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sexta-feira, 13 de março de 2020

Curiosidades sobre a Via-Sacra...

O que é a Via-Sacra?


É um piedoso exercício em que meditamos o doloroso caminho que Jesus percorreu desde o pretório de Pilatos até ao Calvário, onde foi crucificado e morreu pela nossa Redenção.


Como surgiu a prática deste exercício?
A origem deste santo exercício é devida ao Coração amante e desolado da SS. Virgem. Esta pobre Mãe, depois da Ascensão de Jesus ao Céu, tinha por único consolo banhar de lágrimas o caminho que o seu querido Jesus tinha regado com o seu sangue divino… – Os fiéis imitaram o exemplo de Maria, e de todas as partes do mundo afluíram, à custa de mil perigos e incômodos, a Jerusalém, para venerar os santos lugares e ganhar as indulgências concebidas pelos Sumos Pontífices. – Mas a Igreja, Mãe piedosa, para poupar incômodos a seus filhos e lhes facilitar os meios de santificação, concedeu as mesmas indulgências de Jerusalém aos que visitassem as catorze Cruzes ou Estações da Via-Sacra, devidamente eretas.
 
Qual é o objetivo desta devoção?

O fim desta devoção é exercitar nas almas os sentimentos – de gratidão e amor para com Nosso Senhor Jesus Cristo, que tanto sofreu por nós, – de contrição dos nossos pecados, que foram a causa dos sofrimentos do Salvador, – de imitação dos exemplos de heroicas virtudes, que Jesus nos deixou na sua Paixão e Morte. – Não admira, pois, que este Exercício agrade tanto ao nosso amável Redentor e produza, nas almas que o praticam, abundantes frutos de santidade.

Indulgências anexas à Via-Sacra
Concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da Via-Sacra, piedosamente. Com o piedoso exercício da Via-Sacra renova-se a  memória das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até o monte Calvário, onde morreu na cruz para a nossa salvação. Para ganhar a indulgência plenária, determina-se o seguinte:
– O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da via-sacra, legitimamente eretas.
– Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém.
– Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação.
– Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma  das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.
– Os legitimamente impedidos poderão ganhar a indulgência com uma piedosa leitura e meditação da Paixão e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.
– Assemelham-se ao piedoso exercício da via-sacra, também quanto à aquisição da indulgência, outros piedosos exercícios, aprovados pela competente autoridade: neles se fará memória da Paixão e Morte do Senhor, determinando também catorze estações.
– Entre os orientais, onde não houver uso deste exercício, os Patriarcas poderão determinar, para lucrar esta indulgência, outro piedoso exercício em lembrança Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Leia também: Meditando a Via Sacra
A Via Sacra: Que é? Como teve origem? EB
Meditação da Paixão de Cristo

Como se reza a Via-Sacra?
Existem muitos modelos de meditações. Aqui deixamos apenas uma sugestão:


MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

DEVOÇÃO A SAGRADA FACE DE CRISTO

DEVOÇÃO A SAGRADA FACE DE CRISTO

Esta santa devoção teve origem com a impressão milagrosa do Rosto de Cristo no lenço de Verônica, uma tradição muito respeitada na Igreja. O Papa Bento XVI fez questão de venerar o Véu de Verônica na cidade de Manoppello na Itália, em setembro de 2006. 

Durante sua visita ao santuário, Bento XVI foi o primeiro Papa a poder novamente venerar a relíquia, meio milênio após seu desaparecimento da Basílica de São Pedro. Esta devoção cresceu muito também por causa da importância que a Divina Face teve na vida de Santa Teresinha  do Menino Jesus e da Sagrada Face. Outro fato que fortaleceu a devoção foram os surpreendentes estudos da figura de JESUS no santo Sudário de Turim; além das revelações à Irmã M. Pierina de Micheli (†1945), a mensageira da Sagrada Face dos últimos tempos.


Em maio de 1938, a Virgem Santíssima mostrou (em visão mística) à Irmã Pierina, um escapulário formado de dois paninhos. Num ela viu a Face de JESUS com as palavras ao redor: “Ilumina, Domine, vultum tuum super nos” (“Senhor, fazei resplandecer a Vossa Face sobre nós”). No outro estavam escritas em volta de uma hóstia as palavras: “Mane nobiscum, domine” (Senhor ficai conosco). Lentamente Nossa Senhora se aproximou e disse: “Escuta bem e transmite ao teu confessor que este escapulário é uma arma de defesa, escudo de fortaleza e penhor de misericórdia que JESUS quer dar ao mundo nestes tempos de sensualidade e de ódio contra DEUS e a Igreja. São poucos os verdadeiros apóstolos. É necessário um remédio divino e este remédio é a FACE de meu Filho.

Todos aqueles que usarem o escapulário, e sendo lhes possível, cada terça feira visitar o Santíssimo Sacramento fazendo “Uma Hora Santa”, para reparar os ultrajes que recebeu e continua recebendo meu Filho, cada dia, no Sacramento Eucarístico, serão fortificados na Fé, estarão prontos para defendê-la e hão de suportar todas as dificuldades internas e externas. Além disso morrerão serenamente sob o olhar de meu Filho”.


Semanas mais tarde JESUS apareceu também e disse: “Quero que Minha FACE seja honrada com uma festa própria na Terça-feira da Quinquagésima (terça-feira de carnaval) e que esta festa seja preparada por uma novena durante a qual todos os fiéis façam Comigo reparação”.


Em vez de fazer escapulários a Irmã Pierina mandou cunhar medalhas. Preocupada por isso recorreu à Nossa Senhora que novamente lhe apareceu dizendo:  “Minha filha, não se preocupe, pois, o escapulário é substituído pela medalha com todas as promessas e favores. Só resta difundi-la mais ainda. Ora, interessa-me muito a festa da Sagrada FACE de meu Filho. Diga ao Papa que esta festa muito me interessa”.


Irmã M. Pierina falou três vezes ao Papa e o Sumo Pontífice, ciente do pedido do Céu, não se fez esperar. No dia 15 de março de 1957, havendo já aprovado a propagação da medalha, facultou a celebração da festa, isto é, aos Beneditinos Sivestrinos de Roma. Em 10 de janeiro de 1959 o Papa João XXIII concedeu a mesma licença, a todos os Bispos do Brasil.


Para merecer as graças prometidas é necessário:

Usar a medalha, contemplar com amor, muitas vezes a Sagrada FACE, zelar pela devoção, fazendo a Hora Santa, nas Terças-feiras, promover anualmente a novena em preparação à festa na terça-feira de carnaval, e seguindo o exemplo dos grandes devotos da Sagrada FACE, ler e meditar diariamente o Novo Testamento.  
Todos os dias rezar:

5 Pai Nossos; 5 Ave Marias; 5 Glórias; em honra das cinco chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO, rezando também a oração composta por Pio IX, e a aspiração que a segue:  “Ó meu JESUS, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa Face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que A vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-A para os nossos corações, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável, as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém.

Senhor, mostrai-nos a Vossa Face e seremos salvos!”


Nota: No livro ORAÇÕES DE TODOS OS TEMPOS DA IGREJA (Ed. Cléofas) há outras orações desta devoção: A Ladainha da Sagrada Face; a Oração de Consagração à Sagrada Face; Novena à Sagrada Face; e outras orações.

Prof. Felipe Aquino - Edições Cleofas


Santo do dia - 13 de março

Santa Eufrásia

Eufrásia, cujo nome em grego significa alegria, nasceu no ano 380, na Ásia Menor e cresceu durante o reinado do imperador Teodósio, de quem seus pais eram parentes. Portanto, foi educada para viver na corte, rodeada pelos prazeres e luxos. Mas, nunca se sentiu atraída por nada disso, mesmo porque, seus pais também viviam na humildade, apesar da fortuna que possuíam.

Depois que ela nasceu, filha única, o casal decidiu fazer voto de castidade. Desejavam viver como irmãos, para melhor se dedicarem a Deus. Quanto à jovem, desde pequena fazia jejuns e orações que chegavam a durar alguns dias. Com a morte de seu pai, a sua mãe que começou a ser cortejada, resolveu se retirar para o Egito. Lá, com sua fortuna, também intensificou a caridade da família, levando com freqüência Eufrásia em suas visitas aos conventos e hospitais que ajudava a manter.

Numa dessas visitas a um convento, quando Eufrásia tinha apenas sete anos, ela pediu para não voltar para casa. Queria ficar definitivamente alí. Os registros mostram que, apesar da pouca idade, acompanhava as religiosas em todos os seus afazeres com disciplina e pontualidade, que chegavam a impressionar por sua maturidade. O tempo passou, sua mãe  faleceu e Eufrásia continuava no convento.

Vendo-a assim órfã, o imperador, seu parente, procurou por ela e lhe ofereceu a proposta que recebera de um senador, que a desejava desposar. O que, além de lhe dar estabilidade social aumentaria consideravelmente sua já enorme fortuna. Contudo Eufrásia recusou, confirmando que desejava continuar na condição de virgem e seguir a vida religiosa. Aliás, não só recusou como pediu ao governante para distribuir todos seus bens entre os pobres.

Os registros narram inúmeras graças e fatos prodigiosos ocorridos através de Eufrásia. Consta que curou um menino à beira da morte com o sinal da cruz.

Certo dia sua superiora teve uma visão, onde era avisada da morte de Eufrásia e sua futura proclamação como santa. A jovem nada sentia, mas mesmo assim fez questão de receber os sacramentos e como previsto, no dia seguinte, foi acometida de uma febre fortíssima e ela morreu. Era o ano 412 e Eufrásia foi sepultada no convento que tanto amava.

O culto à Santa Eufrásia é muito difundido no Oriente e Ocidente, pela singeleza de sua vida e pelas graças que até hoje ocorrem por sua intercessão. Sua festa litúrgica acontece no dia 13 de março, data provável de sua morte. 


Santa Eufrásia, rogai por nós!


Santos Rodrigo e Salomão 

Pertenceram ao bispado de Córdova. Rodrigo tornou-se um sacerdote muito zeloso na busca da santidade e cumprimento dos seus deveres, em um tempo onde os cristãos eram duramente perseguidos.

Seus irmãos de sangue começaram uma contenda, a qual tentou apartar.  Não compreendendo tal ato, um deles o feriu, deixando-o inconsciente. Aproveitou então para difamá-lo, espalhando que o sacerdote Rodrigo tinha renunciado a fé cristã. Um escândalo foi gerado e o caluniado refugiou-se numa serra, em oração e contemplação, indo a cidade somente para buscar alimentos.

Numa dessas ocasiões, o irmão agressor resolveu denunciá-lo. Ao ser questionado pelo juiz, Rodrigo declarou: “Nasci cristão e cristão hei de morrer”.

Foi preso, e ali na cadeia conheceu outro cristão, Salomão. Ambos transformaram a cadeia num oratório, travando uma linda amizade. Ameaçados e questionados, não renunciaram a fé. Foram separados, mas permaneceram fiéis a Deus. Condenados à morte, ajoelharam-se, abraçaram o crucifixo e degolados, foram martirizados.

Santos Rodrigo e Salomão, rogai por nós!

quinta-feira, 12 de março de 2020

Santo do dia - 12 de março

Santo Inocêncio

Foi um dos maiores papas da história do cristianismo e defendeu a doutrina de muitos hereges em sua época
O santo recordado hoje foi Papa da nossa Igreja nos anos de 401 a 417; nasceu perto de Roma. Pertencia ao Clero até chegar à Cátedra de Pedro. Trabalhou na construção de muitas igrejas, no culto aos mártires, elaborou e definiu os livros consagrados e inspirados da Bíblia.

Dentre tantos acontecimentos, que marcaram o pontificado de Santo Inocêncio, foram três os que se destacaram: a luta contra o Pelagianismo; corrigiu um temível imperador; protegeu como pôde Roma dos invasores. Pelágio foi um monge que semeava a mentira doutrinal sobre o pecado original e outras mentiras que invalidavam a necessidade da graça e da redenção do Cristo. Santo Inocêncio, com a ajuda do Doutor da Graça – Santo Agostinho – e de outros mais condenou a heresia pelagiana.

Quanto ao imperador, denunciou a traição deste para com São João Crisóstomo, e com relação aos invasores, que assaltaram Roma, Santo Inocêncio fez de tudo para afastar esses bárbaros da Cidade Eterna. Este grande santo, empenhado pela paz e conversão dos pagãos, é considerado um dos maiores Santos Padres do Cristianismo.

Santo Inocêncio, rogai por nós!


São Luís Orione
 Luís Orione nasceu no dia 23 de junho de 1872, em Pontecuore, Itália. A família era pobre e honesta, de trabalhadores rurais. Sua mãe foi uma sábia e exemplar educadora que lhe serviu como modelo, mais tarde. Ao sair da adolescência aspirava ser sacerdote. Com o apoio da família entrou no Oratório salesiano em Turim, cujo fundador João Bosco, depois venerado pela Igreja, ainda estava vivo. O fundador dedicou ao jovem Orione grande estima e lançou no seu coração a semente da futura vocação.

Luís Orione fez o ginásio no Oratório salesiano, mas concluiu os estudos de filosofia e teologia no seminário da sua cidade natal. Em 1892, ainda seminarista fundou duas escolas para crianças e jovens. Sua ordenação sacerdotal foi em 1895 e desde então se dedicou com ardor à ação pastoral e a obra em favor dos necessitados.

Se, São João Bosco foi o exemplo para a educação dos jovens, para as obras de caridade o foi São José Benedito Cottelengo. Incansável, Luís Orione, viajou por toda a Itália, várias vezes, pedindo donativos e ajuda material para as suas múltiplas obras de caridade. Ele foi um dócil instrumento nas mãos da Divina Providência, para aliviar as necessidades e os sofrimentos humanos.

Em 1908, Luís Orione ajudou a socorrer as numerosas vítimas do terrível  terremoto que sacudiu a região da Sicília e Calábria, na Itália. A pedido do Papa Pio X ficou lá por três anos. Em 1915, fundou uma congregação religiosa, a Pequena Obra da Divina Providência, para dar atendimento aos pobres, trabalhadores humildes, aos doentes, aos necessitados, enfim, aos totalmente esquecidos pela sociedade. Ele também foi o fundador da Congregação dos Padres Orionitas, das Irmãzinhas Missionárias da Caridade, das Irmãs Sacramentinas e dos Eremitas de Santo Alberto, nessas duas últimas admitindo inclusive religiosos cegos.

Luís Orione plantou bem a semente, pois logo se tornaram árvores espalhando raízes em diversos paises. As Congregações dos Filhos da Divina Providência e das Irmãs passaram a atuar em vários países da Europa, das Américas e da Ásia. Possuem milhares de Casas ou Instituições dos mais variados tipos, sobretudo no setor assistencial e educativo. No Brasil, onde estão desde 1914, mantêm várias casas de órfãos, de excepcionais, abrigos para velhos e hospitais. A obra da Divina Providência foi e continua sendo mantida exclusivamente por esmolas e doações.

Faleceu consumido pelas fadigas apostólicas, com sessenta e oito anos de idade, na cidade de San Remo, Itália, no dia 12 de Março de 1940.

O Papa João Paulo II no ano 2004, em Roma, proclamou a canonização do humilde sacerdote Luís Orione, que viveu como o gigante apóstolo da  caridade, pai dos pobres, singular benfeitor da Humanidade sofredora e aflita. 


São Luís Orione, rogai por nós!



São Guido de Anderlecht - protetor contra as doenças do aparelho digestivo - 12 de setembro

São Guido é o protetor contra as doenças do aparelho digestivo,  

sua festa é celebrada em 12 de setembro,  

mas, é sempre lembrado, comemorado,  por seus devotos no dia 12 de cada mês.  

 São Guido de Anderlecht


Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.




Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 



São Guido de Anderlecht, rogai por nós!

Agradecendo por graça alcançada. 

quarta-feira, 11 de março de 2020

Santo do dia - 11 de março

São Constantino
 Constantino faz parte da heróica história do cristianismo na Escócia. Ele era rei da Cornualha, pequena região da Inglaterra e se casou com a filha do rei da Bretanha. Depois se tornou o maior evangelizador de sua pátria e o responsável pela conversão do país.

O rei Constantino não foi um governante justo, até sua conversão. No início da vida cometeu sacrilégios e até assassinatos, em sua terra natal. Para ficar livre de cobranças na vida particular, divorciou-se da esposa. Foram muitos anos de vida mundana, envolvido em crimes e pecados. Mas quando soube da morte de sua ex-esposa, foi tocado pela graça tão profundamente que decidiu transformar sua vida. Primeiro abriu mão do trono em favor de seu filho, depois se converteu, recebendo o batismo. Em seguida se isolou no mosteiro de São Mócuda, na Irlanda, onde trabalhou por sete anos, executando as tarefas mais difíceis, no mais absoluto silêncio.

Os ensinamentos de Columbano, que também é celebrado pela Igreja, e que nesse período estava na região em missão apostólica, o levaram a se ordenar sacerdote. Assim, partiu para evangelizar junto com Columbano, e empregou a coragem que possuía, desde a época em que era rei, para a conversão do seu povo. As atitudes de Constantino passaram a significar um pouco de luz no período obscuro da Idade Média.

A Inglaterra e a Irlanda, naquela época, viviam já seus dias de conversão, graças ao trabalho missionário de Patrício, que se tornou mártir e santo pela Igreja, e outros religiosos. Constantino que recebera orientação espiritual de Columbano não usava os mantos ricos dos reis e sim o hábito simples e humilde dos padres. Lutou bravamente pelo cristianismo, pregou, converteu, fundou vários conventos, construiu igrejas e, assim, seu trabalho deu muitos frutos. Sua terra, antes conhecida como "o país dos Pitti", assumiu o nome de Escócia, que até então pertencia a Irlanda.

Porém, antes de se tornar um estado católico, a Escócia viu Constantino ser martirizado. Foi justamente lá que, quando pregava em uma praça pública, um pagão o atacou brutalmente, amputando-lhe o braço direito, o que causou uma hemorragia tão profunda que o sacerdote esvaiu-se em sangue até morrer, não sem antes abraçar e abençoar a cada um de seus seguidores. Morreu no dia 11 de março de 598, e se tornou o primeiro mártir escocês.

O seu culto correu rápido entre os cristãos de língua anglo-saxônica, atingiu a Europa e se propagou por todo o mundo cristão, ocidental e oriental. Sua veneração litúrgica foi marcada para o dia de seu martírio. 


São Constantino, rogai por nós!


Santo Eulógio
Eulógio talvez seja a vítima mais célebre da invasão da Espanha pelos árabes vindos da África ao longo dos séculos VIII ao XIII. Entretanto, inicialmente todos os cristãos espanhóis não eram candidatos ao martírio ou à escravidão e os Califas não eram tidos como intolerantes e sanguinários. Ao contrário, a Espanha gozava, sob a dominação dos árabes, longos períodos de paz e de benesses, determinantes para o desenvolvimento de um alto padrão de civilização, diferente do concedido pela dominação dos romanos.

Também na religião, eles pareciam tolerantes. Não combatiam o Cristianismo, mas o mantinham na sombra e abafado, sem força para se difundir, para fazer progressos, para que não entrasse em polêmica com a religião do Estado, ou seja, a muçulmana. Desejavam um Cristianismo adormecido.

Mas os católicos da Espanha não se submeteram aos desejos dos árabes. E não por provocação aos muçulmanos, mas porque a sua fé, vivida com coerência, não podia se apagar pela renúncia e pelo silêncio. Também Eulógio, nascido em Córdoba de uma família da nobreza da cidade, foi um desses cristãos íntegros. Ele era sacerdote de Córdoba quando a perseguição aos cristãos começou e já era famoso pela cultura e atuação social audaciosa, ao mesmo tempo em que trabalhava com humildade junto aos pobres e necessitados. Formado na Universidade de Córdoba, muito requisitada na época , ele lecionava numa escola pública e se reciclava visitando dezenas de museus, mosteiros e centros de estudos.

Escrevia muito, como por exemplo os livros: "Memorial" e "Apologia", nos  quais fez uma contundente análise da religião muçulmana confrontada com a cristã, pregando a verdade que é a liberdade pela fé em Cristo. Essa defesa da fé e dos fiéis ele apregoava na escola pública onde lecionava bem como nos conventos e igrejas que visitava, aprimorando os preceitos do cristianismo aos fiéis e às pessoas que o escutavam, conseguindo milhares de conversões.

Por isso, e por assistir aos cristãos presos, os quais amparava na fé, o valoroso padre espanhol irritou as autoridades árabes que, apesar do respeito que tinham por ele, mandaram prende-lo. Baseado no que ocorria nos calabouços, onde eram jogados os cristãos antes da execução da pena de morte, escreveu a "História dos Mártires da Espanha". Uma obra que registrou para a posteridade o martírio de pessoas cujo único crime era manter sua convicção na fé em Cristo.

Depois, libertado graças à influência de familiares e autoridades locais, voltou a atuar com a mesma força. Falecido o bispo de Córdoba, Eulógio foi nomeado para o cargo. Passou então a ser considerado líder da resistência aos muçulmanos e, quando conseguiu converter a filha de um influente chefe árabe, a paciência dos islâmicos chegou ao fim. Eulógio, foi novamente processado, preso e, desta vez, condenado à morte.

Sua execução se deu no dia 11 de março de 859. Data que a Igreja manteve para sua festa, já muito antiga para os cristãos espanhóis e os da África do Norte, depois estendida para todos os cristãos, pela tradição  de sua veneração. 


Santo Eulógio, rogai por nós! 

terça-feira, 10 de março de 2020

Santo do dia - 10 de março

Os quarenta santos mártires de Sebaste


Testemunharam o amor a Deus com suas próprias vidas ao negarem oferecer sacrifícios aos Deuses


O martírio dos quarenta legionários ocorreu no ano 320, em Sebaste, na Armênia. Nessa época foi publicada na cidade uma ordem do governador Licínio, grande inimigo dos cristãos, afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte. Contudo se apresentou diante da autoridade uma legião inteira de soldados, afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Para testar até onde ia a coragem dos soldados, o prefeito local mandou que fossem presos e flagelados com correntes e ferros pontudos.

De nada adiantou o castigo, pois os quarenta se mantiveram firmes em sua fé. O comandante os procurou então, dizendo que não queria perder seus mais valorosos soldados, pedindo que renegassem sua fé. Também de nada adiantou e os legionários foram condenados a uma morte lenta e extremamente dolorosa. Foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela. A região atravessava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Ao lado havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.

Foi na terceira e última noite que aconteceram fatos prodigiosos e plenos de graça. No meio da gélida madrugada, o sentinela viu uma multidão de anjos descer dos céus e confortar os soldados. Isto é, confortar trinta e nove deles, pois um único legionário desistira de enfrentar o frio e se dirigira à sala de banhos. Morreu assim que tocou na água quente. Por outro lado, o sentinela que assistira à chegada dos anjos se arrependeu de estar escondendo sua condição religiosa, jogou longe as armas, ajoelhou-se, confessou ser cristão tirando as roupas e se juntou aos demais. Morreram quase todos congelados.

Apenas um deles, bastante jovem, ainda vivia quando os corpos foram recolhidos e levados para cremação. A mãe desse jovem soldado, sabendo do que sentia o filho, apanhou-o no colo e seguiu as carroças com os cadáveres. O legionário morreu em seus braços e teve o corpo cremado junto com os companheiros.

Eles escreveram na prisão uma carta coletiva, que ainda hoje se conserva nos arquivos da Igreja e que cita os nomes de todos. Eis todos os mártires: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Hegeliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas. 


Os quarenta santos mártires de Sebaste, rogai por nós! 



São Macário


Seu nome, Macário, tem um significado interessante, quer dizer: "feliz", "iluminado". São poucos os dados registrados sobre sua origem e de boa parte de sua vida. Mas, sua atuação foi singular para a Igreja de Roma quando se tornou bispo de Jerusalém, cidade santa para os hebreus, lugar do único Templo erguido ao único Deus; e para os cristãos, lugar da Crucificação e da Ressurreição de Jesus Cristo.

Essa Jerusalém, da época de Macário, não existe mais. Já no ano 70, após ter dominado uma insurreição anti-romana, o futuro imperador Tito havia destruído o Templo. Porém, no ano 135, depois de outra revolta, essa no tempo do imperador Adriano, a mesma cidade foi colocada no chão, perdendo inclusive seu próprio nome. Nas suas ruínas ergueram uma colônia romana chamada "Aelia Capitolina", com seu Capitólio, construído no lugar exato da sepultura de Jesus.

Macário viveu um momento importantíssimo como bispo. Após a última perseguição anticristã, ordenada e depois suspensa pelo imperador Galerio, entre os anos 305 a 311. Foram os seus sucessores, Constantino e Licínio, que concederam aos cristãos plena liberdade para praticarem sua fé, para celebrarem seu culto e também, para construírem suas igrejas.

Trata-se da "paz constantiniana" que se estendeu a todo Império e inclusive à Jerusalém, onde, o bispo Macário se pôs a trabalhar. Obteve do soberano a autorização para demolir o Capitólio e assim se fez vir novamente à luz a área do Calvário e do Sepulcro do Senhor. Em cima desse local, surgiria mais tarde a grandiosa Basílica da Ressurreição.

No mesmo período, houve no mundo cristão uma grave ruptura, provocada pela doutrina do herege Ário, quanto à natureza de Jesus Cristo. Macário, o bispo de Jerusalém, se opôs pronta e energicamente à doutrina ariana. E, em maio de 325, ele agiu com firmeza no Concílio celebrado em Nicea, próxima a Constantinopla, onde se fez a confirmação da genuína doutrina cristã.

Os registros mostram ainda que o bispo Macário foi um dos autores do símbolo niceno, ou seja, do Credo que até hoje pronunciamos durante a celebração da Santa Missa, onde professamos a fé "em um só Deus, Pai  Onipotente" e "em um só Senhor, Jesus Cristo... Deus verdadeiro de Deus Verdadeiro".

O bispo Macário faleceu de causas naturais no dia 10 de março de 335, em Jerusalém. Seu culto é muito antigo e sua festa ocorre nesse dia. 


São Macário, rogai por nós!


segunda-feira, 9 de março de 2020

Santo do dia - 9 de março

Santa Catarina (Vegri) da Bolonha


Catarina Vegri nasceu no dia 08 de setembro de 1413, na cidade de Bolonha, Itália. Seu pai era o estimado juiz João de Vegri e trabalhava para a corte local, bem situado socialmente, dispunha de razoável conforto para a família. Quando a menina completou nove anos de idade, a família se transferiu para Ferrara, porque seu pai tinha sido convocado pelo duque Nicolau III, que estava construindo seu ducado, composto pelas cidades de Ferrara, Modena e Reggio. E ela foi nomeada dama de companhia de Margarida, filha de Nicolau.

Dessa forma Catarina vivia na florescente corte, cercada pela nata de artistas e intelectuais. Aprendia música, pintura, dança e as tradicionais matérias acadêmicas, com os renomados da época, mas demonstrava vontade e determinação de se tornar religiosa. E foi o que fez quando toda essa opulência terminou, com a morte prematura de seu pai. Catarina tinha então treze anos e teve de voltar para Bolonha, com sua mãe Benvinda Manolini, que se casara outra vez.

Após um ano de luto ela ingressou na Ordem terceira de São Francisco, em Bolonha, onde permaneceu por cinco anos, vividos sob intensos conflitos interiores e angústias pessoais. Amadurecendo a ideia de se tornar uma clarissa, em 1432, retornou para Ferrara para ingressar na Ordem de Santa Clara, onde trabalhou incessantemente fiel às Regras fazendo todos os tipos de serviços. Lavou pratos, cuidou da horta, da portaria, ensinou catecismo, escreveu novas orações e compôs novos cantos, até finalmente ser eleita abadessa, para administrar o convento que se tornou famoso e muito procurado. Tudo indicava que era necessário fundar mais um, e Catarina, como abadessa que era, o construiu em Bolonha, inaugurando-o em 1456. Nele ela viu ingressar sua mãe, que de novo se encontrava viúva.

Contam os registros e a tradição que Catarina possuía vários dons especiais. Enriquecidos pelo trabalho árduo e sofrimento pessoal, traduziram-se através de visões contemplativas e fatos prodigiosos, inclusive por graças, que operou em vida. De suas contemplações, a mais conhecida foi a primeira, que lhe possibilitou presenciar o juízo final e que a marcou por toda a vida. Outra bastante divulgada foi a que ocorreu na noite de Natal de 1456. Catarina ficou orando a noite toda e, no fim da madrugada, lhe apareceu Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, que depois passou para os seus braços.

Quanto aos prodígios, um foi presenciado por todo o convento. Certo dia uma noviça feriu-se trabalhando na horta, decepando um dedo do próprio pé com a pá que manuseava. Então, Catarina apanhou o dedo amputado, colocou no lugar, rezou com a noviça e o dedo voltou a se unir à pele. São célebres também as graças pelas conversões que ela conseguiu.

A fama de sua santidade se propagou ainda em vida entre os fiéis. Mas logo depois de sua morte no dia 09 de março de 1463, passou a ser chamada de santa por todos, pelos prodígios e graças que logo ocorreram no local de sua sepultura. Tanto que dezoito dias depois, seu corpo foi exumado, para ser transladado e aí se constatou que ele estava  incorrupto, maleável e exalando um doce perfume.

Desde então, ela não foi mais sepultada, foi colocada sentada numa cadeira, na capela ao lado do altar mor da igreja do convento Corpus Domini, em Bolonha. E assim permanece até hoje, sem se deteriorar, apesar dos vários séculos transcorridos. O culto à Santa Catarina Vegri ou da Bolonha foi autorizado em 1712 pelo papa Clemente XI e o dia de sua morte escolhido para sua veneração litúrgica. 


Santa Catarina da Bolonha, rogai por nós!



São Domingos Sávio

Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer do que pecar". Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.

Nos registros da Igreja, encontramos que, com dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que não cometera, só porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro. "Atirem a primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.

Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu professor e orientador espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo. Dom Bosco encaminhou o rapaz para a vida religiosa. Domingos Sávio se consagrou à Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou entre os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.

Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após  uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar  tendo uma linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.

Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta, pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da Igreja, que o canonizou em 1954.

Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo são João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 9 de maio. 


São Domingos Sávio, rogai por nós!


Santa Francisca Romana
Francisca Romana tem uma importância muito grande na história da Igreja, por ser considerada exemplo de mulher cristã a ser seguido por jovens, noivas, esposas, mães, viúvas e religiosas, pelo modelo que foi.

Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu em 1384, em uma nobre e tradicional família romana cristã e, desde jovem, manifestou a vocação para uma vida de piedade e penitência. Queria ser uma religiosa, mas seu pai prometeu-a em casamento ao jovem Lourenço Ponciano, também cortejado por ser nobre e muito rico. Contudo, era um bom cristão e os dois se completaram, social e espiritualmente. Tiveram filhos, cumpriam suas obrigações matrimoniais com sobriedade e serenidade, respeitando todos os preceitos católicos de caridade e benevolência. Dedicavam tanto tempo aos pobres e doentes que sua rica casa acabou se transformando em asilo, ambulatório, hospital e albergue, para os necessitados e abandonados.

O casal teve seis filhos que deveriam ser apenas fontes de felicidade para os pais, porém acabaram por se tornar a origem de muita dor e sacrifício. Numa sucessão de acontecimentos, Francisca viu morrer três de seus filhos. Roma, naquela época, atravessou períodos terríveis de sua história, sendo flagelada por duas guerras, revoluções, epidemias, fome e miséria. Francisca ainda assistiu outro dos filhos ser feito refém, enquanto o marido se tornava prisioneiro, depois de ferido na guerra. Mesmo assim, continuou sua obra de caridade junto aos necessitados, vendendo quase tudo que tinha para mantê-la. Foi justamente nesse período que recebeu o título de "Mãe de Roma".

Frequentava a igreja de padres beneditinos de Santa Maria Nova e ali reuniu as ricas amigas da corte romana para trabalharem em benefício da sociedade. Mesmo sem vestirem hábito algum, sem emitirem votos e sem formarem uma família religiosa, pois, viviam uma vida normal de mães e donas de casa, mas encontrando tempo para se dedicarem à comunidade carente. Quando o marido morreu, Francisca entregou-se de maneira definitiva à vida religiosa, fundando com algumas dessas companheiras, também viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.

Tinha cinquenta e seis anos quando morreu, no dia 09 de março de 1440, depois de ser eleita superiora pelas companheiras de convento. Sua biografia oficial registra ainda várias manifestações da graça do Senhor em sua vida, como a presença constante e real de um anjo da guarda.

Foi proclamada Santa Francisca Romana em 1608 e considerada mística pela Igreja. Narram os registros que, quando morreu, foram necessários três dias para que toda a população de Roma pudesse visitar seu caixão, de tanto que era admirada e querida pelo povo, devotos e fiéis. 


Santa Francisca Romana, rogai por nós!


São Gregório de Nissa
Os registros e a tradição trazem poucos dados sobre a vida de Gregório de Nissa, antes dele se tornar sacerdote. Mas, existe a literatura teológica que nos dá luz sobre seus pensamentos e seu modo de agir em relação ao cristianismo, que ele mesmo escreveu e nos deixou. Ele nasceu na Cesarea da Capadócia, Turquia, entre os anos 330 a 335. Seus pais Basílio, apelidado de "o velho", e Amélia, tiveram dez filhos dos quais: Gregório, Pedro, Basílio e Macrina, se tornaram santos. Sem contar o avô, que morreu mártir e a avó, da qual a irmã herdou o nome, e  que a Igreja também venera.

Gregório estudou em Atenas, e se interessou especialmente pelos principais autores clássicos da razão, como Platão e Aristóteles, mas também os da fé, como Orígenes e Metódio de Olimpo. Mais tarde se casou e foi lecionar. Ao se tornar viúvo abandonou o cargo de professor, para se dedicar só ao Cristianismo. Sob a orientação e influência de Gregório Nazianzeno, que também é celebrado e com quem ele convivera, foi motivado a seguir a vida religiosa a exemplo dos seus irmãos. Optando pela monástica, se isolou num mosteiro do qual saiu somente quando, em 371, foi nomeado bispo de Nissa, na Capadócia.

Tornou-se um teólogo conhecido e respeitado através de seus famosos trabalhos dogmáticos, dos quais "Grande Catequese" é considerado o principal. Dentre suas obras importantes, encontramos também o "Livro sobre a Virgindade", referente a Maria, Mãe de Deus. Todas escritas durante o tempo vivido na solidão das margens do rio Íris, onde se isolara com seu irmão Basílio, que depois se tornou bispo da Cesarea.

Amante da solidão e do estudo, foi a contragosto que assumiu a diocese de Nissa. Sua bondade e falta de senso prático eram tão notórias, que muitos a consideravam ingenuidade. Tanto que, nesse cargo, Gregório viu-se acusado de desperdiçar bens da Igreja, sendo, de repente, deposto e mandado ao exílio, no ano 376, período em que faleceu seu irmão Basílio. Entretanto, dois anos depois, provou que tudo não passou de uma trama dos hereges arianos, porque as acusações não foram fundamentadas e Gregório teve sua inocência reconhecida. Aclamado pelos fiéis e pelo povo, reassumiu a diocese.

Depois desse episódio do exílio, o conceito de Gregório de Nissa subiu muito no mundo cristão e ele resolveu inúmeras divergências entre as igrejas orientais, sendo o mediador de questões doutrinárias ou mesmo administrativas. Cumpriu também missões determinadas pelo próprio imperador. Ele teve participações decisivas nos concílios de Antioquia e o de Constantinopla, em 394, onde se definiu a "coluna da ortodoxia". Colocou a paz entre as Igrejas da Arábia e da Palestina.

Há muitos pontos em comum entre Gregório de Nissa e Tomás d'Aquino se compararmos, no trabalho de ambos, o cuidado em dar aos problemas enfrentados, cada um à sua época, uma resposta em sintonia com os dados da fé e as exigências da razão. Gregório de Nissa é considerado um dos padres orientais mais expressivos do século IV. Ele morreu entre os anos 395 a 400 e sua festa se comemora no dia 09 de março.


São Gregório de Nissa, rogai por nós!