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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Oração Consagratória ao Sagrado Coração de Jesus

Eis o Coração que tanto amou os homens, de Jesus

 


 Oração de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus

Coração Sagrado de meu amado Jesus: eu, ainda que vilíssima criatura, vos dou e consagro minha pessoa, vida e ações, penas e padecimentos, confiando que nenhuma parte de meu ser me sirva se não é para amar-vos, honrar-vos e glorificar-vos.


Esta é minha vontade irrevogável: Ser todo vosso e fazer tudo por vosso amor, renunciando de todo o meu coração a quanto possa desagradar-vos. 

Vos tomo, pois, oh! Coração Divino, pelo único objeto de meu amor, protetor de minha vida, prenda de minha salvação, remédio de minha inconstância, reparador de todas as culpas de minha vida; e asilo seguro na hora de minha morte. Sede, pois, oh! Coração bondoso, minha justificação para com Deus Pai, e afastai de mim os raios de sua justa cólera.


Oh! Coração amoroso, ponho toda a minha confiança em Vós, pois ainda que temo tudo de minha fraqueza, sem dúvida, tudo o espero de vossa misericórdia; Consumi em mim tudo o que vos desagrada e resiste, e fazei que vosso puro amor se imprima tão intimamente em meu coração, que jamais chegue a esquecer-vos nem a estar separado de Vós. 


Vos suplico, por vossa mesma bondade, escrevais meu nome em Vós mesmo, pois quero ter cifrada toda minha sorte em viver e morrer como vosso escravo. Amém.


Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Hoje, 27 de junho, é uma das festas mais antigas e belas de Nossa Senhora: “Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro”. Jesus é o Perpétuo Socorro. E esta festa é celebrada no mesmo dia do grande S. Cirilo de Alexandria (330-442), bispo e doutor da Igreja, que presidiu o importantíssimo Concílio de Éfeso que no ano de 431 proclamou solenemente Nossa Senhora como Mãe de Deus (Theotókos), diante da heresia de Nestório, patriarca de Constantinopla, que negava esta verdade.

A devoção à Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro é uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro. Esta novena começou em 11 de julho de 1922 nos EUA.

O famoso e conhecido quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado em estilo bizantino e representa Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora das Dores, que socorre seu Filho ainda Menino assustado diante da visão de S. Miguel com o vaso de vinagre à esquerda e S. Gabriel com a Cruz à direita. A Criança divina assustada diante desses instrumentos de sua Paixão se refugia nos braços de sua Mãe, agarra em suas mãos e deixa cair a sandália do pé direito. A Mãe a acolhe e a prepara para um dia viver a Paixão redentora da humanidade.

Leia também: 27/06 – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora sofreu as nossas dores

Nossa Senhora tem o semblante coberto de tristeza e resignação e traz na cabeça a coroa de Rainha.

O quadro tem origem desconhecida; segundo um antiga tradição teria sido pintado por S. Lucas, o que não é garantido. Mas com certeza se sabe que desde 1499 é venerado em Roma. Em 1866, o Papa Pio IX o entregou aos Padres Redentoristas para que divulgassem essa devoção, o que eles fazem ainda hoje. Ela é a Patrona dos Redentoristas. Atualmente o quadro original se encontra na igreja de S. Afonso de Ligório em Roma.

Maria é a Senhora que nos apresenta Jesus, o Perpétuo Socorro da humanidade. Cada cristão precisa te-la como mãe. Aos pés da Cruz Jesus a entregou ao discípulo amado João, que representa toda a humanidade, cada um de nós, amados de Jesus. “Mãe, eis ai o teu filho; filho, eis ai a tua Mãe”. E o evangelista S. João diz que “ele a levou para a sua casa” (Jo 19, 25s).

Assista também: A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

S. João levou Nossa Senhora para morar com ele naquela casinha no alto das montanhas de Éfeso que existe ainda hoje, na Turquia. Eu já tive a oportunidade de estar ali em peregrinação. Éfeso era a capital da Província Romana da Ásia; ali havia cerca de 300 mil pessoas no tempo em que Nossa Senhora viveu com S. João.

Cada um de nós precisa também “levar Maria para sua casa” como Mãe, como Jesus mandou. Se Jesus no-la deu aos pés da Cruz, com lábios de sangue, é porque nós precisamos dela para nos ajudar na difícil caminhada da vida em busca da nossa salvação. Desprezar Nossa Senhora como mãe, seria, então, uma ofensa muito grave a Jesus; seria desprezar a última dádiva que Ele nos deixou antes de morrer por nós.

Por:  Prof. Felipe Aquino


Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Você conhece a mensagem?

Dia 27 de junho nossa Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.

Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo do site Gaudium Press que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados
.
Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado. Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.

Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas. O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.


Eis alguns desses detalhes:
1. Abreviação grega de “Mãe de Deus”.
2. Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
3. Abreviatura de “Arcanjo São Miguel”.
4. Coroa de Ouro – O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em seu título preferido “Perpétuo Socorro”.
5. Abreviatura de “Arcanjo São Gabriel”.
6. São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice das amarguras.
7. A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.
8. São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
9. Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades.
10. Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora.
11. Abreviação de “Jesus Cristo”.
12. As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças.
13. Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem – Mãe de Deus.
14. A mão esquerda de Maria sustentando Jesus – a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.
15. A sandália desatada – símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio – o último – a devoção a Nossa Senhora.

Assista também: A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.

Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália… Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós – apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.

Por Emílio Portugal Coutinho
Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/38073


Santo do dia - 27 de junho

São Cirilo de Alexandria

Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.

Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.

Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.

O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.

Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as idéias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.

Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII. 


 São Cirilo de Alexandria, rogai por nós!


quarta-feira, 26 de junho de 2019

As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança


Leia também: A grande promessa do Coração de Jesus
Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?
Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

Devemos observar que as almas iniciadas nos suaves segredos dos sentimentos íntimos do Coração de Jesus são justamente as que se convertem nos apóstolos mais zelosos da confiança depois do pecado e da arte de aproveitar as próprias faltas. A vida de Santa Gertrudes contém muitos trechos sobre isso. Também Santa Margarida Maria de Alacoque repete com frequência: “O Coração de Jesus é o trono da misericórdia, em que os que melhor são recebidos são os miseráveis, desde que o amor os acompanhe no abismo das suas misérias”.

“E quando cometerdes alguma falta, não vos perturbeis por isso, porque essa inquietação e a excessiva precipitação afastam a nossa alma de Deus e expulsam Cristo do nosso coração. Pedindo-lhe perdão, supliquemos ao seu Sagrado Coração que satisfaça por nós e nos devolva à graça da sua divina Majestade. Digamos confidentemente, então, ao amável Coração de Jesus: ‘Ó, meu único amor, olhe para o seu pobre escravo e repare o mal que eu apenas cometi. Faça-me retornar à vossa glória, à edificação do meu próximo e à saúde da minha alma.’ Dessa maneira, nossas faltas muito nos servirão para nos humilhar e para reconhecermos quem somos e quanto nos é útil estar ocultos no abismo do nosso nada. Depois de terdes humilhado, voltai a ser fiéis, porque o Sagrado Coração gosta desta maneira de agir, que mantém a alma em paz”.

 Retirado do livro: “A Arte de Aproveitar as Próprias Faltas”. Joseph Tissot. Ed. Cléofas e Cultor de Livros.

São João Eudes e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus



Com São João Eudes (1601-1680), podemos dizer que a devoção ao Sagrado Coração como que atingiu a maioridade. Com efeito, graças à sua ação, esta devoção deixou de ser exclusivamente privada e se tornou pública e oficial. Com ele se instituiu o culto litúrgico ao Sagrado Coração.


Sua missão foi mais do que a de simples precursor de Paray-le-Monial. São Pio X chama-o “pai, doutor apóstolo” da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e de Maria.



Enérgico adversário do Jansenismo na França, São João Eudes estudou com os padres da Companhia de Jesus em Caen, ingressando depois no Oratório de Jesus e de Maria Imaculada. Ali tomou contacto com a espiritualidade do Cardeal de Bérulle (1575-1629), cuja nota tônica, colocada na contemplação do Verbo Encarnado, nisto muito se assemelha à do fundador dos jesuítas.


Essa espiritualidade tem como base a comtemplação da vida interior do Salvador e a consideração dos mais variados estados de sua alma. É muito rica, pois tais estados são variadíssimos, como a mutação das águas do oceano: ora são amenas, ora majestosas, ora fustigam os rochedos, ora são acolhedoras e acessíveis a todos.


A partir de fins da Idade Média a reflexão piedosa sobre a Humanidade Santíssima de Cristo cresceu muito, a ponto de se tornar uma forma usual de devoção. O Cardeal de Bérulle foi dos mais destacados expoentes desse movimento geral da piedade católica.


Segundo essa corrente – comumente chamada Escola Francesa – o devoto, ao considerar o interior divino, procura ser dócil aos movimentos que essa contemplação desperta em si. É o culto à vida interior de Cristo. Considera Sua adoração ao Padre Eterno, Sua abnegação e espírito de sacrifício, Seu amor e devotamento pelos homens.


A devoção ao Sagrado Coração está aí muito presente, pois, na literatura ascética do século XVII, “ Coração de Jesus” e “vida interior de Jesus” são expressões usadas indistintamente.

São João Eudes assimilou também nesta escola uma especial devoção a Nossa Senhora, que se refletirá em toda sua atividade de escritor, fundador e missionário. Também faz parte da Escola Francesa a contemplação simultânea dos estados de alma de Jesus e Maria. Disso é um exemplo magnífico e conhecida oração Ó Jesus, que viveis em Maria, cuja íntegra é a seguinte:

“Ó Jesus, que viveis em Maria, vinde e vivei no vosso servo, com o espírito de vossa santidade, com a plenitude de vossa virtude, com a perfeição das vossas vias, com a comunicação das vossas graças; dominai sobre os poderes infernais, com o vosso espírito, para a glória do Pai”.


Seguindo o espírito da Escola Francesa, São João Eudes dirá que Maria é o paraíso de Jesus, que Maria está em Jesus, e que ela participou, em sintonia perfeita, dos vários estados da alma do Divino Salvador.


Ainda sob o influxo da Escola Francesa, este Santo aprendera a honrar, na Paixão, primordialmente as angústias e as aflições da alma de Nosso Senhor. Esta prática conduz os fiéis, ao contemplar a Paixão, a se deterem especialmente nos tormentos morais do Jardim das Oliveiras. Tais idéias serão o ponto de partida do ensinamento e do apostolado Santo.

Essa doutrina – muito elevada e muito própria a santificar – era, entretanto, apresentada pelo Cardeal de Bérulle e por sua escola em termos não facilmente acessíveis ao comum dos fiéis. Premido pelas necessidades de sua atividade missionária, São João Eudes, em suas pregações, a adaptará e a colocará ao alcance do povo.


Este Santo fundou duas congregações: uma masculina, a Congregação de Jesus e Maria, destinada à pregação de missões paroquiais e à direção de seminários, e outra feminina, a Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para a regeneração das mulheres decaídas.


Em 1648 São João Eudes conseguiu a aprovação de um Ofício e uma Missa do Coração de Maria, por ele compostos. Anos mais tarde, em 1672, obteve o mesmo para um Ofício e uma Missa próprios do Sagrado Coração de Jesus, igualmente compostos por ele, celebrados a partir de 20 de outubro daquele ano em várias dioceses da França. Por esta sua atividade, a Igreja o chama “autor do culto litúrgico dos Corações Sagrados de Jesus e Maria”.


Nesse mesmo ano, São João Eudes começou a pregar com freqüência a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A referida festa, celebrada nos seminários dirigidos pela Congregação fundada por ele, pouco a pouco transpôs seus muros e se difundiu pela França inteira.Quase todas as igrejas e comunidades religiosas que haviam adotado a festa do Coração de Maria adotaram também o Coração de Jesus.


É interessante lembrar que, em 20 de outubro de 1674, a Princesa Francisca da Lorena, abadessa das beneditinas de São Pedro de Montmartre, fez celebrar solenemente o Ofício e a Festa do Sagrado Coração de Jesus na capela de seu mosteiro, em presença de uma parte da corte de Luís XIV. Era o ofício composto pelo Santo. No século XIX, nessa mesma colina de Montmartre, seria erguida uma monumental basílica, que se tornaria um dos símbolos da devoção ao Sagrado Coração.


São João Eudes foi missionário a vida inteira. Começará pregando a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Só no fim da vida passou a colocar ênfase no Sagrado Coração de Jesus. Mas, para o santo francês, as duas devoções têm uma sintonia completa. Ele popularizou, aliás a expressão “o Sagrado Coração de Jesus e Maria”, para mostrar a perfeita consonância de vontade, afetos, aspirações, vias e pensamentos entre a Mãe e o Filho. Os dois corações pulsavam em uníssono.


Para São João Eudes, o coração significa especialmente o interior, a vida íntima, os estados de alma. Esta característica ficará na devoção ao Sagrado Coração de Jesus nos Tempos Modernos, que busca seu alimento sobretudo na contemplação reparadora das dores morais – menosprezos, ultrajes, esquecimentos – que o Divino Mestre e sua Igreja sofrem da parte dos homens ingratos e endurecidos pelo pecado.

Santo do dia - 26 de junho

São João e São Paulo


João e Paulo eram nobres, de família enraizada no poder do Império Romano e viveram no século IV. Possuíam uma casa no Monte Célio, dentro da cidade de Roma, tudo indicando que essa seria a cidade de suas origens.

Ambos ocupavam cargos importantes no governo de Constâncio, filho do imperador Constantino. Como bons cristãos, usavam a fortuna e a influência que possuíam para beneficiar os pobres da cidade. Por esse motivo tornaram-se conhecidos dos marginalizados, abandonados e desvalidos.

Tal fama, no entanto, acabou por prejudicá-los, pois, quando assumiu o imperador Juliano, apóstata convicto e ferrenho, os dois tiveram de abandonar a vida pública por pressão do monarca. Mas o que o imperador queria mesmo é que João e Paulo, abandonassem a fé cristã e adorassem os deuses romanos. Afinal, dois cristãos tão populares como eles certamente eram exemplos a serem seguidos pelos habitantes em geral.

Juliano fez tudo o que pôde para conseguir seu intento, só não esperava encontrar tanta coragem e perseverança. O imperador tentou atraí-los novamente para altos postos da corte, mas os irmãos recusaram. Diante das investidas de Juliano, venderam todas as propriedades que tinham e repartiram o dinheiro com os pobres. O fato causou a ira de Juliano e eles acabaram sendo presos e processados.

Todavia o imperador deu-lhes mais uma semana para que renunciassem à fé. Quando o prazo venceu, deu mais dez dias e de nada adiantou. Tentou obrigá-los a adorar uma estátua de Júpiter, o que somente possibilitou que fizessem um eloqüente discurso a favor do seguimento de Jesus. Como não se dobraram de maneira alguma, foram, finalmente, decapitados.

Segundo consta nos registros da Igreja, João e Paulo foram secretamente sepultados na casa do Monte Célio, na noite do dia 26 de junho de 362. Eles foram os primeiros mártires da perseguição decretada por Juliano, o Apóstata. Esses dados tão precisos estavam pintados nas paredes das ruínas da residência quando, anos mais tarde, as relíquias dos dois mártires foram localizadas, durante o governo do papa Dâmaso.

Esse pontífice mandou erguer uma igreja no local, dedicada a são João e a são Paulo, que foram mais do que irmãos de sangue. Foram também irmãos de alma e de fé no testemunho de Cristo. Mais tarde, o papa Leão Magno levantou em honra dos dois uma basílica e, no Vaticano, um mosteiro. 


São João e São Paulo, rogai por nós!


São José Maria Robles Hurtado

A condição da Igreja no México foi muito difícil desde que entrou em vigor, em 5 de fevereiro de 1917, a nova Constituição anticlerical e anti-religiosa, depois do longo período de ditadura que a antecedeu.

O clero católico foi objeto de perseguições, ora mais ora menos intensas, com muitos religiosos, leigos e sacerdotes sendo brutalmente assassinados, exclusivamente por serem cristãos. Diga-se, mesmo, que não existia processo, o julgamento era instantâneo e a sentença sumária.

Dentre esses mártires encontramos padre José Maria Robles Hurtado. Ele nasceu em Mascota, Jalisco, na diocese de Tepic, no dia 3 de maio de 1888. Foi pároco de Tecolotlán, em Jalisco, onde difundia a fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Tamanho era seu entusiasmo que escrevia pequenas orações e poesias, que distribuía entre os fiéis para enriquecer ainda mais o culto e louvar o Senhor.

Amado e querido pelo seu rebanho, constituído de camponeses pobres e muito carentes. Para melhor atendê-los, fundou a Congregação das "Irmãs do Coração de Jesus Sacramentado".

Porém, no mês consagrado ao culto do Sagrado Coração de Jesus, em junho de 1927, a horrenda perseguição atingiu a sua paróquia em Tecolotlán, e ele foi levado e encarcerado.

Alguns dias, ou horas antes de ser morto, padre José Maria escreveu uma poesia, na qual expressou seus últimos desejos: "Desejo amar o teu Coração, Jesus meu, com participação total, desejo amá-lo com paixão, desejo amá-lo até o martírio. Com minh'alma te bendigo, meu Sagrado Coração; diga-me: aproxima-se o instante da feliz e eterna união?"

No dia 26 de junho de 1927, o padre José Maria, exatamente pelo grande amor à Cristo, foi amarrado numa árvore, na serra da Quila, em Jalisco, diocese de Autlan, e mantido assim até morrer. Dessa maneira, seguiu para a feliz e eterna união no Sagrado Coração de Jesus, coroado com seu martírio final.

O grupo de vinte e cinco mártires mexicanos no qual estava incluso foi beatificado, em 1992, pelo papa João Paulo II. Mais tarde, o mesmo pontífice, no ano de 2000, canonizou todos eles. A festa de são José Maria Robles Hurtado foi designada para o dia 26 de junho. 


 São José Maria Robles Hurtado, rogai por nós!



São Josemaria Escrivá de Balaguer

Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro, Huesca, na Espanha, no dia 9 de janeiro de 1902. Os pais, José e Dolores, tiveram seis filhos, sendo que as três meninas mais novas morreram ainda criança. O casal deu aos filhos uma profunda educação cristã.

Em 1915, a indústria de tecido do pai faliu e a família mudou-se para Logronho, onde havia mais trabalho. Nessa cidade, Josemaría reconheceu sua vocação religiosa. Intuiu que Deus desejava algo dele, depois de observar na neve algumas pegadas dos pés descalços de um frade. Em vez de ficar tentando descobrir o que ele lhe pedia, decidiu primeiro tornar-se sacerdote. Ingressou no seminário de Saragoça, onde também cursou direito como aluno voluntário. Seu pai morreu em 1924, e ele se viu como chefe de família. No ano seguinte, recebeu a ordenação sacerdotal e foi exercer o seu ministério numa paróquia rural e, depois, em Saragoça também.

Com autorização do seu bispo, em 1927 foi para Madri, com o objetivo de formar-se em direito. Um ano depois, durante um retiro espiritual, pediu a Deus para mostrar-lhe com clareza o que precisava ser feito e, assim, funda a Opus Dei, um caminho moderno de evangelização para a Igreja. Desde então, trabalhava na instituição, ao mesmo tempo que continuava exercendo o seu ministério, especialmente entre os pobres e doentes. Além disso, estudava na Universidade de Madrid e dava aulas para manter a família.

A missão da Opus Dei é a de promover entre os fiéis cristãos de qualquer condição social uma vida plenamente coerente com a fé no meio do mundo e contribuir, assim, para a evangelização de todos os ambientes da sociedade. Ou seja, difundir a mensagem de que todos os batizados estão chamados a procurar a santidade e a dar a conhecer o Evangelho, tal como recordou o Concílio Vaticano II.

Quando rebentou a Guerra Civil espanhola, e com ela a perseguição religiosa, ele exercitou o ministério na clandestinidade, até conseguir sair de Madri e fixar residência em Burgos. Acabada a guerra, em 1939, regressou a Madri e obteve o doutorado em direito. Nos anos que se seguiram, dirigiu numerosos retiros para leigos, sacerdotes e religiosos.

Em 1946, fixou residência em Roma, fazendo o doutorado em teologia pela Universidade Lateranense. É nomeado consultor de duas congregações da Cúria Romana, membro honorário da Academia Pontifícia de Teologia e prelado honorário do papa. De Roma desloca-se, em numerosas ocasiões, a diversos países da Europa, América Central e do Sul, a fim de impulsionar o estabelecimento e a consolidação da Opus Dei nessas regiões.

Josemaría morreu em conseqüência de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975, em seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lançou o seu último olhar. Todavia a Opus Dei já estava presente nos cinco continentes, contando com mais de sessenta mil membros de oitenta nacionalidades.

Foi Beatificado no dia 17 de maio de 1992 e foi canonizado em 6 de outubro de 2002 pelo papa João Paulo II na praça de São Pedro em Roma. A festa litúrgica de São Josemaría Escrivá de Balaguer é celebrada no dia 26 de junho. O seu corpo repousa na igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma. 


São Josemaria Escrivá de Balaguer, rogai por nós!


São Sigismundo (Zygmunt) Gorazdowski
 Sigismundo Gorazdowski nasceu em 1o de novembro de 1845, em Sanok, Polônia, numa família muito religiosa, tendo saúde frágil desde a infância.

Após concluir o segundo grau, entrou na faculdade de direito da Universidade de Lwow. No segundo ano de faculdade, descobriu a vocação para o sacerdócio, interrompeu o curso de direito e entrou para o Seminário Maior em Lwow. A sua ordenação sacerdotal foi suspensa por causa do seu grave estado de saúde. Os seus amigos escreveram em suas memórias: "A não admissão à ordenação sacerdotal foi para Sigismundo um golpe muito doloroso, sofreu moral e fisicamente, mas não perdeu a confiança no Senhor Deus". Dois anos depois, o seu estado de saúde melhorou tanto que pôde receber o sacramento da Ordem na catedral de Lwow, no dia 25 de julho de 1871. Seu lema: "Ser tudo para todos, para salvar pelo menos um".

Seu trabalho pastoral foi reconhecido pelo carisma excepcional de unir o trabalho sacerdotal com o trabalho caritativo. Descobrindo a grande pobreza espiritual de seus fiéis e várias dificuldades no anúncio da mensagem evangélica, elaborou e editou "Catecismo", que teve a tiragem de mais de cinqüenta mil exemplares.

Para os jovens, preparou e editou "Conselhos e admoestações". Valorizando muito os sacramentos, especialmente o da eucaristia, iniciou na arquidiocese de Lwow a prática da primeira comunhão comunitária para as crianças. Foi também o grande propagador de lembranças da primeira comunhão e do sacramento da crisma. Padre Sigismundo nunca excluiu ninguém de sua ação de caridade, dedicando-se, especialmente, aos marginalizados pela sociedade e aos doentes vítimas de cólera.

Em 1877, padre Sigismundo iniciou suas atividades sacerdotais e beneficentes em Lwow, e como vigário assumiu o trabalho de catequista em várias escolas, continuando, sempre, o seu trabalho de editor e redator. Preparou e editou "Princípios e normas de boa educação" para os pais e educadores. Publicou, também, muitos artigos, principalmente pastorais, sociais e pedagógicos. Criou a "Sociedade Bom Pastor", para auxiliar os sacerdotes, e fundou a Casa de Trabalho Benévolo, para os mendigos. Como consta nos relatórios dessa Casa, "muitos pobres abandonaram a mendicância e, recuperando a sua dignidade, voltaram à vida decente".

O abrigo para incuráveis e convalescentes foi uma obra de misericórdia cristã em resposta às necessidades de pessoas sofredoras e doentes, vítimas de uma lei do governo que obrigava os enfermos a abandonarem o hospital após seis semanas de internação, independentemente do estado de saúde. Escreveram na época: "Quando ninguém soube acolher os infelizes e doentes desenganados... ele pensou em construir um abrigo aos infelizes".

Não se pode esquecer do "Instituto Menino Jesus" para as mães solteiras e as crianças abandonadas. Atuou, ainda, na Sociedade de Santa Salomé, auxiliando as viúvas pobres com seus filhos, e também na Sociedade das Costureiras Pobres. Foi co-fundador da Associação das Sociedades Beneficentes na Galícia, que coordenava e dirigia todas as obras cristãs de misericórdia.

A fundação da escola e publicação do jornal enfrentaram grande oposição dos inimigos da Igreja, o que proporcionou muitas aflições, sofrimentos, incompreensões e humilhações ao padre Sigismundo, praticamente até a sua morte.
Em 17 de fevereiro de 1884, fundou a Congregação das Irmãs de São José - Irmãs Josefinas para dirigir as suas obras beneficentes. A Congregação das Irmãs de São José, fiel ao carisma de seu fundador, dirige institutos educacionais, engaja-se no trabalho catequético, serve aos doentes, sofredores e vítimas de todo tipo de pobreza. A congregação atua na Polônia, Alemanha, França, Itália, Ucrânia e nas missões da África e da América do Sul.

Sigismundo Gorazdowski morreu no dia 1o de janeiro de 1920, em Lwow. Na época, dizia-se que ele era "o olho do cego, a perna do coxo e o pai dos pobres". Seu processo de beatificação foi iniciado em 1989. No dia 26 de junho de 2001, o santo padre João Paulo II beatificou esse apóstolo da misericórdia divina, cuja memória é celebrada no dia 26 de junho. No dia 23 de outubro de 2005, foi declarado santo pelo papa Bento XVI. 


São Sigismundo Gorazdowski, rogai por nós!

 
São Vigílio
 
 Vigílio nasceu em Roma e vivia com a família na belíssima região montanhosa trentina. Ele foi consagrado bispo de Trento por Ambrósio, que era bispo de Milão e tinha autoridade por todo o norte da Itália.

Quando de sua consagração, o papa era Sirício, um enérgico defensor do primado romano por toda a comunidade cristã. Vigílio já havia declarado em diversas correspondências que "o apóstolo Pedro em pessoa sobrevive no bispo de Roma". Mas mesmo assim o papa permitia que Ambrósio tivesse total autonomia de poder pelo norte da Itália, pois ali a estrutura cristã não estava muito bem consolidada. Ambrósio era o terceiro bispo de Trento e parte importante desse território ainda não estava evangelizada.

Vigílio engajou-se de corpo e alma, sob tutela de Ambrósio, a combater e erradicar o paganismo de sua região. Para auxiliá-lo, recebeu mais três sacerdotes missionários, Sisínio, Martiro e Alessandro, todos vindos do Oriente. Assim, os trabalhos avançavam, pois percorriam todas as localidades pregando e catequizando a população.

Ele se tornou respeitado pelo seu estilo humilde e servil, pelo caráter reto e justo, e por sua amizade e caridade sem distinção. Dessa forma, Vigílio conseguiu a conversão de muitas aldeias e cidades pagãs, fazendo, por outro lado, muitos inimigos também.

Depois de dez anos de trabalho missionário, uma tragédia ocorreu. Uma discórdia em Sanzeno, entre os seguidores dos antigos cultos pagãos e um cristão que se negava a venerar Saturno, acabou colocando parte da população contra os três missionários, auxiliares de Vigílio. Eles foram mortos e queimados.

Mesmo diante dessa fatalidade, Vigílio não mudou seu comportamento. Humildemente, perdoou as pessoas que cometeram tais atrocidades e recolheu as relíquias dos mártires missionários, enviando-as para Constantinopla e Milão. O seu lema sempre fora "vencer sucumbindo", por isso não esmoreceu, aplicando-o durante toda a sua vida sacerdotal.

O bispo Vigílio morreu no dia 26 de junho de 405. Segundo uma antiga tradição sobre seu martírio, ele teria sucumbido após ter recebido alguns coices de cavalo, no Vale Rendena. Como não foi socorrido, agonizou até a morte.


Suas relíquias mortais estão sob a guarda da catedral da diocese de Trento, onde são veneradas no dia do seu trânsito.


São Vigílio, rogai por nós!