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domingo, 19 de julho de 2020

Santo do dia - 19 de julho

Santo Arsênio

 Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote pelo papa Dâmaso pessoalmente. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por 11 anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.

O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.

No início sozinhos, depois organizados em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.


Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns eremitas, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.

A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade.

Mas a paz e a tranquilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas, foi quando Arsênio abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450.

A importância de santo Arsênio na história da Igreja remonta à época em  que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.


Santo Arsênio, rogai por nós!


São Serafim de Sarov
Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. Alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.

Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação aos 18 anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.

Aos 27 anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e também Jesus Cristo. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que ali estava. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.

Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual, mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. Como não tinha dinheiro, foi espancado e quase morreu. Em seguida, os ladrões foram detidos e, no julgamento, o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.

Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante 1000 dias e 1000 noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de  pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".

Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É  preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.


São Serafim de Sarov, rogai por nós!

São Símaco

Neste dia, celebramos um santo Papa que enfrentou um período da história em que a Igreja sofria com pressões internas e externas.

Nasceu na Ilha da Sardenha no século V. Pertenceu ao clero romano e foi eleito Papa em 498. No tempo de Símaco, a Igreja era duramente atingida por perseguições.

Muitas famílias tradicionais de Roma, bem como o Senado, buscavam de  todas as formas influenciar a ação da Igreja, trazendo assim muitos prejuízos; isto perdurou por um tempo até levantar-se Símaco. O santo Papa combateu e venceu estes “invasores”, recuperando assim a total liberdade da Igreja, na sua organização e disciplina.

Com a queda do império romano e a invasão dos vândalos, godos, visigodos e longobardos, que começavam a dominar o Ocidente, São Símaco, na ousadia, entrou nas intrigas sociais e políticas, para assim tomar partido da paz e da harmonia e não de algum dos lados. Na função eficiente de pai comum, suscitou a inveja do imperador do Oriente que começou a perseguir os cristãos; em resposta a esta atitude corrigiu Símaco: “Lança um olhar, o Imperador, a tantos príncipes que perseguiram a Igreja e vê como todos eles tiveram triste fim, ao passo que a Igreja perseguida continua com tanto mais glória, quanto mais violenta lhe foi a perseguição”.

Símaco era conciliador, homem de justiça e sinal de paz.
Em 514 ele partiu para a glória celeste e intercede por nós, para que nos tempos de hoje, por amor a Cristo e à Igreja, sejamos promotores da paz.

São Símaco, rogai por nós!

  

sábado, 18 de julho de 2020

Santo do dia - 18 de julho

Santo Arnolfo

Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, atual França, no ano de 582. Era membro de uma família cristã muito importante, que fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. Nesta época, a região da Gália, dominada pelos francos, era dividida em diversos reinos rivais, tendo como consequência grandes massacres familiares e corrupção.

Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.

Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.

Em 614, o rei Clotário II o nomeou, embora leigo, bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter daquele que se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.

Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto. Como chefe daquela diocese, participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, Ansegiso, tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada Era Carolíngia.

Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.

Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a  notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.


Santo Arnolfo, rogai por nós!

São Francisco Solano

Nasceu na Espanha no ano de 1549. Sua formação passou pelo colégio jesuíta, ingressando mais tarde na Ordem Franciscana. Prestou ali muitos serviços, mas seu grande desejo era a evangelização para muitos. Foi quando deixou a Europa e foi para a América Latina.

Chegou em Lima (Peru), evangelizando também pela Argentina, Chile, Paraguai, Andes etc. Tudo isso em busca de evangelizar a muitos. Francisco Solano consumiu-se na evangelização. Por obediência voltou a Lima para ser, dentro da Ordem, um formador de novos evangelizadores.

Solano faleceu com 61 anos pronunciando palavras de louvor ao Senhor: “Deus seja bendito!”
Quem se consome pelas almas, tem a certeza de que Deus foi glorificado.

 São Francisco Solano, rogai por nós!


sexta-feira, 17 de julho de 2020

Santo do dia - 17 de julho

 Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires 

Quarenta mártires. Entre eles 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares. Portugueses e espanhóis. Todos pertenciam à Companhia de Jesus.

Inácio de Azevedo nasceu no Porto em 1526. Aos 23 anos, já tinha entrado na Companhia de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além fronteiras. Foi quando o Superior Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar, testemunhou a necessidade de mais missionários. Saíram por isso, 3 naus missionárias. Em uma delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada por 5 navios de inimigos da fé católica que queriam a morte de todos.

Por amor à Igreja ele aceitou o martírio, exortou e consolou seus filhos espirituais. Foi morto e lançado ao mar e todos foram martirizados, alcançando a coroa da glória na eternidade.

Inácio e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários. Estamos no tempo das novas missões, a começar na nossa casa e onde convivemos. Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso, sofrer por Ele.

Bem-aventurado Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Nossa Senhora do Carmo: “Senhora do Escapulário”

Nossa Senhora do Carmo: “Senhora do Escapulário”


 Vale a pena vivenciar a devoção à Virgem do Carmo e ao seu Santo Escapulário, pois na hora que mais precisar ela estará presente com seu poderoso e precioso manto.

Escrever sobre a presença de Maria em nossas vidas, em especial Nossa Senhora do Carmo, enaltecendo suas virtudes e mostrando suas graças, me faz questionar: será que os devotos da Virgem do Carmo realmente conhecem sua história, suas promessas e sua verdadeira devoção?
 Por que Maria entregou o Escapulário?
Por exemplo: Você sabe como surgiu essa devoção? Sabe quem teve a visão de Maria? Por que Maria entregou o Escapulário? Qual é o verdadeiro sentido em usar o Escapulário?


É, portanto, a partir destes questionamentos e constatações que proponho esta reflexão, a fim de resgatar a verdadeira história e devoção da Virgem do Carmo. Porém, mais do que o valor histórico da visão que São Simão Stock teve, é importante ressaltar a aceitação da Igreja e a aprovação da devoção do Escapulário, como um incentivo para uma vida cristã autêntica, onde sua essência continua sendo o seguimento do Mestre Jesus Cristo.
Immaculate/Shutterstock
Aqui, creio eu, vale um pensamento de Leonardo da Vinci que nos alerta: "Quanto mais conhecemos, mais amamos". Portanto, é isto que quero e pretendo estimular de modo especial: conhecer e compreender melhor a história da Virgem do Carmo para melhor amá-la e melhor venerá-la.

A devoção e história de Nossa Senhora do Carmo remonta inevitavelmente ao Monte Carmelo, onde o grande Profeta Elias viveu na solidão, como ermitão, em torno do ano de 850 a.C. Mas era um homem de Deus, pois deixava que o Senhor fizesse parte de sua vida. Desta forma, ele se colocava atento aos apelos de Deus. Era no Deus Único e Verdadeiro que o Profeta tirava forças e coragem para defender o seu povo.

No seu tempo, Elias enfrenta o rei Acab, anunciando a praga da seca e caminha para o deserto. Ali é alimentado por Deus com pão e carne (1Rs 17,4-6). Desta forma, Elias refaz a caminhada do povo, revivendo a história do passado e despertando na origem da fé o caminho do reencontro com Javé. O Profeta Elias foi um grande testemunho da presença de Deus naquele tempo (1Rs 17,1;18,15). Diante do povo, ele era um homem de Deus, que falava em nome de Javé (1Rs 17,24). Sempre se retirava na solidão (1Rs 17,3;19,3-8), seu alimento era o que a natureza oferecia (1Rs 17,4) e partilhava com os pobres destes alimentos (1Rs 17,15).

Após algum tempo, seguindo as ordens do Senhor, Elias se apresenta ao rei Acab e enfrenta a Rainha Jezabel, esposa do rei, que tinha interesses em desviar o povo de um Deus, único e verdadeiro, para adorar um falso deus chamado Baal. Ela mesma havia criado um grupo de falsos profetas que deveriam divulgar esta devoção ao deus Baal. Profeta Elias, diante de tal situação, revoltou-se e colocou-se para um grande desafio. Pediu que todo o povo de Israel fosse avisado e que se reunisse no Monte Carmelo. Ele estava sozinho diante de quatrocentos e cinquenta profetas de Baal; e assim, Elias enfrentou estes profetas sem medo algum e, diante do povo, provou que o Deus verdadeiro estava ao seu lado. Inspirados na coragem e no testemunho do profeta, o povo se rebelou contra os profetas e seu falso deus. A partir de então, foram crescendo grupos de profetas que viviam em comunidades. (1Rs 19,19-21), (2Rs 2,1-15)

Tempos depois, também inspirados pelos testemunhos de Elias e em seu modo de viver através da oração e do silêncio, um grupo de homens, vindo de várias partes da Europa, chegou ao Monte Carmelo procurando entregar suas vidas a Nosso Senhor Jesus Cristo. Entre 1206 e 1214, Santo Alberto redigiu uma regra para estes eremitas. A Regra da Ordem do Carmo foi aprovada definitivamente pelo Papa Inocêncio IV, em 1247.

Segundo a História, quando esta Ordem atravessou uma forte crise, seus discípulos foram expulsos, tendo então que se adaptar à realidade da Europa, e foi lá que ocorreu o grande milagre e a maravilhosa intervenção da Nossa Senhora, depois chamada Nossa Senhora do Carmo. Na Europa, os Carmelitas sofreram muito a ponto de se extinguir e foi neste momento que Nossa Senhora apareceu ao Superior Geral dos Carmelitas, chamado Simão Stock, na noite de 16 de julho de 1251, prometendo ajudar a Ordem e dando a ele o Escapulário, como sinal de aliança e proteção

Existem outros elementos importantes desta aparição, porém, meditemos sobre isto: Maria ou como também podemos chamá-la “Senhora do Escapulário”, apareceu num momento de extrema provação, dificuldade e porque não dizer num momento de “vida ou morte”.

Observe que você pode, sem medo, ter confiança e certeza nesta devoção, amor e fervor pela Virgem do Escapulário, pois desde o início ela se mostrou solidária e compassiva aos momentos extremados de dificuldade, sofrimento e provação.

Portanto, a partir deste fato histórico que muitas vezes passa despercebido, você pode tirar uma grande lição e uma inabalável certeza: Vale a pena vivenciar a devoção à Virgem do Carmo e ao seu Santo Escapulário, pois na hora que mais precisar, como aconteceu aos carmelitas, ela estará lá presente com seu poderoso e precioso manto.

Vários Papas promoveram o uso do Escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – Escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte".

Escapulário é a expressão de um manto que cai sobre os ombros, pois a palavra Escapulário vem do latim “scapulae” que tem como significado “ombros”. Ele pode ser confeccionado com materiais diferentes, mas o princípio é sempre o mesmo: um cordão longo ligando duas imagens: uma do Sagrado Coração de Jesus e outra de Nossa Senhora do Carmo, ou Virgem do Carmelo, como também é conhecida, com o Menino Jesus no colo.


Porém, para os cristãos, não deve importar o material do qual esse sacramental é feito, mas sim, o significado que tem ao se colocar sobre os ombros. Ele é a aceitação de um compromisso, um pacto velado que você assumiu: você cuida de sua fé e devoção e a Santa o cuida e protege.

Autor: Pe. Luiz Alberto Kleina
Reitor do Santuário Nossa Senhora do Carmo - Curitiba/PR

Fonte: A 12

Oração a Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho

Oração a Nossa Senhora do Carmo

                    

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós.

Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho

Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora do Carmo

A festa de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria. 


Manifestação de Maria a São Simão Stock
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.


Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.


O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos. Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos. No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.  A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.


Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". 

 
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário. 


Oração a Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Amém! 


Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Escapulário Nossa Senhora do Carmo

Escapulário Nossa Senhora do Carmo

Escapulário 

"A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais". (Pio XII, 6/8/50) 

O que é?
O Escapulário ou Bentinho do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria, por meio da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O escapulário do Carmo é um sacramental. No dizer do Vaticano II, "um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por intermédio do qual significam efeitos, sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja". (S.C. 60)

Algumas informações:
Só pode benzer e impor Escapulário que estiver revestido de ordem sacra, ou seja, sacerdotes e/ou diáconos. Não importa qual seja o tamanho, matéria ou cor de que é feito o Escapulário. O seu uso diário e permanente, embora muito recomendado, não é essencial; essencial é o compromisso de viver cristãmente, à imitação de Maria Santíssima. 

A Medalha-Escapulário substitui plenamente o próprio Escapulário. Quanto aos compromissos práticos, recomenda-se muito a recitação e a meditação do terço ou, pelo menos, uma parte dele ou qualquer outra prática de devoção a Maria.

Às paróquias do Carmo, Sodalícios da Ordem Carmelitana Secular, Confrarias do Carmo, Colégios, Hospitais, Asilos, Orfanatos consagrados a Nossa Senhora do Carmo recomenda-se a promoção dos Encontros da Família Carmelitana com a finalidade sobretudo, de estreitar os laços de verdadeira fraternidade cristã. Temos todos um mesmo ideal de santificação e de auxílio mútuo neste empreendimento - e isto se torna mais fácil se tivermos consciência de que somos uma grande Família, de que somos todos irmãos do CARMO!

Texto retirado do livro "Fraternidade do Escapulário do Carmo" escrito por Frei Nuno Alves Corrêa. 

O Poder do Escapulário
O Monte Carmelo, na Palestina, é o lugar sagrado do Antigo e Novo Testamento. É o Monte em que o Profeta Elias evidencia a existência e a presença do Deus verdadeiro, vendo os 450 sacerdotes pagãos do Baal e os 400 profetas dos bosques, fazendo descer do céu o fogo devorador que lhes extinguiu a vida. (III Livro dos Reis, XVIII, 19 seg.).

É ainda o Profeta Elias que implora do Senhor chuva benfazeja, depois de uma seca de três anos e três meses (III Livro dos Reis, XVIII, 45).

É no Monte Carmelo que a tradição colocou a origem da Ordem Carmelitana.
Alí, viviam eremitas entregues à oração e à penitência.
Há quem afirme que o primeiro oratório em louvor à Virgem Maria foi levantado no Monte Carmelo. Sempre foi transmitida a crença que aquela nuvem branca que surgiu do mar e se transformou em chuva benéfica é símbolo da Imaculada Conceição de Maria.

São Luis IX, rei da França, sobe ao Monte Carmelo. Encontra-se com aqueles eremitas e fica encantado, quando lhe contam que sua origem remonta ao Profeta Elias, levando uma vida austera de oração e penitência, cultivando ardente devoção à Nossa Senhora. Trinta anos, antes de São Luis IX subir ao Monte Carmelo, dois cruzados ingleses levaram para a Inglaterra alguns monges.

Na Inglaterra, vivia um homem penitente, como o Profeta Elias, austero como João Batista. Chamava-se Simeão. Mas, diante de sua vida solitária na concavidadederam-lhe o apelido de Stock. de uma árvore no seio da floresta,  Dizem os historiadores que Nossa Senhora lhe apareceu, exortando-o a unir-se aos Monges Carmelitas. Os Carmelitas transferiram-se do Oriente para a Europa, por causa das perseguições sofridas, com seus conventos destruídos, queimados, seus religiosos presos, mortos e os sobreviventes dispersos. Diferente porém não foi sua sorte na Europa.

São Simão Stock, unindo-se aos Carmelitas, tanto se distinguiu por sua piedade, austeridade, visão e liderança, acabando sendo eleito Superior de todos os Carmelitas da Europa, em 1245. Teve coragem de adaptar a vida dos Carmelitas, que devia ser um misto de contemplação e de atividade apostólica e pastoral. Preparou os Religiosos, mandando-os às Universidades. Isto desagradou aos mais velhos. Se não bastassem as dificuldades internas, o clero diocesano que não aceitava os frades mendigantes Franciscanos e Dominicanos, fez guerra também aos Carmelitas. São Simão Stock até pensou em mudar o hábito que tanto chamava a atenção na Europa.

Sentindo ele sempre mais a oposição interna e externa e sendo já nonagenário, reconhecia que as provações eram superiores a suas forças. Foi então que recorreu com muita confiança à proteção de Nossa Senhora. Na noite de 16 de julho de 1251, no Convento de Cambridge, no condado de Kent, Inglaterra, assim rezava São Simão Stock na sua cela: "Flor do Carmelo, Vinha florífera, Esplendor do céu, Virgem fecunda, singular. Ó Mãe benigna, sem conhecer varão, aos Carmelitas dá privilégio, Estrela do Mar!". 

Terminada esta prece, levanta os olhos marejados de lágrimas, vê a cela encher-se, subitamente, de luz. Rodeada de anjos, apareceu-lhe a Virgem Santíssima, revestida de esplendor, trazendo nas mãos o Escapulário dizendo a São Simão Stock, com inexprimível ternura maternal: "Recebe, filho queridíssimo, este Escapulário de tua Ordem, como sinal peculiar de minha fraternidade, como privilégio para ti e para todos os Carmelitas. Quem morrer revestido dele não sofrerá o fogo eterno. Eis um sinal de salvação, de proteção nos perigos, eis uma aliança de paz e de eterna amizade". 

Nossa Senhora voltou ao céu e o Escapulário permaneceu como sinal de Maria.Na última aparição de Lourdes e de Fátima, Nossa Senhora traz o Escapulário. 

São passados 733 anos, desde o dia 16 de julho de 1251. Todos os que trouxeram o Escapulário, com verdadeira piedade, com sincero desejo de perfeição cristã, com sinais de conversão, sempre foram protegidos na alma e no corpo contra tantos perigos que ameaçam a vida espiritual e corporal. É só ler os anais carmelitanos para provar a proteção e a assistência de Maria Santíssima.

O Escapulário é a devoção de papas e reis, de pobres e plebeus, de homens cultos e analfabetos. É a devoção de todos. Foi a devoção de São Luis IX, de Luis XIII, Luis XIV da França, Carlos VII, Filipe I e Filipe III da Espanha, Leopoldo I da Alemanha, Dom João I, de Portugal.

E a devoção dos Papas: Bento XV o pontífice da paz, chamou o Escapulário a "arma dos cristãos" e aconselhava aos seminaristas que o usassem. Pio IX gravou em seu cálice a seguinte inscrição:"Pio IX, confrade Carmelita". Leão XVIII, pouco antes de morrer, disse aos que o cercavam: "Façamos agora a Novena da Virgem do Carmo e depois morreremos". 

Pio XI escrevia, em 1262, ao Geral dos Carmelitas: "Aprendi a conhecer e a amar a Virgem do Carmo nos braços de minha mãe, nos primeiros dias de minha infância". Pio XII afirmava: "É certamente o Sagrado Escapulário do Carmo, como veste Mariana, sinal e garantia da proteção e salvação ao Escapulário com que estavam revestidos. Quantos nos perigos do corpo e da alma sentiram a proteção Materna de Maria".

O Papa João XXIII assim se pronunciou: "Por meio do Escapulário do Carmo, pertenço à família Carmelitana e aprecio muito esta graça com a certeza de uma especialíssima proteção de Maria. A devoção a Nossa Senhora do Carmo torna-se uma necessidade e direi mais uma violência dulcíssima para os que trazem o Escapulário do Carmo"
Paulo VI afirmava que entre os exercícios de piedade devem ser recordados o Rosário de Maria e o Escapulário do Carmo.

O Papa João Paulo II é devotíssimo de Nossa Senhora e coloca a recitação do Rosário entre suas orações prediletas. Ele quis ser Carmelita. Defendeu sua tese sobre São João da Cruz, o grande Carmelita renovador da Ordem. John Mathias Haffert, autor do livro "Maria na sua Promessa do Escapulário", entrevistou a Irmã Carmelita Lúcia, a vidente de Fátima ainda viva e perguntou, por que na última aparição Nossa Senhora segurava o escapulário na mão?

Irmã Lúcia respondeu simplesmente: "É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário".


Artigo escrito por Dom Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba para o Jornal Gazeta do Povo.

O Valor e o Significado do Escapulário
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é um sinal de Maternidade Divina de Maria. Como tal, representa o compromisso de seguir Jesus como Maria, o modelo perfeito de todos os discípulos de Cristo.

O uso do Escapulário a Virgem nos ensina a:
* Viver abertos a Deus e à sua vontade;
* Escutar e praticar a palavra de Deus;
* Orar em todo momento, descobrindo Deus presente em todas as circunstâncias;
* Estar aberto a caridade e as necessidades da Igreja;
* Alimentar a esperança do encontro com Deus na vida eterna pela proteção e intercessão de Maria.

O Escapulário do Carmo não é:
* Um sinal de proteção mágica ou amuleto;
* Uma garantia automática de salvação;
* Uma dispensa de viver as exigências da vida Cristã.

O Escapulário em suas normas práticas:
* O Escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote ou pessoa autorizada;
* O uso do Escapulário exige no mínimo a oração de três Ave-Marias em honra a Nossa Senhora do Carmo;
* O Escapulário compromete com uma vida autêntica de Cristãos que se conformam com as exigências evangélicas, recebem os sacramentos e professam uma especial devoção à Santíssima Virgem.

Artigo escrito pelo Pároco Luiz Alberto Kleina. 
 


Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho

Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - 16 de julho 

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.

Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi prefigurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45).

Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral;  este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.

Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Acompanhe a novena “9 meses com Maria”