Santa Dulce dos Pobres

 
Ao tornar-se religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da 
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, passou a ser chamada de Irmã Dulce, 
em homenagem a sua mãe. Irmã Dulce era popularmente conhecida como o 
“Anjo bom da Bahia”.
Determinada e com uma fé inabalável, consagrou sua vida a Deus servindo 
aos mais necessitados. Irmã Dulce andava pelas ruas do centro de 
Salvador em busca de doações para aqueles que não tinham dignidade e 
direitos reconhecidos. No ano de 1949, Irmã Dulce improvisou, no 
galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes  que eram 
resgatados por ela nas ruas de Salvador.
No ano de 1959, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo
 Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital 
Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.
Sofrendo com problemas respiratórios, Irmã Dulce foi internada no dia 11
 de novembro de 1990. Deixando-nos grandes lições de vida como a 
humildade, a caridade, o serviço, a solidariedade e a partilha, motivada
 pela fé em Cristo e animada por uma vida intensa de oração, faleceu no 
dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio.
Sua beatificação foi realizada no dia 22 de maio de 2011. A celebração 
reuniu mais de 70 mil fiéis para a coroação da primeira beata nascida na
 Bahia. A freira passou a se chamar “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”, 
tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa 
litúrgica.
No dia 13 de outubro de 2019, em uma cerimônia presidida pelo Papa 
Francisco, no Vaticano, Irmã Dulce foi proclamada “Santa Dulce dos 
Pobres”, tornando-se a primeira santa brasileira.
Minha oração
“Ó mãe dos pobres, cuidai do povo 
brasileiro e olhai com mais atenção aos excluídos, assim como fizestes 
em toda a tua vida. Do mesmo modo, ensina-nos a viver sem indiferença 
para estes pequeninos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém! “
Santa Dulce dos Pobres, rogai por nós!
                                         São João Crisóstomo
 João
 Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem 
que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse 
discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito 
valiosa para a pregação do cristianismo.
João
 nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de 
família muito rica, considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai 
era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou 
sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, 
providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu 
tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua 
formação.
O
 menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande 
inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por 
insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela 
sabedoria, prudência e pela oratória eloquente, foi viver na companhia 
de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado 
numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, 
considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.
Sua
 cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio
 I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. 
Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros 
do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só 
encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles 
de Crisóstomo, isto é, "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à
 população a notícia do perdão imperial.
Alguns
 anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo 
de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla  era a
 grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da 
economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto,  
para João, era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com 
os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a 
ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, 
abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como 
consequência, a perseguição.
Arrumou
 inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela 
imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi 
condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão 
intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu
 cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. 
Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 
14 de setembro de 407.
Sua
 honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz 
entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua 
memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a 
Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais 
tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no 
Vaticano. Dos seus numerosos escritos, destaca-se o pequeno livro "Sobre
 o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João 
Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de 
setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo 
para os oradores clérigos. 
São João Crisóstomo, rogai por nós!
São Maurílio de Angers

 
 Maurílio
 nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na 
juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo
 mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.
Naquela época, a 
região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam
 vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um 
fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos 
ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua 
ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos 
campos mais distantes das cidades.
Então, Maurílio entregou-se, 
de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e 
doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região
 uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua 
localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e 
iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.
Foi assim que 
Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A
 voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios 
ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que 
foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.
O que 
fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua 
demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento. 
Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde 
se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou 
continuar seu episcopado.
O bispo Maurílio morreu em Angers, na 
França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que 
recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova 
urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em 
1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e 
encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são 
Maurílio é o padroeiro, sendo  celebrado no dia de sua morte.
São Maurílio de Angers, rogai por nós!
 
  Santos Ponciano e Hipólito 
 Tiveram caminhos que se chocaram durante a vida, no entanto, Ponciano e Hipólito se reconciliaram quando enfrentaram o exílio
Ponciano foi o zeloso Papa da Igreja de Cristo, eleito em 230, enquanto Hipólito, um fecundo escritor e orador.
Aconteceu
 que, naquele tempo, rompeu um cisma na Igreja, onde Hipólito defendia 
um tal rigorismo que os adúlteros, fornicadores e apóstatas não 
mereceriam perdão, mesmo diante de arrependimento. Ponciano, o Papa da 
Misericórdia, não concordava com este duro princípio e nem outras 
reflexíveis cheias de boa fé, porém que não revelavam o coração do Pai, o
 qual escolheu a Igreja como instrumento deste amor que perdoa e salva.
Ponciano,
 que confirmava a fé nos cristãos, diante do clima de perseguição criado
 pelo imperador Maximiano, foi denunciado e, por isso, preferiu 
prudentemente renunciar ao serviço de Papa, visando o bem da Igreja e 
acolheu o exílio. Na ilha da Sardenha encontrou exilado também o 
sacerdote Hipólito e, em meio aos trabalhos forçados, se reconciliaram, 
sendo que Hipólito renunciou aos seus erros, antes de colherem em 235 o 
“passaporte” do Céu, ou seja o martírio.
Santos Ponciano e Hipólito, rogai por nós!