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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O fim do mundo será em 23 de setembro? Sacerdote católico responde

Mateus 24,36 : 

"Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai." 

Imagem referencial. Foto: Arquivo /ACI Prensa

Segundo o site ACI Digital (18/09/2017), diversos rumores difundidos nas redes sociais, que incluem vídeos no Youtube que unem argumentos científicos e bíblicos, apontam que o fim do mundo acontecerá no dia 23 de setembro. Mas, o que há de verdade em tudo isso? Um sacerdote católico responde.

 - REPUBLICADO, apenas para confirmar o que Cristo disse em Mateus 24,36 : "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai."

São Mateus, 24 - Bíblia Católica Online

PROVA IRREFUTÁVEL:  Não se apavorem. Se o prezado leitor está lendo esta matéria é sinal indiscutível que o mundo não acabou.

E devemos ter sempre em conta:

Confira também:

Segundo uma variedade de artigos e vídeos, em 23 de setembro, um alinhamento planetário singular fará com que o Planeta X – cuja existência é apenas uma hipótese científica – colapse com a Terra. Isso, asseguram, tem relação direta com fragmentos do livro do Apocalipse.

Outra especulação sobre o fim do mundo nesta data, circulando majoritariamente na rede YouTube, é que o alinhamento das constelações de Virgem e Leão com Vênus, Marte e Mercúrio assim como a posição do sol e da lua no dia 23, dariam cumprimento à profecia de Ap 12,1. Neste versículo, São João fala sobre a mulher vestida de sol, coroada por 12 estrelas e com a lua sob os seus pés. Na interpretação destes vídeos diz-se que a constelação de Virgem, que estará à frente do sol e acima da lua, representaria a mulher do Apocalipse e que a conjunção de Leão e os 3 planetas citados formariam a coroa de 12 estrelas da visão de São João. Interpretação esta que é refutada em outros vídeos, que afirmam que devido à posição do sol atrás de Vênus a figura descrita dificilmente seria observada do solo terrestre. 

OBSERVAÇÃO: o alinhamento referido das constelações e planetas ocorreu em 23 setembro 2020 = publicamos este POST naquela data.

Da mesma forma, numerólogos aparecem em vídeos repletos de argumentos afirmando que esta data marcaria o fim dos tempos ou o arrebatamento. Caberia perguntar-se, portanto, se há algo de verdade nesses rumores.

“Muitíssimo cuidado com essas pessoas que colocam datas, são hereges e estão infundindo temor nas pessoas. Ninguém sabe o dia nem a hora”, assegurou Pe. Samuel Bonilla – conhecido nas redes sociais como “Padre Sam” – em um vídeo recente.

Tomando como fonte o capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, Padre Sam recorda que os discípulos perguntaram a Jesus quando será destruído o templo de Jerusalém, quais os sinais de sua segunda vinda e quando será o fim do mundo. Jesus começa fazendo duas advertências: não se deixem enganar pelos falsos profetas e, segundo, haverá sinais naturais, mas esses não são o fim do mundo. E depois começa a responder uma a uma as perguntas que os discípulos formularam”.

Sobre a destruição de Jerusalém, recordou que isso aconteceu no ano 70, com o imperador romano Tito.

A respeito da segundo vinda de Cristo, o sacerdote explicou que “Jesus diz: o primeiro sinal será que o Evangelho tenha sido proclamado a todo o mundo. O segundo sinal será depois de certos fenômenos naturais chegará o sinal celestial do Filho do Homem. O terceiro sinal será a conversão do povo judeu”.

Diante da terceira pergunta sobre quando será o fim do mundo, duas respostas: a segunda carta aos Tessalonicenses diz (que) quando chegar a apostasia e o anticristo. E Mateus 24,35 diz cuidado, não se alarmem, ninguém sabe nem o dia nem a hora”.

Além disso, Padre Sam incentivou a não se preocupar tanto pelo fim do mundo, mas por viver segundo o ensinamento de Cristo a cada dia. “Não fiquemos nos perguntando quando será a segunda vinda ou quando é o fim do mundo, mas esforcemo-nos para estarmos preparados”, incentivou.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/o-fim-do-mundo-sera-em-23-de-setembro-sacerdote-catolico-responde-29883/

Transcrito do site Editora Cléofas - Prof. Felipe Aquino


Santo do Dia - 23 de setembro

 São Lino

Papa (século I)
Lino foi o primeiro sucessor de Pedro na sede de Roma, o segundo papa da Igreja e o primeiro papa italiano. Ele era filho de Herculano, originário da Toscana. Os dados anteriores de sua vida são ignorados. Lino ainda não era cristão quando foi para Roma, que, então, era o centro da administração do Império e também dos estudos. Foi quando conheceu os apóstolos Pedro e Paulo, que o converteram ao cristianismo, tornando-se um dos primeiros discípulos.

O próprio Paulo citou-o na segunda carta que enviou de Roma a Timóteo: "Saúdam-te Eubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos..." Lino, sem dúvida, desfrutava de grande confiança e respeitabilidade, tanto por parte de Pedro como de Paulo. Os tempos em que Lino viveu, juntamente com os apóstolos, foram terríveis para toda a comunidade cristã. O imperador era Nero, que incendiou Roma no ano 64 e declarou que todos os cristãos eram inimigos do Império. As perseguições tiveram início e duraram séculos, com sangrentas matanças e martírios. A mando do imperador, o apóstolo Pedro foi preso, martirizado e morto.

Lino foi papa da Igreja em Roma por nove anos, governou entre 67 e 76. E  fez parte do clero romano, porque o próprio apóstolo Pedro o indicou para a sua sucessão, por causa da sua santidade e pela capacidade de administrador. A história da Igreja diz que o papa Lino sagrou 15 bispos e os enviou, como pregadores do Evangelho, para diversas cidades da Itália, ordenou 18 sacerdotes para os serviços de novas comunidades de cristãos que surgiam em Roma e governou a Igreja num período de sucessivos sobressaltos e tragédias políticas que marcaram os imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.

O papa Lino também sentiu a dolorosa repercussão da destruição completa de Jerusalém no ano 70, durante a chamada "guerra judaica". Ele, durante os anos de governo, foi muito requisitado a reanimar e a orientar os cristãos na verdadeira fé para manter a Igreja unida. Foi o papa que elaborou as primeiras normas de disciplina eclesiástica e litúrgica, e planejou a divisão de Roma em setores ou paróquias.

O papa Lino também foi martirizado em Roma, no ano 77, e sepultado ao lado do túmulo de são Pedro, no Vaticano. Sua memória é comemorada no dia 23 de setembro.


São Lino, rogai por nós! 



 São Pio de Pietrelcina

 
 Recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”


São Pio de Pietrelcina, alívio para os sofrimentos de seus fiéis


São Pio de Pietrelcina buscava por meio do sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis


Religioso franciscano (1887-1968)


Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.

Aos 12 anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. Aos 16, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotundo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a Eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis, que dela participavam, sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de muitas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento", em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de 50 anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar, todos iam buscar seu conforto e o ombro amigo, que ele nunca negava, bem como o apoio e  amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas. Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente  dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. Encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. Em 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo, no dia 23 de setembro, a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo em 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.

 Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.

Oração:

Ó Deus, que em São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, tens doado insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de teu Filho, concede-me por sua intercessão a graça (dizer a graça) que ardentemente desejo e, sobretudo, dá-me mergulhar na morte de Jesus para alcançar também a glória da ressurreição. (Rezar três Glórias ao Pai)

 
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!


Santa Tecla

Virgem mártir (século II)

Não se sabe exatamente se foi em Isaúria ou na Licaônia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que trata-se de uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos.

Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exato momento, resolveu não mais casar-se. Ela era, porém, prometida a um jovem de nome Tamiris.

Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, manteve-se firme na convicção de converter-se. Isso despertou a ira de seu noivo, que conseguiu a prisão e a tortura de são Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo.

Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi, algumas vezes, procurar Paulo no cárcere, para dar-lhe apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele a denunciou para o pró-cônsul, que a sentenciou à morte na fogueira. Mas a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram.

Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que, agora, seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez, o prodígio se realizou, e as feras deixaram-se acariciar por ela, cujas mãos lambiam mansamente. Pareciam mais com gatinhos do que com ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo, nada lhe aconteceu.

Conta uma da mais antigas tradições cristãs que Tecla morreu aos 90 anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie, na Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde, depois, os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória.

Santa Tecla é invocada pelos fiéis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente sua festa é realizada.


Santa Teclarogai por nós!

 

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Santo do Dia - 22 de setembro

São Maurício e companheiros


Mártires (séculos III e IV)

Faziam parte da tropa dos valentes guerreiros e mártires do Senhor, que estiveram envolvidos no massacre da Legião Tebana

Diocleciano, assim que foi aclamado imperador, no ano 284, imediatamente nomeou Maximiano Hercúleo governador do Ocidente, com a incumbência de entrar em combate contra os gauleses, agora chamados franceses, os quais já haviam dado início à luta armada para vingarem-se da morte de Carino, filho do até então imperador, que fora assassinado pelo sanguinário Diocleciano por ocasião da sua tomada do poder.

No alto Egito, foi recrutado um batalhão de soldados cristãos, conhecidos como "a legião de soldados cristãos da Tebaida", chefiados pelo comandante Maurício. Apesar do ódio que Maximiano nutria pelos cristãos, a incorporação de tais soldados em seu exército não era nenhum acontecimento especial ou extraordinário, uma vez que o próprio imperador Diocleciano, na época, era simpatizante confesso deles. Até mesmo confiava-lhes cargos administrativos importantíssimos no Império. Nesse período, ele ainda não via ou citava os cristãos como uma ameaça ao Império Romano.

Depois de muitas batalhas, durante um período de descanso de três dias em Octodorum, por ordem do imperador, haveria três dias de comemorações e grandes festas religiosas, nas quais os deuses pagãos seriam homenageados pela vitória conseguida sobre o inimigo. É claro que os soldados cristãos da legião tebaica recusaram-se a participar de tal  festa.

Então, decidiram levantar acampamento e seguiram para Agaunum, uma aldeia a cinco quilômetros de distância da cidade. Esse ato irritou o governador Maximiano, que ordenou o retorno imediato do batalhão cristão, para que se aliassem ao restante do exército, nas solenidades aos deuses.

Comandados por Maurício e com o apoio, principalmente, de Exupério, Cândido, Vitor, Inocêncio e Vital, todos os soldados da tropa de Tebaida recusaram-se, novamente, a participar dos festejos. A irritação de Maximiano aumentou ainda mais, e a tal ponto, que imediatamente deu ordem a seu exército para marchar contra eles.

Maurício e seus companheiros foram, então, massacrados pelos soldados pagãos. O campo ficou forrado de sangue e cadáveres. Naquele lugar e naquela época, foi erguida uma igreja em honra e culto a esses santos mártires do cristianismo, encontrada somente por volta do ano 1893. A maioria das relíquias dos corpos dos soldados cristãos da legião tebaica, atualmente, é venerada no Convento de São Mauricio de Agaunum, na região do Valese, atual Suíça. Especialmente no dia 22 de setembro, determinado pelo calendário oficial da Igreja de Roma.


São Maurício e companheiros, rogai por nós!

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

O Evangelho de São Mateus e o fim do mundo

 O Evangelho de São Mateus e o fim do mundo

Jesus sentado perante o templo de Jerusalém fala a seus discípulos da total destruição deste (24,1-2). 

Sobre esta destruição a maioria dos exegetas estão de acordo em que Jesus se referia historicamente à destruição de Jerusalém ocorrida no ano 70 d.C. Mas, esta destruição é figura profética da consumação dos tempos.

Perante este anúncio, os discípulos perguntam: quando sucederá?
«Diz-nos quando sucederá isso, e qual será o sinal de Tua vinda e do fim do mundo» (24,3ao qual Jesus responde: «Olhem, que não os enganem ninguém. Porque virão muitos usurpando meu nome e dizendo: “eu sou o Cristo”, e enganarão a muitos. Ouvirão também falar de guerras e rumores de guerras. Cuidado, não se alarmem! Porque isso é necessário que suceda, mas não é todavia o fim» (24,4-6).


Como vemos nestes primeiros versículos Jesus não responde diretamente ao “quando”, mas previne os discípulos de serem enganados, pois haverá muitas falsas profecias e muitos falsos profetas. Por outro lado, se bem que sucederão muitas guerras e catástrofes naturais, Jesus é claro que isto não é o sinal do fim.
«Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá em diversos lugares fome e terremotos. Tudo isto será o começo das dores. Então vos entregarão à tortura e os matarão, e serão odiados de todas as nações por causa do meu nome. Muitos se escandalizarão então e se atraiçoarão e se odiarão mutuamente. Surgirão muitos falsos profetas, que enganarão a muitos. E ao crescer cada vez mais a iniquidade, a caridade da maioria se esfriará. Mas o que perseverar até ao fim, esse se salvará. Se proclamará esta Boa Nova do Reino no mundo inteiro, para dar testemunho a todas as nações. E então virá o fim» (24,7-14).

Jesus continua profetizando os elementos que haverão de ocorrer antes que venha o final. Elemento que, como vemos, hão sucedido desde a morte do Senhor até nossos dias (recordemos a grande erupção do Vesúvio em 79 d.C.). Como sabemos, ainda hoje, a 2000 anos de distância, o Cristianismo é a terceira religião do mundo e em alguns lugares do Planeta nem sequer se há ouvido mencionar o nome de Jesus, de maneira que se fazemos caso à Escritura o final é ainda uma esperança.
«Quando verem, pois, a abominação da desolação, anunciada pelo profeta Daniel, erigida no Lugar Santo (o que leia, que entenda), então, os que estejam na Judeia, fujam aos montes; o que esteja no terraço, não baixe a recolher as coisas de sua casa; e o que esteja no campo, não regresse para querer seu manto. Ai das que estejam grávidas ou criando naqueles dias! Orai para que vossa fuga não suceda no inverno nem em dia de sábado. Porque haverá então uma grande tribulação, a qual não houve desde o princípio do mundo até o presente nem voltará a haver. E se aqueles dias não se abreviassem, não se salvaria ninguém; mas em atenção aos eleitos se abreviarão aqueles dias» (Mt 24,15-22).

Leia também: 21/09 – São Mateus
O fim do mundo será em 23 de setembro? Sacerdote católico responde
Quando foi escrito o Evangelho segundo Mateus?
Os Evangelhos são verdadeiros?

O texto continua com o que a maioria dos exegetas consideram uma descrição que Jesus fazia, usando termos e figuras do AT (é clara a imagem da mulher de Lot que se converteu em sal, etc.), falava diretamente da destruição física de Jerusalém. A Abominação, parece estar referindo à estátua do César que queriam pôr dentro do templo, mas cujo intento fracassou pela resistência do povo mas que de alguma maneira foi a gota de água que derramou o vaso e que fez a grande rebelião dos judeus contra os romanos e que terminaria com a destruição do templo e a deportação de todos os judeus. Em sua mensagem teológica Jesus nos deixa saber que no meio de qualquer tribulação sofrida por Seu nome, Deus nos ama e não nos abandonará.

«Então, se algum lhes disser: “olhem, o Cristo está aqui ou ali”, não acreditem. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes sinais e prodígios, capazes de enganar, se fosse possível, os  mesmos eleitos. Olhem que Eu os avisei! Assim se alguém vos disser: “Está no deserto”, não saiam; “Está nos aposentos”, não acreditem. Porque como o relâmpago sai por oriente e brilha até ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem» (Mt 24,23-27).

Outra vez Jesus previne a seus discípulos sobre os falsos profetas e aqueles que se farão passar por sua pessoa. Sobre este fato, já S. João, desde sua primeira carta, dá testemunho da realização desta profecia (ver 1João 2,18) e desde então, como veremos mais diante, hão aparecido muitos falsos profetas que – o único que fizeram – foi atemorizar o povo de Deus com falsas predições, e falsas doutrinas.
«Onde esteja o cadáver, ali se juntarão os abutres» (Mt 24,28).

Esta frase um pouco enigmática, há sido aceitado por muitos estudiosos como um sinal de que a vinda será tão evidente que todos se darão conta. Quer dizer, não é nem será nada que esteja escondido, mas evidente. Em seguida, inicia o que se conhece como o “Pequeno Apocalipse de Mateus” onde propõe, como o fizeram todos os apocalípticos, os sinais cósmicos que precederão à chegada do final dos tempos.
«Imediatamente depois da tribulação daqueles dias, o sol se escurecerá, a lua não dará seu resplendor, as estrelas cairão do céu, e as forças dos céus serão sacudidas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e então golpearão o peito todas as raças da terra e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória. Ele enviará a seus anjos com sonora trombeta, e reunirão dos quatro ventos a seus eleitos, desde um extremo dos céus até ao outro. Da figueira aprendam esta parábola: quando já seus ramos estão tenros e brotam as folhas, sabeis que o verão está perto. Assim também vós, quando verem tudo isto, saibam que Ele está perto, às portas» (Mt 24, 29-33).

Recordando: sobre a apocalíptica e seus sinais, devemos pensar que todos estes prodígios cósmicos, se bem que, não se pode negar que possam ser referidos a situações físicas e cósmicas que se produzirão previamente à nova vinda de Cristo, devemos supor, dado que a linguagem apocalíptica fala por meio de “sinais”, que o que Jesus queria deixar claro em seus discípulos é que seu regresso seria precedido de sinais tão evidentes e portentosos que não poderiam escapar à vista de ninguém.

Como suporte a isto devemos tomar em conta a visão cósmica que tinha as pessoas do tempo de Jesus os quais criam que a terra era plana e o centro do universo. Não tinham nem a menor ideia de que a caída de uma estrela sobre a terra é impossível, já que a mais pequena que nos rodeia é infinitamente maior que nosso sol, pelo que é pouco possível que Jesus se referia a fenômenos estelares de caráter físico, mas, mais simbólico. É de notar também que não finaliza seu discurso dizendo que o final do mundo está perto, mas, que Ele está perto. Isto é, que a salvação definitiva está à porta… que não há motivo para assustar-se ou viver com temor. Tudo o que anteceda será o sinal de que a salvação definitiva está chegando… notícia para todo o crente de grande gozo, pelo que longe de afastar esta ideia da vinda de Jesus gritavam, como nós o fazemos em nossas eucaristias “Vem Senhor Jesus!” (Ap 22,20), palavra com as quais se fecha o livro do Apocalipse.
«Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que tudo isto suceda. O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão. Mas daquele dia e hora, ninguém sabe nada, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas só o Pai» (Mt 24,34-35).

«Como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. 

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento?

Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: “Meu senhor tarda em vir”, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.»

Dado que ninguém sabe nem o dia nem a hora, Jesus termina seu discurso convidando a seus discípulos a permanecer fiéis e a estar sempre preparados, pois sua segunda vinda será de surpresa.

Podemos concluir que à pergunta feita por seus discípulos sobre quando será o fim do mundo e quais seriam os sinais para reconhecer que o final está perto, Jesus conclui dizendo: Quanto ao dia e a hora: ninguém o sabe; e pelo que toca aos sinais que o precederão, o sinal fundamental é que não haverá sinais, será ao improviso, pelo que há que viver sempre preparados.

Fonte: Lista “Reflexões”

 

Santo do Dia - 21 de setembro

 São Mateus

São Mateus deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era  feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rentável negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Mateus, o cobrador de impostos

São Mateus é identificado com o apelido de “publicano”, termo carregado de consequências negativas e socialmente relevantes. O desprezo pelos cobradores de impostos, no tempo de Jesus, estava muito enraizado: eram cobradores de impostos, e não se odeia alguém só porque trabalha no que hoje chamamos de finanças. Mas os judeus, na época, não pagavam impostos ao seu estado soberano e livre, mas aos ocupantes romanos; na prática, tratava-se de financiar aqueles que os oprimiam. E consideravam o cobrador de impostos um colaborador detestável. São Mateus faz esse trabalho em Cafarnaum da Galileia. Com seu banco ali, ao ar livre. Jesus o vê pouco depois de curar um paralítico. Ele o chama. Ele se levanta de repente, deixa tudo e o segue. A partir desse momento os impostos, as finanças, os romanos deixam de existir. Deixa tudo por aquela palavra de Jesus: “Siga-me”.

Autor do Primeiro Evangelho

São Mateus é autor do primeiro Evangelho, escrito não em grego, mas em aramaico. Os destinatários do Evangelho de Mateus são os cristãos de origem judaica: no texto, ele coloca em realce o fato de que Jesus é o Messias, que cumpre as promessas do Antigo Testamento.


Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa  forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na  verdade, o que se imagina é que Levi, havia algum tempo, cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo, e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém, foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram, para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde, mais uma vez, foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém, o príncipe herdeiro morreu, e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina, fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo. 

Padroeiro

São Mateus é considerado o santo padroeiro dos banqueiros, bancárias, alfandegários, da Guardia di Finanza (na Itália), cambistas, contadores, consultores tributários, contabilista e cobradores de dívidas. O documento papal, atestando o patrocínio reconhecido, é datado de 10 de abril de 1934 e é assinado pelo Cardeal Eugenio Pacelli, futuro Papa Pio XII. O Papa que acolheu o pedido do Comandante Geral e apoiado pelo Ordinário Militar da época foi Pio XI. O “Pontifício Breve”, ao declarar São Mateus Patrono da Guardia di Finanza, espera que todos os membros do Corpo possam, seguindo o seu exemplo, unir o fiel exercício do dever para com o Estado com o fiel seguimento de Cristo.

Minha oração

“Tu que conhecestes Jesus de modo tão profundo, e a partir disso soube relatar seus mistérios. Que o sentido da nossa vida seja conhecer o Cristo e testemunhá-lo, assim como tu fizeste. Que sejamos fiéis seguidores e adoradores do Senhor. Amém!”

São Mateus, rogai por nós!