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sábado, 24 de abril de 2021

HORA DA MISERICÓRDIA - Virgem Dolorosíssima

Em 2021, celebrado em 11 de abril 2021 - Domingo da Misericórdia

HORA DA MISERICÓRDIA

 

Jesus, eu confio em Vós!

J MISERICORDIA E O BRASIL.jpg

“Brasil, aqui é o Santuário da Minha Misericórdia, porque os brasileiros acreditam na Hora da Misericórdia e Me atendem com adorações nesta hora”. (Jesus / 09.05.2001 / Conf. Silvia Maria)

“A adoração é o ápice do Meu Amor. Na adoração atingis o ponto máximo da Minha Misericórdia.

Se fizerdes a Hora da Misericórdia e a adoração juntas, ultrapassais todas as barreiras do mal.

E atenderei a todos os pedidos que nesta Hora colocardes aos Meus pés”. (Jesus / 04.05.2001 / Conf. Silvia Maria)

“Na Hora da Misericórdia, às três horas da tarde, rezar 3x a seguinte oração: Os Anjos do Senhor acampam aqui neste lugar e anunciam a Vinda Gloriosa de Jesus entre nós”.  (23.04.2001)

TERÇO DA MISERICÓRDIA

- ORIGEM -

                Em 22 de fevereiro de 1931, em Cracóvia, Polônia, Nosso Senhor Jesus Cristo se manifestou em locuções e visões a uma religiosa, hoje canonizada, chamada Faustina Kowalska. Nosso Senhor ditou a ela um terço, denominado Terço da Misericórdia, que, conforme palavras do próprio Senhor, tem grande poder junto à Santíssima Trindade, principalmente quando recitado às 15h (hora da Paixão do Senhor) e junto a Jesus Eucarístico, no Sacrário.

Irmã Faustina nos conta em seu diário:

               “À noite, quando eu estava em minha cela, percebi a presença do Senhor vestido de uma túnica branca. Uma mão estava levantada a fim de abençoar, a outra pousava na altura do peito. Da abertura da túnica, no peito, saíam dois grandes raios, um vermelho e outro pálido. Em silêncio, eu olhei intensamente para o Senhor, minha alma estava tomada pelo espanto, mas também por grande alegria. Depois de um tempo, Jesus me disse: "Pinta uma imagem de acordo com o que vês, com a inscrição ‘Jesus, eu confio em Vós’. Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá”.

Devoção à Divina Misericórdia: Origem e Promessas – Site Católico

            Algum tempo depois, Nosso Senhor lhe explicou o significado dos dois raios em destaque na Imagem: “Os dois raios representam o Sangue e a Água. O raio pálido representa a Água, que justifica as almas; o raio vermelho representa o Sangue, que é a vida das almas. Ambos os raios saíram das entranhas da Minha Misericórdia quando, na Cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança... Estes raios defendem as almas da ira de meu Pai. Feliz aquele que viver sob a proteção deles, porque não será atingido pelo braço da Justiça de Deus.”

Irmã Faustina escreve em seu diário, sobre uma visão em 13 de setembro de 1935: “Eu vi um anjo, o executor da Cólera de Deus, a ponto de atingir a terra. Eu comecei a implorar intensamente a Deus pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição...” No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou esta oração nas contas do rosário: “Primeiro reze um PAI NOSSO, uma AVE MARIA, e o CREDO. Então, nas contas maiores diga as seguintes palavras: ‘ETERNO PAI, EU VOS OFEREÇO O CORPO E O SANGUE, ALMA E DIVINDADE DE VOSSO DILETÍSSIMO FILHO, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, EM EXPIAÇÃO DOS NOSSOS PECADOS E DO MUNDO INTEIRO’. Nas contas menores, diga as seguintes palavras: PELA SUA DOLOROSA PAIXÃO, TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS E DO MUNDO INTEIRO. Conclua dizendo estas palavras três vezes: DEUS SANTO, DEUS FORTE, DEUS IMORTAL, TENDE MISERICÓRDIA DE NÓS E DO MUNDO INTEIRO.”

Mais tarde, Jesus disse a Irmã Faustina: “Pela recitação desse Terço agrada-Me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz. 

                Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida.

             Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência. Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame"...

Outras passagens importantes contidas no diário da Apóstola da Misericórdia: “Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão”. (Diário nº 1320)

           “Lembra-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha Misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a Minha onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça”.

              Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela e adora o meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento”.  

             “São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão”. (Diário nº 737)

                “As almas que divulgam o culto da Minha Misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte não serei Juiz para elas, mas sim o Salvador Misericordioso. Nessa última hora a alma nada tem para sua defesa além da Minha Misericórdia, Feliz a alma que, durante a vida, mergulhou na fonte da Misericórdia, porque não será atingida pela justiça”. (Diário nº 1075)

         “As almas se perdem, apesar da minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia(*). Se não a venerarem perecerão por toda a eternidade”. (Diário nº 965)

(*) Sobre a Festa da Misericórdia, Jesus pede: “Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha Misericórdia”. (Diário nº 699)

Vós falecestes ó Jesus, mas a fonte da vida brotou para as Almas

e abriu-se o Oceano da Misericórdia para todo mundo.

Ó Fonte da Vida, Misericórdia insondável de Deus,

abraçai todo mundo e derramai-Vos sobre nós.

 

O TERÇO DA MISERICÓRDIA

 

*No início: Pai Nosso... Ave Maria...  Creio...

 

*Nas 3 primeiras contas do Rosário:   Ó Sangue e água que brotaste do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós.

 

*Nas contas grandes:  Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo e o Sangue, Alma e Divindade de vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos pecados do mundo inteiro.

 

*Nas contas pequenas:  Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

 

*No final do terço: Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro. (3x)

Oração Final: Ó Deus Eterno, em quem a Misericórdia é insondável e o tesouro da Compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa Misericórdia, para que não nos desesperemos nos momentos difíceis e nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é amor e a própria Misericórdia.

 ORAÇÃO À MISERICÓRDIA DIVINA

                Ó  Deus  de  grande  Misericórdia,  Bondade  infinita,  eis  que  hoje  a  humanidade  toda  clama  do  abismo  da  sua  miséria  a  Vossa Misericórdia, a Vossa compaixão, e clama com sua potente voz de miséria. Deus Clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta terra. Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que com nossas próprias forças não temos condições de nos elevarmos até Vós, por isso Vos suplicamos: adiantai-Vos ao nosso pedido com Vossa Graça e multiplicai em nós sem cessar Vossa Misericórdia, para que possamos cumprir a Vossa Santa Vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa Misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente a Vós é conhecido e esperamos alcançar tudo que nos foi prometido por Cristo, apesar de toda a nossa miséria, porque Cristo é a nossa confiança; pelo Seu Coração Misericordioso, como por uma porta aberta, entramos no Céu.

 ORAÇÃO À JESUS MISERICORDIOSO

                 Ó meu Jesus, que, para remir o mundo, quiseste nascer em Belém, - ser crucificado,- rejeitado pelos judeus, - atraiçoado por Judas com um ósculo, - atado com duras cordas, arrastado como inocente cordeiro para morte, - apresentado no meio dos desprezos, aos Tribunais de Anãs, Caifás, Pilatos e Heródes, - acusado por falsas testemunhas, - dilacerado pelos açoites, - coroado de espinhos, - cuspido e esbofeteado, - ferido com a cana e vendado por escárnio, - despido das vestes, - pregado no patíbulo da cruz no meio de dois malfeitores, - amargurado com o fel e vinagre, - ferido pela lança...

                Ó Jesus, Redentor meu, pelas Vossas acerbíssimas penas, que eu indigno pecador vou meditando... pela Vossa dolorosíssima Paixão, Agonia e Morte na Cruz, livrai-me das penas do inferno, e dignai-Vos conduzir-me ao Paraíso (para onde levastes o facínora crucificado convosco): Vós, que, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

LOUVORES À MISERICÓRDIA DEUS

 

O Amor de Deus é a flor – e a Misericórdia o fruto
Que a alma que desconfia leia antes louvores da Misericórdia
e torne-se confiante

Misericórdia Divina, que brota do Seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, Mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, Fonte que brota do Mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente nem angélica nem humana pode perscrutar, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, Fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da Chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, imperscrutável na Instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no Sacramento do Santo batismo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os Anjos, inefável para os Santos, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, insondável em todos os Mistérios Divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, Fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as Obras das Suas Mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

Oremos: "Ó Deus Eterno, em quem a Misericórdia é insondável, e o tesouro da compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa Misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é amor e a própria Misericórdia. Amém."

 

ATO DE CONSAGRAÇÃO À DIVINA MISERICÓRDIA

           Ó Misericordiosíssimo Jesus, infinita é a Vossa Bondade e inesgotáveis os Tesouros da Vossa Graça. Confio inteiramente na Vossa Misericórdia, que está acima de todas as Vossas Obras. Consagro-me a viver inteiramente no Brilho Esplendoroso de Graça e Amor que brotaram do Vosso Sagrado Coração na Cruz. Desejo imitar a Vossa Misericórdia, praticando as obras de misericórdia espirituais e corporais, particularmente na conversão dos pecadores, e dando auxilio. coragem e consolação a todos os pobres, infelizes e doentes. Tende cuidado de mim, doravante. como coisa Vossa e Vossa própria Glória. Tudo receio da minha fraqueza, mas tudo espero da Vossa Misericórdia. Fazei que toda a Humanidade conheça o abismo insondável da Vossa Misericórdia e que ponha toda a sua confiança em Vós e Vos adore para sempre. Amém.

 ATO DE CONSAGRAÇÃO DO DESIGNO DO MUNDO Á DIVINA MISERICÓRDIA

 Papa João Paulo II

              Deus,  Pai  Misericordioso  que  revelaste  o  Vosso  Amor  no  Vosso  Filho  Jesus  Cristo  e o derramaste sobre nós no Espírito Santo Consolador, confiamos-Vos hoje o destino do mundo e de cada homem.

                Inclinai-Vos sobre nós pecadores, curai a nossa debilidade, vencei o mal, fazei com que todos os habitantes da terra conheçam a Vossa Misericórdia para que em Vós, Deus Uno e Trino encontrem sempre a esperança.

Pai eterno pela dolorosa Paixão e Ressurreição do teu Filho tem misericórdia de nós e do mundo inteiro. Amém!

 

“Jesus, eu confio em Vós”

“Ó Sangue e Água que brotastes do Coração de Jesus como fonte de Misericórdia para nós, eu confio em Vós” (D. 187).

 

A IMAGEM: “JESUS, EU CONFIO EM VÓS!”

              A primeira aparição de Jesus Misericordioso a Santa Faustina foi no dia 22 de Fevereiro de 1931 em Plock (Polônia). Lemos no seu" Diário": “Quando estava na cela, já de noite, vi Jesus vestido com uma túnica branca. Tinha a Mão direta erguida para abençoar e com a outra tocava na túnica junto ao Peito. Da abertura da túnica saiam dois Raios luminosos, um Vermelho e outro Branco. Contemplava a Nosso Senhor em silêncio, a minha alma estava temente, mas também em grande alegria. Passado um instante, Jesus disse-me: "Pinta uma Imagem conforme a visão que te aparece, com a inscrição - JESUS EU CONFIO EM VÓS! É Meu desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente na vossa Capela, e depois em todo Mundo. Eu prometo que a Alma que venerar esta Imagem não se perderá. Prometo ainda mais, a vitória sobre os inimigos já aqui na Terra, e especialmente à hora da morte. Eu mesmo defenderei essa Alma como a Minha própria Glória" (Diário, I).

 

Algum tempo depois, o próprio Jesus lhe explicou o simbolismo dos Raios da Imagem:

 

               "O Raio Branco significa a Água que justifica as Almas; o Raio Vermelho significa o Sangue que é a Vida das Almas ... Estes dois Raios brotaram das entranhas da Minha Misericórdia, quando o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança na Cruz ... Feliz aquele que viver sob a sua proteção, porque a Justa Mão de Deus não o atingirá". (Diário, I).

                 Outras palavras de Jesus sobre a Imagem: "O Meu Olhar desta Imagem é como (foi) o olhar da Cruz. Dou aos Homens um Vaso, com o qual devem vir bus­car Graças à Fonte da Misericórdia. Esse Vaso é esta Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós!" ( Diário, I).

                "A grandeza dessa Imagem não está na beleza da tinta nem do pincel, mas está na Minha Graça". ( Diário, I).

                "Por essa Imagem concederei muitas Graças às Almas; ela deve lembrar as exigências da Minha Misericórdia, porque mesmo a fé mais forte nada vale sem as obras." (Diário, II)

 DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

 

Nosso Senhor deseja atrair à Sua Misericórdia a todos os Homens, sem exceção. E para isso proporciona outro meio: a instituição de uma Festa. Ele mesmo indica o dia e liga a esta Festa grandes Graças e Promessas. No "Diário" da Serva de Deus lemos: "Desejo que a Festa da Misericórdia seja um Refúgio e Abrigo para todas as Almas, especialmente para os pobres pecadores. Neste dia estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia. Aquela Alma que for a Confissão e à Sagrada Comunhão ( neste dia) obterá a remissão da culpa e do castigo; neste dia estão abertas todas as Comportas Divinas, através das quais se derramam as Graças. Que nenhuma Alma receie vir a Mim, ainda que os seus pecados sejam como escarlate ... A Festa da Misericórdia brota das Minhas entranhas. Desejo que seja solenemente celebrada, no primeiro Domingo depois da Páscoa. A Humanidade não encontrará a Paz enquanto não se voltar com confiança para a Minha Misericórdia" ( Diário ,II)

NOVENA DA DIVINA MISERICÓRDIA

 

PRIMEIRO DIA: Oremos por toda a humanidade, especialmente pelos pecadores

 

            Palavras de Jesus à Santa Faustina: "Hoje Traz-Me toda a Humanidade, mas especialmente todos os pecadores, e mergulha-os no Oceano da Minha Misericórdia. Deste modo Me consolarás na amarga tristeza em que Me afunda a perda das Almas".

                Misericordiosíssimo Jesus, de Quem é próprio ter compaixão de nós e de nos perdoar, não olheis para os nossos pecados, mas para a confiança que temos na Vossa Bondade infinita, e recebei-nos a todos na Mansão do Vosso Compassivo Coração e nunca nos deixeis afastar d'Ele. Nós vo-Lo pedimos pela Amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.

                Eterno Pai, olhai com Misericórdia para toda a Humanidade, encerrada no Coração Compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua Dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa Misericórdia, para que glorifiquemos a Onipotência da Vossa Misericórdia, por toda a Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 

SEGUNDO DIA: Oremos pelos Sacerdotes e Religiosos

 

            Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina:  "Hoje traz-Me as Almas dos Sacerdotes e Religiosos e mergulha-as na Minha Insondável Misericórdia. Elas deram-Me força para suportar a amarga Paixão; por elas corre, como por canais, a Minha Misericórdia para toda a Humanidade".

            Misericordiosíssimo Jesus, de Quem procede todo o Bem, aumentai em nós a graça, para que possamos praticar dignas obras de misericórdias e para que todos os que nos vêem louvem o Pai da Misericórdia que está no Céu.

                Eterno  Pai,  olhai  com  a  Vossa  Misericórdia  para  a  porção  eleita  da  Vossa  Vinha,  para  as  Almas dos Sacerdotes e Religiosos. Presenteai-os com a Força da Vossa Benção e pelos sentimentos do Coração do Vosso Filho, no qual eles estão encerrados, concedei-Ihes o Poder da Vossa Luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e cantar juntamente com eles, a Glória da Vossa insondável Misericórdia, por toda a Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 TERCEIRO DIA: Oremos pelas Almas piedosas e fiéis

                  Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje, traz-Me todas as Almas piedosas e fiéis e mergulha-as no Oceano da Minha Misericórdia; estas Almas consolaram-Me na Via-Sacra, foram uma gota de consolação no meio do mar da amargura".

                 Misericordiosíssimo  Jesus,  que  dos  Tesouros da Vossa Misericórdia derramais as Vossas Graças sobre todos com tanta abundância na Mansão do Vosso tão Compassivo Coração e não nos deixeis afastar d'Ele, por toda a Eternidade. Nós vo-Lo pedimos pelo Vosso admirável Amor ao Pai Celeste em que arde o Vosso Coração.

               Eterno  Pai,  olhai  com  Misericórdia  para as Almas Fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua Dolorosa Paixão concedei-lhes a Vossa Bênção e rodeai-as da Vossa incessante Proteção, para que não percam o amor e o tesouro da Santa Fé, mas com toda Corte dos Anjos e dos Santos, glorifiquem a Vossa infinita Misericórdia, por toda Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

QUARTO DIA: Oremos pelos pagãos e infiéis

                  Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje, traz-Me os pagãos e os que ainda não Me conhecem. Eu pensei neles também durante a Minha Paixão. Seu zelo futuro consolou o Meu Coração. Mergulha-os no Oceano da Minha Misericórdia".

               Misericordiosíssimo Jesus, que Sois a Luz do Mundo inteiro, recebei na Mansão do Vosso Compassivo Coração as Almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem. Possam os Raios da Vossa Graça iluminá-Ios, para que também eles, juntamente conosco, venham a glorificar as Maravilhas da Vossa Misericórdia. Não os deixeis afastar da Mansão do Vosso Compassivo Coração.

                 Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as Almas dos pagãos e dos que ainda não Vos conhecem, mas já estão encerrados no Coração Compassivo de Jesus. Atrai-as à Luz do Evangelho. Estas Almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei que também elas glorifiquem a liberdade da Vossa Misericórdia, por toda a Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 QUINTO DIA: Oremos pelos cristãos separados da unidade da Igreja

                Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje traz-Me as Almas dos cristãos separados da Igreja e mergulha-as no Oceano da Minha Misericórdia. Durante a Minha amarga Paixão elas dilaceraram o Meu Corpo e o Meu Coração, isto é, a Minha Igreja. Quando regressam à Unidade da Igreja, as Minhas Chagas curam-se e, deste modo, elas aliviarão a Minha Paixão".

             Misericordiosíssimo Jesus, que Sois a própria Bondade e não recusais a Luz àqueles que a imploram, recebei na Mansão do Vosso Compassivo Coração as Almas dos nossos irmãos separados, e atraí-os pela Vossa Luz a União com a Igreja e não os deixeis afastar da Mansão do Vosso Compassivo Coração, mas fazei que também eles adorem a liberdade da Vossa Misericórdia.

              Eterno  Pai,  olhai  com  Misericórdia para as Almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos Bens e abusaram das Vossas Graças persistindo obstinadamente nos seus erros. Não olheis para os seus erros, mas antes para o Amor do Vosso Filho e para Sua amarga Paixão, que Ele suportou por eles; porque também eles estão encerrados no Coração Compassivo de Jesus. Fazei que eles glorifiquem a Vossa grande Misericórdia, por toda a Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

SEXTO DIA: Oremos pelos crianças e por todos os que se fizerem como elas

 

                 Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje traz-Me as Almas mansas e humildes, assim como as Almas dos pequeninos e mergulha-as na Minha Misericórdia. Estas Almas são as semelhantes ao Meu Coração, elas confortaram-Me na amarga Paixão da Agonia. Eu vi-as como Anjos da Terra, que vigiarão junto dos Meus Altares e sobre elas derramo enormes torrentes de Graças. Só a Alma humilde é capaz de receber a Minha Graça; Eu favoreço as Almas Humildes com a Minha Confiança".

            Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes: "Aprendei de Mim que Sou manso e humilde de Coração", recebei na Mansão do Vosso Compassivo Coração as Almas mansas e humildes assim como as Almas dos pequeninos. Estas Almas põem em êxtase todo o Céu e são a especial delicia do Pai Celeste. Diante do Trono de Deus, são como um ramalhete, cujo perfume é delicioso para o mesmo Deus. Estas Almas têm a Mansão permanente no Coração Compassivo de Jesus e estão continuamente a cantar o Hino do Amor e da Misericórdia por toda a Eternidade.

                 Eterno  Pai,  olhai  com  Misericórdia  para  as  Almas  mansas  e  humildes  assim  como  para  as  Almas  dos  pequeninos  que estão encerradas na Mansão Compassiva do Coração de Jesus. Essas Almas tomaram-se as mais semelhantes ao Vosso Filho; o aroma destas Almas sobe da terra até o Vosso Trono. Ó Pai de Misericórdia e de toda Bondade, eu Vos imploro, pelo Amor e pela Complacência que tendes nestas Almas, que abençoeis todo o Mundo. para que todas as Almas cantem juntamente o Louvor da Vossa Misericórdia, por toda a Eternidade. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 

SÉTIMO DIA: Oremos pelos Apóstolos da Misericórdia de Deus

 

             Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje traz-Me as Almas que veneram e louvam a Minha Misericórdia de maneira especial e mergulha-as na Minha Misericórdia. Estas Almas sofreram muito, por causa da Minha Paixão e entraram mais profundamente no Meu Espirito. Elas são imagens vivas do Meu Compassivo Coração. Estas Almas brilharão com especial intensidade na Vida Futura. Nenhuma delas irá para o fogo do inferno; Eu defenderei cada uma delas de maneira particular na hora da morte".

              Misericordiosíssimo Jesus, cujo Coração e o próprio Amor, recebei na Mansão do Vosso Compassivo Coração aquelas Almas que de maneira especial veneram e louvam a grandeza da Vossa Misericórdia. Estas Almas poderosas pela Força do próprio Deus, avançam por entre tribulações e adversidades, confiando na Vossa Misericórdia. Estas Almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os ombros toda a Humanidade. Elas não serão julgadas severamente, mas a Vossa Misericórdia as envolverá no momento da morte.

             Eterno  Pai,  olhai  com  Misericórdia  para  as  Almas  que glorificam e honram o Vosso maior Atributo, isto é, a Vossa insondável Misericórdia; elas estão encerradas no Coração Compassivo de Jesus. Estas Almas são o Evangelho Vivo e as suas mãos estão cheias de obras de misericórdias; o seu espírito, cheio de alegria cantam o Hino da Misericórdia ao Altíssimo. Eu Vos imploro, Ó Deus, que lhes mostreis a Vossa Misericórdia, na medida da esperança e da confiança que em Vós puseram. Que se cumpra nelas a Promessa de Jesus, que disse: "As Almas que veneram a Minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei, como a Minha própria Glória, durante a sua vida e de maneira especial, na hora da morte. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 

OITAVO DIA: Oremos pelas Almas do Purgatório

 

                 Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje traz-Me as Almas que se encontram na Prisão do Purgatório e mergulhe-As no Abismo da Minha Misericórdia. Que as torrentes do Meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas Almas Me são muito queridas, pagam as dívidas à Minha Justiça. Está ao teu alcance levar-lhes alívio. Tira do Tesouro da Minha Igreja todas as Indulgências e oferece-as por Elas... Oh, se soubésseis o Seus sofrimentos, continuamente oferecerias por Elas, esmolas espirituais e pagarias as Suas Dívidas à Minha Justiça".

                 Misericordiosíssimo Jesus, que dissestes Vós próprio que quereis a Misericórdia. Eis que levo à Mansão do Vosso Compassivo Coração as Almas do Purgatório. Estas Almas são Vos muito queridas, mas têm que pagar as Dívidas a Vossa Justiça. Que as torrentes do Sangue e da Agua que brotaram do Vosso Coração extingam as Chamas do Fogo do Purgatório, para que também ali seja glorificada a Onipotência da Vossa Misericórdia.

                Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as Almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no Coração Compassivo de Jesus. Pela Dolorosa Paixão de Vosso Filho Jesus Cristo e por toda amargura que encheu a Sua Santíssima Alma, eu Vos peço que mostreis a Vossa Misericórdia às Almas que se encontram sob o Olhar da Vossa Justiça. Não olheis para elas senão através das Chagas do Vosso muito Amado Filho, porque nós acreditamos que a Vossa Bondade e Misericórdia são incomensuráveis. Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

 

NONO DIA: Oremos pelos almas tíbias

 

              Palavras  de  Jesus  à  Santa  Faustina: "Hoje traz-Me as almas tíbias e mergulhe-as no abismo da Minha Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o Meu Coração. A maior repugnância que senti no Horto das Oliveiras foi por causa das almas tíbias. Elas levaram-Me a dizer: "Pai, afasta este Cálice, se for esta a Tua Vontade". Para essas almas a última Tábua de Salvação é recorrer à Minha Misericórdia".

                Ó Compassivo  Jesus, que Sois a própria Compaixão. Trago à Mansão do Vosso Compassivo Coração as almas tíbias. Que neste Fogo do Vosso puro Amor se aqueçam estas Almas geladas, que semelhantes a cadáveres, Vos enchem de tal repugnância. Ó Jesus, muito Compassivo, usai da Onipotência da Vossa Misericórdia e atrai-as ao Fogo ardente do Vosso Amor e presenteia-as com o Santo Amor, porque Vós tudo podeis.

             Eterno  Pai,  Olhai  com  Misericórdia  para  as  almas  tíbias  que  estão  encerradas  no  Coração Compassivo de Jesus. Ó Pai de Misericórdia, eu Vos imploro, pela amargura da Paixão do Vosso Filho e pela Sua Agonia de Três Horas na Cruz, deixai que também elas glorifiquem o abismo da Vossa Misericórdia... Amém.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória...

ORAÇÃO PEDINDO A PROTEÇÃO E A INTERCESSÃO

DA MÃE DE MISERICÓRDIA

 

                 Ó Senhora minha, Santa Maria! À Vossa Graça, à Vossa especial vigilância e Misericórdia hoje, todos os dias e na hora da minha morte recomendo o meu corpo e a minha alma. Todas as minhas esperanças e os meus consolos, todas as aflições e sofrimentos, a vida e o fim da minha vida confio a Vós, para que pelos Vossos Méritos todos os meus atos sejam praticados e guiados segundo a Vontade Vossa e de Vosso  Filho. Amém.

Oração para pedir graças pela intercessão

de SANTA FAUSTINA KOWALSKA

 

               Ó Jesus, que fizestes de Santa Faustina uma grande devota da Vossa imensurável Misericórdia, dignai-Vos, por intermédio dela, caso isso esteja de acordo com a Vossa Santíssima Vontade, conceder-me a graça (pedir a graça) que Vos peço.

               Eu,  pecador,  não  sou  digno  da  Vossa  Misericórdia,  mas  olhai  para  o  espírito  de  sacrifício  e devotamento da Irmã Faustina e recompensai a sua virtude atendendo aos pedidos que por sua intercessão com confiança Vos apresento.

Pai nosso...  Ave Maria... Glória ao Pai...

Santa Faustina, orai por nós.


Santo do dia - 24 de abril

São Bento Menni


Ângelo Hércules Menni nasceu no dia 11 de março de 1841, em Milão, na
Itália, sendo o quinto dos quinze irmãos. A família do casal de negociantes Luiz e Luiza era de cristãos fervorosos, onde se rezava o Rosário todas as noites, se praticava a caridade e todos os sacramentos.

Foi esse ambiente familiar, somado a quatro episódios, que fizeram o jovem Ângelo optar por tornar-se um sacerdote. Foram eles: a oração diária diante de um quadro de Maria, a Santíssima Mãe de Jesus; alguns exercícios espirituais aos dezessete anos de idade; os conselhos de um eremita de sua cidade natal; e o exemplo dos irmãos de São João de Deus tratando os soldados que chegavam à estação de Milão, feridos na batalha de Magenta, serviço que ele próprio praticou.

Aos dezenove anos de idade, entrou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus, trocando o nome de batismo pelo de Bento. Iniciou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário de Lodi e depois foi concluí-los no Colégio Romano, atual Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 1866.

Nessa ocasião, o papa Pio IX confiou-lhe a difícil missão de restaurar a Ordem Hospitaleira na Espanha; aliás, a escolha não poderia ter sido mais feliz. Este jovem religioso, que tinha apenas vinte e cinco anos, chegou em Barcelona em 1867. Ali começou a restauração da Ordem, que tinha sido suprimida pelo liberalismo, tanto na Espanha como em Portugal. Depois de dar nova vida à Ordem na Espanha, continuou com a sua restauração em Portugal e no México, já no princípio do século XX.

Bento foi um homem de generosidade e caridade inesgotáveis e de excepcionais predicados de comando e administração. Em 31 de maio de 1881, juntamente com duas religiosas, fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, especializada na assistência aos doentes psiquiátricos.


Estava em Paris quanto adoeceu, vindo a falecer no dia 24 de abril de 1914, na cidade de Dinan. As suas relíquias mortais estão guardadas na capela da Casa-mãe de Ciempozuelos, em Madri, Espanha.

Em 1985, o papa João Paulo II declarou-o beato, e, em 1999, o mesmo pontífice canonizou são Bento Menni, proclamando-o "profeta da hospitalidade".


São Bento Menni, rogai por nós!


São Fidelis de Sigmaringen
Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601.

Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar.
Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana.

Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé.

Em suas anotações, foi encontrado um bilhete escrito dez dias antes de sua morte, dizendo que sabia que seria assassinado, mas que morreria com alegria por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando foi ferido, por um golpe de espada, pelos inimigos, pôs-se de joelhos, perdoou os seus assassinos e, rezando, abençoou a todos antes  de morrer, no dia 24 de abril de 1622.
O papa Bento XIV canonizou são Fidelis de Sigmaringen em 1724. 


São Fidelis de Sigmaringa, rogai por nós!


Santa Maria Eufrásia Pelletier
Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours.

Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção.

Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro.

Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada.

Estava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem.

A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril.

Foi beatificada em 1933 e canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.


Santa Maria Eufrásia Pelletier, rogai por nós!

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Um pouco sobre São Jorge

Com frequência razoável são apresentadas dúvidas sobre ser São Jorge, um Santo da Igreja Católica Apostólica Romana, ou um 'santo' da macumba, etc.

A complexidade do assunto nos impede de nos valer do pouco que pensamos saber e emitir uma opinião. 

Mas, nosso compromisso com a verdade nos impede de adotar um silêncio passível de difundir ideias erradas. 

Adotamos com São Jorge, o mesmo caminho que seguimos em relação a Santo Expedito - encaminhar nossos leitores a fontes confiáveis e que poderão elucidar dúvidas ou ser a porta de entrada para uma posição adotada  pela Igreja Católica Apostólica Romana, a qual devemos COMPLETA, PLENA e TOTAL OBEDIÊNCIA., Sua Santidade, o Papa Francisco.

NA PAZ de CRISTO E nos braços de MARIA, Sua Santíssima Mãe.   

Por favor, consultem:  

Arquidiocese de São  Paulo  - Liturgia - Santo do dia

São Jorge - Blog Canção Nova 

 

Santo do Dia - 23 de abril

Santo Adalberto


Adalberto nasceu em 956, na Boêmia, atual República Checa, e era descendente da nobre família dos príncipes de Slavnik. Seu nome de batismo era Woytiech, isto é, "socorro do exército". Ainda bebê, adoeceu gravemente, gerando uma promessa por parte dos pais: teria sua vida consagrada a Deus. Como recuperou a saúde, eles encaminharam seus estudos de forma que, mais tarde, se tornasse sacerdote. Foi educado pelo arcebispo Adalberto, da cidade de Magdeburgo, do qual tomou o nome, em 983, durante sua ordenação.

Nesse mesmo ano, acompanhou a agonia do bispo de Praga, Diethmar I, que morreu pouco tempo depois. Seus contemporâneos o elegeram seu sucessor e, em sinal de humildade e de penitência, entrou na cidade descalço. Assim que tomou posse, procurou reestruturar a diocese. Adalberto dedicou-se totalmente à proteção dos pobres e doentes.

Diz a tradição que ele, todos os dias, tinha à mesa, nas refeições, a companhia de doze mendigos, em homenagem aos santos apóstolos . Conta-se que, certa vez, uma mendiga pediu-lhe esmola e, como não tinha, ele lhe deu o próprio manto. Apesar desse exemplo vivo, seu rebanho insistia em viver totalmente fora dos padrões cristãos.

Desiludido, depois de seis anos ele resolveu abandonar a diocese, pedindo ao papa João XV que o afastasse do cargo. Entrou no mosteiro de São Bonifácio, onde passou cinco anos, para de novo voltar a Praga e  retomar, a pedido do papa, a direção da diocese. Contudo, novamente o povo o repudiou por causa da disciplina cristã correta que queria instaurar. Novamente decepcionado, retomou, angustiado, a vida de monge.

Em obediência ao papa Gregório V, Adalberto assumiu pela terceira vez a diocese de Praga. Seu regresso foi tempestuoso. Os fiéis se revoltaram e impediram que entrasse na cidade. Seus parentes sofreram atentados, os bens foram confiscados, os castelos incendiados.

Ele, então, se refugiou na Polônia, onde, a pedido de seu amigo, duque Boleslao, seguiu com alguns sacerdotes em missão evangelizadora na Prússia, que ainda era pagã. Adalberto fixou-se na cidade de Danzig e converteu praticamente toda a população. Porém os sacerdotes pagãos, vendo acabar seu poder e influência, arquitetaram e executaram o assassinato de Adalberto e de todos os religiosos que o acompanhavam.

Ele foi morto com sete golpes de lança e depois decapitado, na cidade de Tenkiten, no dia 23 de abril de 997. Os inimigos entregaram seu corpo  ao duque Boleslao mediante pagamento em ouro. Adalberto foi enterrado no convento de Gniezno. Logo o seu túmulo se tornou meta de peregrinação, com inúmeras graças acontecendo por sua intercessão. No ano 999, o papa Silvestre II canonizou o primeiro bispo eslavo de Praga, Adalberto.

Em 1039, suas relíquias foram trasladadas definitivamente para a catedral de Praga, para onde o primeiro pontífice eslavo da história cristã, Carol Wojtyla, ou papa João Paulo II, seguiu em peregrinação para as comemorações do milênio da festa de santo Adalberto. 


Santo Adalberto, rogai por nós!


São Jorge


São Jorge, foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé

A existência do popularíssimo são Jorge, por vezes, foi colocada em dúvida. Talvez porque sua história sempre tenha sido mistura entre as tradições cristãs e lendas, difundidas pelos próprios fiéis espalhados entre os quatro cantos do planeta.

Contudo encontramos na Palestina os registros oficiais de seu testemunho de fé. O seu túmulo está situado na cidade de Lida, próxima de Tel Aviv, Israel, onde foi decapitado no século IV, e é local de peregrinação desde essa época, não sendo interrompida nem mesmo durante o período das cruzadas. Ele foi escolhido como o padroeiro de Gênova, de várias cidades da Espanha, Portugal, Lituânia e Inglaterra e um sem número de localidades no mundo todo. Até hoje, possui muitos devotos fervorosos em todos os países católicos, inclusive no Brasil.

A sua imagem de jovem guerreiro, montado no cavalo branco e enfrentando um terrível dragão, obviamente reporta às várias lendas que narram esse feito extraordinário. A maioria delas diz que uma pequena cidade era atacada periodicamente pelo animal, que habitava um lago próximo e fazia dezenas de vítimas com seu hálito de fogo. Para que a população inteira não fosse destruída pelo dragão, a cidade lhe oferecia vítimas jovens, sorteadas a cada ataque.

Certo dia, chegou a vez da filha do rei, que foi levada pelo soberano em prantos à margem do lago. De repente, apareceu o jovem guerreiro e matou o dragão, salvando a princesa. Ou melhor, não o matou, mas o transformou em dócil cordeirinho, que foi levado pela jovem numa corrente para dentro da cidade. Ali, o valoroso herói informou que vinha da Capadócia, chamava-se Jorge e acabara com o mal em nome de Jesus Cristo, levando a comunidade inteira à conversão.

De fato, o que se sabe é que o soldado Jorge foi denunciado como cristão, preso, julgado e condenado à morte. Entretanto o momento do martírio também é cercado de muitas tradições. Conta a voz popular que ele foi cruelmente torturado, mas não sentiu dor. Foi então enterrado vivo, mas nada sofreu. Ainda teve de caminhar descalço sobre brasas, depois jogado e arrastado sobre elas, e mesmo assim nenhuma lesão danificou seu corpo, sendo então decapitado pelos assustados torturadores. Jorge teria levado centenas de pessoas à conversão pela resistência ao sofrimento e à morte. Até mesmo a mulher do então imperador romano.


Uma história nos ajuda a compreender a sua imagem, onde normalmente o vemos sobre um cavalo branco, com uma lança, vencendo um dragão:
“Num lugar existia um dragão que oprimia um povo. Ora eram dados animais a esse dragão, e ora jovens. E a filha do rei foi sorteada. Nessa hora apareceu Jorge, cristão, que se compadeceu e foi enfrentar aquele dragão. Fez o sinal da cruz e ao combater o dragão, venceu-o com uma lança. Recebeu muitos bens como recompensa, o qual distribuiu aos pobres.”

Verdade ou não, o mais importante é o que esta história comunica: Jorge foi um homem que, em nome de Jesus Cristo, pelo poder da Cruz, viveu o bom combate da fé. Se compadeceu do povo porque foi um verdadeiro cristão. Isto é o essencial.

São Jorge virou um símbolo de força e fé no enfrentamento do mal através dos tempos e principalmente nos dias atuais, onde a violência impera em todas as situações de nossas vidas. Seu rito litúrgico é oficializado pela Igreja católica e nunca esteve suspenso, como erroneamente chegou a ser divulgado nos anos 1960, quando sua celebração passou a ser facultativa. A festa acontece no dia 23 de abril, tanto no Ocidente como no Oriente

São Jorge, rogai por nós!

quinta-feira, 22 de abril de 2021

São Jorge é Santo mesmo?

“São Jorge, qual a verdadeira história dele, é um santo mesmo? Da Igreja Católica ou de macumba?  

Nunca me senti bem em relação a ele, pois já vi sua imagem em lugares nada cristãos… Poderia me esclarecer, por favor?”

A Igreja não tem dúvida de que São Jorge existiu e é Santo; 

tanto assim que sua memória é celebrada no Calendário litúrgico no dia 23 de abril. São Jorge foi mártir; a Igreja possui os “Atos do seu martírio” e  sua “Paixão”, que foi considerada apócrifa pelo Decreto Gelasiano do século VI. Mas não se pode negar de maneira simplista uma tradição tão universal como veremos: a Igreja do Oriente o chama de “grande mártir” e todos os calendários cristãos incluíram-no no elenco dos seus santos.

São Jorge é considerado um dos “oito santos auxiliadores” (8 de agosto). Já no século IV o grande imperador romano Constantino, que se converteu ao cristianismo em 313, construiu uma igreja em sua honra. No século V já havia cerca de 40 igrejas em sua honra no Egito. Em toda a Europa multiplicaram as suas igrejas. Em 1222, o Concílio Regional de Oxford na Inglaterra estabeleceu uma festa em sua honra, e nos primeiros anos do século XV, o arcebispo de Cantuária na Inglaterra ordenou que esta festa fosse celebrada com tanta celebridade como o Natal. No ano de 1330, o rei católico Eduardo III da Inglaterra já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge.

São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de muitas cidades como Gênova, Ravena, Roma, de regiões inteiras espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra, com a solene confirmação, para esta última, do Papa Bento XIV.
O culto de São Jorge começou desde os primeiros anos da Igreja em Lida, na Palestina, onde o mártir foi decapitado e sepultado no início do século IV. Seu túmulo era alvo de peregrinações na época das Cruzadas, no século XII, quando o sultão muçulmano Saladino destruiu a igreja construída em sua honra.

A conhecida imagem de São Jorge como cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média, é parte de uma lenda contada em suas muitas narrativas de sua paixão. Diz a lenda que um horrível dragão saía de vez em quando de um lago perto de Silena, na Líbia, e se atirava contra os muros da cidade fazendo morrer muita gente com seu hálito mortal, sendo que os exércitos não conseguiam exterminá-los. Então, o povo, para se livrar desse perigo lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Só que num desses sorteios, à filha do rei foi sorteada para ser oferecida em comida ao monstro. Desesperado, o rei, que nada pôde fazer para evitar isso, acompanhou-a em prantos até às margens do lago. Mas, de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era são Jorge, que marchou com seu cavalo em direção ao dragão e  atravessou-o com sua lança. Outra lenda diz que ele amansou o dragão como um cordeiro manso, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Continua a narração dizendo que  o tribuno e cavaleiro Jorge fez ao povo idólatra da cidade um belo sermão, após o qual o rei e seus súditos se converteram e pediram o batismo. O rei  lhe teria oferecida muito dinheiro, mas Jorge teria partido sem nada levar, mandando o rei distribuir o dinheiro aos pobres.

É claro que isso é uma lenda na qual não somos obrigados a acreditar; mas é preciso entender o valor subjetivo das lendas religiosas sobre os santos. O povo as criava e divulgava para enaltecer a grandeza do santo, de maneira parabólica e fantasiosa; mas nela há um fundo de verdade. É um estilo de literatura, fantasiosa sim, mas que não pode ser desprezada de todo. Muitos artistas e escultores famosos pintaram e esculpiram imagens do Santo: Rafael, Donatelo, Carpaccio, etc.

Segundo a tradição São Jorge foi condenado  à morte por ter renegado aos deuses do império, o que muito acontecia com os cristãos. Ele foi torturado, mas parecia  que era de ferro, não se queixava. Diz a tradição que diante de sua  coragem e de sua fé, a própria mulher do imperador se converteu, e que muitos cristãos, diante dos carrascos, encontraram a força de dar o testemunho a Cristo com o próprio martírio. Por fim, também são Jorge inclinou a cabeça sobre uma coluna e uma espada super afiada pôs fim à sua jovem vida.

Como houve muitos cristãos que morreram mártires nesses tempos da perseguição romana, nada impede que um deles tenha sido o cavaleiro e tribuno militar Jorge.

Recebi um e-mail de uma pessoa me perguntando: 

 “São Jorge, qual a verdadeira história dele, é um santo mesmo? Da Igreja Católica ou de macumba? Nunca me senti bem em relação a ele, pois já vi sua imagem em lugares nada cristãos… Poderia me esclarecer por favor?”

A Igreja não tem dúvida de que São Jorge existiu e é Santo; tanto assim que sua memória é celebrada no Calendário litúrgico no dia 23 de abril. São Jorge foi mártir; a Igreja possui os “Atos do seu martírio” e sua “Paixão”, que foi considerada apócrifa pelo Decreto Gelasiano do século VI. Mas não se pode negar de maneira simplista uma tradição tão universal como veremos: a Igreja do Oriente o chama de “grande mártir” e todos os calendários cristãos incluíram-no no elenco dos seus santos.

São Jorge é considerado um dos “oito santos auxiliadores” (8 de agosto). Já no século IV o grande imperador romano Constantino, que se converteu ao cristianismo em 313, construiu uma igreja em sua honra. No século V já havia cerca de 40 igrejas em sua honra no Egito. Em toda a Europa multiplicaram as suas igrejas. Em 1222, o Concílio Regional de Oxford na Inglaterra estabeleceu uma festa em sua honra, e nos primeiros anos do século XV, o arcebispo de Cantuária na Inglaterra ordenou que esta festa fosse celebrada com tanta celebridade como o Natal. No ano de 1330, o rei católico Eduardo III da Inglaterra já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge.

São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de muitas cidades como Gênova, Ravena, Roma, de regiões inteiras espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra, com a solene confirmação, para esta última, do Papa Bento XIV.

O culto de São Jorge começou desde os primeiros anos da Igreja em Lida, na Palestina, onde o mártir foi decapitado e sepultado no início do século IV. Seu túmulo era alvo de peregrinações na época das Cruzadas, no século XII, quando o sultão muçulmano Saladino destruiu a igreja construída em sua honra.

A conhecida imagem de São Jorge como cavaleiro que luta contra o dragão, difundida na Idade Média, é parte de uma lenda contada em suas muitas narrativas de sua paixão.

Diz a lenda que um horrível dragão saía de vez em quando de um lago perto de Silena, na Líbia, e se atirava contra os muros da cidade fazendo morrer muita gente com seu hálito mortal, sendo que os exércitos não conseguiam exterminá-los. Então, o povo, para se livrar desse perigo lhe ofereciam jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Só que num desses sorteios, à filha do rei foi sorteada para ser oferecida em comida ao monstro. Desesperado, o rei, que nada pôde fazer para evitar isso, acompanhou-a em prantos até às margens do lago. Mas, de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era são Jorge, que marchou com seu cavalo em direção ao dragão e atravessou-o com sua lança. Outra lenda diz que ele amansou o dragão como um cordeiro manso, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Continua a narração dizendo que o tribuno e cavaleiro Jorge fez ao povo idólatra da cidade um belo sermão, após o qual o rei e seus súditos se converteram e pediram o batismo. O rei lhe teria oferecida muito dinheiro, mas Jorge teria partido sem nada levar, mandando o rei distribuir o dinheiro aos pobres.

É claro que isso é uma lenda na qual não somos obrigados a acreditar; mas é preciso entender o valor subjetivo das lendas religiosas sobre os santos. O povo as criava e divulgava para enaltecer a grandeza do santo, de maneira parabólica e fantasiosa; mas nela há um fundo de verdade. É um estilo de literatura, fantasiosa sim, mas que não pode ser desprezada de todo.

Muitos artistas e escultores famosos pintaram e esculpiram imagens do Santo: Rafael, Donatelo, Carpaccio, etc.

Segundo a tradição São Jorge foi condenado à morte por ter renegado aos deuses do império, o que muito acontecia com os cristãos. Ele foi torturado, mas parecia que era de ferro, não se queixava. Diz a tradição que diante de sua coragem e de sua fé, a própria mulher do imperador se converteu, e que muitos cristãos, diante dos carrascos, encontraram a força de dar o testemunho a Cristo com o próprio martírio. Por fim, também são Jorge inclinou a cabeça sobre uma coluna e uma espada super afiada pôs fim à sua jovem vida.

Como houve muitos cristãos que morreram mártires nesses tempos da perseguição romana, nada impede que um deles tenha sido o cavaleiro e tribuno militar Jorge.

Prof. Felipe Aquino

Canção Nova