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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Santos Anjos da Guarda - Oração do Anjo da Guarda.

          Santos Anjos da Guarda

Oração do Anjo da Guarda.

Santo Anjo do Senhor, Meu zeloso guardador, Se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege me guarde me governe e me ilumine. Amém. Santo Anjo da guarda, guardai-me!

O Catecismo da Igreja diz que “a existência dos seres espirituais, não-corporais, os anjos, é uma verdade de fé”. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição (n.328). Nenhum católico pode, então, negar a existência dos anjos. Eles são criaturas pessoais e imortais, puramente espirituais, dotados de inteligência e de vontade e superam em perfeição todas as criaturas visíveis (cf. Cat. n.330). São Gregório Magno disse que quase todas as páginas da Revelação escrita falam dos anjos.

A Igreja ensina que desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção (Sl 90,10-13) e por sua intercessão. “O anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os salva” (Sl 33,8).

São Basílio Magno (†369), doutor da Igreja, disse: “Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida.” (Ad. Eunomium 3,1). Isto é, temos um Anjo da Guarda pessoal. Jesus disse: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem continuamente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).

A liturgia de 2 de outubro celebra os Anjos da Guarda desde o século XVI, festa universalizada por Paulo V. Ora, se a Igreja celebra a festa dos Anjos da Guarda é porque de fato eles existem e cuidam de nós, nos protegem, iluminam, governam nossa vida, ajudam-nos como ajudou a Tobias. Mas para isso é preciso crer neles, respeitá-los, não afugentá-los pelo pecado. Um dia um rapaz me disse: “eu não vejo pornografia na internet porque tenho vergonha de meu Anjo da Guarda!”. A melhor homenagem a nosso Anjo é viver uma vida sem pecados, buscando, com sua ajuda, fazer a vontade de Deus.

A Tradição da Igreja acredita que nosso Anjo da Guarda tem a tarefa de oferecer a Deus as nossas orações, apoiar-nos e proteger-nos dos ataques do diabo, que tenta nos fazer pecar e perder a vida eterna. Então, nada mais importante que ter uma vida de intimidade com nosso Anjo da Guarda, invoca-lo constantemente e colocar-se debaixo de sua proteção. Desde criança aprendi com minha mãe esta oração: “Santo Anjo da minha guarda a quem eu fui confiado por celestial piedade; iluminai-me, guardai-me, regei-me, governai-me. Amém.” Nunca deixei de rezar essa oração.

Então, o melhor a fazer é não fazer nada sem pedir a luz, a proteção, o governo do bom Anjo que o Senhor colocou como guarda e custódio de nossa vida, do batismo até a morte. É por isso que muitos papas, como o Papa João XXIII, revelaram a sua profunda devoção pelo Anjo da Guarda, sugerindo, como também disse Bento XVI, de expressar a sua própria gratidão pelo serviço que ele presta a cada um de nós e de invocá-lo todos os dias, com o “Angelus Dei”.

O Santo Padre Pio teve um relacionamento profundo com o Anjo da Guarda. São inúmeras as passagens de sua vida com o seu Anjo e com os dos outros. Certa vez ele disse a uma pessoa: Nós rezaremos pela sua mãe, para que o seu anjo da guarda lhe faça companhia. Invoque o seu Anjo da guarda, pois ele te iluminará e te guiará no caminho de Deus.

Alguns perguntam se é possível saber o nome do nosso Anjo da Guarda. A Igreja não fala sobre isso; ela apenas conhece o nome dos três grandes Arcanjos: Miguel, Rafael e Gabriel. Portanto, se alguém sabe o nome do seu Anjo é uma revelação particular que não tem a confirmação da Igreja.

O mais importante é ter um relacionamento vivo e fervoroso com o nosso bom Anjo protetor, durante toda a vida.

Os anjos, de fato, são uma presença constante e fundamental na “história da salvação”: é justamente por meio deles que muitas vezes JHWH obra e envia mensagens ao povo de Israel; assim acontece no sonho de Jacó, relativo à escada da qual subiam e desciam os anjos, e quando, o mesmo Jacó, lutou contra um anjo, permanecendo ferido no quadril; é um anjo que segura a mão de Abrão que estava para sacrificar o filho.

No livro do Êxodo, no entanto, narra-se que, ao atravessar o Mar Vermelho um anjo protegia os israelitas dos egípcios, o mesmo anjo os guiará depois no deserto. Lembra-se também os anjos enviados pelo Senhor para salvar Ananias, Azarias e Misael, trancados em uma fornalha ardente pelo rei Nabucodonosor.

A mesma vinda do Salvador é anunciada ao povo de Israel por meio de um anjo, que a tradição associa ao Arcanjo Gabriel. Estes últimos são somente alguns exemplos da vivíssima presença dos anjos no Pentateuco. Outros também se encontram no Novo Testamento, como também na vida de muitos santos e beatos.

Os hebreus, sempre muito atentos à “palavra de JHWH”, por meio de um meticuloso estudo da Torá, como só os rabinos o sabem fazer, conseguiram extrair até 72 nomes de anjos (veja http://www.angelologia.it/esodo.htm),  que a Igreja Católica nunca reconheceu – exceto os três arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael – porque não são explicitamente mencionados na Bíblia.

Houve um tempo, no entanto, em que a Igreja venerava os assim chamados “7 anjos planetários”, também chamados de “os sete governantes do mundo” “os sete Tronos”, os seus nomes apareciam até mesmo nos missais utilizados na época nas “Vésperas dos sete”.

Esses anjos, considerados arcanjos, subdividiam-se em maiores (Miguel, Gabriel e Rafael), encabeçando hierarquias criativas, e em menores (Uriel, Scaltiel, Jehudiel, Barchiel), também chamados de os “Regentes da Terra”, aqueles que governavam os quatro elementos (Fogo, Ar, Água, Terra).

Esta tradição, mantida por vários séculos, teve origem na revelação feita pelo Arcanjo Rafael a Tobias, o qual apresentou-se ao profeta como “um dos Sete Anjos que estão sempre prontos para entrar na presença da majestade do Senhor”.

Por volta da segunda metade do século XVII, depois de muitas disputas, os nomes foram excluídos dos missais, sob a alegação de que o Arcanjo Rafael não revelou nenhum outro nome fora do seu. No entanto, a existência dos anjos é considerada um artigo de fé da Igreja Católica, manifestado explicitamente no símbolo Niceno-Constantinopolitano, “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis”.








Da criação dos anjos, então, fala-se em ambos os Testamentos, no Novo e no Antigo. Ao longo da história os anjos têm sido objeto de inúmeras considerações teológicas por parte dos Padres e Doutores da Igreja, teólogos e exegetas, entre os quais Hilário de Poitiers, Jerônimo, Agostinho, Cassiano, Boaventura, Bernardo Abade, Cirilo de Jerusalém e Tomás de Aquino.

No catecismo de São Pio X o tema é abordado com especial cuidado e uma clareza única. Os anjos, em essência, são seres imortais e espirituais, com uma inteligência e uma vontade superior à nossa; eles vivem num estado de felicidade perpétua, cujo objetivo principal é a adoração de “Deus em torno de seu trono”, a partir do qual são iluminados.

Eles também são chamados de “príncipes da Corte celestial” e “embaixadores da vontade de Deus” e operam de forma invisível entre os homens. O pseudo-Dionísio, o Areopagita, afirma no De celesti hierarchia que os anjos são divididos em três hierarquias, cada uma das quais está dividida em três coros, que, por sua vez, se distinguem entre si pelas suas tarefas, cores, asas e outros sinais distintivos.

Nesta subdivisão estão também os Anjos da Guarda (que se diz serem comandados pelo Arcanjo Rafael), explicitamente mencionado no Salmo 90, que têm a tarefa de guiar e proteger a pessoa a ele confiada. Cada cristão, de fato, tem o seu anjo da guarda, que o protegerá ao longo de toda a sua vida terrena, do nascimento à morte.

O Anjo da Guarda também tem a tarefa de oferecer a Deus as nossas orações, apoiar-nos e proteger-nos dos ataques do diabo, que tenta de qualquer forma fazer-nos o mal e “sujar” a nossa alma para impedir-nos de alcançar a vida eterna. Ele, basicamente, tem uma função salvífica para a nossa alma.

É por isso que muitos papas (de todos deve ser lembrado o Papa João XXIII) revelaram a sua profunda devoção pelo anjo da guarda, sugerindo, como também disse Bento XVI, de expressar a sua própria gratidão pelo serviço que ele presta a cada um de nós e de invocá-lo todos os dias, com o “Angelus Dei”, oração que a Igreja, na sua profunda sabedoria, formulou propositalmente, pedindo para iluminar o nosso caminho, para saber discernir a vontade de Deus nos fatos da vida e combater as ciladas do demônio.

“Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos para guardar-nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio”, rezamos na oração deste dia em que a Igreja celebra o Anjo da Guarda. Esta celebração teve seu início na Espanha no ano 400 e acontecia juntamente com a festa dos Arcanjos, mas a partir do ano 1670, foi fixado pelo Papa Clemente X no dia 02 de outubro para diferenciar e exaltar a figura do Anjo da Guarda. A mesma celebração foi universalizada pelo Papa Paulo V.

Cremos que a existência e presença dos anjos é uma verdade de fé. A Tradição nos mostra que os anjos são seres perfeitos, dotados de inteligência e livre arbítrio, participantes da graça de Deus. A doutrina acerca dos Santos Anjos nos é apresentada desde a Palavra de Deus perpassando pela sabedoria dos Santos e Padres da Igreja: São Basílio, o Grande, afirma: “Que cada qual tem um anjo para dirigi-lo, como pedagogo e pastor, é o ensinamento de Moisés”. 
Santo Agostinho nos diz: “Como podem os anjos estar longe, quando nos foram dados por Deus para ajudar-nos?” São Tomas de Aquino também nos ensina que o homem é governado e amparado pelos anjos, que representam o instrumento da providência especial de Deus para cada um. São Francisco de Sales ensina que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas foram atendidas.
 
A Palavra de Deus nos ensina na liturgia de hoje: “Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz.” Esta e outras passagens afirmam e confirmam esta doutrina que ao longo dos séculos veio sendo conhecida, aperfeiçoada e consolidada pela Doutrina e Sagrada Tradição.

Somos felizes de sermos amparados pela misericórdia e auxílio de Deus através dos Santos Anjos. Ao coro celeste nos unimos em oração e rezamos“Ó Santo Anjo de minha guarda, cuja proteção com admirável providência me encomendou o Altíssimo desde o primeiro instante de minha vida, dou-vos graças pelos cuidados que tivestes por mim, por me haverdes livrado dos perigos espirituais e corporais. A vós me recomendo de novo, ó meu glorioso protetor, defendei-me dos perigos e ajudai-me com as vossas santas inspirações, para quem sendo fiel a elas, consiga viver santamente neste mundo e gozar depois da vossa companhia na pátria celestial. Amém”.

 Por: Professor Felipe Aquino 
 

2 de outubro - Santos Anjos da Guarda

 Encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos 

Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: “Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!”

A palavra anjo significa, “enviado, mensageiro divino”, muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: “Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos”.

Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus: “Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,10)

Nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e outros Doutores da Igreja, encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos protetores de cada um, pois atesta a Sagrada Escritura: “Não são todos (os anjos) eles espíritos cumpridores de funções e enviados a serviço, em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança?” (Hb 1,14)

Na Inglaterra desde o ano 800 acontecia uma festa dedicada aos Anjos da Guarda e a partir do ano 1111 surgiu uma linda oração (apresentada a seguir). Da Inglaterra esta festa se estendeu de maneira universal depois do ano 1608 por iniciativa do Sumo Pontífice da época. Aprendamos e rezemos esta quase milenar prece: “Anjo do Senhor – que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião – guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém.”

Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

1º de outubro - Santo do Dia

 São Remígio ou Rémy

Rémy ou Remígio, como dizemos em português, era um cidadão romano, nascido no ano 440, em Lyon, França. Pertencia a uma tradicional família da nobreza romana, que teve a oportunidade de participar da expansão do Império Romano do Ocidente pela Gália, como era chamado o território francês. Naquela época, a região, que era toda pagã e constantemente assolada por sucessivas invasões dos bárbaros, vinha sendo governada pelo povo franco, mais tarde conhecido como francês. Embora menos evoluídos que os outros povos, eram conhecidos por serem grandes combatentes. Além disso, já haviam prestado serviços militares a Roma no passado.

Ao morrer o seu líder, o rei Childerico, em 482, assumiu o trono seu filho Clóvis, com 15 anos de idade. Remígio, como bispo católico que era da diocese de Reims, escreveu-lhe muitas cartas respeitosas e, ao mesmo tempo, dotadas de autoridade: "Vigiai, pois os poderosos não tiram os olhos de ti. Aconselha-te com seus bispos. Divirta-se com os jovens, mas só com os velhos delibere". Apesar de adverti-lo, também demonstrava o reconhecimento de sua soberania e, assim, ganhou a confiança do jovem rei. Tornou-se seu precioso ajudante e conselheiro. Além disso, Remígio também era importante, politicamente, ao reinado de Clóvis, pois trazia consigo o apoio de todos os demais bispos e dos outros grupos de camponeses gálio-romanos já convertidos.

Munido desse apoio, Clóvis venceu a batalha contra os bárbaros visigodos  pelo controle de toda a região, dando início à dinastia dos merovíngios. O rei Clóvis, apoiado por sua mulher, Clotilde, que já era uma fervorosa católica, depois canonizada pela Igreja, converteu-se à fé cristã por orientação espiritual de Remígio, sendo por este batizado. Na oportunidade, toda a Corte se converteu e recebeu o mesmo sacramento ao lado do seu soberano, que, instruído na doutrina cristã pelo bispo Remígio, institui-a de vez nos seus domínios.

Foram muitos os atos deste rei convertido que revelaram sua religiosidade autêntica, dotada da caridade cristã. Porém o mérito deve ser dado ao bispo Remígio, pois foi o resultado do seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização que fortaleceu os alicerces do catolicismo no território francês. O bispo Remígio de Reims ensinou não apenas aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado.

Depois de sua morte, em 13 de janeiro de 533, na sua sede episcopal de Reims, Remígio foi aclamado pela população como santo. Venerado ao longo dos séculos, o seu vigoroso culto foi autorizado pela Igreja, que manteve o dia 1° de outubro como a data oficial para a sua festa litúrgica. 


 São Remígio, rogai por nós!


Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux)

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja
“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.

 A “santa do sorriso”, que “se havia oferecido ao Menino Jesus para ser seu brinquedo, uma bolinha de nenhum valor, que pudesse ser jogada ao chão, empurrada com o pé, deixada a um canto”, foi tomada ao pé da letra. E não teríamos jamais sabido quantos sofrimentos se esconderam por trás daquela calma e composta tristeza se ela mesma, por obediência, não tivesse confiado a seus cadernos aquela incomparável "História de uma alma", que desvelou essa extraordinária força interior.

Marie Françoise Thérèse Martin, jovem de transparente beleza, órfã de mãe aos 4 anos, criada em Lisieux, ao lado de um pai afetuoso e bom, aos  15 anos pôde ingressar, graças a um indulto especial, no Carmelo de Lisieux, onde já duas irmãs a haviam precedido e a terceira haveria de segui-las.

Percorreu a grandes passos o caminho rumo à santidade, “lançando a Jesus as flores dos pequenos sacrifícios”, que não eram pequenos, como não foi fácil a ascese sob o signo da “infância espiritual” — ditada não pela tendência toda feminina de fazer uso de diminutivos e de palavras carinhosas, mas por uma autêntica e robusta espiritualidade, em sintonia com a advertência evangélica de “tornar-se pequenos como as crianças”.

Nos nove anos de vida claustral, Teresa deixou uma marca profunda, oferecendo ao mundo cristão a surpreendente imagem de uma jovem freira que, embora relegada à estrita clausura do Carmelo, viveu imersa na vida eclesial. Isso a ponto de, em 1927, dois anos depois da canonização, ser proclamada padroeira das Missões, junto com são Francisco Xavier, e, em 1944, copadroeira da França ao lado da guerreira santa Joana d’Arc.

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de  1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.

Teresa de Lisieux queria ser tudo: guerreira, missionária, apóstolo. Depois teve a intuição: o amor! “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor.”  Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-o. Deus meu,…amo-Vos!”

Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.

Pio X não hesitou em defini-la “a maior santa dos tempos modernos”. Em 19 de outubro de 1997, João Paulo II declarou-a Doutora da Igreja, a terceira mulher a receber esta homenagem, depois de Catarina de Sena e Teresa de Ávila.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!


quarta-feira, 30 de setembro de 2020

30 de setembro - Santo do Dia

 São Gregório, o iluminador

 Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório.

O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia.

Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea.

Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular.

Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia. Para agradecer a reconquista, mandou que Gregório fosse, pessoalmente, oferecer flores e incenso aos deuses no templo pagão. Como se negou a obedecer à ordem por ser cristão, o rei mandou torturá-lo. Mas a situação de Gregório ficou muito pior ao ser denunciado como o filho do assassino do pai do rei.  Revoltado, o monarca mandou intensificar as torturas e depois jogá-lo no fundo da masmorra mais profunda da Armênia, onde ficou no esquecimento.

Quinze anos mais tarde, Tirídates III contraiu uma doença contagiosa incurável e sofria muitas dores. Nessa ocasião, a princesa, sua irmã, teve dois sonhos reveladores: neles, uma voz dizia-lhe que a única pessoa capaz de curar o rei era Gregório. Assustada, mesmo acreditando que ele já havia morrido, enviou um mensageiro à masmorra, que o descobriu ainda vivo.

Gregório foi libertado e curou, milagrosamente, o rei da doença contagiosa, por meio das orações cristãs. Tocado pela fé, Tirídates III fez-se batizar, juntamente com toda a sua família, sua Corte e seu povo. Assim, a Armênia, que fora evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, tornou-se a primeira nação oficialmente cristã em 301, por obra de Gregório, o iluminador, como passou a ser chamado.

Ele se tornou o Bispo da Capadócia e um dos maiores líderes da Igreja armênia, cuja sede apostólica, a catedral de Etchmiadzin, construiu em 303. Mandou chamar seus dois filhos para auxiliá-lo. Depois, já cansado e com a sensação do dever cumprido, foi sucedido, como chefe supremo dos cristãos, pelo seu filho Aristakes, que morreu antes do pai. Então, quem assumiu o comando da sede episcopal foi o outro filho, Vertanes. Dessa maneira, Gregório pôde, enfim, realizar seu grande sonho, que era o de retirar-se para um lugar solitário e viver apenas de oração e penitência, até a morte, em 332.

São Gregório, o iluminador, é venerado não somente como o apóstolo e padroeiro da Armênia, mas também como evangelizador das igrejas síria e  greco-ortodoxa. Na masmorra, onde ficou preso e esquecido, foi construído o mosteiro de Khor Virap, que significa "poço profundo", para preservar o local original a 40 metros de profundidade. 


São Gregório, o iluminador, rogai por nós! 


São Jerônimo
A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte 

É incontestável o grande débito que a cultura e os cristãos de todos os tempos têm com este santo de inteligência brilhante e temperamento intratável. Jerônimo nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, hoje Croácia, no ano 347. Com a morte dos pais, herdou uma boa fortuna, que aplicou na realização de sua vocação para os estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e desfrutou a juventude com uma certa liberdade. Jerônimo estudou por toda a vida, viajando da Europa ao Oriente com sua biblioteca dos clássicos antigos, nos quais era formado e graduado doutor.

Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela França, conheceu um monastério e decidiu retirar-se para vivenciar a experiência espiritual. Uma de suas características era o gosto pelas entregas radicais. Ficou muitos anos no deserto da Síria, praticando rigorosos jejuns e penitências, que quase o levaram à morte. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino, na Antioquia, em 379. Mas Jerônimo não tinha vocação pastoral e decidiu que seria um monge dedicado à reflexão, ao estudo e divulgação do cristianismo.

Voltou para Roma em 382, chamado pelo papa Dâmaso, para ser seu secretário particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico, para o latim. Nesse trabalho, dedicou quase toda a sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e tornou-se oficial no Concílio de Trento.

Romano de formação, Jerônimo era um enciclopédico. Sua obra literária revelou o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, grego e hebraico, escritor de estilo rico, puro e, ao mesmo tempo, eloquente. Dono de personalidade e temperamento fortíssimos, sua passagem despertava polêmicas ou entusiasmos.

Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde viveu como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando, com um novo livro. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para Ambrósio, Basílio e para com o próprio Agostinho. Mas sempre amenizava as intemperanças do seu caráter para que prevalecesse o direito espiritual.

Jerônimo era fantástico, consciente de suas próprias culpas e de seus limites, tinha total clareza de seus merecimentos. Ao escrever o livro "Homens ilustres", concluiu-o com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu de velhice no ano 420, em 30 de setembro, em Belém. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e é celebrado no dia de sua morte. 


São Jerônimo, rogai por nós!

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael - 29 de setembro

 Miguel, Gabriel e Rafael amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro

 
Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)


São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.


São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).


São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

Fonte:  Canção Nova

Arcanjos de Deus - 29 de setembro

 Arcanjos de Deus - 29 de setembro

Neste mês, em comunhão com toda a Igreja, celebramos a festa dos Arcanjos São Miguel, Gabriel e Rafael.

Mas o que são os anjos? O nome anjo, deriva do latim angelus, que quer dizer mensageiro. O termo Arcanjo, tem duas raízes, e refere-se ao grego "arché" princípio, começo, e "angelos". O termo está ligado a uma posição de hierarquia entre os anjos.Nas sagradas Escrituras, a presença dos anjos é indispensável.

Miguel,que quer dizer "quem como Deus", está num sentido interrogativo. É citado no livro de Daniel que o refere a um dos primeiros príncipes.No Apocalipse também encontramos alguns relatos de sua presença, onde há uma guerra em que, Miguel, sendo o mais forte, derrota Satã. Há inúmeras descrições a respeito deste Anjo, como sendo poderoso e grande combatedor do mal.

Gabriel em alguns termos, poderia se dizer "homem forte de Deus", mas é tido como o mensageiro, aquele que leva a boa nova, que anda na presença de Deus e comunica sua mensagem. Vemos claramente a sua importância ao anunciar o nascimento de Jesus, no Envangelho segundo Lucas 1,19.

Rafael, em hebraico quer dizer "Deus cura". Considerado o portador das curas divinas, é citado no Antigo Testamento no livro de Tobias.

No catecismo da Igreja Católica (CIC) os anjos, pela sua existência, são denominados seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé [328].  Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem a seus desígnios salvíficos em relação às demais criaturas [350]. Os anjos cercam Cristo, seu Senhor e o servem, particularmente, no cumprimento de sua missão salvífica para com os homens [351].  A Igreja venera os anjos que ajudam em sua peregrinação terrestre e protegem cada ser humano.[352]

Desde  pequenos, muitos de nós aprendemos a rezar pedindo o auxílio dos anjos. Por isso neste mês, com muita gratidão a Deus gostaríamos de recordá-los, pela sua importância em nossa caminhada cristã, a fim de que tenhamos sempre força para superar as tentações, e as dificuldades que nos sobrevêm a cada dia.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e a todos os  espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém

Ó glorioso arcanjo São Gabriel, chamado fortaleza de Deus, príncipe excelentíssimo entre os espíritos angélicos, embaixador do Altíssimo que merecestes ser o escolhido para anunciar à Santíssima Virgem a encarnação do divino Verbo em suas puríssimas entranhas. Nós te suplicamos, roga a Deus por nós, pobres pecadores, para que conhecendo e adorando esse inefável mistério, consigamos gozar do fruto da divina redenção na glória celestial. Amém
Fica conosco, ó Arcanjo Rafael, chamado “Medicina de Deus”, afastai para longe de nós as doenças do corpo, da alma e do espírito e trazei-nos saúde e toda a plenitude de vida prometida por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

 Glorioso Arcanjo Rafael, que dignastes tomar a aparência de um simples viajante para vos fazer o protetor do jovem Tobias…


Rafael Barbosa
Missionário da Imaculada - Padre Kolbe


29 de setembro - Santo do dia - Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael


 O Anjo da Anunciação 

São Gabriel, arcanjo



Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra.

A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento.

Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria.

Vejamos algumas passagens do Evangelho de suas missões no evento que mudou a humanidade. Foi Gabriel arcanjo quem explicou ao profeta Daniel sua frequente visão do carneiro e do bode. Foi ele, também, quem anunciou, ao mesmo profeta, a trajetória destinada à sua nação; a chegada do Messias, até a negação do mesmo por parte de seu povo, e sua morte na Terra.

Ele também apareceu ao sacerdote Zacarias, anunciando que sua mulher lhe daria um filho profeta, chamado João Batista, o precursor do Cristo. E como Zacarias duvidou, por ser velho e a mulher estéril, castigou-o com a perda da voz até que tudo se cumprisse.

O seu apogeu ocorreu na Anunciação à Virgem Maria sobre a encarnação do Filho de Deus. Suas primeiras palavras tornaram-se uma oração, aquela que todos recorrem para pedir a proteção, a bênção ou a intervenção de Nossa Senhora: "Alegra-te, Maria, cheia de graça. O senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Contou-lhe, então, o que a esperava, a missão que lhe era confiada, preparou-a espiritualmente para entender a intervenção do Espírito Santo. Fazendo o mesmo com o justo José, seu esposo, que, graças à aparição de Gabriel, compreendeu o que se passava, entregando-se de corpo e alma àquela missão.

Os teólogos e a Igreja entendem que foi também missão deste arcanjo avisar aos pastores de Belém sobre a chegada do Messias; alertar os reis magos para que não voltassem a Jerusalém; dar a José a ordem de fugir para o Egito e, depois, retornar a Nazaré; consolar Jesus no horto das Oliveiras e anunciar às santas mulheres a Ressurreição do Cristo.

Gabriel arcanjo e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, ajudam-nos a dar bom rumo e direção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons. Por isso devemos, sempre, agradecer por sua colaboração com nossas sinceras orações, em especial nos dias 24 de março e 29 de setembro, quando é festejado por todo o Povo de Deus, a Igreja de Cristo. 


São Gabriel, arcanjo, rogai por nós!

São Miguel, arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome  como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas.

Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia esse arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica.

Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse, pois, nela, vê-se que houve uma batalha no céu, e Miguel, com seu exército de anjos, precisou combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás. A partir daquele momento, satanás não tinha mais lugar no céu e foi expulso para a terra, juntamente com seus anjos maus, os demônios. Assim começou a antiga batalha do bem contra o mal.

Espírito vigoroso, atravessa céus e terras inundando os seres humanos com os sentimentos de justiça e arrependimento. Ele intercede pelo nosso livre-arbítrio, defende-nos, pisando nos dragões da indecisão e da dúvida. Quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, para mantermos a serenidade, a fé e para perseverarmos na nossa missão dentro dos preceitos da Igreja de Cristo, até entrarmos na vida eterna.

Na carta de são Judas, lê-se: "O arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: 'Que o Senhor o condene'". Por isso, Miguel arcanjo é representado nas artes vestindo armadura e atacando o dragão infernal. Segundo a tradição, foi esse arcanjo quem libertou o apóstolo Pedro da prisão e o conduziu entre os guardas. A Igreja Católica tem uma grande devoção pelo arcanjo Miguel e o comemora no dia 29 de setembro. 


São Miguel, arcanjo, rogai por nós!



São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus.

Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do  Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. 

Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobias, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se:

"[...] chamou-os à parte e disse-lhes: 'Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória do Senhor [...]'. Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: 'Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...]. E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]'." (Tb 5-12).

Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar. Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos  médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e  escoteiros. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários.

Tem, entretanto, um especial cuidado com os peregrinos, mas não só os que viajam, também aqueles que estão em peregrinação rumo a Deus. Rafael arcanjo os protege e guia pelo caminho reto e seguro da vida, que é a Paixão de Cristo, onde encontramos a verdadeira felicidade e salvação  eterna, cura completa do corpo e da alma. A Igreja celebrava-o, especialmente, no dia 24 de outubro. Desde 1969, sua festa passou para 29 de setembro, mas os devotos de todo o mundo veneram-no todos os dias, durante suas orações. 

São Rafael, arcanjo, rogai por nós!


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Santo do Dia - 28 de setembro

 São Venceslau


 Governou com tanta justiça e brandura que com pouco tempo conquistou o coração do povo que o amava e por ele era concretamente amado

O bondoso monarca da Boêmia, Vratislau, antes de morrer, deixou, como herdeiro do trono, seu filho Venceslau, nascido no ano de 907 na atual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o caráter e a falta de escrúpulos da mãe, enquanto Venceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha.

Mas antes que isso acontecesse, a mãe tomou à força o poder e começou  uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do rei Vratislau, elevando ao trono seu filho Venceslau. Imediatamente, seguindo o conselho da avó, Venceslau levou de volta ao reino o cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.

Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho impedindo seus planos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Venceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e a simpatia do povo, que via nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais pobres,  encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo.

A popularidade de Venceslau cresceu ainda mais quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao seu governo cristão, propôs que, em vez de entrarem em guerra, duelassem entre si, evitando, assim, a morte da população inocente. Quem vencesse ficaria com o poder. No dia e na hora marcada, os adversários encontraram-se no campo de batalha. Radislau atacou imediatamente, de lança em punho. Contam os registros que, no momento em que feriria Venceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e, quando se levantou, já era um homem modificado. Naquele momento, pediu perdão e jurou fidelidade ao seu Senhor.

Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Venceslau, arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 935, durante a festa de batismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Venceslau retirou-se para a capela para rezar.  Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja. Mãe e filho, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Venceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I.
Seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então, passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polônia e a Boêmia têm em são Venceslau seu protetor e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII, a Igreja inscreveu são Venceslau no calendário litúrgico, marcando o dia 28 de setembro para a sua festa.


São Venceslau, rogai por nós!