Santo Anselmo
Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o
significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava
esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía.
Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai
freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho
uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela
qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote.
Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso,
como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos.
Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de
corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao
luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a
todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa.
Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então,
se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco.
Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto
sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou,
então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a
implantação de uma grande reforma monástica.
Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar
intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente,
por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é
considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.
Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras
perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a
fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus
inimigos e virava o jogo a seu favor.
Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de
abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI
em 1720.
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
domingo, 21 de abril de 2019
Santo do dia - 21 de abril
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DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR - ALELUIA !!! CRISTO RESSUCITOU !!! ALELUIA !!!
Domingo de Páscoa
O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.
ALELUIA! ALELUIA!
O SENHOR RESSUSCITOU!
ALELUIA! ALELUIA!
Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.
Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.
Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desilusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.
A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".
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sábado, 20 de abril de 2019
Sábado de Aleluia - Sabado Santo - A Vigilia Pascal
Sábado Santo: A Vigília Pascal
A benção se originou na Gália (França). O costume de extrair fogo golpeando uma pedra provém da antiguidade germânica. A pedra representa Cristo, "a pedra angular" que, sob os golpes da cruz, jorrou sobre nós o Espírito Santo.
Ler mais... Arautos do Evangelho
No
sábado santo honra-se a sepultura de Jesus Cristo e a sua descida ao
Limbo, e, depois do sinal do Glória, começa-se a honrar a sua gloriosa
ressurreição.
A noite do sábado santo é especial e solene, é denominada também como Vigília Pascal.
A Vigília Pascal, era antigamente à meia-noite, mas depois foi mudada para ser a partir das 20 horas, no entanto, ela não pode começar antes do início da noite e deve terminar antes da aurora do domingo.
É considerada "a mãe de todas as santas Vigílias" (S.
Agostinho, Sermão 219: PL 38, 1088. 1). Nela a Igreja mantém-se em
vigília, à espera da Ressurreição do Senhor. E celebra-a com os
sacramentos da Iniciação cristã. Esta noite é "uma vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42).
Assim ouvindo a advertência de Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o retorno do Senhor, tendo nas mãos lâmpadas acesas, para que ao voltar nos encontre vigilantes e nos faça sentar à sua mesa.
A vigília desta noite é dividida do seguinte modo:
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
1º - A celebração da luz;
2º - A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua palavra e sua promessa;
3º - O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do sacramento do batismo;
4º - E por fim a tão esperada comunhão pascal, na qual rendemos ação de graças a Nosso Senhor por sua gloriosa ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
Benção do lume novo
As luzes da igreja estão todas apagadas. Do lado de fora está um fogareiro preparado pelo sacristão antes do início das funções, com a faísca tirada de uma pedra.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.
Junto está uma colher para recolher as brasas e colocá-las dentro do turíbulo. Então o celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo.

O fogo novo, representativo da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina
apagada por três dias, que há de aparecer ao pé do túmulo de Cristo,
que se imagina exterior ao recinto da igreja, e resplandecerá no dia da
ressurreição.
Este fogo deve ser novo porque Nosso Senhor,
simbolizado por ele, acaba de sair do túmulo. Essa cerimônia era já
conhecida nos primeiros séculos. Tem sua origem no costume romano de
iluminar a noite com muitas lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser
símbolo do Senhor Ressuscitado dentro da noite da morte.
O círio pascal
Este talvez seja o único objeto litúrgico que pode ser visto apenas por quarenta dias.
Surge no início da vigília pascal e no dia da Ascensão do Senhor desaparece.
O círio pascal é símbolo da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É a evocação de Cristo glorioso, vencedor da morte.
Originalmente
o círio tinha a altura de um homem, simbolizando Cristo-luz que brilha
entre as trevas. Os teólogos enriqueceram-no com elementos simbólicos.
Um acólito traz ao celebrante o círio pascal, que grava no mesmo as
seguintes inscrições:
1º - Uma cruz. Dizendo: "Cristo ontem e hoje. Princípio e fim".
2º - As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego. Isso quer significar que Deus é "o principio e o fim de tudo", que tudo provém de Deus, subsiste por causa dele e vai para ele: "Alfa e Ômega".
3º - Os algarismos, colocados entre os braços da cruz, marcando as cifras do ano corrente. É para expressar que Jesus
Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o princípio e o fim de
tudo, o Senhor do tempo, é o centro da História e a Ele compete o tempo,
a eternidade, a glória e o poder pelos séculos, a ele oferecemos este
ano e tudo o que nele fizermos; "A ele o tempo e a eternidade a glória e o poder pelos séculos sem fim. Amém".
4º - Cinco grãos de incenso em forma de cravos, nas
cinco cavidades previamente feitas no meio do círio, dispostas em forma
de cruz. Esse cerimonial simboliza as cinco chagas de Nosso Senhor nas
quais penetraram os aromas e perfumes levados por Santa Maria Madalena e
as santas mulheres ao sepulcro.
O incenso é uma substância aromática que queimamos em louvor a Deus. Sua
fumaça, subindo, simboliza nosso desejo de permanente união com Ele e
de que nossa vida, nossas ações e nossas orações sejam agradáveis ao
Senhor.
(...)
Missa solene
A
missa é a primeira das duas que são cantadas na páscoa. Esta celebração
mostra um caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte contraste
com a mágoa intensa da sexta-feira santa.
Vemos
agora os altares e os dignatários paramentados em grande gala. Ouvem-se
as notas alegres do Gloria in excelsis, unidas ao repicar festivo dos
sinos.
O
aleluia que não era ouvido desde o início da quaresma, volta a ser
entoada após as leituras. Essa é na realidade a missa da madrugada da
Páscoa. É por assim dizer, a aurora da ressurreição.
Por: Emílio Portugal Coutinho
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Sábado Santo
Santo Sábado de Aleluia
NO SÁBADO SANTO honra-se a sepultura de Jesus Cristo e sua descida à
mansão dos mortos; depois do sinal do Glória, começa-se a honrar sua
gloriosa Ressurreição.
A noite do Sábado Santo, denominada também Vigília Pascal, é
especialíssima e solene. A Vigília Pascal era antigamente celebrada à
meia-noite, depois mudada, infelizmente, por questões práticas(?). Ela
não pode, entretanto, começar antes do início da noite, e deve terminar
antes da aurora do domingo. – É considerada "a mãe de todas as santas
vigílias", pois nesta a Igreja mantém-se de vigia à espera da
Ressurreição do Senhor, a consumação de toda a nossa fé, e celebra-a com
os Sacramentos da Iniciação cristã.
Esta noite é "uma vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42). Assim ouvindo a
advertência de Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o
retorno do Cristo, tendo nas mãos velas acesas, para que ao voltar nos
encontre vigilantes e nos faça sentar à sua Mesa.
A vigília desta noite é dividida do seguinte modo:
1) A Celebração da Luz;
2) A meditação sobre as maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua Palavra e em sua Promessa;
3) O nascimento espiritual de novos filhos de Deus através do Sacramento do Batismo;
4) E por fim a tão esperada Comunhão Pascal, na qual rendemos ação de
graças à Nosso Senhor por sua Gloriosa Ressurreição, na esperança de que
possamos também nós ressurgir como Ele para a vida eterna.
Benção do Lume Novo
A procissão com o Círio Pascal
As luzes da igreja estão todas apagadas. Do lado de fora está um
fogareiro preparado pelo sacristão antes do início das funções, com a
faísca tirada de uma pedra. Então o celebrante abençoa o fogo e o
turiferário recolhe algumas brasas bentas e as coloca no turíbulo. A
pedra representa Cristo, "a pedra angular" que, sob os golpes da cruz,
jorrou sobre nós o Espírito Santo.
O fogo novo, representativo da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina
apagada por três dias, que há de aparecer ao pé do túmulo de Cristo, que
se imagina exterior ao recinto da igreja, e resplandecerá no Dia da
Ressurreição. Deve ser novo este fogo, porque Nosso Senhor, simbolizado
por ele, acaba de sair do túmulo. Essa cerimônia era já conhecida nos primeiros séculos da cristandade.
Tem sua origem no costume romano de iluminar a noite com muitas
lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser símbolo do Senhor Ressuscitado,
que surge de dentro da noite da morte.
A procissão com o Círio Pascal
Após a cerimônia de preparação do Círio Pascal, é ele solenemente
introduzido no templo por um diácono que, por três vezes, ao longo do
cortejo pela nave central, canta elevando sucessivamente o tom: "Eis a
luz de Cristo" (Lumen Christi). O coro responde: "Graças a Deus" (Deo Gratias).
Em cada parada vão se acendendo aos poucos as velas: na primeira vez é
acesa a vela do celebrante; na segunda parada, feita no meio do corredor
central, são acesas as velas dos clérigos; na terceira vez, por fim, se
acendem as velas dos assistentes, que comunicam as chamas do Círio
bento até toda a igreja estar iluminada.
As velas são acesas no Círio Pascal, pois nossa luz vem de Cristo. O
diácono, que vem vindo, é, portanto, mensageiro e arauto da boa nova:
anuncia ao povo a Ressurreição de Cristo, como outrora o Anjo às santas
mulheres.
As palavras Lumen Christi significam que Jesus Cristo é a única Luz do mundo.
A procissão, que se forma atrás do Círio Pascal é repleta de símbolos. É
alusão às palavras de Nosso Senhor: "Eu Sou a Luz do mundo. Quem me
segue não anda nas trevas, mas terá a Luz da Vida" (Jo 8,12; Jo 9,5;
12,46). O Círio, conduzido à frente, recorda a coluna de fogo pela qual
Deus precedia na escuridão da noite ao povo de Israel ao sair da
escravidão do Egito e lhe mostrava o caminho (Ex 13, 21). – O cristão é
aquele que, para iluminar, se deixa consumir na Luz maior, e que em sua
luz acende outras, dando sua própria vida, como ensinou e fez Nosso
Senhor Jesus Cristo (Jo 15,13).
Ao término da procissão, na qual se introduz o Círio no Templo, é ele
colocado em local apropriado. Com a vela acesa na mão, renovamos nossa
fé, proclamando Jesus Cristo, Luz do mundo que ressurgiu das trevas para
iluminar nosso caminho. E lembramos que por vocação todo cristão é
chamado a ser também luz, como Ele mesmo nos diz: "Vós sois a luz do
mundo. Que, portanto, brilhe vossa luz diante dos homens, para que as
pessoas vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos
Céus!" (Mt 5,14.16).
O diácono, após incensar o Círio e o Livro, canta o Precônio Pascal, do latim Praeconium Pascale,
que significa Anunciação da Páscoa (vídeo acima), em que se exaltam os
benefícios da Redenção e que é um belo poema, a partir da vela, sobre o
trabalho das abelhas e o material para a sua confecção, o significado da
luz ao longo da história de Israel e, de modo especial, sobre Jesus, a
Luz do mundo. As magníficas palavras deste hino são atribuídas a Santo
Ambrósio e a Santo Agostinho. É esse canto o antigo Lucernário da
Vigília Pascal. O nome Lucernário foi dado às orações que se diziam na
reunião litúrgica ao acenderem-se as luzes ao anoitecer (veja letra e tradução aqui).
Arderá daí em diante o Círio Pascal, em todas as funções, durante
quarenta dias, recordando a permanência na Terra de Cristo ressuscitado.
Retirar-se-á no dia da Ascensão, isto é, no momento em que Jesus Cristo
ressuscitado sobe ao Céu.
Leitura das Profecias
Nos primórdios da Igreja, nesta hora, aproximavam-se os catecúmenos para
receberem o Batismo. A fim de ocupar a atenção dos fiéis e para a maior
instrução dos catecúmenos, liam-se na tribuna passagens da Sagrada
Escritura apropriados ao ato. Eram as Doze Profecias, como resumo
histórico da Religião: criação, dilúvio, libertação dos israelitas,
oráculos messiânicos.
Atualmente são feitas apenas nove leituras, sete do Antigo Testamento e
duas do Novo. Para cada leitura, há uma oração, com cântico ou salmo
responsorial. Após a sétima leitura, são acessas as velas do Altar a
partir do Círio Pascal e o sacerdote entoa o canto do Gloria in Excelsis,
com acompanhamento de instrumentos musicais e de sinos, que ficaram
calados durante todo o Tríduo sagrado. A Igreja, portanto, entra inteira
na alegria pascal. Logo em seguida é feita a primeira leitura do Novo
Testamento (Rm 6,3-11), que é sobre o Batismo.
Após o término das leituras, o sacerdote entoa o canto solene do
"Aleluia", quebrando o clima de tristeza e contrição que acompanhava
todo o tempo da Quaresma. Esse canto solene, repetido gradativamente
três vezes em tom cada vez mais alto, representa a saída de Cristo da
sepultura e expressa o crescente júbilo pela Vitória do Salvador. Por
fim, proclama-se um trecho do Evangelho sobre a Ressurreição de Jesus,
levando-se em consideração o ciclo anual A, B e C.
Benção da pia batismal
Terminada a leitura das Profecias, vai o Clero para a pia batismal. Na
frente do cortejo, a Cruz e o Círio Pascal, símbolos de Cristo que deve
alumiar a nossa peregrinação terrena, como em outras eras a nuvem
luminosa norteava o rumo dos israelitas no deserto.
O celebrante abençoa a água num magnífico prefácio em que são lembradas
as maravilhas que Deus quis operar por meio da água; depois, com a mão
divide em quatro partes a água já purificada, e derrama algumas gotas
nos quatro pontos cardeais. Enfim, nessa pia batismal, mergulha por três
vezes o Círio Pascal, simbolizando o poder regenerador que Jesus
Ressuscitado dá a essa água e, também, nossa participação em seu
Mistério Pascal, no qual morremos ao pecado e ressuscitamos para a vida
da Graça. E ainda deita nela um pouco do óleo dos catecúmenos e do santo
Crisma. Essa água será usada nos batizados ao longo do ano e na
aspersão do povo.
Quando não há Batismo-Confirmação, sempre se benze a água, que é levada solenemente até a pia batismal.
Antigamente, após os ritos preparatórias, era administrado o Batismo
solene aos catecúmenos (os que se iniciavam na fé cristã) que, durante
três anos, viviam um processo intenso de preparação para ingressar na
Igreja, com um rigor maior na Quaresma e na Semana Santa. Findos os
ritos preparatórios, os catecúmenos, jubilosos, eram levados ao lugar
onde haveriam de receber o Batismo. A aspersão dos fiéis que hoje em dia
o celebrante faz, avançando através da igreja, com a água acabada de
benzer, recorda esta antiga cerimônia .
Depois da benção da pia batismal, volta o préstito ao coro, cantando a
Ladainha de Todos os Santos, recordando os que viveram com fidelidade a
Graça Batismal. Chegados ao pé do Altar, o celebrante e seus ministros
prostram-se para meditar ainda na Morte e Sepultura de Nosso Senhor.
O final do Sábado Santo, com seus três aspectos do mesmo e único
Mistério Pascal: Morte, Sepultamento e Ressurreição de Jesus, está no
ápice do Tríduo Pascal. Primeiro está a Morte na Sexta-feira; depois
Jesus no túmulo, no Sábado; e, em seguida, a Ressurreição, no Domingo,
iniciada, porém, na noite de Sábado, por isso dito "Sábado de Aleluia",
na Vigília Pascal.
A Missa do Sábado Santo é a primeira das duas cantadas na Páscoa. Esta Celebração ostenta o caráter de extremo júbilo e magnificência, em forte contraste com a mágoa intensa da Sexta-feira Santa. Vemos agora os Altares e os dignatários paramentados, em grande gala. Reboam as notas alegres do Gloria in Excelsis, unidas ao eco dos sinos festivos! O Aleluia, não mais ouvido desde o início da Quaresma, ressurge após a Epístola. – Essa é, na realidade a Missa da madrugada da Páscoa. É a celebração, por assim dizer, da Aurora da Ressurreição.
Fonte: FIEL CATÓLICO
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Santo do dia - 20 de abril
Santa Inês de Montepulciano
Inês nasceu em 28 de janeiro de 1268, na aldeia de Graciano, próxima da cidade de Montepulciano, que depois lhe serviu de sobrenome. Era filha de pais riquíssimos, da família dos Segni. Mas sua vocação deve ter se manifestado quando era ainda criança, pois mal aprendeu a falar e já ficava pelos cantos recitando orações, procurando lugares silenciosos para conversar com Deus.
Não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais a vontade de tornar-se religiosa e, com nove anos, já estava entregue aos cuidados das religiosas de São Domingos. Entretanto não foi só isso. Ainda não completara dezesseis anos de idade, quando suas companheiras de convento a elegeram superiora e o papa Nicolau VI referendou essa decisão incomum.
Contudo sua atuação no cristianismo fica bem demonstrada com uma vitória histórica que muito contribuiu para sua canonização. Existia em Montepulciano uma casa que várias mulheres utilizavam como prostíbulo. Inês passou a dizer às religiosas que um dia transformaria aquela casa em convento.
Partindo dela, prometer, lutar e conseguir não era surpresa alguma para ninguém. A surpresa foi ter conseguido ir além do prometido, tanto influenciou as mulheres que as pecadoras se converteram, e a casa se transformou num convento exemplar na ordem e na virtude.
Como não poderia deixar de ser, numa vida tão explosiva quanto um raio, a morte também lhe veio precocemente. Não tinha completado cinqüenta anos de idade quando uma dolorosa doença a acometeu e ela morreu rapidamente, no dia 20 de abril de 1317, assim como acontecera com as outras etapas de sua vida.
O local de sua sepultura se tornou alvo de peregrinações, com muitas graças ocorrendo por intercessão de santa Inês de Pulciano, como passou a ser chamada. Ali foram registradas curas de doentes, a conversão de grandes e famosos pecadores e outros fatos prodigiosos. Inês de Montepulciano foi canonizada pelo papa Bento XIII em 1726.
Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!
Diz a tradição que, já aos oito anos, procurava lugares escondidos e solitários para rezar. Depois, quando adolescente, chegou a cavar uma gruta na capela de São Jorge, especialmente para ali entregar-se à oração e a contemplação.
É preciso esclarecer que, além de tudo, seus pais pediram para o filho a proteção de são Jorge desde o instante do seu nascimento, pois sua mãe teve um parto muito difícil. Teodoro foi agradecido ao santo, que tinha como padrinho, pelo resto de seus dias.
Todavia seus pais também não esperavam que ele se dedicasse tanto assim à religião e se preocupavam, pois ele era muito diferente dos outros meninos da sua idade, principalmente por ter cavado "sua" caverna na capela.
Dizem os devotos que o próprio são Jorge apareceu num sonho a sua mãe, para que ficasse tranqüila quanto ao futuro de Teodoro. Logo depois alguns prodígios e graças começaram a acontecer na gruta, pois que, em pouco tempo, todos os dias, grande parte dos moradores locais eram atraídos para lá.
Teodoro ainda não tinha idade para isso, mas o bispo da cidade vizinha de Anastasiópolis assumiu a tutela do rapaz e o ordenou sacerdote. E mal voltou para sua cidade natal, o povo o elegeu bispo. No cargo ele permaneceu por dez anos, quando abandonou tudo e voltou à sua vida solitária de penitência e oração contemplativa.
Novamente as graças passaram a fazer parte do cotidiano da gruta de Teodoro, onde grandes multidões o procuravam. Teodoro ali ficou até o dia 20 de abril de 613, quando morreu. Sua festa é muito celebrada pelos católicos do mundo todo, especialmente na França, Alemanha e entre os cristãos de língua eslava.
São Teodoro, rogai por nós!
Inês nasceu em 28 de janeiro de 1268, na aldeia de Graciano, próxima da cidade de Montepulciano, que depois lhe serviu de sobrenome. Era filha de pais riquíssimos, da família dos Segni. Mas sua vocação deve ter se manifestado quando era ainda criança, pois mal aprendeu a falar e já ficava pelos cantos recitando orações, procurando lugares silenciosos para conversar com Deus.
Não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais a vontade de tornar-se religiosa e, com nove anos, já estava entregue aos cuidados das religiosas de São Domingos. Entretanto não foi só isso. Ainda não completara dezesseis anos de idade, quando suas companheiras de convento a elegeram superiora e o papa Nicolau VI referendou essa decisão incomum.
Contudo sua atuação no cristianismo fica bem demonstrada com uma vitória histórica que muito contribuiu para sua canonização. Existia em Montepulciano uma casa que várias mulheres utilizavam como prostíbulo. Inês passou a dizer às religiosas que um dia transformaria aquela casa em convento.
Partindo dela, prometer, lutar e conseguir não era surpresa alguma para ninguém. A surpresa foi ter conseguido ir além do prometido, tanto influenciou as mulheres que as pecadoras se converteram, e a casa se transformou num convento exemplar na ordem e na virtude.
Como não poderia deixar de ser, numa vida tão explosiva quanto um raio, a morte também lhe veio precocemente. Não tinha completado cinqüenta anos de idade quando uma dolorosa doença a acometeu e ela morreu rapidamente, no dia 20 de abril de 1317, assim como acontecera com as outras etapas de sua vida.
O local de sua sepultura se tornou alvo de peregrinações, com muitas graças ocorrendo por intercessão de santa Inês de Pulciano, como passou a ser chamada. Ali foram registradas curas de doentes, a conversão de grandes e famosos pecadores e outros fatos prodigiosos. Inês de Montepulciano foi canonizada pelo papa Bento XIII em 1726.
Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!
São Teodoro
O significado de seu nome, "dom de Deus", tem tudo a ver com os
talentos especiais que Teodoro demonstrou durante toda a vida. O
religioso, nascido na segunda metade do século VI na Galícia, hoje
França, desde pequeno demonstrou ter realmente vindo ao mundo para a
edificação da Igreja, terminando seus dias como instrumento dos
prodígios e graças que brotavam à sua volta.Diz a tradição que, já aos oito anos, procurava lugares escondidos e solitários para rezar. Depois, quando adolescente, chegou a cavar uma gruta na capela de São Jorge, especialmente para ali entregar-se à oração e a contemplação.
É preciso esclarecer que, além de tudo, seus pais pediram para o filho a proteção de são Jorge desde o instante do seu nascimento, pois sua mãe teve um parto muito difícil. Teodoro foi agradecido ao santo, que tinha como padrinho, pelo resto de seus dias.
Todavia seus pais também não esperavam que ele se dedicasse tanto assim à religião e se preocupavam, pois ele era muito diferente dos outros meninos da sua idade, principalmente por ter cavado "sua" caverna na capela.
Dizem os devotos que o próprio são Jorge apareceu num sonho a sua mãe, para que ficasse tranqüila quanto ao futuro de Teodoro. Logo depois alguns prodígios e graças começaram a acontecer na gruta, pois que, em pouco tempo, todos os dias, grande parte dos moradores locais eram atraídos para lá.
Teodoro ainda não tinha idade para isso, mas o bispo da cidade vizinha de Anastasiópolis assumiu a tutela do rapaz e o ordenou sacerdote. E mal voltou para sua cidade natal, o povo o elegeu bispo. No cargo ele permaneceu por dez anos, quando abandonou tudo e voltou à sua vida solitária de penitência e oração contemplativa.
Novamente as graças passaram a fazer parte do cotidiano da gruta de Teodoro, onde grandes multidões o procuravam. Teodoro ali ficou até o dia 20 de abril de 613, quando morreu. Sua festa é muito celebrada pelos católicos do mundo todo, especialmente na França, Alemanha e entre os cristãos de língua eslava.
São Teodoro, rogai por nós!
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sexta-feira, 19 de abril de 2019
DEVOÇÃO A SAGRADA FACE DE CRISTO
DEVOÇÃO A SAGRADA FACE DE CRISTO
Esta santa devoção teve origem com a impressão milagrosa do Rosto de Cristo no lenço de Verônica, uma tradição muito respeitada na Igreja. O Papa Bento XVI fez questão de venerar o Véu de Verônica na cidade de Manoppello na Itália, em setembro de 2006.
Durante sua visita ao santuário, Bento XVI foi o primeiro Papa
a poder novamente venerar a relíquia, meio milênio após seu
desaparecimento da Basílica de São Pedro. Esta devoção cresceu muito também por
causa da importância que a Divina Face teve na vida de Santa Teresinha
do Menino Jesus e da Sagrada Face. Outro fato que fortaleceu a devoção
foram os surpreendentes estudos da figura de JESUS no santo Sudário de
Turim; além das revelações à Irmã M. Pierina de Micheli (†1945), a
mensageira da Sagrada Face dos últimos tempos.
Em maio de 1938, a Virgem Santíssima
mostrou (em visão mística) à Irmã Pierina, um escapulário formado de
dois paninhos. Num ela viu a Face de JESUS com as palavras ao redor:
“Ilumina, Domine, vultum tuum super nos” (“Senhor, fazei resplandecer a
Vossa Face sobre nós”). No outro estavam escritas em volta de uma hóstia
as palavras: “Mane nobiscum, domine” (Senhor ficai conosco). Lentamente
Nossa Senhora se aproximou e disse: “Escuta bem e transmite ao teu confessor
que este escapulário é uma arma de defesa, escudo de fortaleza e penhor
de misericórdia que JESUS quer dar ao mundo nestes tempos de
sensualidade e de ódio contra DEUS e a Igreja. São poucos os verdadeiros
apóstolos. É necessário um remédio divino e este remédio é a FACE de
meu Filho.
Todos aqueles que usarem o escapulário, e
sendo lhes possível, cada terça feira visitar o Santíssimo Sacramento
fazendo “Uma Hora Santa”, para reparar os ultrajes que recebeu e
continua recebendo meu Filho, cada dia, no Sacramento Eucarístico, serão
fortificados na Fé, estarão prontos para defendê-la e hão de suportar
todas as dificuldades internas e externas. Além disso morrerão
serenamente sob o olhar de meu Filho”.
Semanas mais tarde JESUS apareceu também e disse: “Quero que Minha FACE seja honrada com
uma festa própria na Terça-feira da Quinquagésima (terça-feira de
carnaval) e que esta festa seja preparada por uma novena durante a qual
todos os fiéis façam Comigo reparação”.
Em vez de fazer escapulários a Irmã
Pierina mandou cunhar medalhas. Preocupada por isso recorreu à Nossa
Senhora que novamente lhe apareceu dizendo: “Minha filha, não se preocupe, pois, o
escapulário é substituído pela medalha com todas as promessas e favores.
Só resta difundi-la mais ainda. Ora, interessa-me muito a festa da
Sagrada FACE de meu Filho. Diga ao Papa que esta festa muito me
interessa”.
Irmã M. Pierina falou três vezes ao Papa e
o Sumo Pontífice, ciente do pedido do Céu, não se fez esperar. No dia
15 de março de 1957, havendo já aprovado a propagação da medalha,
facultou a celebração da festa, isto é, aos Beneditinos Sivestrinos de
Roma. Em 10 de janeiro de 1959 o Papa João XXIII concedeu a mesma
licença, a todos os Bispos do Brasil.
Para merecer as graças prometidas é necessário:
Usar a medalha, contemplar com amor,
muitas vezes a Sagrada FACE, zelar pela devoção, fazendo a Hora Santa,
nas Terças-feiras, promover anualmente a novena em preparação à festa na
terça-feira de carnaval, e seguindo o exemplo dos grandes devotos da
Sagrada FACE, ler e meditar diariamente o Novo Testamento.
Todos os dias
rezar:
5 Pai Nossos; 5 Ave Marias; 5 Glórias; em
honra das cinco chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO, rezando também a
oração composta por Pio IX, e a aspiração que a segue: “Ó meu JESUS, lançai sobre nós um olhar
de misericórdia! Volvei Vossa Face para cada um de nós, como fizestes à
Verônica, não para que A vejamos com os olhos corporais, pois não o
merecemos. Mas volvei-A para os nossos corações, a fim de que, amparados
sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável, as forças
necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar.
Amém.
Senhor, mostrai-nos a Vossa Face e seremos salvos!”
Nota: No livro ORAÇÕES DE TODOS OS TEMPOS
DA IGREJA (Ed. Cléofas) há outras orações desta devoção: A Ladainha da
Sagrada Face; a Oração de Consagração à Sagrada Face; Novena à Sagrada
Face; e outras orações.
Prof. Felipe Aquino - Edições Cleofas
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