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terça-feira, 2 de abril de 2019

Dez ensinamentos de Santo Agostinho sobre o Demônio

1 – O Demônio não pode fazer mais do que lhe é permitido por Deus.

2 – Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança.


3 – O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legítima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem.


4 – Não culpes o demônio por tudo que vai mal. Muitas vezes o homem é seu próprio demônio.


5 – O homem não come o trigo sem triturá-lo para fazer o pão. Assim, o demônio não subjuga ninguém sem antes tê-lo abatido pela tribulação. Abate para subjugar. Quando fores açoitado pela tribulação, permanece íntegro como o grão e não te perturbes.




6 – O diabo não tem poder para dominar, mas tem astúcia para persuadir.

7 – A inveja é filha e escrava do orgulho. Por esses dois vícios, orgulho e inveja, o demônio é o que é.
8 – Como te livras de um homem? Evitando-o. Como podes livrar-te do demônio? Orando contra ele. Tuas orações são a seta que o mantém na raia.

9 – Em vão se ufana um homem, pretendendo vingar-se de outro homem. Enquanto procura vencer publicamente o adversário, é vencido pelo demônio.

10 – O demônio é como um cão preso na coleira, Cristo o prendeu; só morde quem dele se aproxima.

Professor Felipe Aquino

2 de abril - Santo do dia

Santa Maria do Egito (Egípcia)

Maria do Egito foi canonizada como penitente porque escolheu essa forma de expiar os pecados cometidos numa vida de vícios mundanos. Entregou-se muito jovem ao mundo dos prazeres, sem regra nem moral.

Ela morreu em 431, mas temos sua confissão feita no deserto, um ano antes de morrer, ao monge Zózimo, também ele canonizado mais tarde. Nessa ocasião, ainda estava vagando penitente pelo deserto, era já uma senhora e contou ao monge sua história. Disse que fugiu de casa aos doze anos e se instalou em Alexandria, no Egito, vivendo de sua beleza e sedução, arrastando dezenas de almas ao torvelinho do vício. Vida que levou durante dezessete anos, até o dia de sua conversão, que ocorreu de forma muito significativa.

Por diversão e curiosidade fútil, Maria decidiu acompanhar os romeiros que se dirigiam à Terra Santa para a "Festa da Santa Cruz". Ao chegar à porta da igreja, entretanto, não conseguiu entrar. A multidão passava por ela e ia para o interior do templo sem nenhum problema, mas ela não conseguia pisar no solo sagrado. Uma força invisível a mantinha do lado de fora e, por mais que tentasse, suas pernas não obedeciam a seu comando.

Ela teve, então, um pensamento que lhe atingiu a mente como um raio. Uma voz lhe disse que seus pecados a tinham tornado indigna de comparecer diante de Deus, o que a fez chorar amargamente. Dali onde estava, podia ver uma imagem de Nossa Senhora. Maria rezou e pediu à Santíssima Mãe que intercedesse por ela. Prometeu viver na penitência do deserto o resto da vida, se Deus a perdoasse naquele momento. No mesmo instante, a força invisível sumiu e ela pôde, enfim, entrar.

Após ter confessado e comungado, a ex-mundana tornou-se totalmente uma penitente religiosa, vivendo já havia quarenta e sete anos no deserto, rezando e se alimentando de sementes, ervas e água. Retirou-se do mundo completamente. Um dia antes de morrer, foi encontrada, pelo monge Zózimo, andando sobre as águas do rio Jordão. Ele inicialmente julgou tratar-se de uma miragem, pois estava cumprindo a penitência da Quaresma, como era seu costume. Mas foi tranqüilizado por essa idosa penitente, Maria, que, depois dessa confissão, lhe pediu a eucaristia. Voltou para o deserto, onde faleceu no dia seguinte.

A morte de Maria só foi descoberta um ano depois, quando o monge, na mesma época, foi visitá-la novamente. Encontrou-a morta na solidão, mas seu corpo estava perfeitamente conservado. Apesar de parecer apenas uma tradição católica, no deserto do Egito foi encontrada uma sepultura contendo um corpo incorrupto de uma certa penitente de nome Maria, justamente no lugar indicado pelo santo monge, com anotações que correspondem a esse episódio.

Santa Maria do Egito é celebrada pelos católicos orientais e ocidentais no dia 2 de abril, data que ela deixou anotada como sendo da sua morte, e que corresponde à data indicada também por são Zózimo. 


Santa Maria do Egito, rogai por nós! 


Santo Abôndio
Segundo a tradição, Abôndio teria nascido na Tessalônica, Grécia. Alguns estudiosos não aceitam esta informação, porque o seu nome tem raiz latina e, além disso, não existe registro algum sobre sua vida antes de sua ordenação sacerdotal. Entretanto, temos dele uma rica documentação do exercício do seu apostolado e das vitórias que trouxe à Igreja.

Assim, começamos a narrá-lo a partir de 17 de novembro de 440, quando foi consagrado bispo de Como, Itália. Era nesta cidade que Abôndio vivia, exercendo a função de assistente do bispo Amâncio, o qual sucedeu.

Mas dirigiu por pouco tempo essa diocese, pois o papa Leão Magno o chamou para trabalhar a seu lado em Roma. Abôndio era um teólogo muito conceituado, falava com fluência o latim e o grego, por isso foi designado para resolver uma missão delicada, até mesmo perigosa, para a Igreja. Deveria ir para Constantinopla como representante do papa junto ao imperador Teodósio II. Ali sua missão seria restabelecer de modo duradouro a unidade da fé, depois do conflito doutrinal gerado pelo bispo Nestório. Tal heresia, conhecida como nestoriana, estava ocasionando uma séria divisão dentro do clero da Igreja, pois tratava sobre a pessoa humana e divina de Cristo.

Embora as discussões pudessem ser feitas em Roma, um território neutro, como Constantinopla, era mais prudente para evitar algum ataque pessoal mais grave. Mas quando chegou, em 450, o imperador havia morrido e o sucessor era Marciano. Assim, organizou e presidiu um Concílio, no qual defendeu com tenacidade a doutrina católica sobre a natureza de Cristo, tal como estava exposta na carta escrita pelo papa ao bispo Flaviano, patriarca de Constantinopla que havia aderido ao cisma, e da qual Abôndio era seu portador.

Abôndio finalizou com sucesso a sua missão em Constantinopla, com todos os bispos do Oriente, inclusive o imperador Marciano, aceitando e assinando o documento enviado pelo papa, colocando um fim na questão nestoriana. Quando regressou para Roma em 451, foi acolhido com festa pelos fiéis. Cumpriu uma outra missão similar no norte da Itália e foi para a sua diocese em Como. Só então pôde exercer seu episcopado plenamente, sendo reconhecido em toda a região como um eficiente e iluminado pregador.

Abôndio morreu em 2 abril de 469, no dia da Páscoa, e logo após ter feito o sermão. O culto a santo Abôndio se espalhou entre os fiéis, que em certas localidades passaram a homenageá-lo no dia 31 de agosto. Mas sua festa oficial ocorre no dia de sua morte. 


Santo Abôndio, rogai por nós!


São Francisco de Paula
Tiago era um simples lavrador que extraia do campo o sustento da família. Muito católico, tinha o costume de rezar enquanto trabalhava, fazia seguidos jejuns, penitências e praticava boas obras. Sua esposa chamava-se Viena e, como ele, era boa, virtuosa e o acompanhava nos preceitos religiosos. Demoraram a ter um filho, tanto que pediram a são Francisco de Assis pela intercessão da graça de terem uma criança, cuja vida seria entregue a serviço de Deus, se essa fosse sua vontade. E foi o que aconteceu: no dia 27 de março de 1416, nasceu um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis.

Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos de Paula, dois anos depois vestiu o hábito, mas teve de retornar para a família, pois estava com uma grave enfermidade nos olhos. Junto com seus pais, pediu para que são Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Como agradecimento pela graça concedida, a família seguiu em peregrinação para o santuário de Assis, e depois a Roma. Nessa viagem, Francisco recebeu a intuição de tornar-se um eremita. Assim, aos treze anos foi dedicar-se à oração contemplativa e à penitência nas montanhas da região.
Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Foi encontrado por um caçador, que teve seu ferimento curado ao toque das mãos de Francisco, que o acolheu ao vê-lo ferido.

Depois disso, começou a receber vários discípulos desejosos de seguir seu exemplo de vida dedicada a Deus. Logo Francisco de Paula, como era chamado, estava à frente de uma grande comunidade religiosa. Fundou, primeiro, um mosteiro e com isso consolidou uma nova ordem religiosa, a que deu o nome de "Irmãos Mínimos". As Regras foram elaboradas por ele mesmo. Seu lema era: "Quaresma perpétua", o que significava a observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem a eles.

Milhares de homens decidiram abandonar a vida do mundo e foram para o mosteiro de Francisco de Paula, por isso teve de fundar muitos outros. A fama de seus dons de cura, prodígios e profecia chegou ao Vaticano, e o papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas. E elas estavam, constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. Ele previu a tomada de Constantinopla pelos turcos, muitos anos antes que fosse sequer cogitada, assim como a queda de Otranto e sua reconquista pelos cristãos.

Diz a tradição que os poderosos da época tinham receio de suas palavras proféticas, por isso, sempre que Francisco solicitava ajuda para suas obras de caridade, era prontamente atendido. Quando não o era, ele dizia que não deviam esquecer que Jesus dissera que depois da morte eles seriam inquiridos sobre o tipo de administração que fizeram aqui na terra, e só essa lembrança era o bastante para receber o que havia pedido para os pobres.
Depois, o papa Sixto IV mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís XI, estava muito doente e desejava preparar-se para a morte ao lado do famoso monge. A conversão do rei foi extraordinária. Antes de morrer, restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.

Francisco de Paula teve a felicidade de ver a Ordem dos Irmãos Mínimos aprovada pela Santa Sé em 1506. Ele morreu aos noventa e um anos de idade, no dia 2 de abril de 1507, na cidade francesa de Plessis-les-Tours, onde havia fundado outro mosteiro. A fama de sua santidade só fez aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o papa Leão X autorizou o culto de são Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. 


São Francisco de Paula, rogai por nós!
 

segunda-feira, 1 de abril de 2019

1º de abril - Santo do dia

São Hugo

Homem zeloso pela comunhão da Igreja, participou do Concílio em Viena e combateu toda mentalidade que buscava um “cisma” na Igreja

Hugo nasceu numa família de condes, em 1053, em Castelnovo de Isère, sudoeste da França. Seu pai, Odilon de Castelnovo, foi um soldado da corte que, depois de viúvo, se casou de novo. Hugo era filho da segunda esposa. Sua mãe preferia a vida retirada à da corte, e se ocupava pessoalmente da educação dos filhos, conduzindo-os pelos caminhos da caridade, oração e penitência, conforme os preceitos cristãos.

Aos vinte e sete anos, Hugo ordenou-se e foi para a diocese de Valence, onde foi nomeado cônego. Depois, passou para a arquidiocese de Lião, como secretário do arcebispo. Nessa época, recebeu a primeira de uma série de missões apostólicas que o conduziriam para a santidade. Foi designado, por seu superior, para trabalhar na delegação do papa Gregório VII. Este, por sua vez, reconhecendo sua competência, inteligência, prudência e piedade, nomeou-o para uma missão mais importante ainda: renovar a diocese de Grenoble.

Grenoble era uma diocese muito antiga, situada próxima aos Alpes, entre a Itália e a França, que possuía uma vasta e importante biblioteca, rica em códigos e manuscritos antigos. A região era muito extensa e tinha um grande número de habitantes, mas suas qualidades terminavam aí. Havia tempos a diocese estava vaga, a disciplina eclesiástica não mais existia e até os bens da Igreja estavam depredados.

Hugo foi nomeado bispo e começou o trabalho, mas eram tantas as resistências que renunciou ao cargo e retirou-se para um mosteiro. Mas sua vida de monge durou apenas dois anos. O papa insistiu porque estava convencido de que ele era o mais capacitado para executar essa dura missão e fez com que o próprio Hugo percebesse isso também, reassumindo o cargo.

Cinco décadas depois de muito trabalho, árduo mas frutífero, a diocese estava renovada e até abrigava o primeiro mosteiro da ordem dos monges cartuchos. O bispo Hugo não só deixou a comunidade organizada e eficiente, como ainda arranjou tempo e condições para acolher e ajudar seu antigo professor, o famoso monge Bruno de Colônia, que foi elevado aos altares também, na fundação dessa ordem. Planejada sobre os dois pilares da vida monástica de então, oração e trabalho, esses monges buscavam a solidão, a austeridade, a disciplina pelas orações contemplativas, pelos estudos, mas também a prática da caridade pelo trabalho social junto à comunidade mais carente, tudo muito distante da vida fútil, mundana e egoísta que prevalecia naquele século.

Foram cinqüenta e dois anos de um apostolado profundo, que uniu o povo na fé em Cristo.

Já velho e doente, o bispo Hugo pediu para ser afastado do cargo, mas recebeu do papa Honório II uma resposta digna de sua amorosa dedicação: ele preferia o bispo à frente da diocese, mesmo velho e doente, do que um jovem saudável, para o bem do seu rebanho.

Hugo morreu com oitenta anos de idade, no primeiro dia 1132, cercado pelos seus discípulos monges cartuchos que o veneravam pelo exemplo de santidade em vida. Tanto assim que, após seu trânsito, muitos milagres e graças foram atribuídos à sua intercessão. O culto a são Hugo foi autorizado dois anos após sua morte, pelo papa Inocente II, sendo difundido por toda a França e o mundo católico. 


São Hugo, rogai por nós!


São Valério
Valério nasceu no ano 565, em Auvergne, na França. Sua família era muito pobre e ele trabalhava no campo. Ainda pequeno, tinha uma enorme sede de saber e, para aprender a ler e escrever, ele mesmo foi procurar um professor, e pediu que lhe ensinasse o alfabeto.

Mais depressa do que qualquer outro de sua idade, Valério já dominava a escrita e a leitura. Após conhecer a Sagrada Escritura, procurou um parente sacerdote que vivia num mosteiro próximo. Passou ali alguns dias, percebeu sua vocação para a vida religiosa e pediu seu ingresso naquela comunidade. Depois de um bom tempo realizando várias tarefas internas, foi aceito e recebeu as ordens sacerdotais.

Pouco depois, mudou-se para um mosteiro sob a direção espiritual de Columbano, o grande evangelizador da Gália, atual França, que depois foi canonizado, onde aconteceu seu primeiro prodígio. Designado para cuidar da horta do convento, sem nenhum produto a não ser com o trabalho de suas próprias mãos, acabou com as pragas que assolavam anualmente as plantações. Tornou-se tão conhecido na região e tão respeitado internamente que foi testado em sua humildade. Com autorização do abade Columbano, procurou o rei Clotário, conseguindo dele um grande terreno para construir um mosteiro, em Leuconai, na França. Logo depois o local já contava, também, com uma igreja e várias celas para religiosos.

A fama do sacerdote Valério se propagou ainda mais, de modo que dezenas de homens, jovens e idosos, procuravam o convento para ingressarem na vida religiosa sob a sua orientação. Mas novamente sentiu-se impelido ao trabalho de evangelização. Na companhia de seu auxiliar Valdolem, viajou por todo o país pregando e convertendo pagãos.

Diz a tradição que o monge Valério possuía o dom da cura e há vários relatos sobre elas. Como a de um paralítico que voltou a andar ao toque de suas mãos e muitos doentes desenganados que se curavam na hora, na presença da população. Além disso, tinha o dom da profecia e um dom especial sobre os animais. Conta-se que, quando passava pela floresta, os pássaros vinham ao seu encontro, seguiam-no, pousavam em suas mãos, braços e ombros, parecia que "conversavam" com ele.

Valério morreu no dia 1o de abril de 619, no mosteiro de Leuconai, depois de converter milhares de pagãos, ter feito muitos discípulos e ter entregado sua vida à Deus, através do seu vigoroso e intenso apostolado. O culto de são Valério se propagou rapidamente, até mesmo porque o rei Hugo, seu devoto, dizia que o santo costumava orientá-lo em sonho, sendo muito festejado, além da França, na Itália, Alemanha e Inglaterra, no dia de sua morte. 


São Valério, rogai por nós!

 
 

domingo, 31 de março de 2019

Uma oração de Santa Catarina de Sena

Provei e vi

 Ó Divindade eterna, ó eterna Trindade, que pela união da natureza divina tanto fizeste valer o sangue de teu Filho unigênito! Tu, Trindade eterna, és como um mar profundo, onde quanto mais procuro mais encontro; e quanto mais encontro, mais cresce a sede de te procurar. Tu sacias a alma, mas de um modo insaciável; porque, saciando-se no teu abismo, a alma permanece sempre sedenta e faminta de ti, ó Trindade eterna, cobiçando e desejando ver-te à luz de tua luz.


Provei e vi em tua luz com a luz da inteligência, o teu insondável abismo, ó Trindade eterna, e a beleza de tua criatura. Por isso, vendo-me em ti, vi que sou imagem tua por aquela inteligência que me é dada como participação do teu poder, ó Pai eterno, e também da tua sabedoria, que é apropriada ao teu Filho unigênito. E o Espírito Santo, que procede de ti e de teu Filho, deu-me a vontade que me torna capaz de amar-te.


Pois tu, ó Trindade eterna, és criador e eu criatura; e conheci – porque me fizeste compreender quando de novo me criaste no sangue de teu Filho – conheci que estás enamorado pela beleza de tua criatura.


Ó abismo, ó Trindade eterna, ó Divindade, ó mar profundo! Que mais poderias dar-me do que a ti mesmo? Tu és um fogo que arde sempre e não se consome. Tu és que consomes por teu calor todo o amor profundo da alma. Tu és de novo o fogo que faz desaparecer toda frieza e iluminas as mentes com tua luz. Com esta luz me fizeste conhecer a verdade.


Assista tambémSanta Catarina de Sena



Espelhando-me nesta luz, conheço-te como Sumo Bem, o Bem que está acima de todo bem, o Bem feliz, o Bem incompreensível, o Bem inestimável, a Beleza que ultrapassa toda beleza, a Sabedoria superior a toda sabedoria. Porque tu és a própria Sabedoria, tu,o pão dos anjos, que no fogo da caridade te deste aos homens.


Tu és a veste que cobre minha nudez; alimentas nossa fome com a tua doçura, porque és doce sem amargura alguma. Ó Trindade eterna!


Do Diálogo sobre a Divina Providência, de Santa Catarina de Sena

(Cap. 167, Gratiarum actio ad Trinitatem: ed.lat., Ingolstadi 1583, f.290v-291)

(Séc.XIV)