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segunda-feira, 22 de junho de 2020

OS SETE PAI NOSSOS EM HONRA AO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS CRISTO

O Divino Salvador revelou a Santa Brígida a promessa seguinte:  

"Sabei que darei cinco graças àqueles que, durante 12 anos, rezarem sete Pai Nossos e Ave-Marias em honra do Meu precioso Sangue:
 

1. Não terão que passar pelo purgatório.

2. Aceitá-los-ei no Coro dos Mártires como se tivessem derramado seu sangue pela fé.

3. Conservarei 3 almas de seus parentes na graça santificante conforme sua escolha.

4. As almas dos seus parentes até a 4ª geração escaparão do inferno.

5. Um mês antes de sua morte ser-lhes-á dado conhecimento dela. Se por acaso morrerem antes dos 12 anos completos, irei julgar como se fossem as condições cumpridas."
 

A esta devoção, facilmente, se unirá a veneração e o oferecimento       das santas chagas do nosso Salvador, pois das suas chagas brotou o precioso Sangue.
O Redentor recomendou este exercício à irmã Maria Marta Chambon e lhe deu grandes promessas a respeito deste.



Conhecidas e aprovadas pela Igreja, estas Orações são para serem rezadas e difundidas. Elas constituem constituem uma riqueza que devem ser postas ao alcance de todas as almas.

Esta devoção foi aprovada e recomendada pela santa Congregação do Sacro-Colégio da Propaganda Fide. Também foi aprovada pelo Papa Clemente XI (Pontífice de 1730-1740)


O Mês de Junho é dedicado a honrar de modo especial o preciosíssimo sangue de Jesus.


No início: Sinal da Cruz...

Oração ao Espírito SantoVinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra.


Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que, pelo mesmo Espírito Santo, saibamos o que é reto e gozemos sempre de sua preciosa consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.


Oração inicial:

Ó Jesus, agora quero rezar 7 vezes o Pai Nosso unido àquele amor com que Vós santificastes e dulcificastes no Vosso Coração esta prece. Aceitai-os dos meus lábios para o Vosso divino Coração, melhorai-os e aperfeiçoai-os tanto que eles promovam tanta honra e glória à SS. Trindade como Vós a oferecestes por esta oração. E esta honra e glória transborde para Vossa SS. natureza humana, a fim de glorificar Vossas Santas Chagas e o preciosíssimo Sangue derramado por Vós.




1º. Mistério: Circuncisão de Jesus.

  Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração       de Jesus, ofereço-Vos a primeira ferida, as primeiras dores e o primeiro derramamento do Sangue de Jesus como reparação dos meus pecados e dos de todos os homens durante a juventude, como preservativo contra os primeiros pecados graves principalmente entre os meus parentes.

Pai nosso... Ave Maria... (7x.)


2º. Mistério: O Suor de Sangue.


Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração de Jesus, ofereço-Vos os horríveis tormentos de Jesus no Horto das Oliveiras e cada gota do Seu suor de sangue como reparação dos meus pecados de coração e os de todos os homens, como preservativo contra tais pecados e pelo aumento do amor a Deus e ao próximo. 

Pai nosso... Ave Maria... (7x.)




3º. Mistério: Flagelação de Jesus.

  Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração       de Jesus, ofereço-Vos as milhares feridas, as dores cruéis e o preciosíssimo Sangue de Jesus derramado na flagelação como reparação dos meus pecados da carne e os de todos os homens, como preservativo contra tais pecados e para a conservação da pureza principalmente nos meus parentes.

 Pai nosso... Ave Maria... (7x.)


4º. Mistério: Coroação de Espinhos.

  Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração       de Jesus, ofereço-Vos as feridas, as dores e o precioso Sangue da santa Cabeça de Jesus derramado na coroação de espinhos como reparação dos meus pecados de espírito e os de todos os homens, como preservativo contra tais pecados e pela expansão do Reino de Cristo na terra.

 Pai nosso... Ave Maria... (7x.)


5º. Mistério: Caminho da Cruz.

  Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração       de Jesus, ofereço-Vos os sofrimentos de Jesus na sua Via Sacra em particular na santa chaga do ombro e o precioso Sangue da mesma como reparação da minha revolta e a de todos os homens contra a cruz, do meu resmungar contra as determinações de Vossa santa vontade e de todos os outros pecados da língua, como preservativo contra tais pecados e para obter verdadeiro amor à cruz.

Pai nosso... Ave Maria ... (7x.)


6º. Mistério: Crucificação de Jesus.


Pai eterno, pelas mãos imaculadas de Maria e pelo divino Coração de Jesus, ofereço-Vos o Vosso divino Filho na cruz, a sua elevação na cruz, Suas chagas nas mãos e pés e as três torrentes do Seu santo Sangue que delas se derramaram por nós, Sua extrema pobreza, Sua obediência, todos os Seus tormentos do corpo e da alma, Sua morte preciosa e a incruenta renovação dela em todas as santas missas da terra inteira como reparação de todas as transgressões dos santos votos e regras das ordens e congregações, dos meus pecados e dos do mundo inteiro, em favor dos doentes e moribundos, para obter santos sacerdotes e leigos, nas intenções do Santo Padre, para a restauração das famílias cristãs, para fortaleza na fé, por nossa pátria e a união dos povos em Cristo e Sua Igreja, como também pela diáspora.

Pai nosso... Ave Maria... (7x.)


7º. Mistério: Abertura do Santo Lado.

  Pai eterno, dignai-vos aceitar para as necessidades da Santa Igreja e como reparação dos pecados de todos os homens o preciosíssimo Sangue e água que manaram da chaga do divino Coração de Jesus e sede para todos nós clemente e misericordioso. Sangue de Cristo, último e preciosíssimo tesouro do Seu Sagrado Coração, purificai-me de todas as culpas, minhas e alheias, água do lado de Cristo, purificai-me de todos os castigos do pecado e apagai as chamas do purgatório para mim e para todas as almas santas nele. Amém. 

Pai nosso... Ave Maria... (7x.)


  Consagração a Nossa Senhora(recitá-la diariamente)


Ó Santa Mãe Dolorosa de Deus, ó Virgem Dulcíssima: eu vos ofereço meu coração para que o conserveis intacto, como Vosso Coração Imaculado.

Eu vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e bondade, de pureza e verdade.

Eu vos ofereço minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de Deus.

Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e no meu futuro para serem apresentadas por Vós a Vosso Divino Filho, para purificação de minha vida.

Mãe compassiva, eu me refugio em vosso Coração Imaculado, para       acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minhas negligências.

Escutai-me, ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me contra todo perigo da alma e do corpo, agora e para toda a eternidade.


Assim seja. Glória...


Santo do dia - 22 de junho

Santo Albano


Albano é o primeiro mártir cristão da Inglaterra, onde prestou serviço no exército romano, como soldado. Albano, cuja origem talvez fosse romana, residia em Verulamium, a cidade-fortaleza construída pelos romanos a sudeste da ilha britânica, perto do rio Ver. Sendo um pagão, não tinha nada a temer quando chegou à ilha a perseguição anticristã, possivelmente a decretada pelo imperador Sétimo Severo e não a do seu sucessor Diocleciano, como alguns historiadores acreditam.

Albano, certo dia, viu chegar em sua casa um daqueles homens cristãos perseguidos. Ele o acolheu e escondeu. Observou que o homem estava em estado de prece contínua, em vigília noite e dia. Então, começaram a  conversar e Albano conheceu a verdade da fé cristã. Tocado pela graça de Deus, converteu-se. Tornou-se um cristão, justamente naquele momento de risco de morte tão sério.

Dias depois, alguns soldados foram à casa de Albano fazer uma rigorosa  busca, porque souberam que ele escondia um cristão. Quando chegaram, o santo mártir se apresentou vestindo as roupas do cristão procurado e disse: "Aquele que vocês procuram sou eu". Assim, foi levado, amarrado, perante o juiz.

O juiz ordenou que Albano fosse cruelmente torturado. E ele tudo suportou, paciente e alegremente, por nosso Redentor. Quando o juiz percebeu que ele não abandonaria sua fé cristã, decretou sua morte por decapitação. Ao ser levado para a execução, Albano converteu seu carrasco, que posteriormente também foi executado. O mártir Albano morreu no dia 22 de junho.

Quando as perseguições aos cristãos terminaram, no lugar de seu martírio foi erguido um monumento para sua sepultura, o qual se tornou um lugar de muitas peregrinações nos séculos seguintes, até mesmo aquela empreendida por são Germano, que levou para a França um pouco da terra da sepultura do venerado mártir Albano, em 429. Assim, o povo francês passou a conhecer e a venerar este mártir.

Ainda no século V, com a saída dos romanos, a ilha britânica sofreu a invasão das tribos germânicas, que depois foram evangelizadas e passaram a propagar o culto do admirável mártir Albano por toda a Alemanha. O papa Gregório Magno, entre os anos de 590 e 604, concedeu a autorização para o culto e declarou Albano santo e mártir pelo testemunho da fé em Cristo.

No lugar onde foi martirizado, formou-se a cidade que hoje leva o seu nome: Saint Albans, ao norte da área metropolitana de Londres, onde se encontra a esplêndida catedral de Santo Albano. A Igreja Católica festeja-o no dia 22 de junho, mas em algumas regiões é homenageado no dia 17, isso porque um antigo copista cometeu um erro e trocou o numero romano XXII por XVII.



Santo Albano, rogai por nós!

São João Fisher
João Fisher nasceu em Beverley, na cidade de Yorkshire, na Inglaterra, no ano de 1469. Órfão de pai ainda pequeno, aos quatorze anos era o mais destacado estudante do Colégio São Miguel. Quando completou vinte anos, era professor daquele colégio. Em seguida, ingressou na famosa Universidade de Cambridge. Dois anos depois, recebeu o diploma de doutor com louvor, foi ordenado sacerdote e nomeado vice-reitor da referida universidade.

Quando a rainha Margareth, viúva pela terceira vez, decidiu deixar a corte e ingressar num mosteiro, foi ele que escolheu para ser seu diretor espiritual. Distribuiu sua fortuna entre várias instituições, destinando grande parte à Universidade de Cambridge. Na mesma ocasião, João Fisher era eleito chanceler da universidade, cargo que manteve até morrer.

Aos trinta e cinco anos, foi eleito bispo de Rochester, dedicando-se muito à função. Distribuía esmolas com generosidade e as portas de sua casa estavam sempre abertas para os visitantes, peregrinos e necessitados. Mesmo sendo bispo e chanceler da universidade, levava uma vida tão austera como a de um monge.

Apesar de todo o seu trabalho, estudava muito e escrevia livros. Seus discursos fúnebres, da morte do rei Henrique VII e da própria rainha Margareth, tornaram-se obras famosas. Quando Martinho Lutero começou a difundir sua Reforma, o bispo Fisher combateu os erros da nova doutrina, escrevendo quatro livros, que o tornaram famoso em todo o mundo cristão.

Em 1535, o rei Henrique VIII desejou divorciar-se de sua legítima esposa  para casar-se com a cortesã Ana Bolena. O bispo João Fisher foi o primeiro a posicionar-se contra aquele escândalo, embora muitos outros ilustres personagens da corte declarassem, apenas para agradar o rei, que o divórcio poderia ser feito. Ele não; mesmo sabendo que seria condenado à morte, declarava a todos que: "O matrimônio católico é indissolúvel e o divórcio não será possível para um matrimônio católico que não se tenha anulado".

Entretanto o ardiloso rei Henrique VIII conseguiu que o Parlamento inglês o declarasse chefe supremo da Igreja na Inglaterra, em substituição ao papa da Igreja Católica, com a aprovação de todos os que desejavam conservar seus altos postos no governo. Porém João Fisher declarou no Parlamento que: "Querer substituir o papa de Roma pelo rei da Inglaterra, como chefe de nossa religião, é como gritar um 'morra' à Igreja Católica", e isto seria um erro absurdo.

Os inimigos o ameaçavam, com atentados e calúnias. Como não conseguiram que o bispo deixasse de declarar sua fé católica, foi preso na Torre de Londres. Tinha sessenta e seis anos, porém os muitos anos de penitências, seus alunos, e o excessivo trabalho pastoral faziam-no aparentar oitenta. Ainda estava preso quando foi nomeado cardeal pelo papa Paulo III. Ao ser informado, o rei exclamou: "Enviaram-lhe o chapéu  de cardeal, porém não poderá colocá-lo, porque eu lhe mandarei cortar a  cabeça". E assim o fez.

A sentença de morte foi comunicada a João Fisher, que foi executado no dia 22 de junho se 1535. Antes de ser decapitado, ele declarou à multidão presente que morria por defender a santa Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo, e o sumo pontífice de Roma. Em seguida, os carrascos cumpriram a sentença.

Alguns dias depois, seu amigo Tomás More, brilhante figura da história da humanidade e da Igreja, também saía da Torre para morrer como ele, pela mesma causa. Em 1935 ambos foram canonizados pelo papa Pio XI, que indicou o dia 22 de junho para serem venerados. 


São João Fisher, rogai por nós!



São Paulino de Nola
 Paulino nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um alto funcionário imperial e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte.

Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão.

Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado.


Um ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram  abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as  obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha.

Pouco tempo depois, Paulino, que se tornara conhecido e estimado por todo o povo, encaminhou ao bispo um pedido para que este o ordenasse  sacerdote. O que aconteceu, além de ser convidado a participar do clero local ou, se preferisse, ingressar no de Milão, mas recusou a ambos. Queria, de verdade, uma vida de monge recluso, por isso mudou-se para a Campânia, onde a família ainda tinha como propriedade o túmulo de um mártir, são Félix. Paulino começou a construir ali um santuário para o santo, e ao mesmo tempo fez levantar uma hospedaria para os peregrinos pobres.

Em seguida, transformou um dos andares em mosteiro e deu início a uma comunidade religiosa formada por ele, a esposa e alguns amigos. A principal característica desses monges era a comunicação feita somente por meio de correspondência escrita. Foram cinqüenta e uma cartas dirigidas aos amigos e personalidades do mundo cristão, entre eles Agostinho, o bispo de Hipona.

Paulino revelou-se um grande poeta, escritor e pregador, foi uma figura tão brilhante quanto humilde. Entretanto a vida calma que almejara quando abdicou de sua condição de herdeiro político de bons cargos no Império Romano para levar uma vida pobre em dinheiro e poder, mas rica em fé e dignidade, terminaria em 409.

Na ocasião, foi eleito e consagrado bispo de Nola, diocese de Nápoles, cargo que ocupou até morrer no ano 431, um ano após a morte do amigo e companheiro Agostinho, hoje também santo e doutor da Igreja.


São Paulino de Nola, rogai por nós!


São Tomás More
Tomás More nasceu em Londres no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade ele foi para a Universidade de Oxford. Aos vinte e dois anos já era doutor em direto e um brilhante professor. Sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua esposa e filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação. 

A sua contribuição para a literatura universal foi importante e relevante. Escreveu obras famosas como "Utopia" e "Oração para o bom humor". Aconteceu que o rei Henrique VIII tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para se unir em novo enlace com a cortesã Ana Bolena, contrariando todas as leis da Igreja. Para isto usou o Parlamento Inglês e passou a proclamar o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra, criando a Igreja Anglicana. Tomás More foi contra a decisão do rei. A seguir o rei mandou prender e matar Tomás More, que foi decapitado em 1535, mantendo firme sua fé católica. 

São Tomás More, rogai por nós! 

domingo, 21 de junho de 2020

As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança

Que suave e encantadora luz as aparições e revelações do Coração de Jesus irradiam sobre estes pensamentos!

Um santo religioso, o Pe. Varin, diz:

“Depois da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, a virtude própria dos pecadores deveria ser a confiança. Mas depois que o Coração de Cristo se manifestou ao mundo, essa confiança pode chegar aos limites da audácia. Não foi esse Coração divino que, segundo as aparições de Paray-le-Monial, respondendo ao golpe da lança do Longino, derramou sobre ele não somente o perdão, mas a santidade e a graça do martírio? Não é este Coração que alimenta os pecadores o sangue que eles fazem  correr – como o pelicano alimenta as suas crias com o sangue do peito que elas lhe dilaceram (cf. Hino Adoro te devote) – e que não quis ser ferido nem aberto, segundo São Vicente Ferrer, senão para mostrar aos culpados a fonte inesgotável do perdão? Não é, enfim, este Coração que  do fundo do sacrário grita a todos: Vinde a mim, todos que estais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei (Mt 11,28)? Não está ele devorado por uma sede insaciável de curar? E por acaso não lhe saciamos nós essa sede quando lhe levamos as nossas faltas para que as perdoe?”.

Leia também: A grande promessa do Coração de Jesus
Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?
Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

Devemos observar que as almas iniciadas nos suaves segredos dos sentimentos íntimos do Coração de Jesus são justamente as que se convertem nos apóstolos mais zelosos da confiança depois do pecado e da arte de aproveitar as próprias faltas. A vida de Santa Gertrudes contém muitos trechos sobre isso. Também Santa Margarida Maria de Alacoque repete com frequência: “O Coração de Jesus é o trono da misericórdia, em que os que melhor são recebidos são os miseráveis, desde que o amor os acompanhe no abismo das suas misérias”.

“E quando cometerdes alguma falta, não vos perturbeis por isso, porque essa inquietação e a excessiva precipitação afastam a nossa alma de Deus e expulsam Cristo do nosso coração. Pedindo-lhe perdão, supliquemos ao seu Sagrado Coração que satisfaça por nós e nos devolva à graça da sua divina Majestade. Digamos confidentemente, então, ao amável Coração de Jesus: ‘Ó, meu único amor, olhe para o seu pobre escravo e repare o mal que eu apenas cometi. Faça-me retornar à vossa glória, à edificação do meu próximo e à saúde da minha alma.’ Dessa maneira, nossas faltas muito nos servirão para nos humilhar e para reconhecermos quem somos e quanto nos é útil estar ocultos no abismo do nosso nada. Depois de terdes humilhado, voltai a ser fiéis, porque o Sagrado Coração gosta desta maneira de agir, que mantém a alma em paz”.

Retirado do livro: A Arte de Aproveitar as Próprias Faltas”. Joseph Tissot. 
Ed. Cléofas e Cultor de Livros.

Evangelho do dia

Evangelho Cotidiano


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

12º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 10, 26-33)


— O Senhor esteja convosco

Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

- Glória a Vos, Senhor

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 26 “Não tenhais medo dos homens, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. 27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!

29 Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30 Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. 31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32 Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante os homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. 33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.


Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.



Santo do dia - 21 de junho

São Luís Gonzaga

Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.

Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.

Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois  anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.

Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.

Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos  doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.

Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.

O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa  que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal. 


São Luís Gonzaga, rogai por nós!

 

sábado, 20 de junho de 2020

Como praticar a devoção dos cinco primeiros sábados? Devoção ao Imaculado Coração de Maria - A consagração dos sábados

Igreja celebra o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria



O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e, neste dia 19, a Igreja Católica celebra a festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus. Essa é uma data móvel em que sempre é celebrada na segunda sexta-feira após a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Segundo o arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, é um dia dedicado à oração e para pedir sempre forças ao Sagrado Coração de Jesus para que possamos amar como Ele amou e ter o nosso coração sempre ardente do desejo de estar perto Dele. O Papa São João Paulo II dedicou esse dia para ser a Jornada de oração pela santificação dos sacerdotes. “O povo de Deus é chamado a rezar pelos seus padres”, afirmou.

Esta Solenidade mostra que “a festa do Coração de Cristo conduz à essência do cristianismo: a pessoa de Jesus, Filho de Deus e Salvador do mundo, manifestado no mistério mais íntimo do seu ser, nas profundezas de onde brotam todas as suas palavras e ações: seu amor filial e fraterno até a morte” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã). A devoção ao Sagrado Coração de Jesus se deve ao fato de um soldado romano com uma lança ter atravessado o lado de Jesus. “E de seu coração aberto jorrou sangue e água”.

Já neste sábado, 20 de junho, a Igreja, liturgicamente, celebra a memória do Imaculado Coração de Maria. A data deve ser celebrada no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes. Segundo o portal da Arquidiocese de São Paulo, os Santos Padres, místicos da idade média, os teólogos e os ascetas dos séculos seguintes foram todos grandes devotos do Coração de Maria assim como do Coração de Jesus.

Porém, foi São João Eudes (1601-1680) o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis. Esta festa tornou-se pública de 1648 entrando assim na liturgia comum e, a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.

Foi sobretudo a partir das aparições da Virgem Maria em Fátima que a devoção tomou grande impulso, conforme escreveu o Cardeal Cerejeira: “A Missão especial de Fátima é a divulgação no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria.”
No dia 4 de Maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para a paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o amor pela pureza e pelas virtudes. Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagra o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria.

No dia 25 de março de 1984, portanto há 25 anos, o então Papa João Paulo II realizou na Basílica de São Pedro, acompanhado por uma multidão de mais de 150 mil peregrinos e diante da imagem da Virgem peregrina de Fátima, vinda de Portugal, a solene consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em união espiritual com os bispos do mundo inteiro.  João Paulo II, na ocasião, pediu a Nossa Senhora que livrasse a humanidade da fome, das guerras e de todos os males.

Fonte: CNBB 

A consagração dos sábados a Virgem Maria não é nenhuma novidade na Igreja. Todavia, o pedido dessa devoção por Nossa Senhora foi uma magnífica confirmação dos Céus de uma antiga piedade mariana. O sábado, como dia especialmente consagrado a Virgem Maria, é uma tradição que tem sua origem muito provavelmente nos primeiros séculos da Igreja. “A presença da Missa de Nossa Senhora nos Sábados, no missal romano de São Pio V, de 1570, mostra a antiguidade dessa prática, que consiste em honrar especialmente a Santa Mãe de Deus nesse dia da semana”5.

Apoiados nesta bela e piedosa tradição da Igreja, os membros das confrarias do Rosário consagravam especialmente a Santíssima Virgem quinze sábados consecutivos de cada ano litúrgico. Durante esses sábados, “eles se aproximavam dos sacramentos e cumpriam exercícios de piedade particulares em honra dos quinze mistérios do santo rosário. Em 1889, o Papa Leão XIII concedeu a todos os fiéis uma indulgência plenária a ser ganha durante um desses quinze sábados”6. Entretanto, foi com o grande Papa São Pio X que a devoção dos primeiros sábados foi aprovada e encorajada pela Santa Sé que, em 10 de julho de 1905, indulgenciou, pela primeira vez, essa devoção mariana. Em 13 de junho de 1912, São Pio X concedeu “indulgência plenária, aplicável às almas dos defuntos, no primeiro sábado de cada mês, por todos aqueles que, nesse dia, se confessarem, comungarem, cumprirem exercícios particulares de devoção em honra da bem-aventurada Virgem Maria, em espírito de reparação”7.

Por desígnio da Divina Providência, cinco anos depois, na mesma data, aconteceu a “segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima, durante a qual os três pastorinhos testemunharam a primeira grande manifestação do Imaculado Coração da Virgem Maria, vendo-o ‘cercado de espinhos que pareciam enterrados nele. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação’”8. Os termos usados pelo Papa São Pio X são quase exatamente os mesmos do pedido de Nossa Senhora a Irmã Lúcia, principalmente no que diz respeito “à extrema importância da intenção reparadora, única capaz de afastar e apaziguar a cólera de Deus”9.
Depois de conhecer um pouco mais a história da Igreja, percebemos que, em Fátima e em Pontevedra, a Virgem Maria não é inovadora, mas nos deu uma confirmação do Céu e um novo impulso à devoção dos primeiros sábados, unindo-a com a devoção ao seu Imaculado Coração.

Por que cinco sábados em reparação ao Imaculado Coração?

Em 1930, padre José Bernardo Gonçalves, então confessor da Irmã Lúcia, intrigado com a devoção dos cinco primeiros sábados em reparação ao Imaculado Coração de Maria, perguntou à Irmã: “Por que hão de ser ‘cinco sábados’ e não nove ou sete em honra das dores de Nossa Senhora?”10 Mas Lúcia não soube responder a pergunta do confessor.
Irmã Lúcia não sabia o que fazer ou dizer, até que, durante uma de suas orações, na noite do dia 29 para 30 de maio de 1930, nosso Senhor Jesus Cristo revelou a ela a razão da devoção dos cinco primeiros sábados: “Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias contra o Imaculado Coração de Maria:

1 – As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2 – Contra a Sua virgindade;
3 – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4 – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5 – Os que a ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.

Eis, minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir essa pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de a ofender”11.

A primeira ofensa é a negação do dogma da Imaculada Conceição, promulgado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854.

A segunda, a negação da Doutrina Católica a respeito da virgindade perpétua de Nossa Senhora. São opositores dessa verdade as pessoas que negam que a concepção e o parto de Jesus não foram virginais, e que a Mãe de Deus não conservou a virgindade depois do parto, bem como aquelas que dizem que a Santíssima Virgem teve mais filhos além de Jesus.

A terceira, a negação da maternidade divina e espiritual da Virgem Maria, declarada no III Concílio de Constantinopla, no ano de 680. Nossa Senhora é Mãe de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no mistério da Redenção de toda a humanidade.

A quarta, é o ódio para com a Santíssima Virgem Maria colocado, à força de falsas doutrinas, injúrias e blasfêmias, no coração das crianças. Desde o século passado, “a ideologia marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. […] Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam ‘ladainhas’ de injúrias contra a Mãe de Deus”12.

A quinta, é o desrespeito para com as sagradas imagens de Nossa Senhora. Como outrora, não é raro, em nossos dias, o ultraje, o sacrilégio, o vandalismo, a destruição das imagens da Virgem Maria, principalmente quando estão expostas em locais públicos. Além disso, as pessoas que tiram as suas imagens das igrejas e capelas, ou as reduzem ao mínimo, ofendem também o Coração Imaculado da Santíssima Virgem e contrariam o que foi dito no Concílio Vaticano II a respeito das imagens sacras: “Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos13, ou seja, devemos zelar pela tradicional e salutar devoção às sagradas imagens.

Como praticar a devoção dos cinco primeiros sábados?

A própria Virgem Maria nos ensinou a praticar a devoção reparadora das ofensas ao seu Imaculado Coração. Para praticar perfeitamente essa devoção, devemos – durante cinco primeiros sábados de cinco meses seguidos, na intenção geral de reparar nossos próprios pecados e os de toda a humanidade contra o Coração Imaculado de Maria – realizar quatro atos de piedade:
1 – A Confissão: devemos confessar preferencialmente no primeiro sábado. Caso seja impossível, ou muito difícil, podemos confessar com até oito dias ou mais de antecedência. Todavia, recordamos que é necessário estar em estado de graça no primeiro sábado do mês, a fim de fazer comunhão reparadora. Na confissão, é indispensável a intenção de reparar as ofensas contra o Imaculado Coração de Maria. Essa intenção reparadora não precisa ser dita ao confessor, mas apenas colocada mentalmente diante de Deus antes da confissão. Jesus Cristo disse à Irmã Lúcia que, se esquecermos da intenção reparadora, podemos colocar essa intenção na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tivermos para nos confessar;

2 – O Terço: a tradicional oração do Terço mariano também faz parte da devoção dos cinco primeiros sábados, que deve ser rezado na intenção da reparação do Imaculado Coração da Santíssima Virgem;

3 – Os 15 minutos de meditação dos mistérios do Rosário: Nossa Senhora pediu que fizéssemos companhia a ela durante pelo menos 15 minutos, meditando sobre os 15 mistérios do Rosário14, na intenção da reparação ao seu Imaculado Coração. Essa meditação não precisa ser de todos os 15 ou 20 mistérios do Rosário. Podemos meditar apenas um, dois, três ou mais mistérios, conforme a nossa escolha. Outra opção é a meditação dos mistérios do Rosário conforme o tempo litúrgico. Por exemplo: no tempo do Advento, podemos meditar os mistérios Gozosos; no tempo da Quaresma, os Mistérios Dolorosos; no Tempo Pascal, os Mistérios Gloriosos; no Tempo Comum, podemos meditar aqueles mistérios que mais dizem respeito à Liturgia do dia ou do domingo;

4 – A comunhão: é um ato essencial da devoção reparadora ao Imaculado Coração de Maria. Para compreender bem a sua importância, lembremos que a devoção da comunhão das nove primeiras sextas-feiras tem como intenção a reparação das ofensas contra o Sagrado Coração de Jesus. Recordemos também que a comunhão milagrosa, dada aos três pastorinhos de Fátima pelo Anjo da Guarda de Portugal, no outono de 1916, teve um caráter eminentemente reparador. 
Essa intenção evidencia-se na oração ensinada pelo Anjo da Paz, repetida seis vezes, três vezes antes e três vezes depois da comunhão:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da Terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido; e pelos méritos infinitos de seu Sacratíssimo Coração e do Imaculado Coração de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores15.

Como nos casos acima, a intenção reparadora na devoção dos cinco primeiros sábados é muito importante, porque as ofensas contra o Imaculado Coração de Maria também ofendem gravemente o Sacratíssimo Coração de Jesus. Essa devoção reparadora, como um todo, pode ser também feita no domingo seguinte ao primeiro sábado, desde que seja por motivos justos e autorizado por um padre.

O poder e a eficácia sobrenaturais da devoção ao Imaculado Coração de Maria

Assim, a devoção ao Imaculado Coração, praticada nos primeiros sábados em reparação das ofensas cometidas contra a Virgem Maria, foi-nos revelada para salvação de muitas almas do inferno. Pois, cada vez mais, em nosso tempo, multiplicam-se os ataques contra a dignidade, os privilégios, as honras devidas a Nossa Senhora. Além disso, há uma diminuição considerável do culto mariano em quase toda a Igreja, em consequência principalmente dos erros espalhados pelo comunismo no mundo todo.

Sendo este o estado das coisas em nossos dias, a impiedade de muitos para com a Santíssima Virgem é ainda pior do que outrora. Por isso, certamente é mais do que essencial a intenção reparadora de nossa prática da devoção dos cinco primeiros sábados. Reparemos as ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria, tão ultrajado pela ingratidão dos homens, através da devoção que ela mesma nos indicou.

Na carta a Dom Manuel Maria Ferreira da Silva, Arcebispo titular de Gurza, escrita em 27 de maio de 1943, Irmã Lúcia nos ajuda a compreender o poder e a eficácia sobrenaturais da devoção ao Imaculado Coração de Maria: “’Os Santíssimos corações de Jesus e Maria amam e desejam este culto [para com o Coração de Maria], porque dele se servem para atrair todas as almas a eles, e isso é tudo o que desejam: salvar as almas, muitas almas, todas as almas’. Nosso Senhor me dizia há alguns dias: ‘Desejo ardentemente a propagação do culto e da devoção ao Coração de Maria, porque este Coração é o ímã que atrai as almas para mim, a fornalha que irradia na terra os raios de minha luz e de meu amor, fonte inesgotável de onde brota na terra a água viva de minha misericórdia‘”16. Com a certeza desta eficácia sobrenatural, peçamos a Mãe de Deus, com insistência e perseverança, as boas disposições de nossa alma para bem praticar a devoção dos cinco primeiros sábados.


Imaculado Coração de Maria, rogai por nós!

Fonte: Formação - Canção Nova


Santo do dia - 20 de junho

Santo Adalberto


Adalberto era um monge beneditino da cidade alemã de Weissenburg e foi designado por seu bispo para evangelizar o povo russo. Esta designação partiu de um pedido da princesa russa Olga que havia se convertido ao cristianismo.

Durante dois anos, Adalberto tentou incansavelmente evangelizar aquelas terras, mas a resistência à fé cristã matou todos os seus companheiros e ele próprio quase não conseguiu escapar.

Assim, retornou à sua cidade e de lá, tornou a partir com uma nova estratégia: estabeleceu-se em uma vila no leste do império russo, a qual era protegida de invasores por altos muros. De lá, começou um trabalho missionário, tendo conseguido chegar a Praga, onde conquistou muitos adeptos. Este trabalho estendeu-se por outros territórios russos, e, mesmo depois da morte do santo, continuou a dar grandes frutos.

Santo Adalberto, rogai por nós!


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus

Hoje, a Igreja Católica celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não há dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do Seu ser, a Sua Pessoa considerada no Seu núcleo mais íntimo e essencial.
Como o têm lembrado frequentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um sólido fundamento na Escritura. Jesus apresenta-se a si mesmo como Mestre “manso e humilde de Coração” (Mt. 11,29). Pode-se dizer que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para Aquele que foi atravessado (cf. Jo 19,27; Zc 12,10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou sangue e água, símbolo do “sacramento admirável de toda a Igreja”.

A Idade Média foi uma época especialmente fecunda para o desenvolvimento da devoção ao Coração do Salvador. Homens insignes pela sua doutrina e santidade, como São Bernardo (+1153), São Boaventura (+1274), Santa Lutgarda (+1246), Santa Matilde de Magdeburgo (+1282), as Santas Irmãs Matilde (+1299) e Gertrudes (+1302), Ludolfo de Saxónia (+1378) e Santa Catarina de Sena (+1380) aprofundaram o mistério do Coração de Cristo no qual percebiam o “refúgio” onde acolher-se.

As formas de devoção ao Coração do Salvador são numerosas; algumas  têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Santa Sé. Entre  elas devem ser lembradas: a Consagração pessoal; a Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação e a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras.

A devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor e a confiança na Sua infinita misericórdia, da qual o Coração é prenda e símbolo.

Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós!