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domingo, 4 de julho de 2021

São Peregrino Laziosi - Protetor contra o mal do câncer - Orações e Ladainha - Dia 4

O Dia de São Peregrino Laziosi é celebrado em 4 de maio em homenagem ao padroeiro dos doentes de câncer. 

Sua festa é celebrada em 4 de maio,  mas,  é sempre lembrado por seus devotos no dia 4,  de cada mês.

São Peregrino nasceu no ano 1260 em Forlì, uma comuna da Itália. 

Oração a São Peregrino - Protetor Contra o Câncer

Glorioso Santo que, obedecendo à voz da graça, renunciastes, generosamente, às vaidades do mundo para dedicar-vos ao serviço de Deus, de Maria SS. e da salvação das almas, fazei que nós também, desprezando os falsos prazeres da terra, imitemos o vosso espírito de penitência e mortificação. São Pelegrino, afastai de nós a terrível enfermidade, preservai-nos a todos nós deste mal, com vossa valiosa proteção.

São Peregrino, livrai-nos do câncer do corpo e ajudai-nos a vencer o pecado, que é o câncer de alma. São Peregrino, socorrei-nos, pelos méritos de Jesus Cristo Senhor Nosso.

Amém. 

 Oração de São Peregrino diante do Crucifixo 

Diante da decisão do médico de amputar-lhe a perna para salvar-lhe a vida, Peregrino, à noite, arrasta-se até diante do Crucifixo e, prostrado, faz esta oração:

"Ó Redentor do gênero humano. para apagar os nossos pecados. quisestes submeter-vos ao suplício da cruz e à morte cruel. Quando estáveis neste mundo. vivendo no meio dos homens. curastes muitas pessoas de toda sorte de doença. Purificastes o leproso e devolvestes a vista ao cego que suplicava: 'Jesus. Filho de Davi. tem pena de mim!' Dignai-vos. pois. Senhor. meu Deus. livrar a minha perna deste mal incurável. Se não o fizerdes. será preciso amputá-la. Amém! Pai nosso, Ave Maria, Glória..."

Observação: no trecho em que São Peregrino mencionou sua perna, se aconselha mencionar o órgão atingido pelo câncer

Oração a São Peregrino


São Peregrino, humilde servidor do Senhor e de Santa Maria, vem em minha ajuda e sustentai-me em minha debilidade.A enfermidade invade meu corpo e faz a vida incerta, a tristeza enche meu coração e minha fé desfalece.
Por tuas súplicas, alcançai-me uma fé viva, e uma esperança firme, a fim de que Deus tenha compaixão de mim, me livre de todo mal, cure meu corpo e se cumpra sua vontade em mim.
Que em Sua ternura, seja eu fortalecido, nas provas e angustias que Ele me chame a viver para ser sempre testemunha de sua presença em minha vida.
Oh! São Peregrino, meu irmão na fé, sede meu protetor e rogai por mim a Deus, Nosso Senhor, o Bom Pastor, a fim de que me conduza um dia a sua morada de paz e de alegria, onde celebrarei seu amor, pelos séculos dos séculos! Amém. 

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. 

São Peregrino, rogai por nós! 

Oração  a São Peregrino
Oh! Deus, que deste a São Peregrino um anjo como companheiro, a Mãe de Deus como sua mestra, e Jesus como médico para sua enfermidade; vos suplicamos nos concedas pelos méritos deste santo, que enquanto vivamos neste mundo amemos intensamente a nosso Anjo da Guarda, a Virgem Santíssima, e a nosso Salvador, e logo no céu vos bendigamos para sempre. 

Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja. 

Rezar um Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória e a invocação:
São Peregrino, rogai por nós! 


Oração de São Peregrino
São Peregrino, vendo que sua única salvação era Jesus Cristo, rezou a seguinte oração:
Oh! redentor do gênero humano, para apagar os nossos pecados, aceitastes ser submetido ao suplício da cruz e a uma morte atroz.
Quando estavas neste mundo, no meio dos homens, curastes muitas pessoas de toda a sorte de doenças.
Purificastes o leproso (mt. 8,2), devolveste a vista o cego que suplicava: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim
Digna-te, pois Senhor meu Deus, livrar a minha perna deste mal incurável.
Se não o fizeres, será preciso amputá-la.

Rezar com a mesma confiança e espírito de penitência a Jesus que é o Médico dos médicos, pela intercessão de São Peregrino, um Pai-Nosso e uma Ave-maria. 

São Peregrino rogai por nós. 

Ladainha a São Peregrino 
 
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, ouvi-nos!
Cristo, escutai-nos!

Deus Pai Celestial, tende piedade de nós!
Deus Filho Redentor do Mundo, tende piedade de nós!
Mãe das Dores, rogai por nós!
Saúde dos enfermos, rogai por nós!
Auxilio dos cristãos, rogai por nós! 

São Peregrino, rogai por nós!
Convertido nas orações de São Felipe, rogai por nós!
Aflito pela enfermidade do câncer, rogai por nós!
Curado pela mão desprendida de Jesus crucificado, rogai por nós!
Vós que converteste aos pecadores mais endurecidos com a oração e a ajuda, rogai por nós! 

Vós que recebestes os favores que pediste a Deus, rogai por nós!
Vós que colocaste toda tua confiança na oração, rogai por nós!
Vós que foste muito austero na penitência, rogai por nós!
Paciente nos sofrimentos, rogai por nós!
O mais humilde no sacerdócio, rogai por nós!
O mais bondoso dos aflitos, rogai por nós!
O mais devoto da Paixão de Cristo e das dores de Maria, rogai por nós!
Vítima com Jesus e Maria pela salvação das almas, rogai por nós! 

Fazedor de milagres aos enfermos, rogai por nós!
Esperança nos casos de enfermos incuráveis, rogai por nós!
Patrono universal dos enfermos de câncer e dos que padecem chagas incuráveis, rogai por nós! 

Glória da Ordem dos Servos de Maria, rogai por nós! 

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós! (3 vezes) 

Rogai por nós, Oh! glorioso São Peregrino!
Para que alcancemos as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo.Amém.
Para Novena de São Peregrino e saber mais sobre a vida dele

http://www.oracoes.info/SaoPeregrino03.html

Algumas informações sobre São Peregrino
São Peregrino Laziosi -  Festa 04 de maio
Também conhecido como Peregrinus Latosius

Nascido em Forli, Itália em 1260, morreu em 1345 e foi canonizado em 1726.

Ele nasceu de uma família rica e era um ativista antipapal na sua juventude em Romagna.
Durante uma revolta popular ele acertou o santo Philip Benizzi na face quando São Benizzi tentava apaziguar os ânimos. Peregrino ficou tão estupefato com a forma que São Benizzi aceitou o soco e ofereceu a outra a face que mudou o seu estilo de vida.(alguns acham que foi o primeiro milagre de São Filipe Benizzi)

Ele entrou para a ordem dos Servitas em Siena, estudou, foi ordenado e depois foi para Forti, onde fundou um nova casa Servita. Ele tornou-se famoso pela sua austeridade, facilidade em pregar, santidade, humildade e tornou-se um famoso confessor, uma fama que se espalhou rapidamente, quando ele curou o seu pé de um câncer já em estado muito avançado, ocorrido numa noite na qual ele teve uma visão da Virgem.

 Na arte litúrgica da Igreja, Peregrino é em geral mostrado como um penitente com as mãos postas diante de uma imagem da Virgem Maria. Ele ainda é mostrado com uma bandagem no seu pé e ainda é mostrado com São Filipe Benizzi ou ainda como um Servita segurando um crucifixo.
 
Ele é muito venerado em Forti e Siena e é invocado contra o câncer e problemas nos pés.

Em ação de graças por graça alcançada, livrando-me  do câncer

O Dia de São Peregrino Laziosi é celebrado em 4 de maio em homenagem ao padroeiro dos doentes de câncer

(é costume ser lembrado por seus devotos, no dia 4, de cada mês)

São Peregrino ou São Pelegrino nasceu no ano 1260 em Forlì, uma comuna da Itália. Sua família era rica e compartilhava de um sentimento anticlerical, assim como a maioria da população dessa cidade.

Filipe Benício, um representante da Igreja Católica, foi enviado até o local para pregar a religião, que estava sendo bem recebida pela população. No entanto, nessa época Peregrino fazia parte de um grupo de arruaceiros que expulsou o frade Filipe de lá e ele chegou a bater na face do religioso.

O frade perdoou o Peregrino no mesmo instante, oferecendo-lhe a outra face para bater, o que o deixou cheio de remorso e o fez ir até o frade mais tarde para desculpar-se. A partir daí Peregrino não desejou mais andar com os antigos amigos arruaceiros e seguiu a sua vida se dedicando às orações. Relatos contam que a Virgem Maria apareceu para Peregrino e falou para ele ir até a comuna de Siena, na Itália, onde ele se juntaria aos "Servos de Maria", os servitas.

Peregrino foi até lá e se penitenciou por todos os seus pecados. Uma das penitências que ele estipulou para si mesmo foi sempre permanecer de pé em todas as ocasiões em que normalmente as pessoas se sentam. Por causa disso, ele passou 30 anos de sua vida sem sentar-se o que lhe provocou varizes e, algum tempo depois, câncer em suas pernas e pés. Apareceram chagas nos pés de Peregrino que ficaram tão dolorosas que os médicos decidiram amputá-los.

No entanto, na noite anterior à cirurgia, Peregrino orou por horas aos pés do crucifixo e teve uma visão de que Jesus tocava-lhe os pés enquanto ele dormia. Na manhã seguinte, Peregrino acordou totalmente curado e é por esse motivo que ele é considerado o santo padroeiro dos enfermos com câncer.

São Peregrino Laziosi faleceu em 1 de maio de 1345, aos 85 anos de idade. Ele foi canonizado em 27 de dezembro de 1726, pelo Papa Bento XIII.

Agradecendo graça alcançada

 

Santo do Dia - 4 de julho

Santa Isabel  de Portugal, mulher de oração e centrada na Eucaristia

Santa Isabel era mulher de caridade e reconciliadora, vivendo isso bem a partir de sua família

Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão, que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer ocupar-se com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha, que recebeu,  então, uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, dom Diniz. Esse casamento significou para Isabel uma  coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas das cortes espanhola e portuguesa; além disso, possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas que humilhavam profundamente a bondosa rainha perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre a situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos.

Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem essas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel recolheu-se no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes, porém, abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 4 de julho de 1336. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz". 


Santa Isabel de Portugal, rogai por nós!

 

sábado, 3 de julho de 2021

3 de julho - Santo do Dia

 São Leão II


O papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses.

Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloqüente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isso os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, de seu tempo e sua região.

Foi eleito dias após a morte do papa Ágato. Mas o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente  para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado, como seria mais conveniente aos interesses dos bispos do Oriente.

Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o papa Leão II pôde assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682.

Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecumênico. Enalteceu de maneira mais didática os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os bispos do Oriente.

Depois, instituiu a aspersão da água benta nos ritos litúrgicos e sobre o povo. Também conseguiu que a escolha do bispo de Ravena ficasse sujeita à determinação de Roma e não por indicação política, como ocorria na época. E ainda fez valer sua autoridade diante do abuso do poder dos bispos usurpadores dos bens da Igreja.

Zelou pela pureza da fé e dos costumes, dando ele próprio o exemplo, confortando os pobres com vigoroso socorro espiritual e material, por meio de obras de caridade financiadas pela Igreja.

Mandou restaurar a igreja de Santa Bibiana especialmente para acolher as relíquias dos santos mártires Simplício, Faustino e Beatriz, que ainda estavam sepultados num campo que antes fora um templo pagão. Além disto, por ter muita devoção pelos soldados mártires são Sebastião e são  Jorge, propagou-a entre os fiéis, que passaram a considerá-los padroeiros dos militares.

O papa Leão II morreu no dia 3 de julho de 683, sendo festejado como santo pela Igreja no dia do seu trânsito. 


São Leão II, rogai por nós!


São Tomé

Embora na nossa memória a presença de são Tomé faça sempre pensar em incredulidade e nos lembre daqueles que "precisam ver para crer", sua importância não se resume a permitir a inclusão na Bíblia da dúvida humana. Ela nos remete, também, a outras fraquezas naturais do ser humano, como a aflição e a necessidade de clareza e pé no chão. Mas, e principalmente, mostra a aceitação dessas fraquezas por Deus e seu Filho no projeto de sua vinda para nossa salvação.

São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: "Então vamos também e morramos com ele!"

Na segunda passagem, demonstra melancolia e incerteza. Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai. Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo: "Para onde eu vou vocês sabem. E também sabem o caminho". Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício: "Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?". A resposta de Jesus passou para a história: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".

E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse nas mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado. A dúvida em pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e disse: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!... Não sejas incrédulo, acredita!" Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.

O apóstolo Tomé ou Tomás, como também é chamado, tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer "gêmeo e natural da Galiléia". Era pescador quando Jesus o encontrou e o admitiu entre seus discípulos.

Após a crucificação e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas,  povos que habitavam a Pérsia. Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as pistas encontradas por são Francisco Xavier no século XVI. Morreu martirizado com uma lança, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é comemorada em 3 de julho. 


São Tomé, rogai por nós!


sexta-feira, 2 de julho de 2021

Como praticar a devoção dos cinco primeiros sábados? Devoção ao Imaculado Coração de Maria - A consagração dos sábados

Igreja celebra o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria



O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e, neste dia 19, a Igreja Católica celebra a festa litúrgica do Sagrado Coração de Jesus. Essa é uma data móvel em que sempre é celebrada na segunda sexta-feira após a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Segundo o arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, é um dia dedicado à oração e para pedir sempre forças ao Sagrado Coração de Jesus para que possamos amar como Ele amou e ter o nosso coração sempre ardente do desejo de estar perto Dele. O Papa São João Paulo II dedicou esse dia para ser a Jornada de oração pela santificação dos sacerdotes. “O povo de Deus é chamado a rezar pelos seus padres”, afirmou.

Esta Solenidade mostra que “a festa do Coração de Cristo conduz à essência do cristianismo: a pessoa de Jesus, Filho de Deus e Salvador do mundo, manifestado no mistério mais íntimo do seu ser, nas profundezas de onde brotam todas as suas palavras e ações: seu amor filial e fraterno até a morte” (cf. Missal Dominical – Missal da Assembleia Cristã). A devoção ao Sagrado Coração de Jesus se deve ao fato de um soldado romano com uma lança ter atravessado o lado de Jesus. “E de seu coração aberto jorrou sangue e água”.

Já neste sábado, 20 de junho, a Igreja, liturgicamente, celebra a memória do Imaculado Coração de Maria. A data deve ser celebrada no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes. Segundo o portal da Arquidiocese de São Paulo, os Santos Padres, místicos da idade média, os teólogos e os ascetas dos séculos seguintes foram todos grandes devotos do Coração de Maria assim como do Coração de Jesus.

Porém, foi São João Eudes (1601-1680) o grande promotor do culto litúrgico que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis. Esta festa tornou-se pública de 1648 entrando assim na liturgia comum e, a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.

Foi sobretudo a partir das aparições da Virgem Maria em Fátima que a devoção tomou grande impulso, conforme escreveu o Cardeal Cerejeira: “A Missão especial de Fátima é a divulgação no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria.”
No dia 4 de Maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para a paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o amor pela pureza e pelas virtudes. Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagra o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria.

No dia 25 de março de 1984, portanto há 25 anos, o então Papa João Paulo II realizou na Basílica de São Pedro, acompanhado por uma multidão de mais de 150 mil peregrinos e diante da imagem da Virgem peregrina de Fátima, vinda de Portugal, a solene consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em união espiritual com os bispos do mundo inteiro.  João Paulo II, na ocasião, pediu a Nossa Senhora que livrasse a humanidade da fome, das guerras e de todos os males.

Fonte: CNBB 

A consagração dos sábados a Virgem Maria não é nenhuma novidade na Igreja. Todavia, o pedido dessa devoção por Nossa Senhora foi uma magnífica confirmação dos Céus de uma antiga piedade mariana. O sábado, como dia especialmente consagrado a Virgem Maria, é uma tradição que tem sua origem muito provavelmente nos primeiros séculos da Igreja. “A presença da Missa de Nossa Senhora nos Sábados, no missal romano de São Pio V, de 1570, mostra a antiguidade dessa prática, que consiste em honrar especialmente a Santa Mãe de Deus nesse dia da semana”5.

Apoiados nesta bela e piedosa tradição da Igreja, os membros das confrarias do Rosário consagravam especialmente a Santíssima Virgem quinze sábados consecutivos de cada ano litúrgico. Durante esses sábados, “eles se aproximavam dos sacramentos e cumpriam exercícios de piedade particulares em honra dos quinze mistérios do santo rosário. Em 1889, o Papa Leão XIII concedeu a todos os fiéis uma indulgência plenária a ser ganha durante um desses quinze sábados”6. Entretanto, foi com o grande Papa São Pio X que a devoção dos primeiros sábados foi aprovada e encorajada pela Santa Sé que, em 10 de julho de 1905, indulgenciou, pela primeira vez, essa devoção mariana. Em 13 de junho de 1912, São Pio X concedeu “indulgência plenária, aplicável às almas dos defuntos, no primeiro sábado de cada mês, por todos aqueles que, nesse dia, se confessarem, comungarem, cumprirem exercícios particulares de devoção em honra da bem-aventurada Virgem Maria, em espírito de reparação”7.

Por desígnio da Divina Providência, cinco anos depois, na mesma data, aconteceu a “segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima, durante a qual os três pastorinhos testemunharam a primeira grande manifestação do Imaculado Coração da Virgem Maria, vendo-o ‘cercado de espinhos que pareciam enterrados nele. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação’”8. Os termos usados pelo Papa São Pio X são quase exatamente os mesmos do pedido de Nossa Senhora a Irmã Lúcia, principalmente no que diz respeito “à extrema importância da intenção reparadora, única capaz de afastar e apaziguar a cólera de Deus”9.
Depois de conhecer um pouco mais a história da Igreja, percebemos que, em Fátima e em Pontevedra, a Virgem Maria não é inovadora, mas nos deu uma confirmação do Céu e um novo impulso à devoção dos primeiros sábados, unindo-a com a devoção ao seu Imaculado Coração.

Por que cinco sábados em reparação ao Imaculado Coração?

Em 1930, padre José Bernardo Gonçalves, então confessor da Irmã Lúcia, intrigado com a devoção dos cinco primeiros sábados em reparação ao Imaculado Coração de Maria, perguntou à Irmã: “Por que hão de ser ‘cinco sábados’ e não nove ou sete em honra das dores de Nossa Senhora?”10 Mas Lúcia não soube responder a pergunta do confessor.
Irmã Lúcia não sabia o que fazer ou dizer, até que, durante uma de suas orações, na noite do dia 29 para 30 de maio de 1930, nosso Senhor Jesus Cristo revelou a ela a razão da devoção dos cinco primeiros sábados: “Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias contra o Imaculado Coração de Maria:

1 – As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;
2 – Contra a Sua virgindade;
3 – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4 – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5 – Os que a ultrajam diretamente nas suas sagradas imagens.

Eis, minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir essa pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de a ofender”11.

A primeira ofensa é a negação do dogma da Imaculada Conceição, promulgado pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854.

A segunda, a negação da Doutrina Católica a respeito da virgindade perpétua de Nossa Senhora. São opositores dessa verdade as pessoas que negam que a concepção e o parto de Jesus não foram virginais, e que a Mãe de Deus não conservou a virgindade depois do parto, bem como aquelas que dizem que a Santíssima Virgem teve mais filhos além de Jesus.

A terceira, a negação da maternidade divina e espiritual da Virgem Maria, declarada no III Concílio de Constantinopla, no ano de 680. Nossa Senhora é Mãe de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no mistério da Redenção de toda a humanidade.

A quarta, é o ódio para com a Santíssima Virgem Maria colocado, à força de falsas doutrinas, injúrias e blasfêmias, no coração das crianças. Desde o século passado, “a ideologia marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. […] Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam ‘ladainhas’ de injúrias contra a Mãe de Deus”12.

A quinta, é o desrespeito para com as sagradas imagens de Nossa Senhora. Como outrora, não é raro, em nossos dias, o ultraje, o sacrilégio, o vandalismo, a destruição das imagens da Virgem Maria, principalmente quando estão expostas em locais públicos. Além disso, as pessoas que tiram as suas imagens das igrejas e capelas, ou as reduzem ao mínimo, ofendem também o Coração Imaculado da Santíssima Virgem e contrariam o que foi dito no Concílio Vaticano II a respeito das imagens sacras: “Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos13, ou seja, devemos zelar pela tradicional e salutar devoção às sagradas imagens.

Como praticar a devoção dos cinco primeiros sábados?

A própria Virgem Maria nos ensinou a praticar a devoção reparadora das ofensas ao seu Imaculado Coração. Para praticar perfeitamente essa devoção, devemos – durante cinco primeiros sábados de cinco meses seguidos, na intenção geral de reparar nossos próprios pecados e os de toda a humanidade contra o Coração Imaculado de Maria – realizar quatro atos de piedade:
1 – A Confissão: devemos confessar preferencialmente no primeiro sábado. Caso seja impossível, ou muito difícil, podemos confessar com até oito dias ou mais de antecedência. Todavia, recordamos que é necessário estar em estado de graça no primeiro sábado do mês, a fim de fazer comunhão reparadora. Na confissão, é indispensável a intenção de reparar as ofensas contra o Imaculado Coração de Maria. Essa intenção reparadora não precisa ser dita ao confessor, mas apenas colocada mentalmente diante de Deus antes da confissão. Jesus Cristo disse à Irmã Lúcia que, se esquecermos da intenção reparadora, podemos colocar essa intenção na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tivermos para nos confessar;

2 – O Terço: a tradicional oração do Terço mariano também faz parte da devoção dos cinco primeiros sábados, que deve ser rezado na intenção da reparação do Imaculado Coração da Santíssima Virgem;

3 – Os 15 minutos de meditação dos mistérios do Rosário: Nossa Senhora pediu que fizéssemos companhia a ela durante pelo menos 15 minutos, meditando sobre os 15 mistérios do Rosário14, na intenção da reparação ao seu Imaculado Coração. Essa meditação não precisa ser de todos os 15 ou 20 mistérios do Rosário. Podemos meditar apenas um, dois, três ou mais mistérios, conforme a nossa escolha. Outra opção é a meditação dos mistérios do Rosário conforme o tempo litúrgico. Por exemplo: no tempo do Advento, podemos meditar os mistérios Gozosos; no tempo da Quaresma, os Mistérios Dolorosos; no Tempo Pascal, os Mistérios Gloriosos; no Tempo Comum, podemos meditar aqueles mistérios que mais dizem respeito à Liturgia do dia ou do domingo;

4 – A comunhão: é um ato essencial da devoção reparadora ao Imaculado Coração de Maria. Para compreender bem a sua importância, lembremos que a devoção da comunhão das nove primeiras sextas-feiras tem como intenção a reparação das ofensas contra o Sagrado Coração de Jesus. Recordemos também que a comunhão milagrosa, dada aos três pastorinhos de Fátima pelo Anjo da Guarda de Portugal, no outono de 1916, teve um caráter eminentemente reparador. 
Essa intenção evidencia-se na oração ensinada pelo Anjo da Paz, repetida seis vezes, três vezes antes e três vezes depois da comunhão:
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da Terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido; e pelos méritos infinitos de seu Sacratíssimo Coração e do Imaculado Coração de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores15.

Como nos casos acima, a intenção reparadora na devoção dos cinco primeiros sábados é muito importante, porque as ofensas contra o Imaculado Coração de Maria também ofendem gravemente o Sacratíssimo Coração de Jesus. Essa devoção reparadora, como um todo, pode ser também feita no domingo seguinte ao primeiro sábado, desde que seja por motivos justos e autorizado por um padre.

O poder e a eficácia sobrenaturais da devoção ao Imaculado Coração de Maria

Assim, a devoção ao Imaculado Coração, praticada nos primeiros sábados em reparação das ofensas cometidas contra a Virgem Maria, foi-nos revelada para salvação de muitas almas do inferno. Pois, cada vez mais, em nosso tempo, multiplicam-se os ataques contra a dignidade, os privilégios, as honras devidas a Nossa Senhora. Além disso, há uma diminuição considerável do culto mariano em quase toda a Igreja, em consequência principalmente dos erros espalhados pelo comunismo no mundo todo.

Sendo este o estado das coisas em nossos dias, a impiedade de muitos para com a Santíssima Virgem é ainda pior do que outrora. Por isso, certamente é mais do que essencial a intenção reparadora de nossa prática da devoção dos cinco primeiros sábados. Reparemos as ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria, tão ultrajado pela ingratidão dos homens, através da devoção que ela mesma nos indicou.

Na carta a Dom Manuel Maria Ferreira da Silva, Arcebispo titular de Gurza, escrita em 27 de maio de 1943, Irmã Lúcia nos ajuda a compreender o poder e a eficácia sobrenaturais da devoção ao Imaculado Coração de Maria: “’Os Santíssimos corações de Jesus e Maria amam e desejam este culto [para com o Coração de Maria], porque dele se servem para atrair todas as almas a eles, e isso é tudo o que desejam: salvar as almas, muitas almas, todas as almas’. Nosso Senhor me dizia há alguns dias: ‘Desejo ardentemente a propagação do culto e da devoção ao Coração de Maria, porque este Coração é o ímã que atrai as almas para mim, a fornalha que irradia na terra os raios de minha luz e de meu amor, fonte inesgotável de onde brota na terra a água viva de minha misericórdia‘”16. Com a certeza desta eficácia sobrenatural, peçamos a Mãe de Deus, com insistência e perseverança, as boas disposições de nossa alma para bem praticar a devoção dos cinco primeiros sábados.


Imaculado Coração de Maria, rogai por nós!

Fonte: Formação - Canção Nova
 

2 de julho - Santo do Dia

São Bernardino Realino


Bernardino nasceu no dia 1o de dezembro de 1530, na rica e nobre família dos Realino, na ilha de Capri, em Nápoles. O jovem Bernardino aprofundou-se nas ciências humanísticas, estudando na academia de Modena e depois na Universidade de Bolonha, formando-se em filosofia, medicina, direito civil e eclesiástico.

Com vinte e cinco anos de idade, enveredou por uma carreira administrativa sob a proteção do governador de Milão, um cardeal amigo pessoal de seu pai. Bernardino ocupou cargos importantes, social e politicamente. Foi prefeito de Felizzano de Monferrato, advogado fiscal em Alexandria, depois prefeito de Cassine, prefeito de Castel Leone e, finalmente, auditor e lugar-tenente de Nápoles.

Todavia abandonou tudo, pois, quando doente, recebeu a aparição de Nossa Senhora carregando o Menino Jesus nos braços. Era o ano de 1564. Desde então, com a ajuda de um padre jesuíta que se tornou seu orientador espiritual, Bernardino assumiu definitivamente a vida religiosa. Aos trinta e cinco anos de idade, ele foi ordenado padre jesuíta. Além de continuar o trabalho social em favor dos pobres, que sempre realizara, tornou-se um perfeito pastor de almas: evangelizador e confessor.

Possuindo o dom da cura e do conselho, era procurado por bispos e príncipes que desejavam sua iluminada orientação. O próprio papa Paulo  V, assim como diversos soberanos, lhe escrevia, pedindo orações.

Em 1574, foi enviado a Lecce para fundar um colégio jesuíta, onde exerceu o apostolado durante quarenta e dois anos. A sua atuação na comunidade foi tão vital para todos, que, quando estava no seu leito de morte, ele se viu cercado pelo Conselho Municipal, que pedia sua proteção eterna para a cidade.

Equivale a dizer que estavam lhe pedindo ainda em vida que aceitasse ser o padroeiro daquela diocese, tal a sólida fama de sua santidade. Talvez um fato único já registrado pelos católicos. Isso porque santo protetor toda cidade escolhe um. Eleger um santo patrono antes mesmo de este ser canonizado também não é uma situação nova na história das comunidades cristãs. Mas pedir permissão pessoalmente a um homem para que aceite de viva voz ser o padroeiro de uma cidade, realmente, é um raro acontecimento na Igreja.

Ele morreu aos oitenta e seis anos de idade, no dia 2 de julho de 1616, em Lecce. Cultuado em vida como santo, foi beatificado, em 1895, pelo papa Leão XIII e canonizado pelo papa Pio XII em 1947. São Bernardino Realino é o padroeiro das cidades de Lecce e Capri.



São Bernardino Realino, rogai por nós!



São Processo e São Martiniano
Os martírios de cristãos, para frustração dos governantes e opositores da Igreja, não só acabavam produzindo no povo pagão um sentimento de pena e solidariedade como também frutificavam em conversões inesperadas para os dominantes e exemplares para a população. Foi o caso de Processo e Martiniano, que eram carcereiros de são Pedro nos anos 64 ou 67.

Eram soldados romanos, mais exatamente carcereiros. Sensibilizaram-se com as pregações feitas pelo apóstolo no cárcere Marmetino. Encantaram-se com os ensinamentos de Jesus, converteram-se e foram batizados pelo próprio são Pedro, preso que eles vigiavam. Após a execução de Pedro, mudaram totalmente seu comportamento.

Ao serem acusados, seus superiores mandaram que participassem de um culto a Júpiter, ao qual ambos se recusaram firmemente. O resultado é que foram torturados e mortos a fio de espada, no centro do anfiteatro romano.

No futuro, receberiam a honra de uma homilia do papa São Gregório Magno, a trigésima segunda, bem como o traslado de suas relíquias para o Vaticano no século IX.


São Processo e São Martiniano, rogai por nós!
 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

As DOZE PROMESSAS do SAGRADO CORAÇÃO E JESUS e ORAÇÕES para as NOVE PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS

AS DOZE PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO.
A SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE.



 
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente
    na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Oração Final para todas as Sextas-feiras


         Jesus meu, vos dou meu coração..., Consagro-vos toda minha vida..., em vossas mãos ponho a eterna sorte de minha alma... e vos peço a graça especial de fazer minhas nove primeiras sextas-feiras com todas as disposições necessárias para ser participante da maior de vossas promessas, a fim de ter a sorte de voltar um dia a ver-vos no céu. Amém.

 

            Primeira Sexta-Feira: Eu te prometo, na excessiva misericórdia de meu coração, que meu amor onipotente concederá a todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de mês, durante nove meses consecutivos, a graça da penitência final, e que não morram em minha desgraça, nem sem receber os Santos Sacramentos, assegurando-lhes minha assistência na hora final. 
 
         Oh! bom Jesus, que prometestes assistir em vida, e especialmente na hora da morte, a quem invoque com confiança vosso Divino Coração! Vos ofereço a comunhão do presente dia, a fim de obter por intercessão de Maria Santíssima, vossa Mãe, a graça de poder fazer este ano as nove primeiras sextas-feiras que devem ajudar-me a merecer o céu e alcançar una santa morte. Amém.

 

            Segunda Sexta-Feira: Lhes darei todas as graças necessárias a seu estado.
         Jesus misericordioso, que prometestes, a quantos invoquem confiantes vosso Sagrado Coração, dar-lhes as graças necessárias a seu estado: vos ofereço minha comunhão do presente dia para alcançar, pelos méritos e intercessão de vosso Coração Sacratíssimo, a graça de uma terna, profunda e inquebrantável devoção a Virgem Maria.

Sendo constante em invocar a valiosa providencia de Maria, Ela me alcançará o amor a Deus, o comprimento fiel de meus deveres e a perseverança final. Amém.

 

            Terceira Sexta-Feira: Porei paz nas famílias.

Abençoarei os lugares donde se venera a imagem de meu coração.
Jesus amantíssimo, que prometestes abençoar as casas onde se venera a imagem de vosso Sagrado Coração, eu quero que ela reine em meu lar; vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossos méritos e pela intercessão de vossa Santa Mãe que todos e cada um dos membros de minha família conheçam seus deveres; os cumpram fielmente e consigam entrar no céu, com as mãos repletas de boas obras.

Oh! Jesus, que vos empenhais em tirar de nossos lares as discussões, as enfermidades e a miséria!

Fazei que, nossa vida seja uma não interrompida ação de graças por tantos benefícios. Amém.

 

            Quarta Sexta-Feira: Serei seu consolo em todas as tribulações.
         Jesus meu, que prometestes consolo a quantos a Vós recorram em suas tribulações: vos ofereço minha comunhão do presente dia para alcançar de vosso Sagrado Coração e do Coração Imaculado de vossa Mãe Santíssima a graça de vir ao Sacrário a pedir força e consolo quantas vezes me visitem as penas.
Oh! Jesus, oh! Maria, consolai e salvai aos que sofrem!

Fazei que nenhuma de suas dores os perda para o céu! Amém.



            Quinta Sexta-Feira: Derramarei copiosas benções em todas as suas empresas.
         Jesus meu, que prometestes abençoar os trabalhos de quantos invoquem confiantes vosso Divino Coração: vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossa Santíssima Mãe a graça de que abençoe meus estudos..., minhas provas..., meu trabalho..., e todos os trabalhos de minha vida.
Renovo o inquebrantável propósito de oferecer-vos cada manhã ao levantar-me, e por intermédio da Santíssima Virgem, as obras e trabalhos do dia..., e de trabalhar com empenho e constância para engrandecer-vos e alcançar em recompensa o céu. Amém.

 

            Sexta Sexta-Feira: Os pecadores acharão em meu coração um oceano de misericórdia.
         Sagrado Coração de Jesus, sempre aberto aos pecadores arrependidos: vos ofereço a comunhão do presente dia para alcançar por vossos méritos infinitos e pelos de vossa Santíssima Mãe a conversão de quantos trilham o caminho do mal.
Vos suplico, bom Jesus!, inundeis os seus corações de uma grande dor de haver-vos ofendido. Fazei que vos conheçam e vos amem.

Dispensai-me a graça de amar-vos mais e mais e em todos os instantes de minha vida, para consolar-vos e reparar a ingratidão de quem vos tem esquecido. Amém.

 

            Sétima Sexta-Feira: As almas tíbias acharão fervor. As almas fervorosas chegarão logo a perfeição.

Sem vosso auxilio, Jesus meu, não podemos avançar no caminho do bem.
Senhor, por intermédio da Virgem Maria, vos ofereço a comunhão deste dia para que aviveis em minha alma o amor a vosso Coração Sagrado e concedais este amor a quantos não o sentem.

Ajudado de vossa divina graça lutarei, Senhor, para que cada semana..., cada mês..., avance um pouco na virtude que mais necessito. Amém.

 

            Oitava Sexta-Feira: Darei a quantos trabalham pela salvação das almas o dom de abrandar os corações mais endurecidos.

Sagrado Coração de Jesus, que prometestes inspirar aos que trabalham pela salvação das almas aquelas palavras que consolam, comovem e convertem os corações; vos ofereço minha comunhão de hoje para alcançar, mediante a intercessão de Maria Santíssima, a graça de saber consolar aos que sofrem e a graça de voltar a Vós, Senhor, aos que vos tem abandonado.

Doce Salvador meu, concedei-me e ajudai-me a salvar almas!
São tantos e tantos os desgraçados que empurram aos demais pelo caminho do vicio e do inferno!

Fazei , Senhor, que empenhe toda minha vida em fazer melhores aos que me rodeiam e em levá-los comigo ao céu. Amém.

 

            Nona Primeira Sexta-Feira: Guardarei recordação eterna de quanto uma alma haja feito para a maior glória de meu coração. Os que propaguem esta devoção terão seu nome escrito em meu coração, de onde não será apagado.
         Vos ofereço, Jesus meu, a comunhão do presente dia para alcançar a graça de saber infundir na alma de quantos me rodeiam ilimitada confiança em vosso Coração Divino.

Dai-me quanto necessito para levar a Vós aos que lutam..., aos que choram..., aos caídos..., aos moribundos... e dignai-vos, oh! Jesus!, escrever hoje meu nome em vosso Coração e dizer aos anjos que rodeiam vosso Tabernáculo:
"Este nome é o de um devoto que, amando-me muito, quer consolar-me do esquecimento e ingratidão de tantos homens." Amém. 


HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

HORA SANTA – MÊS de JULHO- R. P. MATÉO GRAWLEI-BOEVEY dos Sagrados Corações (PICPUS)

ULTRAJES PÚBLICOS A NOSSO SENHOR

Que afortunada surpresa a dos infelizes que na volta dum caminho se encontravam de repente com Jesus, lá na Palestina! Que imensa consolação para esses privilegiados de Jerusalém, de Naím, de Betânia, dirigir e derramar com plena liberdade, naquele instante propício, as suas  súplicas e lágrimas sobre o Coração de Jesus!

Também nós, nesta hora bendita, somos do número desses felizes privilegiados… Aqui Vos encontramos Jesus de Nazaré e do Tabernáculo. Reparai em nós: Vivemos em vossa procura, para nos confortarmos um instante, à sombra deliciosa do vosso Sacrário… E viemos também para defender a vossa causa. Um bramido de raiva e blasfêmia advertiu-nos de que os vossos inimigos jurados não Vos dão tréguas em Vos arrancar às almas e à sociedade. Se haveis de sofrer, agonizar e morrer, ó Jesus, eis aqui um pequeno rebanho que quer ser ferido ao lado e por causa do Pastor.

Vós o dissestes, com a alma trasbordando de amargura, à vossa serva Margarida Maria: “Quero repartir a minha agonia; tenha necessidade de corações vítimas”. Disponha de nós, Senhor. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós amamos-Vos ardentemente. Nós todos Vos amamos.

(BREVE PAUSA)

Correi, Senhor, o véu que nos oculta o Santo dos Santos: o vosso Divino Coração… Permiti aos vossos filhos meditar durante esta HORA SANTA os sofrimentos que Vos causam os ultrajes dos homens, e a dor que provais no ódio daqueles que o vosso Sangue remiu! Acendei a vossa luz nas nossas almas, e deixai-nos, seguir-Vos passo a passo nesta incruenta Rua Dolorosa, que começa nas sombras de Getsemani, para acabar no último dia do mundo…

Não obstante a nossa indignidade, permiti aos vossos confidentes e consoladores participarem do cálice dos vossos opróbrios e agonia… Dai-nos, ó amável prisioneiro, um só privilégio: de Vos amarmos na ignomínia da vossa Paixão de nos unirmos, durante esta HORA SANTA, à vossa agonia, de Vos consolarmos até a morte, no Getsemani perpétuo do vosso Coração sacramentado… e expirar sobre ele em íntima comunhão de reparação e de amor.

(Peçamos luz e amor para contemplar Jesus Cristo no misterioso sacrifício da Eucaristia).

(PAUSA)

Voz de Jesus Cristo. — Alma diletíssima: na Hóstia onde me vês, Eu vivo silencioso e mudo perpetuamente arrastado perante osCoração de Jesus modernos… Não ouves o insolente interrogatório que me fazem suportar, a Mim que sou o Poder supremo, a Verdade, e o Mestre único?… E calo por teu amor, por ti, a quem salvo, sofrendo a condenação ignominiosa dos poderosos da terra, juízes dos homens, não, porém da minha doutrina… 

Eles ambicionam uma autoridade tirânica, para a exercer contra Mim. E Eu sou perpetuamente a sua Vítima… Para eles o trono, para Mim o banco dos réus; para eles o cetro de ouro, para mim a cana de irrisão; para eles o aplauso das turbas, para Mim a corte do desprezo, e a túnica branca dos loucos; para eles o diadema e as homenagens, para Mim a coroa de espinhos, os impropérios, o esquecimento: sempre o esquecimento!
E, se talvez, em meio das suas falsas grandezas, estes poderosos da terra recordam a minha Realeza, o meu nome vai desencadear tempestades de ódio, perseguição e blasfêmia… E eis aí como sou chamado perante o juízo do mundo, do mundo que vive porque Eu o consinto!
Mas calo… Na Eucaristia sou a encarnação da misericórdia e do amor. Esta revolta contra a minha soberania… Este desconhecimento da minha  realeza soberana nas leis que regem os povos são um ultraje direto e uma blasfêmia contra Mim, que Me deixo estar, apesar de tudo, entre os homens, aniquilado, embora onipotente, no Sacramento do Altar.
Esta injúria, não é ela acaso um verdadeiro desafio ao Deus da Eucaristia, que te fala desde o seu Tabernáculo, trocado tanta vez em Pretório de Pilatos?… Aqui suporto, sem Me queixar, as afrontas dos escravos e as mofas dos vilões. Aqui ninguém Me vem buscar, senão quando os tribunais da terra decretam flagelar-Me para Me apresentarem depois ensangüentado ao furor das turbas…
O meu divino Coração sente-se consolado com as vossas reparações! Durante esta HORA SANTA o amor ardente dos meus compensa-Me das irrisões dos poderosos. Vós, ricos humildes, e pobres resignados, sois o bálsamo das minhas feridas. Desde aqui vos abençôo, amigos fidelíssimos. Falai, meus filhos! Pedi milagres ao meu amor, vós os predestinados do meu Coração. Falai, Eu sou o Rei das misericórdias infinitas.

(PAUSA)

As almas. — Senhor Jesus, a vossa alma, sensível à nossa fidelidade, oferece-nos milagres e perdão! Dignai-vos, portanto, espalhar as graças da vossa luz sobre os poderosos, os governantes, os ricos, que associados à vossa autoridade, carecem conhecer-Vos, ó Jesus na vossa Eucaristia, e proclamar que aceitam a vossa autoridade redentora, manancial de paz e salvação.
Em reparação das afrontas que padecestes diante do iníquo Herodes, e das que suportais nos palácios dos grandes da terra…

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálicos).
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas assembléias, onde se fazem as leis, e nos tribunais da justiça humana, tão sujeitos a erro…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na consciência tão versátil e tortuosa dos que presidem aos destinos das nações…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nos conselhos de tantos governantes que se levantam contra o vosso Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas sedições populares, exploradas para ultrajar a vossa doutrina…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na colisão de tantos interesses, em que os miseráveis especuladores da terra só buscam o triunfo da fortuna e do orgulho…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Nas conjurações diabólicas, medidas na sombra contra o vosso sacerdócio e a vossa Igreja…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na imprudente quietação de tantos cristãos na apatia e indolência de muitos que pretendem adorar-Vos e ser fiéis, sem Vos seguirem até ao Calvário…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!
Na ambição desenfreada de grandeza e luxo, que seduz um grande número de almas infelizes. à custa do vosso Sangue redentor e da sua eterna condenação…
Realizai as vossas promessas de vitória, ó Divino Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

Voz de Jesus. — Eu sou a santidade assim o afirmais ajoelhados diante da minha Hóstia; assim o proclama o Céu unindo-se durante esta HORA SANTA às vossas humildes adorações… Eu sou a santidade, e, todavia Barrabás foi-Me preferido… Ah! E quantas vezes esta ímpia preferência se repete por ódio, desprezo… Esquecimento!

Tal afronta abre uma ferida cruel no meu Coração: apesar disso Eu contínuo no Tabernáculo, Deus de humildade O mundo frívolo e vão que vive de soberba, não compreende Deus aniquilado, nascido num estábulo. Reparai como as almas orgulhosas passam diante do meu Altar, afadigadas, sequiosas de ostentação e ávidas da estima e dos aplausos dos homens. Passam… e preferem-Me uma honra toda impostura…

Assim vivo retirado na sombra do meu Santuário, e ergo de cá a minha voz: Aprendei de Mim que sou humilde e pobre… Sim, sou pobre, pois renunciei a todos os bens da terra para vos comprar os tesouros do Paraíso. Fiz-Me pobre e mendigo… e eis aí está porque sou desprezado pelo mundo ambicioso de ouro e do seu falaz esplendor. Que valho Eu, que nasci na pobreza de Belém, vivi na obscuridade de Nazaré, expirei na nudez do Calvário, e Me perpetuo nos aniquilamentos da Eucaristia?

Por amor Me fiz pobre, e por bem amarga e inverossímil contradição sou um pobre desprezado, a quem se prefere a miserável riqueza do mundo.

(BREVE PAUSA)

Estou coberto de feridas… Minhas mãos, que chamam e abençoam atravessadas… Meus pés trespassados… A minha fronte dilacerada… A boca lívida… escurecidos os olhos… ensangüentado o corpo… o Lado aberto… Ah! como se arrepiam os mortais à vista de um Deus derramando sangue, eles, que já desde o exílio querem as delícias dum paraíso antecipado… Quem Me reduziu a tal estado? O amor que vos consagro, e a sede, em que o mundo arde, de gozos e prazeres.

No meu santuário, onde permaneço, dou-Vos a paz e a felicidade, mas através de espinhos e de Cruz. Onde estão os meus amigos, os meus fiéis, os meus discípulos? Onde estão? Para onde foram? Abandonaram-Me para ir à cata do prazer!… Preferem-me o lodo da culpa. Barrabás o último dos homens, triunfa no mundo com os orgulhosos, libertinos, corruptores da infância, depravadores do povo, envenenadores da imprensa… Barrabás triunfa exaltado por quantos Me renegam e amaldiçoam nas leis… Políticos desleais, ambiciosos de subir para lançarem sobre Mim a ignomínia e a blasfêmia; poderosos, aclamados pelo mundo, que lhes atira flores e oferece palmas de vitória…

E Eu, Jesus, quedo-Me solitário no meu Sacrário, preso do meu Amor, abandonado dos bons, renegado dos pusilânimes, esquecido da maior parte… condenado pelos governantes indignos, flagelado pela turbas levantadas contra Mim… Amei os meu filhos até a morte… e os da minha casa preferiram-Me o pó e a lama dos caminhos.
Considerai e vede se há dor semelhante à minha dor!…

(PAUSA)

As almas. — Ó Jesus, não é o discípulo acima do seu mestre… Vós que nos destes o exemplo, quereis que Vos sigamos levando com amor a cruz que salva. Nós pedimos-Vos essa graça nesta HORA SANTA, com a abrasada caridade de Maria, Senhora das Dores; com o fervor de Margarida Maria. Sim, nós abraçamos a cruz pelo triunfo do vosso Coração na Santíssima Eucaristia. Escutai-nos, ó Jesus desde essa Hóstia; nós vimos oferecer-Vos a oração de Getsemani, que é a oração do vosso aniquilamento do Altar. Escutai-nos com a vossa doce benignidade.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a glória de ser pospostos a todos, por amor do vosso Coração dolorido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a alegria de ser confundidos por amor do vosso amargurado Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça de ser esquecidos por causadeo vosso Coração misericordiosos.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a honra imerecida de ser desprezados por amor do vosso Coração angustiado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a recompensa de sermos escarnecidos pela glória do vosso Coração ferido.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a ambicionada felicidade de ser injuriado pelo triunfo do vosso Coração adorado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a incomparável gozo de ser um dia perseguidos pelo amor do vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a coroa de ser caluniados nos apostolado do vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a amável regalia de ser atraiçoados em holocausto ao vosso Divino Coração.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos a honra de ser aborrecidos em união com o vosso Coração agonizante.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Dai-nos o privilégio de ser condenados pelo mundo, por viver unidos ao vosso Coração Sagrado.

Nós Vos amamos, ó Jesus! Concedei-nos a graça suprema de ser fiéis com sacrifício de nós mesmo até ao holocausto, em reparação fervorosa junto do vosso Coração imolado.

Oh! Sim, nós Vo-lo suplicamos: concedei-nos receber com amor a parte que nos toca nos vilipêndios e da agonia do vosso Coração Sacramentado…
Consolai-Vos. Mestre amantíssimo: cada um de nós quer dirigir-Vos uma palavra de humildade e de confiança, protestando que só Vos sois o seu único bem e toda a sua esperança!…

(BREVE PAUSA)

Que tenho eu, ó Senhor, que Vós me não tenhais dado?
Que sei eu, que Vós me não tenhais ensinado?
Que valho eu, não estando perto de Vós?
Que mereço eu, se não estou unido a Vós?
Perdoai-me os erros que contra Vós hei cometido.
Criastes-me, sem eu o merecer,
Remistes-me sem eu o pedir,
Muito fizeste, criando-me,
Muito mais, remindo-me,
Pois o sangue que derramastes,
E a acerba morte que padecestes,
Não foi pelos anjos, que Vos louvam,
Mas por mim e pelos pecadores que Vos ofendem.
Se Vos reneguei, deixai-me reconhecer-Vos;
Se Vos injuriei, deixai-me houver-Vos;
Se Vos ofendi, deixai-me Servir-Vos;
Pois a vida que se não emprega em vosso serviço, mais é morte do que vida.

(PAUSA)

Voz de Jesus.  Como todos que estais aqui comigo sois meus íntimos amigos, vou desafogar diante de vós o meu Coração amargurado. Ouvi-Me: Sofre uma pena profunda, uma ferida que o dilacera:
Israel, meu povo predileto; Israel pediu a minha condenação, exigiu a minha morte e arvorou a minha cruz.

Israel, por amor de quem flagelei o Egito, flagelou-Me a Mim! Despedacei as suas cadeias, e ele encadeou-Me a mim! Dei-lhe maná no deserto, e corou-Me de espinhos a Mim! Fiz brotar água prodigiosa da pedra, para lhe apagar a sede, e ele insultou a febre abrasadora da minha agonia! Desci do céu, fiquei em arca misteriosa com ele no deserto… tantas vezes o quis abrigar debaixo das minhas asas… e Israel deu-Me a morte.

Porque é que o meu povo continua a despojar-Me da minha realeza? Porque continua ainda a lançar sortes sobre a minha túnica, e a lançar ao vento da irrisão o meu Evangelho de caridade e consolação?

Vede como as multidões se agitam rugindo contra a minha lei… como povos inteiros, seduzidos pela soberba, rasgaram a unidade sagrada da minha doutrina e a túnica inconsútil da minha Igreja!

O meu Coração soluça dentro do peito, ao ouvir, como no átrio de Pilatos, o clamor das nações e dos Estados que Me apontam às turbas sobre este pobre altar, gritando: Não queremos que este reine sobre nós.

Ó Israel, Eu te perdôo!

(BREVE PAUSA)

O meu Vigário é perpetuamente vítima das mofas da turba insensata… Ele é o meu representante na terra… Na sua pessoa continuo eu a ser esbofeteado pelos insultadoras da minha Igreja. E estes insultos são para Mim particularmente dolorosos. Ai daquele que levanta a mão contra o Pontífice, o Ungido do meu Pai!
Detende o seu braço justiceiro… interpondo esta HORA SANTA, em união com o meu ultrajado Coração, pois quero usar de misericórdia.
Sim, para a apostasia de tantas nações: para a descrença pública de tantos Estados: para as afrontas imprudentes ao meu Vigário; para o ódio refinado e legal contra o meu sacerdócio; para a iníqua tolerância e favor dado aos modernos fariseus: para este cúmulo de pecados; para esta pobre e corte que me ferem…; com voz bem uníssona, como duma só alma, rogai piedade ao meu Coração. Invocai a minha misericórdia.

As almas.  Prisioneiro de amor. Jesus Sacramentado, que a nossa oração atravesse as grades do vosso cárcere, e chegue a Vós como incenso de adoração e desagravo, que Vos oferecemos, pelas mãos de Maria Imaculada.
(PAUSA)

Voz de Jesus. — Tudo, no meu amor pelos homens, foi consumado com a instituição da Santa Eucaristia: Tudo! Mas, ah! A ingratidão humana consumou, também para comigo, neste maravilhoso Sacramento, a obra da dor suprema.
Meus filhos, onde estáveis quando sobre o Calvário Eu era envolvido no silêncio duma solidão mais cruel do que a do sepulcro? Amigos do meu Coração, onde estáveis, quando meus olhos velados pelas lágrimas da agonia, só viam semblantes ferozes de verdugos?…  

Onde estáveis vós, então?… E quando, com o pensamento em vós, meus predestinados, tive sede de vos ver unidos à minha alma infinitamente angustiada, porque foram então meus lábios umedecidos com o fel da ausência… da covardia… do esquecimento… da tibieza, por aqueles mesmos que eu convidara para o meu banquete familiar?

Bem o sabeis: esta história não sucedeu só há vinte séculos… Contemplai-Me na Hóstia, e dizei-Me: a ingratidão não é o pão amargo e cotidiano do Deus feito alimento dos homens?… Quanto e em que vos hei contristado na minha prisão voluntária, para selardes as suas portas com o abandono em que se deixa um sepulcro vazio e destruído?…
Oh! Vinde, rodeai-Me, abraçai-vos os meus pés. Quero sentir-vos perto de Mim na agonia mística do meu Coração sacramentado.

Hora desejada, hora bendita e afortunada, esta HORA SANTA, durante a  qual o vosso Deus recupera a sua herança, o preço do seu Sangue!
Eu vos abençôo por que tive fome, e vós, deixando o vosso descanso, viestes dar-Me o pão da caridade… Considero-vos meus porque tive sede, e destes-Me a compaixão das vossas lágrimas; aperto-vos ao meu Coração desolado porque estive tristíssimo na solidão deste cárcere, e viestes fazer-Me deliciosa companhia. Em verdade, em verdade vos digo que os vossos nomes estão escritos para sempre em caracteres de fogo e sangue no mais secreto do meu Coração amante.
Descansai sobre ele, como Eu descanso agora sobre o vosso, filhos prediletos do meu amor!

A alma. — Viemos, ó Mestre, não para repousar, mas para sofrer convosco, para ter parte no vosso cálice, para reparar as culpas que Vos ofendem, e pedir a vinda do vosso Reino! Por isso, com a alma cheia da vossa graça, nós não Vos deixaremos, sem Vos confiar o único desejo dos vossos consoladores e amigos… o de Vos ver reinar, e avançar triunfante por intermédio do vosso Coração… Revelai-Vos a estes vossos humildes apóstolos, para que sintam os ardores inefáveis que só a vossa possessão e o vosso reinado podem apagar.
Cedei, pois, Jesus amantíssimo, e em meio das aflições e sobressaltos da vida.

(Todos repetem em voz alta as palavras em itálico).
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas afeições caducas e enganadoras da terra…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas desilusões da amizade terrena, nas fraquezas do amor humano…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas seduções tentadoras da vaidade, nos abrolhos tão freqüentes do caminho…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas castas e legítimas alegrias dos lares que Vos adoram…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas veleidades da adulação e da fortuna enganadora…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas horas de paz da consciência, e nos momentos de remorso salutar…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas tribulações dos nossos, ao ver sofrer quem amamos…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nos desfalecimentos do coração, quando sentimos o cansaço do exílio
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
Nas incessantes contradições, nos dias da incerteza e de amargo quebranto…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!
No momento da tentação, na hora suprema do apartamento da terra e da última Comunhão…
Vinde!… Temos sede do vosso adorável Coração!

(PAUSA OU CÂNTICO)

As almas. — Ao ver-Vos, ó Jesus, tão perto e tão benigno, longe de exclamar como o vosso apóstolo: “Afastai-Vos, Senhor, porque somos miseráveis pecadores…” queremos, ao contrário, vir ao vosso encontro encurtar a distância e apertar uma feliz intimidade entre o vosso Coração e os nossos.

(LENTO E PAUSADO)

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando os soberbos  governantes da terra blasfemarem da vossa Lei e do vosso Nome… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso divino Coração!

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando as multidões, reunidas por Lúcifer e os sectários seus sequazes, assaltarem  os vossos santuários e reclamarem o vosso Sangue… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre os vitupérios e as cadeias, com que os poderosos do mundo e presumidos sábios, cujo orgulho condenastes com firmeza, ultrajarem a vossa Igreja… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando milhares de cristãos, esquecidos da vossa adorável Pessoa, Vos magoaram cruelmente com a sua ociosa indiferença, que é um frio punhal cravado no vosso peito sacrossanto… Recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando tantos, que se dizem bons e virtuosos, Vos regateiarem avaramente o seu afeto, Vos  oferecerem uma mesquinha, confidência, e Vos negarem o conforto do seu sacrifício e santidade… recordai-Vos de que somos vossos… de que estamos consagrados à glória do vosso Divino Coração!…

Vinde, ó Jesus, vinde repousar sobre o nosso amor, quando Vos oprimir a deslealdade, quando Vos amargar a tibieza das almas predestinadas, que por vocação deveriam ser inteiramente vossas e santas… então como sempre, nessa hora de desolação sem igual… recordai-Vos de que somos vossos; volvei a nós os vossos olhos tristes e suplicantes e não Vos esqueçais de que somos vossos filhos, consagrados para sempre à glória do vosso Divino Coração!…

Um Padre Nosso e Ave Maria pelas intenções íntimas dos presentes. 
 Um Padre Nosso e Ave Maria pelos agonizantes e pecadores. 
Um Padre Nosso e Ave Maria pelo triunfo universal do Sagrado Coração, especialmente pela Comunhão diária, pela HORA SANTA, e pela Entronização do Sagrado Coração nas famílias).

(PAUSA)

Vós sois, ó Jesus, o Deus escondido. Escondei-Vos na minha alma; e transformado eu noutra Hóstia humilde, fiquemos, Senhor, eternamente unidos, como na Comunhão, como nesta HORA SANTA… Vós no meu pobre coração, e eu perdido para sempre no abismo de luz do vosso Coração sacratíssimo.

Venha a nós o vosso Reino!…

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