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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Se não se aceita pena de morte, não se pode aceitar aborto', diz cardeal

Conselheiro do Papa afirma que prática é atentado contra um inocente que não pode se defender



Coordenador do "C9", grupo de cardeais que aconselha o Papa Francisco na reforma da Cúria e no governo da Igreja Católica, Óscar Maradiaga, de 75 anos, defende as ações do Pontífice no combate aos casos de abusos sexuais e critica a divulgação de uma carta do arcebispo italiano Carla Maria Viganò, que, em agosto, criticou o Pontífice por ter se silenciado sobre abusos sexuais. Segundo Maradiaga, a atitude foi um "equívoco", já que Viganò tinha uma função diplomática e não poderia revelar segredos. Para o cardeal, uma reunião deverá ocorrer em fevereiro no Vaticano como esforço para prevenir novos casos.

Em São Paulo para participar do III Congresso Internacional da Doutrina Social da Igreja, realizado pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal) e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Maradiaga falou sobre dogmas da igreja. Posicionou-se contra o aborto, o que classificou como "pena de morte", e contra a união de casais homossexuais:  — Se Deus tivesse querido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria nos desenhado de outra maneira. Todos sabem como é o corpo, e que homens e mulheres se complementam também sexualmente.

 O Papa convocou uma reunião com os secretários-gerais das conferências episcopais de todo o mundo para discutir a proteção a menores contra abusos sexuais. O que motivou essa decisão?
Mais do que sobre os abusos, o enfoque (da reunião) será na prevenção, porque infelizmente os abusos já aconteceram. Agora há que se buscar que não se repitam. Por isso, a ênfase na prevenção.

Foi uma resposta às acusações de que a Igreja e o Papa não deram destaque aos casos de abusos?
Claro. Dizer que o Pontífice não dá a devida atenção a esse tema é um disparate. Nenhum Pontífice deu a resposta que ele tem dado. Pensemos que praticamente tirou o cardinalato de um cardeal (em junho, após acusações de assédio sexual, o Vaticano pediu ao cardeal Theodore McCarrick, dos EUA, que não exercesse mais publicamente seu ministério e, em julho, o Papa aceitou o pedido de renúncia do cardeal). Houve ainda a resposta dada no Chile, com uma visita extraordinária e reuniões que foram feitas. (Francisco enviou investigadores para reunir informações sobre casos de abusos no Sul do país e, esta semana, demitiu um padre acusado de abusos).

Como o senhor vê a carta que o arcebispo Carla Maria Viganò publicou acusando o Papa de ter silenciado abusos sexuais?
Na Igreja há mais de cinco mil bispos. Acha que uma carta é que deve ser levada em conta? Esse senhor se equivocou. Ele tinha uma tarefa específica. Ele era um diplomata da Igreja. Qualquer pessoa que pertence a um corpo diplomático está chamado a guardar alguns segredos. Se ele estivesse em qualquer outro país, já estaria preso. É a lei. Sinto muito pesar, porque essa não era sua função. Talvez estivesse amargurado. Mas se deve dar importância a um em mais de cinco mil bispos?

Mas não foi uma maneira de o Papa contestar e demonstrar preocupação sobre o tema?
Ele já tinha demonstrado muito antes. Além disso, foi algo planejado, com tempo, quase como uma bomba-relógio que queriam que explodisse no dia de encerramento da Jornada Mundial das Famílias, na Irlanda. Acha que foi com boa intenção? Os fatos falam por si. Não daria tanta importância.

Neste mês, o conselho consultivo de cardeais, coordenado pelo senhor, entregou uma proposta para uma nova Constituição Apostólica para a Cúria Romana. Do que se trata?
Para a organização da Cúria Vaticana existe uma Constituição. Assim como a Constituição dos países, que é a lei geral. Ela rege todo o funcionamento da Cidade do Vaticano e da Cúria Vaticana. Essas reformas já foram feitas em muitas ocasiões (a última foi em 1989 e dura até hoje). Então, quando começou o pontificado, o Papa Francisco estabeleceu essa comissão, coordenada por mim, para a reforma. Já fizemos um processo enorme de consulta. Sendo otimistas, se as conferências responderem a tempo, pensamos em promulgá-la em junho do ano que vem.

Quais são os pontos principais dessa reforma?
Não é, como muitos pensam, uma reforma da Igreja. É uma reforma da Constituição da Igreja. Muitas reformas são conhecidas. Uma das mais conhecidas foi a mudança nos processos de nulidade dos casamentos anulados. Foi muito agilizado. Antes, era necessária uma segunda instância que normalmente se fazia em outro país, que não o de origem. Em Honduras, quando tínhamos um caso, depois de resolvê-lo em um tribunal, tínhamos que apresentar em uma segunda instância em El Salvador, por exemplo. Imagine o problema dos processos que vão e vêm, e o tamanho dos expedientes. Logicamente, os de El Salvador respondiam os casos locais antes dos de outro país, o que fazia com que os processos fossem lentos. O Santo Padre fez a reforma de retirar a necessidade dessa segunda instância em outro país. A segunda instância agora é com cada bispo diocesano, o que acelera bastante o processo.

Qual é a importância de a Igreja se renovar, considerando que os fiéis também mudam?
Essas reformas são mais de enfoque teológico. Mas muitas pessoas não levam em conta que, desde o começo do pontificado, houve reformas enormes, que estão na Exortação Evangélica. O Papa dispõe, por exemplo, que sejamos uma Igreja de saída, quase como um hospital de campanha. Não ficarmos, eu como bispo, esperando que as pessoas venham até mim. Saio ao encontro especialmente daqueles que estão se afastando, seja porque não tiveram oportunidade de se aproximar ou por algum ressentimento ou problema que tiveram. É uma Igreja próxima, missionária. Todas são reformas que talvez as pessoas não tenham dado muita importância, esperando quem sabe o quê.

Talvez esperando que a Igreja trate também de temas polêmicos, presentes na sociedade, como aborto ou casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Mas desses temas já se falou até a saciedade. Mas se somos herdeiros de um Deus que é o Deus da vida não podemos aceitar a morte. A morte natural é um processo, mas a pena de morte não pode ser aceita, porque vai diretamente contra Deus. E, se somos a Igreja do senhor Jesus Cristo, é uma Igreja que deve defender a vida. E, por conseguinte, o aborto não pode ser aceito, porque é matar. A maioria dos países hoje condena a pena de morte. Inclusive o Papa fez uma reforma muito importante no catecismo, da qual não se falou muito, em que ele disse que não se pode aceitar a pena de morte. É que na redação de 1985 do catecismo se dizia que em casos excepcionais se poderia aceitar a pena de morte. 
Agora não. E, se não se aceita a pena de morte, não pode se aceitar o aborto, que é a pena de morte para um inocente, que não pode se defender.
E o acolhimento a fiéis homossexuais? O Papa já fez chamados nesse sentido.

As pessoas não podem ser rejeitadas. Mas há coisas que são naturais e outras que não. Se Deus tivesse querido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teria nos desenhado de outra maneira. Todos sabem como é o corpo, e que homens e mulheres se complementam também sexualmente.

O Globo

Santo do dia - 18 de setembro

São José de Cupertino


O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio


No dia 17 de junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia de Copertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família Desa, cujo pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a família. Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros meses de vida, porque o pai, endividado, teve de vender o pouco que possuíam.

Já naquela época, os desníveis sociais geravam miséria, insegurança e sofrimento, impedindo que filhos de famílias pobres estudassem e desenvolvessem sua cultura e inteligência. Mas, apesar de iletrado, o menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da miséria, como ele.

Quando completou 17 anos, estava determinado a tornar-se frade, mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi aceito no Convento de Grotella, pelos Frades Menores, que o acolheram e lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.

Mesmo renegado, estava determinado a ser sacerdote. Foi então que as graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade que tinha em estudar, milagrosamente saía-se muito bem nas provas para tornar-se sacerdote. Desde então, começaram a aparecer sinais de predileção divina e fenômenos que atestavam sua santidade interior, presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram manifestações extraordinárias, como, por exemplo, curas totalmente milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. Ainda: em êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e, sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor. Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.

Outro fato relevante na vida de José de Copertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, sua fama de bom cristão, seu comportamento peculiar e seus milagres chegaram a Roma. O papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor. Talvez esse tenha sido um dos dias mais felizes na vida de José de Copertino.

Em 1628, foi ordenado sacerdote. José de Copertino mergulhou tão profundamente nas coisas de Deus que acabou se tornando um conselheiro de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral. Todos o procuravam. E ele os atendia com paciência, humildade e sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam.

José de Copertino morreu aos 60 anos de idade, no dia 18 de setembro de 1663, no Convento de Osímo, Itália. O local, que se tornara um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente, um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos como "o santo mais simpático da hagiografia católica".

Os frequentes êxtases espirituais, que lhe permitiam "voar" literalmente pela igreja, fizeram de são José de Copertino o padroeiro dos aviadores e paraquedistas. Também, devido à sua determinação diante das numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames de seleção, é considerado o santo padroeiro dos estudantes que se encontram nessa condição, anualmente.


 São José de Cupertino, rogai por nós!
 

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Santo do dia - 17 de setembro

Santa Hildegarda de Bingen


Abadessa beneditina (1098-1179)
Hildegarda, descendente de nobre e riquíssima família alemã, nasceu no castelo de Böckekheim, na bela região do rio Reno, em 1098. Como era o costume na época, aos oito anos de idade foi entregue aos cuidados de religiosas, mais especificamente da abadessa Jutta, do convento das monjas beneditinas. Lá, recebeu os primeiros fundamentos dos ensinamentos de Cristo, aprendendo o desapego que deveria ter com as coisas e vaidades mundanas.

Assim, depois de conhecer e conviver na comunidade religiosa, Hildegarda pediu para ser aceita entre as beneditinas, ingressando como noviça sem dificuldade alguma. Quando, em 1136, a superiora Jutta morreu, a direção do mosteiro passou para as mãos de Hildegarda. Além desse convento sob seu governo, ela fundou outros dois: em 1147, o de Bingen e, em 1165, o de Eibingen, ambos na Alemanha.

Desde a infância, ela apresentava uma personalidade muito carismática e um alto grau de elevação mística. Aos poucos, esses dons acabaram se manifestando como visões, definidas por ela mesma como "lux vivens", ou seja, luz vivificante. Um dia, Hildegarda ouviu uma voz superior, que ela identificou como do Espírito Santo, ordenando-lhe que escrevesse todas as revelações que lhe eram feitas.

Apesar de não ser letrada, Hildegarda acabou por desenvolver uma grande atividade literária. Por esses dons, acabou adquirindo muito conhecimento sobre medicina e ciências naturais, transmitidos, depois, por livros precisos que escreveu sobre essas matérias, reconhecidos cientificamente. Mas o seu talento enciclopédico expressou-se, em particular, no canto e na música. Ela foi, talvez, a primeira mulher musicista da história da Igreja Católica.

O final de sua vida foi muito sofrido e amargurado. Além de estar muito doente, ainda foi vítima de injustiças e mentiras, devido ao seu rigor como superiora séria e disciplinada. Aos 82 anos, no dia 17 de setembro de 1179, Hildegarda morreu no seu Convento de Bingen. Pôde, finalmente, descansar ao lado do Senhor.

Essa mulher extraordinária, mística beneditina, cientista, conselheira de bispos e imperadores, seguiu influenciando a espiritualidade católica, mesmo depois de sua morte, por meio de seus escritos, traduzidos em quase todas as línguas do mundo, desde a Idade Média até os nossos dias. No século XX, em 1921, ainda a influência do seu carisma inspirou a criação uma nova congregação, a das Irmãs de Santa Hildegarda.

Com a fama de sua santidade reconhecida ainda em vida, fez com que vigorasse um culto expressivo e ininterrupto, mantido entre os fiéis do mundo todo. O local de sua sepultura tornou-se um dos centros de peregrinação mais visitado. Santa Hildegarda teve a sua veneração litúrgica autorizada pela Igreja, para ser comemorada no dia de sua morte.


Santa Hildegarda de Bingen, rogai por nós! 


São Roberto Belarmino
 
Bispo e doutor da Igreja (1542-1621)

Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram 12 filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.

O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida. Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.

Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.

Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com 202 professores e 2 mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de 50 idiomas.

Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por 27 dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os 22 anos seguintes.

Morreu aos 79 anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, consequência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de Doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.



São Roberto Belarmino, rogai por nós!




segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Santo do dia - 16 de setembro

São Cipriano


Bispo e mártir (200-258)

A violenta perseguição anticristã de Décio, que custou a vida a milhares de cristãos, suscitou na Igreja a questão dos assim chamados libelistas - isto é, aqueles dentre os cristãos que, para fugir à condenação capital, iam à procura, dissimuladamente, do 'libellus', ou seja, do certificado que os apontava como bons e honestos cidadãos, por terem prestado homenagem à estátua de um ídolo, com alguns grãos de incenso. Quem, em seguida, tivesse abertamente renegado a Cristo era declarado 'lapsus', quer dizer, decaído.

O novo pontífice Cornélio se manteve numa linha moderada, readmitindo na comunhão os libelistas e concedendo o perdão aos 'lapsi', que podiam ser absolvidos na iminência da morte. Mas Novaciano, um intransigente presbítero romano, contestou o papa e, portanto, a Igreja, afirmado o direito de perdoar, quer fossem os libelistas, quer fossem os 'lapsi'. E, declarando Cornélio deposto, elegeu a si próprio papa.

Cipriano, bispo de Cartago, alinhou-se com o legítimo pontífice. Contra o antipapa Novaciano escreveu seu mais importante tratado: o 'De catholicae ecclesiae unitate', além de numerosas cartas, que o colocam entre os grandes escritores da literatura cristã latina.

Tácio Ceciliano Cipriano, nascido na África consular, se convertera ao cristianismo depois de uma brilhante carreira como docente de retórica e cidadão eminente na esplêndida cidade de Cartago (da qual se tornou bispo em 248). Sua eleição episcopal coincide com o novo edito imperial contra os cristãos.

Durante a perseguição, Cipriano escolheu a via da clandestinidade; depois, passada a tormenta, retornou a Cartago e concedeu o perdão aos libelistas - uma linha moderada que teve a aprovação de Cornélio. Ao recomeçar a perseguição, no império de Valeriano, Cornélio foi relegado a 'Centumcellae', a atual Civitavecchia, onde morreu em decorrência dos sofrimentos, e foi sepultado nas catacumbas de Calisto.


 São Cipriano, rogai por nós!

São Cornélio

Papa e mártir (+253)


Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado depois de um período vago na cátedra de São Pedro, devido à violenta perseguição imposta pelo imperador Décio. O papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, menos por Novaciano, que esperava ser o sucessor, martirizado por aquele cruel tirano. Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja.

A Igreja debatia internamente para tentar uma solução definitiva quanto à conduta a ser adotada em relação a um dos seus maiores problemas da época, referente aos "lapsos", nome dado aos sacerdotes e fiéis que renegavam a fé e separavam-se da Igreja durante as perseguições que se impunham aos cristãos.

Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e uma postura muito indulgente, boa e compreensiva para com os desertores da fé católica. Atitudes que lhe valeram grandes atribulações e incompreensões. Apesar de toda essa oposição, contou sempre com o apoio incondicional e fiel do bispo Cipriano de Cartago, Argélia, norte da África.

Entretanto, o imperador Décio morreu em combate, sendo sucedido por Galo, que voltou com as perseguições. Assim, o papa Cornélio acabou preso e exilado para um lugar que hoje se chama Civitavecchia, em Roma.

Foi no exílio que o papa Cornélio passou os últimos dias da sua vida. Encontrava um pouco de alegria nas cartas que recebia do bispo Cipriano, seu admirador e amigo de fé, muito preocupado em mandar-lhe algumas palavras de consolo.

Morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio por ordem daquele imperador, por não aceitar prestar culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no Cemitério de São Calixto. A festa litúrgica do santo papa Cornélio foi colocada, no calendário da Igreja, no dia 16 de setembro, junto com a de são Cipriano, que depois também foi martirizado pela fé em Cristo.


 São Cornélio, rogai por nós!


 

domingo, 15 de setembro de 2019

Coroa das Sete Dores de Maria Santíssima

Costuma a piedade cristã venerar de modo especial as sete dores da Virgem Maria. 

Santa Brígida diz-nos em suas Revelações, aprovadas pela Igreja, que Nossa Senhora prometeu conceder sete graças a quem rezar, em cada dia, sete Ave-Marias em honra das suas Dores e Lágrimas.

Dum modo especial vos queremos desagravar contra a Vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus, Mãe dos homens. 

Outros, não vos podendo ultrajar diretamente, descarregaram nas Vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações, sobretudo das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.


Virgem Santíssima, aqui prostrados aos Vossos pés, nós vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prometemos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.

Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predileções, nem vos honramos e amamos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados, misericordioso perdão.

Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao Vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio nas angústias e tentações da vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja…
 
Eis as promessas:
1. Porei a paz em suas famílias.
2. Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3. Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei em suas aflições.
4. Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade adorável do Meu Divino Filho e à santificação das suas almas.
5. Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6. Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o Rosto de Sua Mãe Santíssima.
7. Obtive de meu Filho para os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhes-ão apagados todos os seus pecados e o meu Filho e eu seremos a sua eterna consolação e alegria.
Pelo sinal da santa cruz… Abri, Senhor, meus lábios. E a minha boca pronunciará o Vosso louvor. Meu Deus, em meu favor e amparo atende. E dos meus inimigos defende. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Pelos séculos dos séculos. Amém.

Leia tambémAs Dores de Maria
Nossa Senhora sofreu as nossas dores
As sete palavras do Senhor na Cruz
Nossa Senhora das Dores

Preparação
Virgem dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos para promover a memória e o culto de Vossas Dores e Lágrimas, particulares graças para uma sincera penitência,oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos méritos de Vossas Dores e Lágrimas, a graça…

Virgem sem mácula, Mãe de piedade, cheia de aflição e de amargura; com toda a humildade de meu coração eu vos suplico que ilustreis o meu entendimento e acendais minha vontade, para que com espírito fervoroso e compassivo contemple as dores que se propõem nesta Santa Coroa, e possa conseguir as graças e favores prometidos, aos que se ocupam neste santo exercício. Amém.
Primeira Dor
Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes com a profecia de Simeão, quando vos disse que Vosso coração seria o alvo da paixão de vossas dores, obrigando-vos em memória desta dor, com: um Pai Nosso, sete Ave Marias e um Glória ao Pai.

Segunda Dor
Compadeço-me, Senhora, de Vós, pela dor que sofrestes no desterro ao Egito, pobre e necessitada naquela longa viagem. Fazei, Senhora, que eu seja livre das perseguições de meus inimigos: obrigando-vos em memória desta dor, com: um Pai Nosso, sete Ave Marias e um Glória ao Pai.

Terceira Dor
Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes, com a perda de vosso Filho em Jerusalém por três dias. Concedei-me lágrimas de verdadeira dor para chorar minhas culpas, pelas vezes que perdi a meu Deus, e que o ache para sempre: obrigando-vos…
 
Quarta Dor
Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes vendo Vosso Filho com a cruz sobre seus ombros, caminhando para o Calvário entre escárneos, baldões e quedas. Fazei, Senhora, que leve com paciência a cruz da mortificação e dos trabalhos: obrigando-vos…

Quinta Dor
Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes vendo morrer Vosso Filho, pregado numa cruz entre dois ladrões. Fazei, Senhora, que viva crucificado a meus vícios e paixões: obrigando-vos…

Sexta Dor

Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes ao receberdes em vossos braços aquele Santíssimo Corpo de Jesus, exangue por tantas chagas e feridas. Fazei, Senhora, que meu coração viva ferido do amor divino, e morto a todo amor profano: obrigando-vos…

Sétima Dor
Compadeço-me de Vós, Senhora, pela dor que padecestes em vossa soledade, depois de sepultado vosso Filho. Fazei, Senhora, que eu fique sepultado para tudo o que é terreno e viva só para Deus e para Vós: obrigando-vos…

Oração
Dai-nos, Senhora, compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a “Mãe das Dores”, para que possamos participar de Vossos sofrimentos e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no Céu. Amém.

Fonte: Prof. Felipe Aquino

Oração a Nossa Senhora das Dores - 15 de setembro

Oração de Santo Afonso a Nossa Senhora das Dores

15 de setembro, dia dedicado a Nossa Senhora das Dores

Devotos de Fátima


Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano 

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

24º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Lc Lc 15,1-32 )

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
 
Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então Jesus contou-lhes esta parábola: “Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’

Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’.
Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”. E Jesus continuou.

“Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.