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terça-feira, 16 de julho de 2019
Oração à Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho
Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho
Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.
Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi prefigurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).
Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.
Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.
Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
Acompanhe a novena “9 meses com Maria”
Santo do dia - 16 de julho

Aleixo, filho único do senador italiano Eufemiano, nasceu em Roma, no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã. Desde a infância, ficou famoso por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando.
Porém, na noite de núpcias, sem consumar a união e após conversar com a esposa, abandonou tudo para aproximar-se de Deus. Como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da basílica do Apóstolo Tomé, repartindo com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, por isso passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas, para continuar no anonimato, abandonou a cidade.
Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando em Roma, bateu na casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante 17 anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais.
Morreu em 17 de julho e foi enterrado num cemitério coletivo para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual revelava sua identidade. Os pais, quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado, então, para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história e de "homem de Deus" espalhou-se entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.
Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no monte Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada a São Bonifácio, foram encontradas, neste local, as relíquias de Santo Aleixo. Por esse motivo, o papa Honório III decidiu que ela seria dedicada a Santo Aleixo. Outro grande devoto deste santo foi o bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos.
No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo elegeram-no como patrono. Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria nomeou-o seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.
Santo Aleixo, rogai por nós!
Cômodo governou o Império Romano por doze anos. Era um tirano cruel e vaidoso. Para divertir-se, usava roupas de gladiador e matava seus opositores desarmados no Anfiteatro Flávio, atualmente conhecido como Coliseu. Durante o seu reinado, determinou que os cristãos voltassem a ser sacrificados.
A Cartago romana deveu seu resplendor principalmente ao cristianismo, bem depressa aceito por seus habitantes. Consta que foi o apóstolo são Marcos que a evangelizou. Logo foi elevada à condição de diocese e tornou-se a pátria de grandes santos, como Cipriano, Agostinho e muitos outros. Mas também foi o local onde inúmeros cristãos morreram martirizados, após serem julgados e condenados pelo procônsul Saturnino, que obedecia às ordens de Roma.
Nessa ocasião, na pequena vila de Scili, doze fiéis professavam, tranquilos, o cristianismo. Eram todos muito humildes e foram denunciados por serem cristãos. Foram, então, presos e levados pelos oficiais do procônsul a Cartago, para serem julgados.
Naquela cidade, no dia 17 de julho, na sala de audiências, Saturnino começou dizendo aos acusados que a religião dele mandava que os súditos jurassem pela "divindade" do imperador e que, se eles fizessem tal juramento, o soberano os "perdoaria". Assim, foram todos interrogados, entre os quais Generosa. Eles confessaram a fé em Cristo e disseram que nenhum tipo de morte faria com que desistissem dela.
Outra vez Saturnino ordenou que renegassem a fé cristã, que adorassem ao imperador. Esperato, em nome de seus companheiros, respondeu que não reconheciam a divindade do imperador e que serviriam unicamente a Deus, que era o Rei dos reis e o Senhor de todos os povos. Não temiam a ninguém, a não ser ao Senhor Deus, que está nos céus. E que desejavam continuar fiéis a ele e perseverar na fé: sim, eram cristãos.
Diante de tão clara e direta confissão, o procônsul sentenciou. "Ordeno que sejam lançados no cárcere, pregados em cepos e decapitados: Generosa, Vestina, Donata, Januária, Segunda, Esperato, Narzal, Tino, Vetúrio, Félix, Acelino e Letâncio, que se declaram cristãos e se recusam a tributar honra e reverência ao imperador".
Assim está descrito o martírio de santa Generosa e seus companheiros no catálogo oficial dos santos, também chamado Martirológio Romano. A veneração litúrgica de santa Generosa é celebrada no dia de seu trânsito para a vida eterna.
No dia 28 de novembro de 1758, nasceu a filha primogênita do casal
Postel, camponeses de uma rica fazenda em Barfleur, na Normandia,
França. A criança foi batizada com o nome de Júlia Francisca Catarina,
tendo como padrinho aquele rico proprietário.
Júlia Postel teve os estudos patrocinados pelo padrinho, que, como seus
pais, queria que seguisse a vida religiosa. Ela foi aluna interna do
colégio da Abadia Real das Irmãs Beneditinas, em Volognes, onde se
formou professora. No início, não pensou na vida religiosa, sua
preocupação era com a grande quantidade de jovens que, devido à pobreza,
estavam condenadas à ignorância e à inferioridade social.
De volta à sua aldeia natal, Júlia Postel, com determinação e
dificuldade, criou uma escola onde lecionava e catequizava crianças,
jovens e adultos abandonados à ignorância, até do próprio clero da
época, que desconhecia a palavra "pastoral". Era solicitada sempre pelos
mais infelizes: pobres, órfãos, enfermos, idosos, viúvas, que a viam
como uma mãe zelosa, protetora, que não os abandonava, sempre cheia de
fé em Cristo. Aos ricos pedia ajuda financeira e, quando não tinha o
suficiente, ia pedir esmolas, pois a escola e as obras não podiam parar.
Em 1789, a Revolução Francesa chegou arrasadora, declarando guerra e
ódio ao trono e à Igreja, dispersando o clero e reduzindo tudo a ruínas.
Júlia Postel fechou a escola, mas, a pedido do bispo, escondeu em sua
casa os livros sagrados e o Santíssimo Sacramento e foi autorizada a
ministrar a comunhão nos casos urgentes. Organizou missas clandestinas e
instruiu grupos de catequistas para depois da Revolução. Sua vocação
religiosa estava clara.
A paz com a Igreja foi restabelecida em 1802. Juntamente com duas
colegas e a ajuda do padre Cabart, Júlia Postel fundou a Congregação das
Filhas da Misericórdia, em Cherbourg.
Ao proferir seus votos, escolheu o
nome de Maria Madalena. A princípio, a formação das religiosas ficou
voltada para o ensino escolar e foi baseada nos mesmos princípios dos
irmãos das escolas cristãs, já que na época era grande essa necessidade.
Essas religiosas, aos poucos, foram se espalhando por todo o território
francês. Depois, a pedido de Roma, a formação foi mudada, quando
passaram a servir como enfermeiras.
Em 1832, madre Maria Madalena, junto com suas irmãs, estabeleceu-se nas
ruínas da antiga Abadia Beneditina de Saint-Sauveur-le-Vicomte. Foi
reconstruída com dificuldade e tornou-se a Casa-mãe da congregação.
Madre Maria Madalena Postel morreu com noventa anos de idade, em 16 de
julho de 1846. A fama de sua santidade logo se espalhou pelo mundo
cristão.
Foi beatificada em 1908 e depois canonizada pelo papa Pio XI, em 1925.
Está sepultada em Saint-Sauveur-le-Vicomte. A sua festa acontece no dia
17 de julho e a sua obra, hoje, chama-se Congregação das Irmãs de Santa
Maria Madalena Postel.
Santa Maria Madalena Postel, rogai por nós!
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Salvem os leões, matem os bebês!
A Disney lançará nos próximos dias a tão aguardada versão live action do clássico infantil “O Rei Leão”. Para alavancar a empolgação (ou o hype) da turma, o estúdio encampou recentemente uma campanha pela proteção dos leões africanos, em vista da queda no número desses felinos. Segundo relatórios, hoje no mundo existem cerca de 20 mil leões selvagens, metade do que havia quando a história de Simba, Timão e Pumba foi vista pela primeira vez nos cinemas, 25 anos atrás. Com a campanha Protect the Pride (Proteja os Leões), a Disney pretende reverter esse quadro e conscientizar as pessoas a preservarem mais o meio ambiente.
Nada contra. O cuidado com os animais é uma causa nobre e merece nossa atenção, sobretudo quando alguma espécie se acha em risco. A Criação não é — atenção — um objeto qualquer sobre o qual o homem pode exercer um domínio arbitrário e irresponsável. Como “obra boa de Deus” (Gn 1, 4), o meio ambiente deve ser acolhido como um dom, pois dele os homens retiram seu sustento, nele trabalham e edificam a sua “casa comum”.
A variedade das espécies, a beleza dos biomas e a vida que brota desses lugares refletem a onipotência divina, que livremente se dispôs a criar tudo isso. Daí que Santo Agostinho apontasse a Criação como uma das provas da existência de Deus: “Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo, que não está sujeito à mudança?” [1]
A reflexão da Igreja dedica, por isso mesmo, todo um capítulo da doutrina social ao cuidado com o ambiente. Baseado no testemunho das Escrituras, o Magistério afirma que “a natureza, obra da criação divina, não é uma perigosa concorrente” [2] ou uma ameaça ao ser humano, como postulam algumas ideologias modernas. Em vez disso, a Providência divina criou “tudo com medida, quantidade e peso” (Sb 11, 20), a fim de que cada organismo desempenhasse o seu papel, segundo a sua própria natureza dentro do cosmos.
E, no meio desse cosmos, o homem foi especialmente desejado por Deus, que o criou “à sua imagem e semelhança” para governar sabiamente todas as coisas, como um verdadeiro rei (cf. Gn 1, 26-27). A dignidade do homem sobre a natureza, portanto, não se fundamenta em uma ideologia especista, mas corresponde à lei natural, que rege as coisas deste mundo. Sendo uma criatura “semelhante” a Deus, o homem precisa agir com sabedoria, usar sua inteligência e vontade para o bem, para a realização do projeto divino. Disso depende, em grande parte, a harmonia da Criação.
O filme do “Rei Leão” defende a mesma coisa, através da metáfora. Durante um passeio pelo reino, o pai de Simba ensina-lhe que um rei, no exercício de sua tarefa, nunca deve fazer simplesmente o que quiser, nunca pode realizar “o que lhe dá na telha”. Ao contrário, um verdadeiro rei deve reinar sabiamente, preservando a ordem das coisas, que fazem parte de um “delicado equilíbrio”. Isso significa que todos estamos ligados ao “ciclo da vida”.
Mas há um rei, e ele precisa exercer esse reinado justamente para manter o equilíbrio do mundo. “O Rei Leão” deixa bem claro que, quando um rei não exerce a sua vocação, não assume a sua dignidade a pretexto de uma vida mansa e hippie — esquecendo-se, assim, de sua própria identidade —, então tudo se perde, tudo se corrompe, tudo vira anarquia.
Sem dúvida, a iniciativa da Disney tem o seu mérito. Mas há um problema, um enorme problema. É que o estúdio, o mesmíssimo estúdio que já fez a cabeça de milhões de crianças e agora luta pela preservação dos leões africanos, está, ao mesmo tempo, numa guerra feroz pelo “aborto legal” nos Estados Unidos.
Sim, é isso mesmo. A Walt Disney Pictures, cujo público é majoritariamente formado por crianças, decidiu advogar o pseudodireito de matar bebês no ventre das mães, depois que o governador da Geórgia assinou a chamada “lei do batimento cardíaco”, proibindo abortos quando forem reconhecidos os sinais vitais do feto. Numa entrevista, o CEO da Disney, Bob Iger, ameaçou deixar de filmar nesse estado americano enquanto a lei estiver em vigor.
Não é estranho? Não é escandaloso? Não é absurdo?
Disney, Netflix, Warner e tantas outras empresas que embarcaram nessa “barca furada” pelo direito ao aborto apenas estão servindo, mesmo que inconscientemente, a um projeto macabro de desconstrução da natureza humana. Após cederem ao lobby de ONGs e outras organizações, esses estúdios agora precisam formar a mentalidade de seu público para o ecocentrismo, segundo o qual a vida de um leão na selva tem mais valor que a de um bebê no ventre de suas mães. Afinal de contas, no dizer de alguns teólogos, o homem seria uma “célula cancerígena”, da qual a “Mãe Terra” deveria necessariamente se livrar.
Numa perspectiva ecológica sadia, o ventre materno é o mais indefeso dos ecossistemas e, portanto, o mais necessitado de proteção. No feto está a esperança para as futuras gerações, um pequeno irmão da nossa sociedade. Os ecoideólogos, porém, nivelam por baixo a natureza humana como se nela não houvesse uma dignidade singular, advinda de sua “imagem e semelhança” com Deus. Para os defensores dessa ideia, aliás, o Deus cristão não passa de uma invenção medieval que deve ser superada por um novo tipo de religião naturalista, que não reconhece a dignidade humana. Não haveria, pois, Deus algum acima dos céus, tampouco um homem à sua “imagem e semelhança” na terra. Em vez disso, devemos buscá-los na Gaia “Mãe Terra”, nos espíritos das florestas e em outras entidades pagãs.
O Magistério da Igreja tem rejeitado esse tipo de ecologia porque, na verdade, o que ela propõe é “eliminar a diferença ontológica e axiológica entre o homem e os outros seres vivos, considerando a biosfera como uma unidade biótica de valor indiferenciado”, onde se chega a “eliminar a superior responsabilidade do homem, em favor de uma consideração igualitária da ‘dignidade’ de todos os seres vivos” [3].
O que a Disney e as outras fundações não percebem é que a violação da natureza humana, com o propósito de fazer um controle populacional — que visa a construção de uma “nova era”, de uma “nova religião” e de uma sociedade onde os homens vivam simbioticamente com o planeta — em nada contribui com a preservação de leões, baleias e outras espécies em extinção.
Se não podemos fechar os ouvidos à linguagem do meio ambiente, existe, por outro lado, “uma ecologia do homem”, e ele também “possui uma natureza, que deve respeitar e não pode manipular como lhe apetece” [4]. Porque se o homem é privado da sua eminente dignidade, e se isso acontece já desde a concepção, então é assim que sua ação no mundo perderá o sentido, perderá o respeito pelo “delicado equilíbrio” da natureza. O rei precisa reinar.
Parece incrível que a Disney despreze as lições do próprio filme que produziu. Em “O Rei Leão”, o vilão Scar não só assassina seu irmão, o rei Mufasa, mas também planeja a morte de Simba, seu sobrinho. Depois, ele usurpa a Pedra do Reino com a promessa de uma “nova era”, onde leões e hienas estariam juntos, num “grande e glorioso futuro”. Scar dispensa os conselhos do “sacerdote” Rafki, rompe com a natureza e a tradição, instaurando uma nova ideologia igualitária e progressista.
Mas Scar é tão falso quanto sua própria ideologia. E o resultado de seu governo é o total desequilíbrio, de modo que todas as espécies padecem: as manadas se retiram para outras savanas, as fontes e os rios secam, faltam alimentos para os leões e as hienas. É o caos.
Apenas quando Simba retorna e recupera a sua dignidade real é que a natureza toda retoma o equilíbrio. E esse despertar de Simba veio pela intervenção de Rafki, que lhe desferiu um golpe na fronte, fazendo-o recordar-se do que havia aprendido com seu pai. Ele era o verdadeiro rei e deveria assumir essa dignidade para que as outras criaturas também tivessem a sua redenção.
Ao militar pelo aborto e a política do controle populacional, ao defender essa “nova era” de uma política igualitária e de uma religião naturalista, a Disney se coloca ao lado de Scar e seus sequazes, ou seja, ao lado dos falsos líderes da história humana, passando do rei do Egito até chegar a Herodes, Nero e os ditadores do último século, todos sanguinários que não respeitaram a lei natural das coisas, impondo falsos deuses e matando os primogênitos, seja nas águas do rio Nilo, seja nos campos de concentração, seja nas clínicas da Planned Parenthood.
Vale a pena recordar o que dizia o então Cardeal Ratzinger a respeito de sua infância à sombra do Terceiro Reich, na Alemanha dos anos 1930. Naquela época, a família Ratzinger já notava como o cristianismo era substituído por um novo culto à “santa natureza”, com festejos aos solstícios e outros fenômenos naturais. O propósito do governo era, afinal, abandonar a “estranha religião judaico-cristã”, com suas ideias sobre pecado e redenção, e no lugar colocar a cultura germânica natural. Na sua cidade, os símbolos do ano litúrgico foram trocados por uma “Árvore de Maio”, que simbolizava a vida. O resto todos conhecem. Todos sabem como esse culto pagão, essa falsa defesa da natureza, essa ideia equivocada sobre vida, levou milhões à morte, num dos crimes mais bárbaros da história.
Hoje em dia, diz Ratzinger, “quando ouço as críticas ao cristianismo pela destruição da identidade cultural de um local, invadido por valores europeus, percebo como as argumentações são semelhantes, e muitas frases floreadas me soam familiares” [5]. E soam familiares porque se trata das mesmas ideias, embora estejam com um novo verniz.
Por trás de todo esse ecologismo, esse igualitarismo, esse neopaganismo, existe um desprezo diabólico por Deus e pelo homem. Existe, no fundo, um desejo de poder, de dominação irresponsável, incrédula, que precisa destronar o verdadeiro Deus para colocar-se a si mesmo no lugar, como Scar fez no filme “O Rei Leão”. E precisa matar os herdeiros, e matá-los já no ventre. Aliás, a cena em que Scar planeja o assassinato de Mufasa e de Simba foi toda inspirada nas marchas nazifascistas. Ele queria a “nova era”.
Mas o rei verdadeiro deve regressar. E aqui está o papel profético dos católicos, de todos os cristãos. Nós, como o “sacerdote” Rafki, devemos despertar as consciências dos homens, trazendo-os de volta à dignidade de batizados, de filhos de Deus, e, ao mesmo tempo, denunciando toda essa artimanha contra a vida, toda essa cultura da morte, que tolhe a existência humana desde a sua base. “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade”, dizia São Leão Magno [6]. Somente desse modo o “delicado equilíbrio” da natureza pode ser verdadeiramente salvo, somente assim os leões africanos terão seu habitat protegido.
Somente quando o homem, filho de Deus, assumir a sua vocação e respeitar a dignidade de todos os seus irmãos homens, desde o feto até o ancião, é que haverá uma verdadeira ecologia.
Site: Padre Paulo Ricardo
Mulher empurra Padre Marcelo Rossi de palco durante missa
Cena surpreendeu fiéis que assistiam à celebração do religioso em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo
Veja vídeo abaixo:
Santo do dia - 15 de julho
Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco.
Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro.
Boaventura buscou a Ordem Franciscana porque, com seu intelecto privilegiado, enxergou nela uma miniatura da própria Igreja. Ambas nasceram contando somente com homens simples, pescadores e camponeses. Somente depois é que se agregaram a elas os homens de ciências e os de origem nobre. Quando frei Boaventura entrou para a Irmandade de São Francisco de Assis, ela já estava estabelecida em Paris, Oxford, Cambridge, Estrasburgo e muitas outras famosas universidades européias.
Essa nova situação vivenciada pela Ordem fez com que Boaventura interviesse nas controvérsias que surgiam com as ordens seculares. Opôs-se a todos os que atacavam as ordens mendicantes, especialmente a dos franciscanos. Foi nesta defesa, como teólogo e orador, que teve sua fama projetada em todo o meio eclesiástico.
Em 1257, pela cultura, ciência e sabedoria que possuía, aliadas às virtudes cristãs, foi eleito superior-geral da Ordem pelo papa Alexandre IV. Nesse cargo, permaneceu por dezoito anos. Sua direção foi tão exemplar que acabou sendo chamado de segundo fundador e pai dos franciscanos. Ele conseguiu manter em equilíbrio a nova geração dos frades, convivendo com os de visão mais antiga, renovando as Regras, sem alterar o espírito cunhado pelo fundador. Para tanto dosou tudo com a palavra: para uns, a tranqüilizadora; para outros, a motivadora.
Alicerçado nas teses de santo Agostinho e na filosofia de Platão, escreveu onze volumes teológicos, procurando dar o fundamento racional às verdades regidas pela fé. Além disso, ele teve outros cargos e incumbências de grande dignidade. Boaventura foi nomeado cardeal pelo papa Gregório X, que, para tê-lo por perto em Roma, o fez também bispo-cardeal de Albano Laziale. Como tarefa, foi encarregado de organizar o Concílio de Lyon, em 1273.
Nesse evento, aberto em maio de 1274, seu papel foi fundamental para a reconciliação entre o clero secular e as ordens mendicantes. Mas, em seguida, frei Boaventura morreu, em 15 de julho de 1274, ali mesmo em Lyon, na França, assistido, pessoalmente, pelo papa que o queria muito bem.
Foi canonizado em 1482 e recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica ocorre no dia se sua passagem para a vida eterna.
São Boaventura, rogai por nós!
No final do século IX, o povo russo começava a viver sob a influência do Cristianismo, depois da conversão da futura santa Olga de Kiev.
Neto de Santa Olga, Vladimir era o filho mais novo de Sviatoslav de Kiev, com sua empregada Malusha. Malusha, era uma profetisa que viveu até os 100 anos de idade e fora trazida de sua caverna ao palácio para prever o futuro.
O irmão de Malusha, Dobrynya, era tutor de Vladimir e seu conselheiro mais fiel. Uma tradição hagiográfica, liga sua infância ao nome de sua avó, Olga Prekrasa, que era cristã e governava a capital durante as freqüentes campanhas militares de Esviatoslav, seu filho.
Com a morte do pai, o príncipe Vladimir, hábil e audacioso, começou a governar as terras que herdara. Guerreou contra o irmão que estava em Kiev e o venceu. Subiu ao trono de Kiev em 980. No início, idólatra e animado por um zeloso ardor pelos deuses vikings, chegou a dedicar um templo ao deus do trovão e do relâmpago, Perun, onde sacrifícios humanos eram realizados.
O príncipe levava uma vida devassa. Ao retornar de uma campanha vitoriosa contra os Jatvagues (983), ele decidiu dar graças aos deuses, por meio de um sacrifício. As vítimas escolhidas foram um mercador varegue, chamado Teodoro, e seu filho João, cristãos, parentes de sua avó Olga. As circunstâncias dessas mortes e a firmeza no testemunho da fé de ambos impressionaram Vladimir.
A maneira como eles se entregaram à morte, surpreendeu o príncipe Vladimir, tocando-lhe, fortemente, a consciência. Após haver consultado seus conselheiros, ele enviou embaixadores a diversos países, para obter informações de como os povos viviam a religião. Quando os emissários, enviados à capital bizantina assistiram às diversas cerimônias que eram realizadas na Igreja de Santa Sofia, ficaram impressionados: "Nós não conseguíamos entender se estávamos no Céu ou na Terra. Pois, não existe, aqui na Terra, um espetáculo como aquele, nem tamanha beleza. Nós não somos capazes de definir tal magnificência. Sabemos, apenas, que é lá que Deus vive com os homens e que sua cultura ultrapassa a de todos os outros países. Jamais esqueceremos o que vimos em beleza e compreendemos que, doravante, será impossível, para nós, viver na Rússia de forma diferente!"
Convencido de que a glória manifestada através das celebrações e das liturgias era o resplendor da Verdade, o príncipe Vladimir decidiu tornar-se cristão. Aceitou a Fé Cristã e mudou completamente sua atitude. A mudança ocorreu de forma rápida, mas gradual. Primeiro, ordenou aos sábios da corte que viajassem a diversos países para verificarem qual era a religião verdadeira. Em seguida, chamou religiosos dos diversos países muçulmanos, judeus, budistas e cristãos. O próprio Vladimir questionou todos eles, ouvindo, atento, suas pregações. O que mais o impressionou foi o grego que pregou o evangelho de Cristo. Os sábios voltaram tocados pela graça, com toda a manifestação de fé em Cristo que viram em Constantinopla, no templo de Sofia. Então eles disseram a Vladimir: "Se a religião de Cristo não fosse a verdadeira, então sua avó Olga, que era sábia, não a teria aceitado".
Vladimir começou a estudar o Evangelho e foi batizado em 989. Logo em seguida, recebeu o sacramento do matrimonio com a princesa Ana, filha de Basílio de Constantinopla. Desde então, chegavam cada vez mais sacerdotes missionários que percorriam seus domínios catequizando o povo e ministrando o batismo. O Cristianismo consolidou-se ainda mais quando Vladimir casou-se com a piedosa neta do imperador da Germânia, após o falecimento da princesa Ana.
Modificando completamente seu caráter, e adotando a doçura e singeleza das atitudes evangélicas, Vladimir suprimiu a pena de morte e passou a levar uma vida agradável a Deus, que fez com que seu povo passasse a defini-lo como o "Sol resplandecente". Ele substituiu os templos pagãos por Igrejas e mandou erigir um esplêndido santuário dedicado à Dormição da Mãe de Deus, exatamente no local onde foram martirizados São Teodoro e o filho, João.
Vladimir morreu em Berestovo, perto de Kiev, em 1015. Seu corpo foi desmembrado em várias partes que foram distribuídas entre numerosas fundações sagradas onde são veneradas como relíquias. Uma das maiores catedrais de Kievan é dedicada a ele.
As igrejas romanas católicas e ortodoxas orientais comemoram no dia 15 de julho a festa de São Vladimir.
São Vladimir de Kiev, rogai por nós!
domingo, 14 de julho de 2019
Evangelho do Dia
Evangelho Cotidiano
15º Domingo do Tempo Comum
Santo do dia - 14 de julho
Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália.
Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.
Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.
Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.
O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.
Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.
Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.
Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.
Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.
Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!
Santa Catarina Tekakwitha
Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.
Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.
Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu.
Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade.
Sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde.
Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos, tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças.
A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo.
O papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente". Sua festa ocorre no dia 14 de julho.
Santa Catarina Tekakwitha, rogai por nós!
Francisco era descendente de nobres, nasceu no dia 10 de março de 1549, em Montilla, na Andaluzia. Os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez, cristãos fervorosos, muito cedo o enviaram para o colégio dos jesuítas, que formariam seu caráter. Aos vinte anos, por inspiração e dons, ordenou-se franciscano. A sua conduta exemplar logo o levou a cargos importantes dentro da Ordem, os quais logo abandonava. O que mais ansiava era ser um missionário. Mesmo não tendo uma retórica eloqüente, arrebatava seus ouvintes pela convicção na fé que professava.
Contudo teve de adiar por uns tempos a execução de seus planos de viajar, porque precisou socorrer sua própria pátria. Uma devastadora peste atacou a Espanha e ele logo pediu para ser aceito como enfermeiro. Tratando dos doentes, principalmente dos mais pobres, acabou contraindo a doença. Mas isso não o abateu. Assim que se recuperou, voltou a cuidar deles.
Enfim, Francisco foi escalado para uma missão evangelizadora no novo continente latino-americano, embarcando em 1589. No caminho, já começaram a despontar os dons que marcariam toda a sua existência. Os relatos informam que uma violenta tempestade atingiu o seu navio, que encalhou num banco de areia. A situação era muito crítica e poderia ser fatal para todos. Porém, com sua presença e palavra de fé, acalmou as pessoas. Em vez de pânico, o que se viu foi brotar a confiança em Deus. Com isso, acabou batizando muitos passageiros e também os escravos negros que viajavam com eles. Logo depois, o que Francisco dissera aconteceu. Um outro navio os avistou e a salvo chegaram ao destino: Lima, no Peru.
Foram quinze anos de apostolado incansável, marcados pela caridade cristã e pela pregação da palavra de Cristo. Francisco protagonizou vários acontecimentos que marcariam não só sua história, como a da própria Igreja. Tinha uma capacidade milagrosa para aprender as novas línguas e a cada tribo catequizava em seu próprio dialeto, conquistando os índios de maneira simples e tranqüila. Além disso, curou muitos doentes, apenas com o toque de seu cordão de franciscano. Livrou totalmente uma vasta região da praga dos gafanhotos. E fez brotar água num lugar seco e deserto, onde muitos doentes se curaram apenas por bebê-la, hoje conhecida como "Fonte de São Francisco Solano".
Enfim, percorreu os três mil quilômetros entre Lima e Tucumán, às margens do rio da Prata, na Argentina, deixando um rastro de pagãos convertidos e feitos fantásticos. Mesmo viajando sem cessar, de Missão em Missão, como catequista, jamais abandonou a caridade e o cuidado com os doentes, características típicas de um frade.
Passou os últimos cinco anos de sua vida em Lima, reformando os conventos de sua Ordem e restaurando a disciplina franciscana que fora perdida. Aos sessenta e quatro anos, pela graça de seus dons, conheceu com antecedência a hora de sua morte. Preparou-se, assim, para sua chegada em 14 de julho de 1631.
Ele foi canonizado, em 1726, pelo papa Bento XIII. São Francisco Solano, também chamado de Apóstolo do Peru e da Argentina, venerado como Padroeiro dos Missionários da América Latina, é festejado no dia de sua morte.