Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Santo do Dia - 21 de setembro

 

 São Mateus

São Mateus deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era  feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rentável negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa  forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na  verdade, o que se imagina é que Levi, havia algum tempo, cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo, e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém, foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram, para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde, mais uma vez, foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém, o príncipe herdeiro morreu, e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina, fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo. 


São Mateus, rogai por nós!

 

domingo, 20 de setembro de 2020

Evangelho do Dia

 Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 


25º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 20, 1-16a)

— O Senhor esteja convosco
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a Vos, Senhor

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1 “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2 Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3 Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4 e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5 E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.

6 Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7 Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

8 Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’

9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10 Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.

11 Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12 ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13 Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14 Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15 Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’

16a Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Santo do dia - 20 de setembro

 Santo André Kim Taegon e companheiros mártires


Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos,  como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós!

sábado, 19 de setembro de 2020

O Milagre de São Januário - 19 de setembro

Todos os anos, desde de 1389, durante a comemoração da festa de São Januário, acontece o milagre da liquefação do seu sangue coagulado, que se repete diante de milhares de fiéis que se reúnem todos os anos no dia 19 de setembro, em torno da Capela do Tesouro da Catedral de Nápoles, Itália. 

Esta relíquia está conservada em dois frascos. 

O milagre é atestado por mais de 5000 processos verbais. 

No milagre da liquefação do sangue do mártir, este perde peso e aumenta de volume.

Montesquieu, que assistiu a duas liquefações em 1728 disse: “Posso declarar que o milagre de São Januário não é fraude; os padres estão de boa fé”. Em 15 de setembro de 1902, o conteúdo das ampolas foi submetido a exame eletroscópico diante de testemunhas. O cientista Sperindeo que realizou a experiência, disse: “Vi aparecer por trás da linha D, a faixa escura característica do sangue, e entre as duas uma zona clara”. Não há dúvida de que se trata de sangue humano.

São Januário foi martirizado e morto dia 19 de setembro de 305 d.C., na terrível e última perseguição romana do imperador Diocleciano, ante de Constantino acabar com elas. Ele era bispo de Benevento. São Januário foi martirizado com muitos outros cristãos em Pozzuoli, jogados às feras no anfiteatro da cidade. Como as feras não o atacaram, o governador ordenou que fosse morto pela espada, juntamente com o diácono Sósio, Próculo, Festo, Desidério, Eutiquio e Acúrcio. Os cristão, segundo o costume, recolheram um pouco do sangue dos mártires e os colocaram em algumas ampolas. Os restos mortais de São Januário foram sepultados em Nápoles, comprovados pela arqueologia, inclusive com uma pintura de São Januário, do século V.

Leia também: 19/09 – São Januário
O Milagre de San Genaro (São Januário) em Napoli
5 milagres que a ciência tentou, mas nunca conseguiu explicar

Todos os anos, neste dia, a ampola com o sangue coagulado é apresentada à multidão pelo arcebispo da Cidade, cardeal Crescenzio Sepe junto com o prefeito de Nápoles.

Existe ainda no santuário o Busto-relicário de prata de São Januário sobre o altar da Catedral de Nápoles que, segundo a tradição, contém o crânio do mártir.

Este milagre maravilhoso acontece também em outros dias do ano, além do dia 19 de setembro; ocorre também em maio, mês dedicado à Virgem Maria e em 16 de dezembro. No dia 16 de dezembro houve um milagre atribuído a São Januário. Em 1631, Vesúvio, um enorme vulcão que fica perto de Nápoles e que no ano 70 destruiu as cidades de Herculano e Pompeia, entrou em erupção. Era algo assustador e que o povo temia.

Então, a Igreja de Nápoles realizou uma procissão levando a cabeça (crânio) do mártir e uma ampola com sangue sagrado até a Igreja de Santa Catarina, em Formiello, perto do vulcão que começava a erupção. Esta cessou imediatamente e o rio de lava e a chuva de cinzas foram cessaram e não houve nenhuma vítima.

Em 4 de maio de 1799, primeiro sábado do mês, o Vesúvio entrou novamente em erupção, Nápoles estava agitada politicamente por causa da implantação da República no lugar da monarquia. Neste primeiro sábado do mês, foi organizada uma procissão para São Januário. Neste dia aconteceu o milagre da liquefação do sangue do mártir.

Prof. Felipe Aquino  

Santo do dia - 19 de setembro

 São Januário ou Gennaro

São Januário foi zeloso, bondoso, sábio e venerado como protetor da peste e das erupções do vulcão Vesúvio  


Bispo e mártir (século III)

A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, nessa ocasião, a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última, foi em 1988.

O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente torna-se líquido, mudando a cor, consistência e, até mesmo, duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar.

Por essa razão, o povo de Nápoles e todos os católicos devotam enorme veneração por são Januário. Até a história dessa linda cidade italiana, cravada ao pé da montanha do Vesúvio, confunde-se com a devoção dedicada a ele, que os protege das pestes e das erupções do vulcão. Na verdade, ela se torna a própria história deste santo que, segundo os atos do Vaticano, era napolitano de origem e viveu no fim do século III. Considerado um homem bom, caridoso e zeloso com as coisas da fé, foi eleito bispo de Benevento, uma cidade situada a 70 quilômetros da sua cidade natal. Era uma época em que os inimigos do cristianismo submetiam os cristãos a testemunharem sua fé por meio dos terríveis martírios seguidos de morte.

No ano 304, o imperador romano Diocleciano desencadeou a última e também a mais violenta perseguição contra a Igreja. O bispo Januário foi preso com mais alguns membros do clero, sendo todos julgados e sentenciados à morte num espetáculo público no Circo. Sua execução era para ser um verdadeiro evento macabro, pois seriam jogados aos leões para que fossem devorados aos olhos do povo chamado para assistir. Porém, a exemplo do que aconteceu com o profeta Daniel, as feras tornaram-se mansas e não lhes fizeram mal. O imperador determinou, então, que fossem todos degolados ali mesmo. Era o dia 19 de setembro de 305.

Alguns cristãos, piedosamente, recolheram em duas ampolas o sangue do  bispo Januário e o guardaram como a preciosa relíquia que viria a ser um dos mais misteriosos e incríveis milagres da Igreja Católica. São Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente por meio do papa Sixto V, em 1586.


São Gennaro, rogai por nós!

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Santo do Dia - 18 de setembro

São José de Cupertino 

O poder da oração levou São José de Cupertino para o convento franciscano e ao sacerdócio


No dia 17 de junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia de Copertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família Desa, cujo pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a família. Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros meses de vida, porque o pai, endividado, teve de vender o pouco que  possuíam.

Já naquela época, os desníveis sociais geravam miséria, insegurança e sofrimento, impedindo que filhos de famílias pobres estudassem e desenvolvessem sua cultura e inteligência. Mas, apesar de iletrado, o menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da miséria, como ele.

Quando completou 17 anos, estava determinado a tornar-se frade, mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi aceito no Convento de Grotella, pelos Frades Menores, que o acolheram e lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.

Mesmo renegado, estava determinado a ser sacerdote. Foi então que as graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade que tinha em estudar, milagrosamente saía-se muito bem nas provas para tornar-se sacerdote. Desde então, começaram a aparecer sinais de predileção divina e fenômenos que atestavam sua santidade interior, presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram manifestações extraordinárias, como, por exemplo, curas totalmente milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. Ainda: em êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e, sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor. Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.

Outro fato relevante na vida de José de Copertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, sua fama de bom cristão, seu comportamento peculiar e seus milagres chegaram a Roma. O papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor. Talvez esse tenha sido um dos dias mais felizes na vida de José de Copertino.

Em 1628, foi ordenado sacerdote. José de Copertino mergulhou tão profundamente nas coisas de Deus que acabou se tornando um conselheiro de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral. Todos o procuravam. E ele os atendia com paciência, humildade e sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam.

José de Copertino morreu aos 60 anos de idade, no dia 18 de setembro de 1663, no Convento de Osímo, Itália. O local, que se tornara um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente, um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos como "o santo mais simpático da hagiografia católica".

Os frequentes êxtases espirituais, que lhe permitiam "voar" literalmente pela igreja, fizeram de são José de Copertino o padroeiro dos aviadores e paraquedistas. Também, devido à sua determinação diante das numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames de seleção, é considerado o santo padroeiro dos estudantes que se encontram nessa condição, anualmente.


 São José de Cupertino, rogai por nós!


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Santo do dia - 17 de setembro

Santa Hildegarda de Bingen


Abadessa beneditina (1098-1179)
Hildegarda, descendente de nobre e riquíssima família alemã, nasceu no castelo de Böckekheim, na bela região do rio Reno, em 1098. Como era o costume na época, aos oito anos de idade foi entregue aos cuidados de religiosas, mais especificamente da abadessa Jutta, do convento das monjas beneditinas. Lá, recebeu os primeiros fundamentos dos ensinamentos de Cristo, aprendendo o desapego que deveria ter com as coisas e vaidades mundanas.

Assim, depois de conhecer e conviver na comunidade religiosa, Hildegarda pediu para ser aceita entre as beneditinas, ingressando como noviça sem dificuldade alguma. Quando, em 1136, a superiora Jutta morreu, a direção do mosteiro passou para as mãos de Hildegarda. Além desse convento sob seu governo, ela fundou outros dois: em 1147, o de Bingen e, em 1165, o de Eibingen, ambos na Alemanha.

Desde a infância, ela apresentava uma personalidade muito carismática e um alto grau de elevação mística. Aos poucos, esses dons acabaram se manifestando como visões, definidas por ela mesma como "lux vivens", ou seja, luz vivificante. Um dia, Hildegarda ouviu uma voz superior, que ela identificou como do Espírito Santo, ordenando-lhe que escrevesse todas as revelações que lhe eram feitas.

Apesar de não ser letrada, Hildegarda acabou por desenvolver uma grande atividade literária. Por esses dons, acabou adquirindo muito conhecimento sobre medicina e ciências naturais, transmitidos, depois, por livros precisos que escreveu sobre essas matérias, reconhecidos cientificamente. Mas o seu talento enciclopédico expressou-se, em particular, no canto e na música. Ela foi, talvez, a primeira mulher musicista da história da Igreja Católica.

O final de sua vida foi muito sofrido e amargurado. Além de estar muito doente, ainda foi vítima de injustiças e mentiras, devido ao seu rigor como superiora séria e disciplinada. Aos 82 anos, no dia 17 de setembro de 1179, Hildegarda morreu no seu Convento de Bingen. Pôde, finalmente, descansar ao lado do Senhor.

Essa mulher extraordinária, mística beneditina, cientista, conselheira de bispos e imperadores, seguiu influenciando a espiritualidade católica, mesmo depois de sua morte, por meio de seus escritos, traduzidos em quase todas as línguas do mundo, desde a Idade Média até os nossos dias. No século XX, em 1921, ainda a influência do seu carisma inspirou a criação uma nova congregação, a das Irmãs de Santa Hildegarda.

Com a fama de sua santidade reconhecida ainda em vida, fez com que vigorasse um culto expressivo e ininterrupto, mantido entre os fiéis do mundo todo. O local de sua sepultura tornou-se um dos centros de peregrinação mais visitado. Santa Hildegarda teve a sua veneração litúrgica autorizada pela Igreja, para ser comemorada no dia de sua morte.


Santa Hildegarda de Bingen, rogai por nós! 


São Roberto Belarmino
 

Bispo e doutor da Igreja (1542-1621)

Roberto Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita fé. Tiveram 12 filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os seus exemplos.

O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou atenção especial aos doentes durante toda a vida. Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador.

Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das  ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos: "As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as heresias.

Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano,  que contava com 202 professores e 2 mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu outra obra famosa:  "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi traduzido para mais de 50 idiomas.

Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI, governou a Igreja apenas por 27 dias, vindo a falecer também. Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os 22 anos seguintes.

Morreu aos 79 anos de idade, em 17 de setembro de 1621, apresentando graves problemas físicos e de surdez, consequência dos males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de Doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.



São Roberto Belarmino, rogai por nós!

 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Santo do Dia - 16 de setembro

São Cipriano


Bispo e mártir (200-258)

A violenta perseguição anticristã de Décio, que custou a vida a milhares de cristãos, suscitou na Igreja a questão dos assim chamados libelistas - isto é, aqueles dentre os cristãos que, para fugir à condenação capital, iam à procura, dissimuladamente, do 'libellus', ou seja, do certificado que os apontava como bons e honestos cidadãos, por terem prestado homenagem à estátua de um ídolo, com alguns grãos de incenso. Quem, em seguida, tivesse abertamente renegado a Cristo era declarado 'lapsus', quer dizer, decaído.

O novo pontífice Cornélio se manteve numa linha moderada, readmitindo na comunhão os libelistas e concedendo o perdão aos 'lapsi', que podiam ser absolvidos na iminência da morte. Mas Novaciano, um intransigente presbítero romano, contestou o papa e, portanto, a Igreja, afirmado o direito de perdoar, quer fossem os libelistas, quer fossem os 'lapsi'. E, declarando Cornélio deposto, elegeu a si próprio papa.

Cipriano, bispo de Cartago, alinhou-se com o legítimo pontífice. Contra o antipapa Novaciano escreveu seu mais importante tratado: o 'De catholicae ecclesiae unitate', além de numerosas cartas, que o colocam entre os grandes escritores da literatura cristã latina.

Tácio Ceciliano Cipriano, nascido na África consular, se convertera ao cristianismo depois de uma brilhante carreira como docente de retórica e cidadão eminente na esplêndida cidade de Cartago (da qual se tornou bispo em 248). Sua eleição episcopal coincide com o novo edito imperial contra os cristãos.

Durante a perseguição, Cipriano escolheu a via da clandestinidade; depois, passada a tormenta, retornou a Cartago e concedeu o perdão aos libelistas - uma linha moderada que teve a aprovação de Cornélio. Ao recomeçar a perseguição, no império de Valeriano, Cornélio foi relegado a 'Centumcellae', a atual Civitavecchia, onde morreu em decorrência dos sofrimentos, e foi sepultado nas catacumbas de Calisto.


 São Cipriano, rogai por nós!

São Cornélio

Papa e mártir (+253)


Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado depois de um período vago na cátedra de São Pedro, devido à violenta perseguição imposta pelo imperador Décio. O papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, menos por Novaciano, que esperava ser o sucessor, martirizado por aquele cruel tirano. Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja.

A Igreja debatia internamente para tentar uma solução definitiva quanto à  conduta a ser adotada em relação a um dos seus maiores problemas da época, referente aos "lapsos", nome dado aos sacerdotes e fiéis que renegavam a fé e separavam-se da Igreja durante as perseguições que se impunham aos cristãos.

Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e uma postura muito indulgente, boa e compreensiva para com os desertores da fé católica. Atitudes que lhe valeram grandes atribulações e incompreensões. Apesar de toda essa oposição, contou sempre com o apoio incondicional e fiel do bispo Cipriano de Cartago, Argélia, norte da África.

Entretanto, o imperador Décio morreu em combate, sendo sucedido por Galo, que voltou com as perseguições. Assim, o papa Cornélio acabou preso e exilado para um lugar que hoje se chama Civitavecchia, em Roma.

Foi no exílio que o papa Cornélio passou os últimos dias da sua vida. Encontrava um pouco de alegria nas cartas que recebia do bispo Cipriano, seu admirador e amigo de fé, muito preocupado em mandar-lhe algumas palavras de consolo.

Morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio por ordem daquele imperador, por não aceitar prestar culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no Cemitério de São Calixto. A festa litúrgica do santo papa Cornélio foi colocada, no calendário da Igreja, no dia 16 de setembro, junto com a de são Cipriano, que depois também foi martirizado pela fé em Cristo.


 São Cornélio, rogai por nós!