro ou o povo que assiste). A Paixão de Saturnino é além de tudo documento muito importante para o conhecimento da antiga Igreja da Gália. Conforme o autor da paixão, que escreveu entre 430 e 450, Saturnino fixou sua sede em Toulouse em 250, sob o consulado de Décio e Grato. Naquela época, refere o autor, na Gália existiam poucas comunidades cristãs, compostas por um exíguo número de fiéis, enquanto os templos pagãos ferviam de gente que sacrificavam aos deuses.

Saturnino que há pouco tempo tinha chegado a Toulouse, provavelmente proveniente da África (esse nome é africano) ou do Oriente, como se lê no Missal Gótico, havia já colhido os primeiros frutos da sua pregação, ganhando para fé de Cristo bom número de concidadãos. O santo bispo, para chegar a um pequeno oratório de sua propriedade, passava todas as manhãs diante do Capitólio, isto é, do principal templo pagão, dedicado a Júpiter Capitolino, onde os sacerdotes pagãos ofereciam em sacrifício ao deus pagão um touro para obter as respostas aos pedidos dos fiéis.


Ao que parece a presença de Saturnino emudecia os deuses e os sacerdotes culparam disso o bispo cristão, cuja irreverência teria irritado a susceptibilidade das divindades pagãs. Um dia o povo cercou ameaçadoramente Saturnino e lhe impôs sacrificar um touro no altar de Júpiter. O bispo recusou imolar o animal, que pouco depois seria o instrumento do seu martírio; mais ainda, os pagãos consideraram provocante ultraje à divindade o fato de Saturnino ter afirmado que não tinha medo algum dos raios de Júpiter, impotente porque inexistente. Enfurecidos, pegaram-no e amarraram-no ao pescoço do touro, aguilhoando depois o animal que fugiu enraivecido escada abaixo do Capitólio, arrastando atrás o bispo.


Saturnino, com os membros despedaçados, morreu pouco depois e seu corpo foi abandonado no meio da estrada, recolhido por duas piedosas mulheres, dando-lhe sepultura em uma fossa muito profunda. Sobre esse túmulo, um século mais tarde, santo Hilário construiu uma capela de madeira, que foi logo destruída, e por algum tempo, perdeu-se até sua lembrança. No século VI o duque Leunebaldo, reencontrando as relíquias do mártir, fez edificar no lugar a igreja dedicada a são Saturnino (em francês, Saint-Sernin-du-Taur), que em 1300 assumiu o nome atual de Nossa Senhora do Taur.


São Saturnino,  rogai por nós

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

28 de novembro - Santo do dia

São Tiago das Marcas
Franciscano (1394-1476)



Ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis

Nasceu em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, no ano de 1394. Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão ainda criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento de Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo.

Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Quando vestiu o hábito, tomou o nome de Tiago, que logo foi completado com o "das Marcas", em razão de sua origem. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos.

Também Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, obedecendo a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou, num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana.

Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III. Participou na incursão da cruzada de 1437 para expulsar os invasores turcos muçulmanos. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão.

Viveu em extrema penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da humanidade sempre tão necessitada de misericórdia. Mas os severos e frequentes jejuns a que se submetia minaram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, chegou à idade de oitenta anos.

Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida. Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte. O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726 e marcou o dia de sua morte para a celebração de sua lembrança.


São Tiago das Marcas, rogai por nós!

 

terça-feira, 27 de novembro de 2018

A Medalha Milagrosa



Corria o ano de 1264 quando o Papa Urbano IV encomendou, aos principais teólogos da época, a composição da Sequência da Missa de Corpus Christi, festa cuja promulgação era iminente. Após cada um deles elaborar sua obra, todas deveriam ser cotizadas umas com as outras, sendo escolhida a melhor.

Chegado o dia da prova, reunidos todos os teólogos em um grande salão, o Papa determinou que São Tomás de Aquino lesse a sua composição em primeiro lugar. Os concorrentes eram grandes gênios na ciência de Deus, entre eles o famoso São Boaventura. Tal foi o encanto com que todos acompanharam as palavras do Doutor Angélico que, no fim, a uma, todos rasgaram seus trabalhos, votando assim coletivamente no conhecido e belo hino “Lauda Sion”.

Esse fato comovedor, característico dos tempos nos quais “a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente” (Leão XIII, Immortale Dei), veio-me à lembrança ao deparar com os documentos que a seguir transcreverei.

Explico-me. Solicitado a redigir um artigo sobre a Medalha Milagrosa, ao compulsar os textos referentes à matéria, minha atenção se deteve agradavelmente sobre um artigo da revista “L’Ami du Clergé” de abril de 1907. Julguei-o tão bem escrito, com tão grande espírito de síntese e piedade, que resolvi enviar o meu para o arquivo e pôr mãos à obra na tradução, a fim de colocar à disposição dos leitores o texto da publicação francesa.

Com a palavra “L’Ami du Clergé”.
I – Aparição da Medalha Milagrosa
Em 27 de novembro de 1830, a Virgem Imaculada aparecia na capela da Casa-Mãe das Filhas da Caridade, em Paris.
Eram por volta de cinco horas e meia da tarde. Em profundo silêncio, a Irmã Catarina Labouré fazia sua meditação. De repente, ela ouviu um ruído como o frufru de um vestido de seda, vindo do lado da Epístola. Levantou os olhos e deparou com a Santíssima Virgem Maria, resplandecente de luz, trajando um vestido branco e um manto branco-aurora. Os pés da Mãe de Deus pousavam sobre a metade de um globo; suas mãos seguravam outro globo, que Ela oferecia a Nosso Senhor com uma inefável expressão de súplica e de amor. Mas eis que esse quadro vivo se modifica sensivelmente, figurando o que foi depois representado na Medalha Milagrosa. As mãos de Maria, carregadas de graças simbolizadas por anéis radiosos, emitem feixes de raios luminosos sobre a terra, mas com maior abundância num ponto.

Ouçamos a narração da piedosa Vidente:
“Enquanto eu a contemplava, a Virgem Santa baixou seus olhos para mim, e uma voz me disse no fundo do coração : ‘Este globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada pessoa em particular’.
“Não sei exprimir o que pude perceber da beleza e do brilho dos raios.
“E a Virgem Santa acrescentou: ‘Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que me pedem’, dando-me a entender quanto Ela é generosa para quem a invoca… quantas graças Ela concede às pessoas que Lhe pedem… Nesse momento, eu estava ou não estava… não sei… eu saboreava aqueles momentos! ”
Formou-se em torno da Santíssima Virgem um quadro meio ovalado, no qual se liam estas palavras, escritas em letras de ouro: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorrermos a Vós’.
“Depois se fez ouvir uma voz que me disse: ‘Faze cunhar uma medalha conforme este modelo; as pessoas que a portarem com piedade receberão grandes graças, sobretudo se a levarem no pescoço; as graças serão abundantes para aqueles que tiverem confiança’.”


Corpo incorrupto de S. Catarina Labouré venerado na Capela da
Rue du Bac, Paris

A Medalha foi cunhada e espalhouse com maravilhosa rapidez pelo mundo inteiro, e em toda parte foi instrumento de misericórdia, arma terrível contra o demônio, remédio para muitos males, meio simples e prodigioso de conversão e de santificação.

II – Graças recebidas
A partir daqui, “L’Ami du Clergé” passa a estampar algumas graças recebidas por meio da Medalha Milagrosa. 
 Imagens representando as aparições
(Convento de Rue du Bac, Paris)

Rochefort e a Santíssima Virgem
Cassagnac (1) relatou o incidente do duelo que ele travou com Rochefort, a propósito de um artigo por este escrito sobre Maria Antonieta:
“Era o dia 1º de janeiro. Caíam enormes flocos de neve, e o branco manto subia até os joelhos. Entregaram-me o revólver para carregar as seis balas, que Rochefort havia ferozmente exigido, e eu tinha aceito com a despreocupação da juventude e, talvez, a certeza de que não seria necessário usá-las todas, devendo uma só ser suficiente.
“Rochefort atirou e errou o alvo. Eu atirei. Rochefort caiu. Julguei-o morto, pois a bala o atingiu onde eu tinha visado: em pleno quadril. Destino singular o de Rochefort! Ele é quase sempre ferido em duelo.
“Os assistentes o rodearam. Muito surpreso, o médico constatou que, em vez de ser atravessado de lado a lado, como deveria fatalmente ter acontecido, ele não recebeu mais do que uma violentíssima contusão. Portanto, a bala havia sido desviada. O que a desviara? O médico procurou e, cada vez mais surpreso, mostrou-nos uma medalha furada pela bala, medalha da Virgem que uma mão amiga tinha costurado secretamente na cintura da calça.
“Sem essa milagrosa medalha, Rochefort teria caído morto.”

“Que ele venha agora…”
Oito soldados moribundos foram conduzidos ao hospital. Um deles recusou confessar-se. A Irmã escorregou uma medalha da Virgem Santíssima sob o travesseiro do pobre enfermo.
No dia seguinte, ele chamou a Irmã e lhe disse:
– A gente morre como cão aqui? Sou cristão e quero confessar-me.
– Eu lhe propus isso ontem e você disse “não”; e até mesmo expulsou o sacerdote – respondeu a Irmã.
– É verdade, e lamento essa atitude. Que ele venha agora.

“A Virgem Santa me salvou!”
Na véspera da Imaculada Conceição, conta uma freira de orfanato, eu distribuí às crianças medalhas da Virgem Maria, contando-lhes alguns milagres ao alcance de suas inteligências infantis. Terminei dizendo-lhes que se elas portassem sempre essa preciosa medalha, a Santa Virgem as preservaria de qualquer acidente.

Nossa boa Mãe não tardou a justificar essa certeza, e de maneira bem surpreendente. Na tarde de 11 de dezembro, às seis horas, um menino de cinco anos, chamado José, brincava diante de sua casa com outros de idades próximas da sua. Um destes, mais velho que ele, empurrou-o tão fortemente que o pequeno foi cair debaixo da roda de uma carroça que atravessava a rua naquele momento. A roda passou sobre a perna do pobre menino. Ouvindo seus gritos desesperados, sua mãe acorreu em prantos e ergueu do chão seu pobre pequeno José, que ela julgava estar triturado, e o levou para dentro da casa. Mas – oh surpresa! – ele estava são e salvo. Não se pôde sequer descobrir a marca da roda que, entretanto, todas as testemunhas da cena viram passar sobre sua perna.

Somente José não se surpreendeu: “É verdade, mamãe – disse ele – não sofri mal algum. Bem nos disse outro dia a Irmã que a Santa Virgem nos protegeria sempre que nós portássemos sua medalha”. E ele beijava de todo coração essa medalha tão querida.
No dia seguinte, a mãe veio cheia de emoção contar-nos “o milagre que a Santa Virgem fizera em favor de seu pequeno José”.
As pessoas que viram o menino sob a roda da carroça, e outras que ouviram falar do acidente, interrogavam- no a respeito. A todos ele respondia mostrando sua medalha:
– A Virgem Santa me salvou!

A medalha de Bugeaud
Bugeaud (2) conservou sempre consigo a medalha de sua filha, nos perigos de suas dezoito campanhas militares ao longo das quais tantos valentes tombaram a seu lado sob os golpes dos árabes. Essa medalha estava ainda pendurada ao seu pescoço quando ele faleceu, aos 65 anos, dando mostra dos mais admiráveis sentimentos.
Eis um episódio que confirma sua confiança na Mãe de Deus.

Cadeira em que Nossa Senhora
se sentou durante a aparição
Num dia de combate, percebendo, duas horas após a partida, que tinha esquecido sua medalha, ele chamou um spahi (3) e lhe disse: “Meu bravo soldado, teu cavalo árabe pode fazer quatro léguas por hora. 

Deixei minha medalha pendurada em minha tenda, no acampamento. E não posso travar batalha sem ela. Vou mandar parar a tropa e esperar-te durante uma hora, de relógio na mão”. O cavaleiro partiu a todo galope e retornou uma hora depois. Quando ele entregou a medalha ao velho combatente, este a beijou em presença de seu estado- maior, colocou-a no peito e disse em alta voz: “Agora posso avançar. Com minha medalha, nunca fui ferido. Avante, soldados! Vamos derrotar os cabilas!”
Salvas de uma avalanche
Uma avalanche tinha esmagado uma aldeia dos Alpes. Os soldados enviados para prestar socorro à população encontraram sob os escombros uma mulher e sua filha, que passaram doze horas em aflições indescritíveis.
A mãe contou que sua filha ficara desmaiada por várias horas e que ela a julgava morta. Por sua vez, ela queria morrer, para não agonizar durante muito tempo sobre o pequeno cadáver. De repente, sentiu a mão gelada de sua filha tocar-lhe.
– Margarida!
– Onde estamos, mamãe?
– Pobrezinha, estamos nas mãos de Deus.
A escuridão era completa, e as duas infelizes tinham feito o sacrifício de suas vidas. Ao cair da tarde, elas ouviram um ruído surdo: era o barulho das picaretas dos soldados que vinham socorrê- las. Somente então essas pobres sepultadas-vivas sentiram renascer a esperança.
– Avante! Estamos aqui, deste lado. Pelo amor de Deus e da Virgem Maria, avante!
Por volta de cinco horas da tarde elas estavam salvas.
Os cabelos da mãe tinham embranquecido durante essas doze horas. E as duas mostravam a medalha que cada uma portava ao pescoço, dizendo: – Eis aqui a salvação e a vida!

Retorno ao bem
Um rapaz que infelizmente estava afastado do Deus de sua infância, mas tinha uma mãe muito piedosa e boa, ficou gravemente enfermo. A morte se aproximava rapidamente. Não queria ele ouvir falar de Deus nem de religião. Tudo quanto sua pobre mãe tentava fazer por ele era em vão. Ela tomou então uma Medalha Milagrosa e a pôs na cama do doente, sem este perceber. De repente, o moço começou a se agitar vivamente e disse à mãe:
– O que a senhora pôs na minha cama? Não consigo mais dormir.

A mãe tentou acalmá-lo, sem, contudo, dizer o que havia feito. Entretanto, ela foi obrigada a se ausentar por alguns instantes, e o rapaz, embora bastante debilitado, pulou da cama e descobriu por fim a medalha. Ficou tão furioso que pegou a imagem de Maria, arrastou-se até a porta, e gritou:
– Eu não preciso dessas coisas!
A Virgem Santíssima, tratada de forma tão indigna por esse pobre infeliz, teve, entretanto, piedade dele e, por um milagre quase inaudito de misericórdia, fê-lo mudar completamente: ele pediu à mãe para procurar um sacerdote, confessou- se com o mais ardoroso arrependimento, e morreu no dia seguinte, recebendo todos os sacramentos da Igreja.

1) Paul Granier de Cassagnac e Henri Rochefort, jornalistas e políticos franceses, no fim do século XIX.
2) Thomas Bugeaud, Marechal de França, Governador Geral da Argélia (1840-1847).
3) Soldado de cavalaria na Argélia.

AUTOR: MONS. JOÃO CLÁ DIAS, EP