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sábado, 22 de maio de 2021

Santa Rita de Cássia - Santa dos Impossíveis e Advogada das Causas Perdidas.

 Santa Rita de Cássia

Santa dos Impossíveis e Advogada
das Causas Perdidas.


Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis

 

Dedicação e amor a Deus talvez sejam as qualidades que mais definam o caráter de Santa Rita de Cássia; essa mulher humaníssima agüentou como poucos a “tragédia da dor e da miséria, moral e social”.

 

Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381.Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade provavelmente casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia.

Conta uma história que, certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas. Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.

  O CASAMENTO FORÇADO E INFELIZ.

Foi num lar católico que Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa, e a ensinaram a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado. Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se cassasse. 

Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com um jovem rapaz da religião, tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa”, chamado Paulo Ferdinando. Rita foi obediente, casou-se. Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido.Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão.

(...)

O ESPINHO DA COROA DE JESUS.

 

 

A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.

Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua fronte, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo. Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.

 


  O MILAGRE DA ROSA.

  Já no leito de morte uma parente de Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade.

 

A MORTE DE SANTA RITA.

  Com o corpo debilitado pela falta de alimento, Rita pediu o Viático e recebeu a Unção dos Enfermos. O tempo todo tinha, sobre o peito, um crucifixo. Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento.

  (................)

AS LIÇÕES DEIXADAS POR RITA.

Eis algumas dentre muitas outras lições que podemos tirar da vida de Santa Rita de Cássia:

1. Ela colocou a vontade de Deus acima de tudo;

2. Ela foi perseverante na oração e no perdão;

3. Ela sempre esteve a serviço dos enfermos e dos pobres;

4. Ela foi fiel à Igreja;

5. Ela amou a sua família;

6. Ela transformou o sofrimento em amadurecimento humano e espiritual;

7. Ela praticou o jejum como caminho para a doação ao próximo e como comunhão com Deus;

8. Ela alimentava-se da Eucaristia, de onde tirava coragem e força;

9. Ela acreditou no amor de Deus em todos os momentos da vida e, Ela nunca se cansou de interceder por aqueles que pediam a sua intercessão.

“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”  (João Paulo II, no centenário da canonização de Santa Rita de Cássia).

CLIQUE AQUI, MATÉRIA COMPLETA 

 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

101º aniversão de São JOÃO PAULO II - Um discípulo da liberdade - Ana Paula Henkel

Papa João Paulo II - Santo Domingo, 1979
Papa João Paulo II - Santo Domingo, 1979 | Foto: Winston Vargas 
 
Antes da 1ª Guerra Mundial, o território polonês foi dividido entre os impérios alemão, russo e austro-húngaro. Essas potências, juntamente com França e Grã-Bretanha, lutavam pelo domínio do continente. Embora a Polônia não existisse como Estado independente, sua posição geográfica e suas terras entre as potências em combate foram testemunhas de muitas batalhas e terríveis perdas humanas e materiais entre 1914 e 1918. No rescaldo da guerra, após o colapso dos impérios, a Polônia se tornou uma República independente.

No país ainda devastado, a jovem Emilia Kaczorowska descobre que está grávida e é aconselhada a abortar. Se prosseguisse com a gravidez, poderia perder a própria vida. “Sua gestação está seriamente em risco e não há possibilidade de concluí-la, nem de você ter um filho saudável”, disse um dos melhores médicos da região onde morava. Além do quadro clínico complexo, Emilia estava em uma nação ameaçada por instabilidades, conflitos armados e invasões. De modo que o aborto parecia mesmo uma solução plausível. Apoiada pelo marido, a jovem aceitou o risco e decidiu ter o bebê, ainda que lhe custasse a vida. Em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, após meses de angústia e uma gravidez delicada, nasceu Karol Józef Wojtyla.

Como toda criança, Karol adorava praticar esportes como futebol e esqui. Ainda na adolescência, desenvolveu o gosto pelas artes. Como ator e dramaturgo, chegou a participar de diferentes grupos teatrais. Sua paixão pelo palco era profundamente ligada ao desejo de manter vivas a cultura e as tradições polonesas.

Em 1939, com a invasão alemã da Polônia na 2ª Guerra Mundial, a universidade na qual o jovem Karol estudava foi fechada, e ele, obrigado a se alistar no serviço militar e trabalhar em uma mina de calcário. Aos 20 anos, já não tinha por perto mais nenhum membro da família. Todos estavam mortos. Nos anos seguintes, interessado na vida sacerdotal, o jovem polonês se dedica aos estudos de forma clandestina, absolutamente secreta e escondida dos alemães. Em janeiro de 1945, as tropas nazistas deixam a cidade e a vida no seminário volta ao normal. A ordenação sacerdotal de Karol Wojtyla acontece no ano seguinte, em 1º de novembro de 1946.

E aqui começa uma nova história para o jovem polonês e para o mundo. Em 1958, então com 38 anos, Karol Wojtyla é ordenado bispo auxiliar de Cracóvia. Nove anos depois, é nomeado cardeal pelo papa Paulo VI. Após onze anos de intenso trabalho e defesa da fé como cardeal, a Igreja o escolhe para uma nova missão. Ele é eleito papa pelo segundo conclave papal de 1978 — convocado após a morte precoce de João Paulo I, que liderou a Igreja Católica por apenas 33 dias, depois de suceder a Paulo VI. Os sinos da Basílica de São Pedro, no Vaticano, anunciavam que Karol Wojtyla, agora João Paulo II, era o novo pontífice.

Os católicos amam o papa João Paulo II por sua santidade, como demonstrado, entre outras formas, por seu evangelismo pregado na premissa do amor ao próximo e pela longa resistência no papado, apesar de sua doença. Para historiadores seculares, no entanto, nenhuma das realizações do santo papa, beatificado em 2011 e canonizado em 2014, parece maior do que seu papel no final da Guerra Fria e na queda do comunismo soviético.

Em 9 de novembro de 1989 caía o Muro de Berlim, sinalizando o absoluto colapso do comunismo na Europa Oriental. Foi um momento lembrado vividamente por aqueles que atravessaram a devastação e os horrores do regime. Porém, poucos se lembram do evento crucial alguns meses antes, em junho de 1989, quando a Polônia finalmente realizou eleições livres e justas. Os comunistas não conquistaram um único assento no Parlamento. Com os resultados impressionantes do pleito, todo o bloco do leste foi destruído, com destroços espalhados até a base do Muro de Berlim. A Polônia havia se tornado um pavio aceso nos fundamentos da Cortina de Ferro.

Uma pessoa que não se surpreendeu com o catalisador das eleições polonesas foi o primeiro papa polonês da Igreja, seu primeiro papa eslavo e seu primeiro papa não italiano em 455 anos. Uma década antes daquelas eleições históricas, quando questionado sobre qual país queria visitar primeiro, João Paulo II não hesitou na resposta. Planejou ansiosamente um retorno triunfante à sua pátria. As autoridades comunistas também planejaram a viagem. Esconderam do mundo os detalhes da santa visita ao país tomado pelos marxistas, numa vã tentativa de parar o que parecia ser inevitável.

A recepção ao papa foi colossal. Um milhão de pessoas entoavam nas ruas da capital polonesa: “QUEREMOS DEUS! QUEREMOS DEUS!”. A Polônia mostrava ao mundo que não se entregaria aos comunistas. A Praça da Vitória em Varsóvia era, até ali, conhecida como um símbolo de resistência ao totalitarismo da 2ª Guerra Mundial. Na visita de João Paulo II, tornou-se símbolo de resistência ao totalitarismo da Guerra Fria.

Foi durante sua homilia, escrita pelo papa à mão e que ele sabia de cor, que o filho polonês entregou uma mensagem não apenas para os católicos ou para os cristãos em geral. A mensagem também atingia os comunistas ateus que fecharam as portas do diálogo, das fronteiras, dos sistemas econômicos, das culturas e civilizações sob seu controle: o poder salvador da fé cristã fará seu sistema colapsar. E isso foi apenas o início de uma avalanche contra o mundo comunista. A declaração mais significativa na homilia, a afirmação política mais forte do pontífice em todos os nove dias no país, onde 13 milhões de pessoas o seguiram, era categórica: “Não pode haver Europa justa sem a independência da Polônia marcada em seu mapa!”. 

Ele nos mostrou que acima de crenças e ideologias está a defesa inviolável da liberdade  Foi um tiro ouvido em Moscou. Nada mais precisava ser dito. O Kremlin sabia, e os poloneses também, que era uma declaração significativa. Ali estava uma voz que não devia — e não podia — ser suprimida. Ali estava uma voz que não tinha medo; como nas palavras da frase que ele usou em inúmeros e inesquecíveis discursos e que se tornaram uma de suas marcas registradas: Non abbiate paura!”. Não tenham medo.

Após a visita de 1979, era impossível para a Polônia permanecer a mesma. No ano seguinte, o sindicato Solidariedade foi fundado no estaleiro de Gdansk,  espalhando-se por todo o país e reunindo mais 10 milhões de membros, um terço da força de trabalho local. Historiadores acreditam ser seguro afirmar que o Solidariedade foi o maior movimento de protesto não violento da História. Mesmo que os não crentes fossem proeminentes na liderança do sindicato, sua natureza católica e cristã era inconfundível. Os trabalhadores em greve não queriam apenas ganhos materiais ou políticos. Cobravam que o governo respeitasse sua dignidade e os direitos dados por Deus. Durante os protestos do Solidariedade, os trabalhadores rezavam e os padres celebravam missas. Imagens de João Paulo II e da Virgem Negra de Czestochowa eram carregadas por todo o país.

Os comunistas temiam o pavio da liberdade e fé que João Paulo II acendia por onde passava. Em 1981, enquanto cumprimentava os fiéis diante das câmeras de TV na Praça de São Pedro, o papa foi baleado por Mehmet Ali Agca, um agente búlgaro. O assassino treinado esperou o dia todo por sua chance. Usando arma semiautomática, disparou quatro tiros à queima-roupa, atingindo o papa na mão e no abdômen. O pontífice desabou nos braços de seus assessores, enquanto fiéis agarraram o autor dos disparos, impedindo uma tentativa de fuga. O médico responsável pela cirurgia de João Paulo II disse que a bala que cortou o abdômen não atingiu sua veia abdominal principal por 5 ou 6 milímetros. Se aquela veia tivesse sido cortada, o papa teria sangrado até a morte em cinco minutos. Em 1983, João Paulo II visitou Ali Agca na prisão para perdoá-lo. (Dê uma chegadinha ali no YouTube e assista às fortes imagens do atentado, mas também do perdão e amor ao próximo de uma maneira poucas vezes vista na humanidade.)

Foi também em 1983 que o papa visitou a Polônia pela segunda vez, logo depois que o governo local impôs a lei marcial para suprimir o movimento pela democracia. O papa se reuniu com o general Wojciech Jaruzelski e pediu a outros países que suspendessem as sanções econômicas. Ele também defendeu publicamente os sindicatos independentes como porta-vozes da luta por justiça social. Nos anos seguintes, o papa continuou a encorajar o movimento pela democracia com discursos semanais no rádio em polonês. Em 1989, num contexto de movimentos de abertura do líder soviético Mikhail Gorbachev, o governo polonês concordou com a realização de uma mesa-redonda de negociações com representantes do Solidariedade e da Igreja Católica.

Como resultado dessas negociações, as eleições de junho de 1989 levaram à formação de um novo governo, liderado por um primeiro-ministro não comunista. Em poucos meses, o Muro de Berlim caiu e os regimes comunistas ruíram na então Checoslováquia e na Romênia. A busca pela independência de outros Estados do bloco soviético e nas repúblicas sob controle do Kremlin finalmente levou ao fim da União Soviética, em 1991.

“Tudo o que aconteceu na Europa Oriental nestes últimos anos”, escreveu Gorbachev em 1992, “teria sido impossível sem a presença desse papa e sem o importante papel, incluindo o papel político, que ele desempenhou no cenário mundial.”

Não dá para descrever o legado de Karol Wojtyla em apenas um artigo. Há incontáveis vertentes a ser abordadas, como sua amizade com o presidente norte-americano Ronald Reagan e com a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, relacionamento que foi estratégico para o fim da Guerra Fria e a queda do Muro de Berlim. Como um líder religioso, o papa levou multidões a professar a fé cristã por todo o mundo, abalando as bases ateístas do comunismo. João Paulo II foi muito mais que um papa. O bebê que quase não nasceu, e depois arriscou a própria vida, viajou o mundo inteiro, estabeleceu diálogo com outras religiões e chefes de Estado. Ele nos mostrou que acima de crenças e ideologias está a defesa inviolável da liberdade.

Com a alma forjada na severidade de reais conflitos, São João Paulo II foi excepcionalmente preparado para enfrentar o comunismo. A Polônia perdeu a 2ª Guerra Mundial duas vezes, primeiro para os nazistas e depois para os comunistas. Quando menino, Karol Wojtyła viveu sob a opressão de ambos. Muito antes de se tornar papa, havia concluído que o conflito com o comunismo era, em última análise, um conflito no reino espiritual.

Para nós, que vivemos em tempos estranhos, com ordens executivas draconianas e projetos de tirania espalhados pelo mundo sob um falso manto de bondade e preocupação em meio a uma pandemia, a mensagem ressoa insistentemente, como os sinos da Basílica de São Pedro ao anunciar um novo papa: non abbiate paura.

Leia também “Estado laico, sim. Mas não antirreligioso”

Transcrito  Revista Oeste - Nossos agradecimentos

 

Santo do Dia - 21 de maio

Santo André Bóbola

 Pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus

Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”. Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida. Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia.

Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo. Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas  não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus. No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.

Santo André Bóbola, rogai por nós.


Santo Eugênio de Mazemod 

Carlos José Eugênio de Mazemod nasceu no sul da França, no dia 01 de  agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia à uma família burguesa muito rica. Sua infância foi tranqüila até 1790, quando a família teve que fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália. Embora Eugênio antes do exílio tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido a falta de uma moradia fixa. 

Ao retornar para a França em 1802, com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar para a vida religiosa. Entrou no seminário em Paris, recebendo a ordenação três anos depois. Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. 

Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, à todos dando os Sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos. Em 1816, fundou a congregação dos "Oblatos de Maria Imaculada". Eugênio foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. O povo pobre o amava e respeitava. Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de 1861.

Santo Eugênio de Mazemod, rogai por nós!


quinta-feira, 20 de maio de 2021

Santo do Dia - 20 de maio

 São Bernardino de Sena

 Na Itália, Bernardino nasceu na nobre família senense dos Albizzeschi, em 8 de setembro de 380, na pequena Massa Marítima, em Carrara. Ficou órfão da mãe quando tinha três anos e do pai aos sete, sendo criado na cidade de Sena por duas tias extremamente religiosas, que o levaram a descobrir a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo.

Depois de estudar na Universidade de Sena, formando-se aos vinte e dois anos, abandonou a vida mundana e ingressou na Ordem de São Francisco, cujas regras abraçou de forma entusiasmada e fiel. Apoiando o movimento chamado "observância", que se firmava entre os franciscanos, no rigor da prática da pobreza vivida por são Francisco de Assis, acabou sendo eleito vigário-geral de todos os conventos dos franciscanos da observância.

Aos trinta e cinco anos de idade, começou o apostolado da pregação, exercido até a morte. E foi o mais brilhante de sua época. Viajou por toda a Itália ensinando o Evangelho, com seus discursos sendo taquigrafados por um discípulo com um método inventado por ele. O seu legado nos chegou integralmente e seu estilo rápido, bem acessível, leve e contundente, se manteve atual até os nossos dias. Os temas freqüentes sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça, traziam palavras duríssimas para os que "renegam a Deus por uma cabeça de alho" e pelas "feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres".

Naquela época, a Europa vivia grandes calamidades, como a peste e as divisões das facções políticas e religiosas, que provocavam morte e destruição. Por onde passava, Bernardino restituía a paz, com sua pregação insuperável, ardente, empolgante, até mesmo usando de recursos dramáticos, como as fogueiras onde queimava livros impróprios, em praça pública. Além disso, como era grande devoto de Jesus, ele trazia as iniciais JHS - Jesus Salvador dos Homens - entalhadas num quadro de madeira, que oferecia para ser beijado pelos fiéis após discursar.

As pregações e penitências constantes, a fraca alimentação e pouco repouso enfraqueciam cada vez mais o seu físico já envelhecido, mas ele nunca parava. Aos sessenta e quatro anos de idade, Bernardino morreu no convento de Áquila, no dia 20 de maio de 1444. Só assim ele parou de pregar.

Tamanha foi a impressão causada por essa vida fiel a Deus que, apenas seis anos depois, em 1450, foi canonizado. São Bernardino de Sena é o patrono dos publicitários italianos e de todo o mundo. 


 São Bernardino de Sena, rogai por nós!


quarta-feira, 19 de maio de 2021

Terço de Jesus das Santas Chagas

Terço de Jesus das Santas Chagas

No início:

Fazer o sinal da Cruz, rezar o creio e após…
Oh! Jesus, Divino Redentor, tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro.
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
Graça, Misericórdia, Meu Jesus; nos perigos presentes, cobri-nos com Vosso preciosíssimo Sangue.
Eterno Pai, tende Misericórdia de nós, pelo Sangue de Jesus Cristo, Vosso Filho Unigênito, tende Misericórdia de nós, Vos suplicamos. Amém.

Contas grandes:

Eterno Pai, eu Vos ofereço as santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo; Para curar as de nossas almas.

Contas pequenas:

Meu Jesus, perdão e misericórdia: Pelos méritos de Vossas Santas Chagas.

Terminando o rosário, deve-se rezar três vezes:

Eterno Pai, eu Vos ofereço as Santas Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo; Para curar as de nossas almas.

Amém.

 


Acompanhe diariamente.  - Programa Terço de Jesus das Santas Chagas com Padre Reginaldo Manzotti.

 

Santo do Dia - 19 de maio

 São Crispim de Viterbo


Pedro nasceu em Viterbo, em 13 de novembro de 1668, na Itália. Era filho de Ubaldo Fioretti e Márcia, que, viúva, já tinha uma filha. Porém Ubaldo também faleceu logo depois, deixando Pedro órfão ainda muito pequeno. Assim, Márcia, novamente viúva, casou-se com o irmão de Ubaldo, o sapateiro Francisco, do qual as crianças eram muito afeiçoadas. Francisco, assumindo o lugar paterno, encaminhou o menino para estudar na escola dos padres jesuítas e o fez seu aprendiz na sapataria.

Entretanto, Pedro demonstrava uma vocação religiosa muito forte, sendo  fervoroso devoto de Jesus Cristo e de Maria. Em 1693, vestiu o hábito dos capuchinhos, tomando o nome de frei Crispim de Viterbo, em homenagem ao santo padroeiro dos sapateiros.

Até 1710, serviu em vários mosteiros de Tolfa, Roma e Albano, quando foi, definitivamente, para Orvietto. Versátil, exerceu várias funções, como cozinheiro, enfermeiro, encarregado da horta e, além disso, passou a esmolar de porta em porta. Foram quarenta anos de vida de humildade, penitência e alegria, contagiando a todos que tiveram a felicidade de sua convivência e conselho.

Era um homem amante da pobreza, contemplativo, gentil e caridoso, sabia encontrar as palavras e atitudes justas quando era preciso advertir quem quer que fosse, agindo como um sábio e mestre. Suas atenções eram para os pequeninos, pecadores, pobres, encarcerados, doentes, velhos e crianças abandonadas.

Sua longa vida foi conduzida para o caminho do otimismo, alegria e amor a Deus e a Nossa Senhora, louvados e cantados de dia e de noite, em todas as circunstâncias, sempre. Era todo repleto do Espírito Santo. São tão vastos seus ditos, poemas e orações que se perpetuaram entre os devotos, como este que ensinava aos jovens: "Filhinhos, trabalhai quando ainda são jovens, e sofrei com boa vontade, porque, quando alguém é velho, não lhe resta senão a boa vontade". E ainda o que exortava a todos : "Amai a Deus e não fracassareis, fazei por bem e deixai que falem".

Aos oitenta e dois anos de idade, muito doente, sofrendo de artrite nas mãos e pés, além de um grave mal que lhe atingiu o estômago, foi enviado para Roma, onde morreu em 19 de maio de 1750, pedindo perdão aos irmãos caso os tivesse ofendido. Uma de suas frases resume bem o seu carisma de vida: "Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e, depois, contente morre!"

Os milagres por sua intercessão foram muitos e a devoção popular se propagou por todo o mundo católico, onde as famílias franciscanas estão  instaladas. Foi beatificado em 1806, pelo papa Pio VII, que marcou sua festa para o dia de sua morte. Depois, em 1982, são Crispim de Viterbo foi canonizado pelo papa João Paulo II, tornando-se o primeiro santo que  esse papa alçou à veneração dos altares da Igreja. 


São Crispim de Viterbo, rogai por nós!


Santo Ivo Hélory de Kermartin
Ivo, ou melhor, Yves Hélory de Kermartin, filho de um nobre, nasceu em 17 de outubro de 1253, no castelo da família, na Baixa Bretanha, França. Educado e orientado por sua mãe, muito religiosa, até a idade de catorze anos, recebeu uma sólida formação religiosa e cultural. Nessa ocasião, decidiu continuar os estudos em Paris, acompanhado de seu professor, João de Kernhoz.

Os próximos doze anos foram dedicados aos estudos de teologia e filosofia na escola de são Boaventura e de direito civil e canônico, cursados na cidade de Orleans, junto ao famoso jurista Peter de la Chapelle. Era muito respeitado no meio acadêmico, por sua aplicação nos estudos e devido à sua vida de piedade muito intensa. Dessa forma, atender o chamado do Senhor pelo sacerdócio seria apenas uma questão de tempo para Ivo.

Atuou como destacado advogado, tanto na corte civil quanto na corte eclesiástica. Aos vinte e sete anos, passou a trabalhar para o diaconato da diocese de Rennes, onde foi nomeado juiz eclesiástico. Pouco tempo depois, o bispo o convocou para trabalhar junto dele na mesma função, mas antes o consagrou sacerdote.

Ivo, aos poucos, se despojou de tudo para se conformar de maneira radical a Jesus Cristo, exortando os seus contemporâneos a fazerem o mesmo, por meio de uma existência diária feita de santidade, no caminho da verdade, da justiça, do respeito pelo direito e da solidariedade para com os mais pobres.

Seus conhecimentos legais estavam sempre à disposição dos seus paroquianos, defendendo a todos, ricos e pobres, com igual lisura. Foi o primeiro a instituir, na diocese, a justiça gratuita para os que não podiam pagá-la. A fama de juiz austero, que não se deixava corromper, correu rapidamente e Ivo se tornou o melhor mediador da França, sempre tentando os acordos fora das cortes para diminuir os custos legais para ambas as partes.

Essa sua dedicação na defesa dos fracos, inocentes, viúvas e pobres lhe  conferiu o título de "advogado dos pobres". Muitos foram os casos julgados por ele, registrados na jurisprudência, que mostraram bem seu modo de agir. Ficou constatado que, quando lhe eram denunciados roubos de carneiros, bois e cavalos, com a desculpa de impostos não pagos, Ivo ia pessoalmente aos castelos recuperar os animais. Famosa também era sua caridade.

Contam os devotos que ele tirava a roupa do corpo, mesmo no inverno, e  ia distribuindo aos pobres e mendigos, indo para sua casa muitas vezes só com a camisa. Diz a tradição que, certa vez, deu sua cama a um mendigo que dormia na porta de uma casa e foi dormir onde dormia o mendigo.

Por tudo isso, sua saúde ficou comprometida. Em 1298, a doença se agravou e ele se retirou no seu castelo, o qual transformara num asilo para os mendigos e pobres ali tratados com conforto, respeito e fervor. Morreu em 19 de maio de 1303, aos cinqüenta anos de idade. O papa Clemente VI declarou-o santo 1347. Ele é o padroeiro da Bretanha, dos advogados, dos juízes e dos escrivães. 



Santo Ivo Hélory de Kermartin, rogai por nós!


 São Pedro Celestino


Pedro nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os  estudos, retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos.

Depois foi para Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273.

Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.

Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou santo o papa Pedro Celestino, já em 1313.

A Ordem dos Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem na Europa. 


São Pedro Celestino, rogai por nós!


terça-feira, 18 de maio de 2021

Santo do Dia - 18 de maio

São Félix de Cantalício


Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois  de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".


Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma. 


São Félix de Cantalício, rogai por nós!


São João I

 João nasceu em Túsculo, uma província da Itália. Foi eleito sucessor do papa Hormisda, em 523, e costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad senartun", importante para a história da liturgia batismal. É reconhecido também pela autoria de "A fé católica", transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir são Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influencia sobre são/santo Tomás de Aquino. Vejamos qual foi a situação herdada pelo papa João I.

O papa Hormisda e o imperador Justino tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, que se iniciara em 484, com o então imperador Zenon, por meio do que parecia impossível: um acordo entre católicos e arianos. Com esse esquema obtivera bons resultados políticos, pois os godos eram arianos.

Porém, no final de 524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos arianos de toda a função civil e militar.

Roma era, então, governada pelo imperador Teodorico, o Grande, o rei dos bárbaros arianos que tinham invadido a Itália. Ele obrigou o papa João I a viajar a Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogação daquele decreto.

Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado perante o primeiro sumo pontífice a pisar em Constantinopla, ele não conseguiu demovê-lo da perseguição aos arianos. A solicitação foi atendida apenas em parte, pois o imperador concordou em devolver as igrejas confiscadas aos arianos, mas manteve o impedimento de os arianos convertidos ao catolicismo poderem retornar ao arianismo.

Com o fracasso de sua missão, o papa João I despertou a ira do imperador Teodorico. Assim, quando colocou os pés em Roma, foi detido e aprisionado em Ravena, onde morreu em 18 de maio de 526. Foi, então, declarado mártir da Igreja. 



São João I, rogai por nós! 

São Leonardo Murialdo

Leonardo Murialdo nasceu na Itália, em 26 de outubro de 1828, e, aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, para estudar no colégio dos padres Scolapi.

Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma. Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia, em 1850, e depois foi ordenado sacerdote, em 1851.

Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor.

Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos. Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado.

O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão. Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas.

A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde. Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970, foi canonizado pelo papa Paulo VI. A festa de são Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio. 


São Leonardo Murialdo, rogai por nós!


segunda-feira, 17 de maio de 2021

Novena de Jesus das Santas Chagas

+ Por Suas Santas Chagas

+ Suas Chagas Gloriosas

+ O Cristo Senhor me proteja e me guarde.


Senhor Jesus, foste elevado na Cruz para que por Vossas Santas Chagas, sejam curadas as de nossas almas. Eu Vos louvo e agradeço
pelo Vosso ato redentor.
Carregaste em Vosso próprio corpo os meus pecados e de toda a humanidade.
Nas Vossas Santas Chagas coloco minhas intenções.
Minhas preocupações, ansiedades e angústias.
Minhas enfermidades físicas e psíquicas.
Meus sofrimentos, dores, alegrias e necessidades.
Em Vossas Santas Chagas Senhor,
coloco minha família.
Envolvei Senhor a mim e meus familiares
protegendo-nos do mal.

(instante de silêncio)

Senhor, ao mostrar Vossas Santas Chagas Gloriosas a Tomé e o mandando tocar em Vosso lado aberto,
o curaste da incredulidade.
Eu Vos peço, Senhor, permita-me refugiar em
Vossas Santas Chagas e por mérito desses sinais de Vosso amor curai a minha falta de fé.
Ó Jesus, pelos méritos de Vossa Paixão, Morte e Ressurreição, dai-me a graça de viver os frutos da nossa redenção.

Amém.

LEIA TAMBÉM: Meditação sobre as Santas Chagas de Jesus

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