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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Santo do Dia - 27 de setembro

São Vicente de Paulo 

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração

 
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).


Vicente de Paulo foi, realmente, uma figura extraordinária para a humanidade. Pertencia a uma família pobre, de cristãos dignos e fervorosos. Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581.

Na infância, foi um simples guardador de porcos, o que não o impediu de ter uma brilhante ascensão na alta Corte da sociedade de sua época. Aos 19 anos, foi ordenado padre e, antes de ser capelão da rainha Margarida de Valois, ficou preso durante dois anos nas mãos dos muçulmanos. O mais curioso é que acabou sendo libertado por seu próprio "dono", que, ao  longo desse período, Vicente conseguiu converter ao cristianismo.

Seu pai se chamava João de Paulo, e sua mãe Bertranda de Moras. Tinham uma pequena propriedade de que tiravam a subsistência para a família, composta de seis filhos. Vicente que era o terceiro filho, trabalhava no campo com o pastoreio dos rebanhos.

Ele se entregou sem reserva ao sacerdócio. Por meio de suas obras, como a Congregação da Missão, a Companhia das Filhas da Caridade, as Conferências de São Vicente de Paulo e a todas as obras de inspiração vicentina podemos ver o quanto a Igreja valoriza o grande trabalho apostólico e caritativo desse gigante da fé, onde ardia a chama da caridade evangélica (cf. Lc 12,49).

Depois de ordenado sacerdote, passou por uma escravidão em Túnis, e acabou sendo vendido a um senhor que o libertou; em seguida, foi para Paris. Tornou-se capelão da rainha Margarida, aproximando-se da miséria humana, que era grande em Paris. De modo especial, trabalhou no novo Hospital da Caridade.

Nesta época, o Cardeal de Bérulle, fundador do Oratório na França, enviou-o como pároco a Clichy-la-Garenne, na periferia de Paris. Como educador dos filhos do General das Galeras, em seus castelos e propriedades do interior, ele pôde ver a grande miséria material e espiritual do povo do campo. Isso mudou a sua vida. Pediu ao Cardeal Bérulle e se tornou pároco da pobre Châtillon-des-Dombes. Ali, ele começou sua grande obra de caridade, fazendo a “organização da caridade”. O serviço dos pobres era sua vida, nos primeiros vinte anos de sacerdócio, sempre guiado pelos acontecimentos e pela Providência Divina.

O resto do seu tempo era repartido entre o confessionário, o catecismo, a oração e o estudo. Para ampliar o trabalho pelos pobres, São Vicente começou a reunir os sacerdotes que desejassem viver, sob a orientação dos bispos, à salvação do pobre povo do campo, por meio da pregação, da catequese e das confissões gerais sem retribuição nenhuma.

Os seguidores de São Vicente se multiplicaram a ponto de o pobre “Asilo dos Bons Meninos” não poder mais os abrigar. Pela Providência Divina, Adriano Bom, Prior de São Lázaro, ofereceu ao santo a casa e as terras do seu priorado, conhecido pelo nome de São Lázaro, antigo hospital de leprosos e vasta construção onde permaneceram até o fim do século XVIII. Daqui, vem o costume de se chamarem “Lazaristas” os padres congregados de São Vicente. Assim surgiu, em 1632, o “Priorado de São Lázaro”, os “lazaristas”, que cresceu rapidamente, implantando-se em cerca de quinze dioceses para missões paroquiais e fundação de “Caridades”.

São Vicente exigia de seus companheiros “o espírito de Nosso Senhor”, com as cinco virtudes fundamentais: simplicidade, mansidão em relação ao próximo, humildade, mortificação e zelo. Aos que partiam para pregar o Evangelho, ele dizia: “trata-se não de se fazer amar, e sim de fazer amar Jesus Cristo”. A criada Congregação da Missão chegou até a Itália, Irlanda, Polônia, Argélia e Madagascar.

São Vicente soube dar dinamismo às numerosas “Caridades”, dando-lhes uma estrutura de unidade e eficiência. Santa Luísa de Marillac, viúva de António Le Gras, iniciada à vida espiritual por São Francisco de Sales,  sob a sua orientação, muito ajudou neste trabalho. Com ela, a 29 de novembro de 1633, nascia a “Companhia das Filhas da Caridade”, recebendo de São Vicente um regulamento original e exigente: “Tereis por mosteiros a sala dos doentes. Por cela, um quarto de aluguel; como capela, a igreja paroquial; como claustro, as ruas da cidade; como clausura, a obediência; como grade, o temor de Deus; como véu, a santa modéstia.” “Deveis fazer o que o Filho de Deus fez na Terra; a estes pobres doentes, deveis dar a vida do corpo e a vida da alma”.

São Vicente não jogava os ricos contra os pobres, ao contrário, aproximava o rico do pobre, queria trazê-los a uma estima e amizade recíprocas, mostrando que o pobre e o rico têm igual necessidade um do outro. Para isso, criou a “Confraria de Caridade” para aproximar os pobres dos ricos. Com a ajuda de senhoras piedosas, angariava e dava os socorros aos pobres doentes da localidade.

São Vicente criou muitas obras: a Capelania da Corte, para o magistério dos pobres; a Fundação das Senhoras de Caridade, para os  hospitais, asilos para os velhos e refúgios para as mulheres decaídas. Trabalhou na reforma do clero, promoveu retiros eclesiásticos, fundação dos seminários, missões aos camponeses, cuidou dos leprosos, dos loucos, dos refugiados de guerra, dos mendigos, dos condenados etc.

Ele dizia que “quanto mais humilde for alguém tanto mais caridoso será para com o próximo”. “Se nos livrarmos do amor próprio um quarto de hora antes de morrer, podemos dar graças a Deus”. “O demônio não sabe se defender diante da humildade, porque ele é soberbo”.

São Vicente sofreu de muitas enfermidades, mas nunca reclamava. Na segunda-feira, 27 de setembro de 1660, às 4h30 da manhã, Deus o chamou a si no momento em que seus filhos espirituais, reunidos na igreja, começavam a oração. Morreu aos 84 anos de idade e 60 de sacerdócio. Sua canonização aconteceu em 16 de junho de 1737, pelo papa Clemente XII, e, em 12 de maio de 1885, foi declarado Patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.

Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado, no dia de sua morte, pelos seus filhos e filhas espalhados nos quatro cantos do mundo. É celebrado também por toda a sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça pela ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados. 

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

Oração:

“São Vicente, que tanto vos compadecestes dos pobres, eu vos peço, olhai para mim! Sou pobre. Estou passando necessidades. O dinheiro é curto e nunca chega para comprar tudo o que necessito. São Vicente! Sou pobre, mas tenho fé! Há gente mais pobre do que eu: são aqueles que não têm fé; porque esses têm a alma vazia. São Vicente, conservai minha riqueza, que é a fé; mas eu vos peço, aliviai também a minha pobreza

Ajudai-me a adquirir ao menos o necessário para me alimentar bem, para me vestir honestamente, comprar os remédios que preciso, as forças necessárias para fazer bem os meus trabalhos, cumprir as minhas obrigações e, assim, poder ser útil à minha família e a todos os que precisarem de minha ajuda. Assim seja.

 

 

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Santo do Dia - 26 de setembro

 São Cosme e São Damião



Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma



Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

No tribunal, exigiram que Cosme e Damião renunciassem à fé em Cristo e falassem a seus pacientes sobre os deuses romanos. Recusando a ordem e não renunciando ao Evangelho de Cristo, foram severamente torturados.  

O suplício dos dois irmãos, narrado pela Lenda Áurea, conta que primeiro foram jogados no fogo, de onde saíram ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltaram contra os atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes. Por fim, foram decapitados. O ano do acontecimento era 303. 

São Cosme e São Damião foram sepultados por pacientes que eles mesmos haviam curado. Anos depois, seus restos mortais foram transladados para uma igreja dedicada a eles, construída a pedido do Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. 

Os mártires são venerados em toda a Igreja por testemunharem e não renegarem a fé em Jesus Cristo.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os  deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. 

Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.

Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre:

“Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder! Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar”.
 
Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam:  
“Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!”
 

Minha oração

“Reconhecidos como grandes médicos, curai as doenças da nossa alma, assim como as mazelas do nosso corpo. Pedimos aos irmãos a graça da fraternidade familiar, da paz e amizade entre os irmãos. Amém!”

 

Oração:

“São Cosme e Damião que, por amor a Deus e ao próximo, vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes. Abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que vossa proteção, São Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero. Senhor nosso Deus, que dissipais as trevas da ignorância com a luz de Cristo, vossa Palavra, fortalecei a fé em nossos corações, para que nenhuma tentação apague a chama acesa por vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém


São Cosme e São Damião, rogai por nós!

 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Santo do Dia - 25 de setembro

 Santo Alberto de Jerusalém


Bispo (1150-1214)

Alberto nasceu no ano 1150 em Parma, na Itália, no seio da rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cônegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função.

Porém essa não era a opinião do papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom  ministério que ficou na função por 20 anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barbaroxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente.

Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205 Alberto foi nomeado Patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do papa Inocêncio III. O argumento usado pelo Papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter, entre os católicos, alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.

Alberto não fugiu da responsabilidade, mas como Jerusalém estava sob domínio dos árabes sarracenos, foi para lá em 1206, fixando residência na cidade de Acra. Foi necessário pouco tempo para que ele reconduzisse as ovelhas desgarradas ao rebanho, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos.

Ele foi o Patriarca da Palestina durante oito anos. E durante esse período reuniu todos os eremitas de Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as Regras para a comunidade. Morreu assassinado pelo professor e prior do Hospital do Espírito Santo, ao qual ele havia primeiro advertido e depois afastado, por suas atrocidades. Quando Alberto conduzia uma procissão, o malfeitor investiu contra ele com um punhal, matando-o na frente de todos os fiéis. Era o dia 14 de setembro de 1214.

Na última mudança no calendário litúrgico feita pela Igreja, o dia 25 de setembro foi escolhido para a celebração do mártir santo Alberto, Patriarca de Jerusalém.


Santo Alberto de Jerusalém, rogai por nós!

  

Santa Aurélia e Santa Neomísia
Peregrinas (século XIV)

Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente e era muito unida à sua irmã Neomisia. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para fazer-lhes caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, mantendo-se muito piedosas e fervorosas cristãs. Aurélia sempre dizia à irmã que, ao atingirem a idade suficiente, iriam visitar todos os lugares sagrados da Palestina, em uma longa peregrinação.

De fato, Aurélia e Neomísia foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por ele até o monte Calvário, onde foi crucificado e morreu para salvar-nos. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma. Assim, visitaria o célebre santuário da cristandade do Ocidente, sempre acompanhada pela irmã.

Elas não sabiam que os sarracenos muçulmanos estavam invadindo várias regiões italianas e que, avançando, já tinham atacado e devastado a Calábria e a Lucânia. Quando chegaram a Roma, as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de invasores, que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e chicoteadas até quase à morte. Mas um fortíssimo temporal dispersou os perseguidores, que abandonaram o local. Por isso as duas foram libertadas e puderam seguir com sua viagem.

Mas, estando muito feridas, resolveram estabelecer-se na pequena Macerata, situada aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anagni.  Lá, elas retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes. Aurélia também tinha os dons da cura e da profecia. Assim, a fama de santidade das duas irmãs cristãs difundiu-se entre a população. Diz a tradição que Aurélia salvou os fiéis da paróquia daquela diocese. Foi num domingo de chuva, ela correu para avisar o padre que parasse a missa, pois iria cair um raio sobre a igreja. O padre, inspirado pelo Espírito Santo, ouviu seu conselho, e os fiéis já estavam a salvo quando o incidente aconteceu.

Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia, 25 de setembro, de um ano não registrado. Os seus corpos foram sepultados na igreja de Macerata. Mais tarde, o bispo daquela diocese, aproveitando a visita do papa Leão IX à cidade, preparou uma cerimônia solene para trasladar as relíquias das duas irmãs para a catedral de Anagni. Outra festa foi preparada quando a reconstrução da catedral terminou. Então, as relíquias de Aurélia e Neomísia foram colocadas na cripta de são Magno, logo abaixo do altar dedicado a ele.

O culto a santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana. Ao longo dos séculos, Aurélia deu nome a gerações inteiras de cristãs, que passaram a festejar a santa de seu onomástico como protetora pessoal. De modo que a festa de santa Aurélia, no dia 25 de setembro, foi introduzida no calendário litúrgico da Igreja pela própria diocese de Anagni. O único texto que registrou esta tradição faz parte do Cod. Chigiano C.VIII. 235, escrito no início do século XIV. Somente em 1903, o culto obteve a confirmação canônica. Assim, as urnas contendo as relíquias das irmãs são expostas aos devotos e peregrinos durante a celebração litúrgica. Contudo, há um fato curioso que ocorre nesta tradição desde o seu início. É que a maioria dos devotos só lembra que é o dia da festa de santa Aurélia, e apenas a ela agradecem pela intercessão nas graças alcançadas.


Santa Aurélia e Santa Neomísia, rogai por nós!
  


São Cléofas ou Alfeu

Mártir (século I)

Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.

A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais um discípulo, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e o discípulo estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: "Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas..."

Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria, perceberam tratar-se de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.

Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande Doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.

Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.


São Cléofas ou Alfeu, rogai por nós!


São Firmino ou Firmin

São Firmino de Amiens, o bispo espanhol decapitado

Bispo (século III)

Firmino ou Firmin, como foi batizado, nasceu na Espanha, na cidade de Pamplona, na última metade do século III. Era filho de uma família rica, influente e bem firmada nos princípios do cristianismo. Mas foi na França que seu trabalho de evangelização destacou-se, de tal forma que foi considerado uma das figuras mais importantes da Igreja daquele tempo.

Sua pregação era muito apreciada pelos fiéis. Fez tanto sucesso pelo seu conhecimento das verdades da fé que foi eleito pelo povo seu novo bispo. Isso aconteceu quando o sacerdote Honesto, já muito velho e cansado, não podia mais orientar os fiéis. Firmino, então, recebeu o sacramento da ordem e a sagração episcopal, em Toulouse, dando início ao seu apostolado de evangelização, que pretendia acabar com as trevas do paganismo.

Por ser um exemplo de fé e virtude, Firmino conseguiu grande fama, e suas peregrinações foram incansáveis nas cidades francesas como Age e Auvergne, Angers, Beuvais e, finalmente, Amiens, onde conseguiu a conversão de milhares e milhares de pagãos, que aceitaram a doutrina do Senhor. Os casos mais incríveis foram de Arcádio e Rômulo, implacáveis perseguidores de Firmino, os quais, diante da santidade e firmeza na fé do bispo, por suas palavras e intercessões prodigiosas, acabaram tocados pela graça de Deus e converteram-se a Jesus Cristo.

Era uma época em que a perseguição contra os cristãos apresentava uma  fúria implacável e violência impiedosa. Por isso Firmino despertou a ira de seus opositores pagãos, como o governador romano Valério, que, desejando que o povo voltasse a cultuar os deuses pagãos, mas temendo uma revolta, pois tinham verdadeira veneração pelo bispo, mandou prendê-lo e decapitá-lo sem julgamento oficial.

O bispo Firmino morreu no ano 290. A ele foram concedidas as honras de "Apóstolo das Gálias", por seu trabalho como evangelizador. Seu zelo e sua dedicação pela evangelização na atual França fizeram-no merecedor do título que a Igreja lhe consagrou.


Padroeiro e representações artísticas 

Na Idade Média foi invocado como protetor dos tanoeiros, mercadores de vinho, padeiros e contra as doenças. Na arte figurativa as obras confundem-se em Amiens precisamente pelos dois bispos homónimos da mesma diocese, mas os de Firmino bispo e mártir são mais facilmente identificáveis ​​devido ao seu martírio, que o tornou mais famoso; de fato, tendo sido decapitado, em algumas obras ele é retratado com a cabeça na mão, ou olhando para a cabeça decepada no chão. Os ‘Atos’ que falam dele datam do século V ou VI, tendo motivos de decorações escultóricas na própria catedral de Amiens.

Seu corpo repousa na catedral francesa de Amiens. São Firmino é amplamente festejado pelo povo espanhol e francês, motivo pelo qual seu culto foi muito difundido no mundo cristão, que o comemora no dia de sua morte.

Minha oração

“ Pelo teu sangue, fizeste frutificar a fé do povo, intercedei por aqueles que lhe rogam e pelo povo no qual viveu o seu bispado. Que teu exemplo seja fortaleza e consolo para os europeus assim como para nós. Amém!”


São Firmino ou Firmin, rogai por nós!

São Sérgio

Tornou-se o grande evangelizador do século XIV, pois através de numerosos mosteiros irradiava a cultura e a verdadeira fé

“Contemplando a Santíssima Trindade, vencer a odiosa divisão deste mundo”.


Esta frase reflete a alma contemplativa do santo de hoje, São Sérgio, considerado o “São Bento” da Rússia cristã. Na antiga Rússia o Cristianismo penetrou por volta do século IX, sendo Vlademiro, o primeiro príncipe a se converter ao Cristianismo, isto em 1010.

A religião do Cristo esteve sempre na Rússia, ligada mais ao Oriente do que a Roma. Monge Sérgio, tornou-se o grande evangelizador do século XIV, pois através de numerosos mosteiros irradiava a cultura e a verdadeira fé.

Após deixar o declínio da vida monástica na Rússia, Sérgio experimentou, com seu irmão, a construção numa floresta virgem de uma capela dedicada à Santíssima Trindade, devoção desconhecida naquele povo.

O irmão não aguentou, mas com firmeza e santidade, o santo de hoje atraiu a muitos até que edificaram um mosteiro em louvor a Santíssima Trindade. Ordenado sacerdote para o melhor exercício da vocação de formar os monges na fundamental regra da oração e do trabalho, viveu São Sérgio: os “filhos”, a pobreza, a mansidão e total confiança na Divina Providência.

São Sérgio escreveu tanto que é considerado o grande educador nacional do povo russo. 

Faleceu com quase 80 anos de idade em 25 de setembro de 1392 no mosteiro da Santíssima Trindade.

São Sérgio, rogai por nós!


domingo, 24 de setembro de 2023

Evangelho do Dia

 Evangelho  Cotidiano

 25º Domingo do Tempo Comum

 Anúncio do Evangelho (Mt 20,1-16a)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

  Vinde abrir o nosso coração, Senhor; ó Senhor, abri o nosso coração, e, então, do vosso filho a palavra, poderemos acolher com muito amor! (cf. At 16,14b)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:1“O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa.

6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.

8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’

9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata.

11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.

13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

MEDITANDO O EVANGELHO

«Ou estás com inveja porque estou sendo bom?»

Hoje o evangelista continua fazendo a descrição do Reino de Deus conforme ao que Jesus ensina, tal como tem sido proclamado durante estes domingos de verão nas nossas assembleias eucarísticas.

No fundo o relato de hoje, a vinha, imagem profética do povo de Israel no Antigo Testamento, e agora o novo povo de Deus que nasce do lado aberto do Senhor na cruz. A questão: a filiação a este povo, que vem dada por uma chamada pessoal feita a cada um: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi» (Jo 15,16), e pela vontade do Pai do céu, de fazer extensiva esta chamada a todos os homens, movido por sua vontade generosa de salvação.

Ressalta, nesta parábola a protesta dos trabalhadores da primeira hora. É a imagem paralela do irmão grande da parábola do filho pródigo. Os que vivem o seu trabalho pelo Reino de Deus (o trabalho na vinha) como uma carga pesada «suportamos o peso do dia e o calor ardente» (Mt 20,12) e não como um privilégio que Deus lhes dispensa; não trabalham desde a alegria filial, senão com o mal humor dos serventes.

Para eles a fé é coisa que ata e escraviza e, caladamente, têm inveja dos que “vivem a vida”, já que concebem a consciência cristã como um freio e não como umas asas que dão vôo divino à vida humana. Pensam que é melhor permanecer desocupados espiritualmente, antes que viver à luz da palavra de Deus. Sentem que a salvação lhe é devida e, são zelosos de ela. Contrasta notavelmente seu espírito mesquinho com a generosidade do Pai, que «o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1Tim 2,4), e por isso chama à sua vinha, «O Senhor é bom para com todos, e sua misericórdia se estende a todas as suas obras» (Sal 144,9). -  Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós (Barcelona, Espanha)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Corramos, prossigamos, estamos a caminho; que a feliz certeza das coisas passadas não nos torne menos diligentes por aquelas que ainda não alcançámosuma estratégia» (Santo Agostinho)

  • «O diálogo é o nosso método, não por astúcia, mas por fidelidade Àquele que não se cansa de passar sempre de novo pelas praças dos homens, até à undécima hora, para propor o seu convite amoroso» (Francisco)

  • « O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.445)

 

Santo do Dia - 24 de setembro

 São Geraldo 


Bispo (980-1046)

Hoje, enriquecemos com a vida de santidade de São Geraldo, o primeiro mártir da Hungria


Gerardo Sagredo, filho de pais ilustres e piedosos, nasceu no ano 980, em Veneza, Itália. Sagrado sacerdote beneditino, foi como missionário para a Corte da Hungria, onde, depois de ser orientador espiritual e professor do rei Estêvão I, uniu-se ao monarca, também santo da Igreja, para converter seu povo ao cristianismo. Decisão que o santo monarca tomou ao retornar do Oriente, onde, em peregrinação, visitara os lugares santos da Palestina. O rei, então, pediu a Gerardo que o ajudasse na missão evangelizadora, porque percebera que Gerardo possuía os dotes e as virtudes necessárias para a missão, ao tê-lo como seu hóspede na Corte.

Educado numa escola beneditina, Gerardo recebeu não só instrução científica, como também formação religiosa: entregou-se de corpo, alma e coração às ciências das leis de Deus e à salvação de almas. Aliás, só por isso aceitou a proposta do santo monarca. Retirando-se com alguns companheiros para um local de total solidão, buscou a inspiração entregando-se, exclusivamente, à pratica da oração, da penitência e dos exercícios espirituais. Mas assim que julgou terminado o retiro, e sentindo-se pronto, dedicou-se com total energia ao serviço apostólico junto ao povo húngaro.

Falecendo o bispo de Chonad, o rei Estêvão I, imediatamente, recomendou Gerardo para seu lugar. Mesmo contra a vontade, Gerardo foi consagrado e assumiu o bispado, conseguindo acabar, de uma vez por todas, com a idolatria aos deuses pagãos, consolidando a fé nos ensinamentos de Cristo entre os fiéis e convertendo os demais.

Uma das virtudes mais destacadas do bispo Gerardo era a caridade com os doentes, principalmente os pobres. Conta a antiga tradição húngara que ele convidava os doentes leprosos para fazerem as refeições em sua casa, acolhendo-os com carinhoso e dedicado tratamento. Até mesmo, quando necessário, eram alojados em sua própria cama, enquanto ele dormia no duro chão.

Quando o rei Estêvão I morreu, começaram as perseguições de seus sucessores, que queriam restabelecer o regime pagão e seus cultos aos deuses. O bispo Gerardo, nessa ocasião, foi ferido por uma lança dos soldados do duque de Vatha, sempre lutando para levar a fiéis e infiéis a verdadeira palavra de Cristo. Gerardo morreu no dia 24 de setembro de 1046.

As relíquias de são Gerardo Sagredo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. E é festejado pela Igreja Católica, como o "Apóstolo da Hungria", no dia de sua morte.

Minha oração

“Tu que se tornaste bispo pela vontade divina, ajudai-nos a reconhecer os caminhos de Deus em nossa vida e a ter a força de segui-los com toda a dedicação. Que nos tornemos apóstolos do Evangelho onde estivermos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”

 

São Geraldo,  rogai por nós!


sábado, 23 de setembro de 2023

O fim do mundo será em 23 de setembro? Sacerdote católico responde

Mateus 24,36 : 

"Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai." 

Imagem referencial. Foto: Arquivo /ACI Prensa

Segundo o site ACI Digital (18/09/2017), diversos rumores difundidos nas redes sociais, que incluem vídeos no Youtube que unem argumentos científicos e bíblicos, apontam que o fim do mundo acontecerá no dia 23 de setembro. Mas, o que há de verdade em tudo isso? Um sacerdote católico responde.

 - REPUBLICADO, apenas para confirmar o que Cristo disse em Mateus 24,36 : "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai."

São Mateus, 24 - Bíblia Católica Online

PROVA IRREFUTÁVEL:  Não se apavorem. Se o prezado leitor está lendo esta matéria é sinal indiscutível que o mundo não acabou.

E devemos ter sempre em conta:

Confira também:

Segundo uma variedade de artigos e vídeos, em 23 de setembro, um alinhamento planetário singular fará com que o Planeta X – cuja existência é apenas uma hipótese científica – colapse com a Terra. Isso, asseguram, tem relação direta com fragmentos do livro do Apocalipse.

Outra especulação sobre o fim do mundo nesta data, circulando majoritariamente na rede YouTube, é que o alinhamento das constelações de Virgem e Leão com Vênus, Marte e Mercúrio assim como a posição do sol e da lua no dia 23, dariam cumprimento à profecia de Ap 12,1. Neste versículo, São João fala sobre a mulher vestida de sol, coroada por 12 estrelas e com a lua sob os seus pés. Na interpretação destes vídeos diz-se que a constelação de Virgem, que estará à frente do sol e acima da lua, representaria a mulher do Apocalipse e que a conjunção de Leão e os 3 planetas citados formariam a coroa de 12 estrelas da visão de São João. Interpretação esta que é refutada em outros vídeos, que afirmam que devido à posição do sol atrás de Vênus a figura descrita dificilmente seria observada do solo terrestre. 

OBSERVAÇÃO: o alinhamento referido das constelações e planetas ocorreu em 23 setembro 2020 = publicamos este POST naquela data.

Da mesma forma, numerólogos aparecem em vídeos repletos de argumentos afirmando que esta data marcaria o fim dos tempos ou o arrebatamento. Caberia perguntar-se, portanto, se há algo de verdade nesses rumores.

“Muitíssimo cuidado com essas pessoas que colocam datas, são hereges e estão infundindo temor nas pessoas. Ninguém sabe o dia nem a hora”, assegurou Pe. Samuel Bonilla – conhecido nas redes sociais como “Padre Sam” – em um vídeo recente.

Tomando como fonte o capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, Padre Sam recorda que os discípulos perguntaram a Jesus quando será destruído o templo de Jerusalém, quais os sinais de sua segunda vinda e quando será o fim do mundo. Jesus começa fazendo duas advertências: não se deixem enganar pelos falsos profetas e, segundo, haverá sinais naturais, mas esses não são o fim do mundo. E depois começa a responder uma a uma as perguntas que os discípulos formularam”.

Sobre a destruição de Jerusalém, recordou que isso aconteceu no ano 70, com o imperador romano Tito.

A respeito da segundo vinda de Cristo, o sacerdote explicou que “Jesus diz: o primeiro sinal será que o Evangelho tenha sido proclamado a todo o mundo. O segundo sinal será depois de certos fenômenos naturais chegará o sinal celestial do Filho do Homem. O terceiro sinal será a conversão do povo judeu”.

Diante da terceira pergunta sobre quando será o fim do mundo, duas respostas: a segunda carta aos Tessalonicenses diz (que) quando chegar a apostasia e o anticristo. E Mateus 24,35 diz cuidado, não se alarmem, ninguém sabe nem o dia nem a hora”.

Além disso, Padre Sam incentivou a não se preocupar tanto pelo fim do mundo, mas por viver segundo o ensinamento de Cristo a cada dia. “Não fiquemos nos perguntando quando será a segunda vinda ou quando é o fim do mundo, mas esforcemo-nos para estarmos preparados”, incentivou.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/o-fim-do-mundo-sera-em-23-de-setembro-sacerdote-catolico-responde-29883/

Transcrito do site Editora Cléofas - Prof. Felipe Aquino

(matéria postada às 23h59m do dia 23 de setembro de 2023)

 

Santo do Dia - 23 de setembro

 São Lino

Papa (século I)
Lino foi o primeiro sucessor de Pedro na sede de Roma, o segundo papa da Igreja e o primeiro papa italiano. Ele era filho de Herculano, originário da Toscana. Os dados anteriores de sua vida são ignorados. Lino ainda não era cristão quando foi para Roma, que, então, era o centro da administração do Império e também dos estudos. Foi quando conheceu os apóstolos Pedro e Paulo, que o converteram ao cristianismo, tornando-se um dos primeiros discípulos.

O próprio Paulo citou-o na segunda carta que enviou de Roma a Timóteo: "Saúdam-te Eubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos..." Lino, sem dúvida, desfrutava de grande confiança e respeitabilidade, tanto por parte de Pedro como de Paulo. Os tempos em que Lino viveu, juntamente com os apóstolos, foram terríveis para toda a comunidade cristã. O imperador era Nero, que incendiou Roma no ano 64 e declarou que todos os cristãos eram inimigos do Império. As perseguições tiveram início e duraram séculos, com sangrentas matanças e martírios. A mando do imperador, o apóstolo Pedro foi preso, martirizado e morto.

Lino foi papa da Igreja em Roma por nove anos, governou entre 67 e 76. E  fez parte do clero romano, porque o próprio apóstolo Pedro o indicou para a sua sucessão, por causa da sua santidade e pela capacidade de administrador. A história da Igreja diz que o papa Lino sagrou 15 bispos e os enviou, como pregadores do Evangelho, para diversas cidades da Itália, ordenou 18 sacerdotes para os serviços de novas comunidades de cristãos que surgiam em Roma e governou a Igreja num período de sucessivos sobressaltos e tragédias políticas que marcaram os imperadores Nero, Galba, Vitélio e Vespasiano.

O papa Lino também sentiu a dolorosa repercussão da destruição completa de Jerusalém no ano 70, durante a chamada "guerra judaica". Ele, durante os anos de governo, foi muito requisitado a reanimar e a orientar os cristãos na verdadeira fé para manter a Igreja unida. Foi o papa que elaborou as primeiras normas de disciplina eclesiástica e litúrgica, e planejou a divisão de Roma em setores ou paróquias.

O papa Lino também foi martirizado em Roma, no ano 77, e sepultado ao lado do túmulo de são Pedro, no Vaticano. Sua memória é comemorada no dia 23 de setembro.


São Lino, rogai por nós! 



 São Pio de Pietrelcina

 
 Recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”


São Pio de Pietrelcina, alívio para os sofrimentos de seus fiéis


São Pio de Pietrelcina buscava por meio do sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis


Religioso franciscano (1887-1968)


Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.

Aos 12 anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. Aos 16, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, foi mandado para o Convento de San Giovanni Rotundo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a Eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis, que dela participavam, sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de muitas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento", em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé. Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de 50 anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar, todos iam buscar seu conforto e o ombro amigo, que ele nunca negava, bem como o apoio e  amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas. Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente  dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. Encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo. Em 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo, no dia 23 de setembro, a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo em 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.

 Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.

Oração:

Ó Deus, que em São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, tens doado insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de teu Filho, concede-me por sua intercessão a graça (dizer a graça) que ardentemente desejo e, sobretudo, dá-me mergulhar na morte de Jesus para alcançar também a glória da ressurreição. (Rezar três Glórias ao Pai)

 
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!


Santa Tecla

Virgem mártir (século II)

Não se sabe exatamente se foi em Isaúria ou na Licaônia, Turquia, o local onde a virgem mártir Tecla nasceu. O que se sabe é que trata-se de uma das figuras mais importantes dos tempos apostólicos, muito celebrada entre os gregos.

Tudo começou quando, um dia, ao ouvir uma conversa sobre o valor da castidade entre o apóstolo Paulo e seu anfitrião Onesíforo, a jovem e pagã Tecla foi tocada no coração pelo discurso do santo. Ficou tão impressionada que, naquele exato momento, resolveu não mais casar-se. Ela era, porém, prometida a um jovem de nome Tamiris.

Quando a jovem resolveu desmanchar o casamento, tanto sua família como a do noivo fizeram de tudo para demovê-la da ideia. Tecla, porém, manteve-se firme na convicção de converter-se. Isso despertou a ira de seu noivo, que conseguiu a prisão e a tortura de são Paulo por influenciar a jovem, o que eles consideravam ser uma atitude demoníaca por parte do apóstolo.

Nem assim Tamiris conseguiu que Tecla abandonasse os ensinamento de Cristo, que agora seguia. Ela foi, algumas vezes, procurar Paulo no cárcere, para dar-lhe apoio e solidariedade. Com essa atitude, deixou seu ex-noivo ainda mais irado. Como consequência, ele a denunciou para o pró-cônsul, que a sentenciou à morte na fogueira. Mas a condenação resultou numa surpresa: as chamas não a queimaram.

Algum tempo depois, Tecla foi novamente julgada e condenada à morte, só que, agora, seria atirada às feras, diante do povo no Circo. Mais uma vez, o prodígio se realizou, e as feras deixaram-se acariciar por ela, cujas mãos lambiam mansamente. Pareciam mais com gatinhos do que com ferozes tigres e leopardos selvagens. Por fim, Tecla foi jogada dentro de uma escura caverna cheia de serpentes venenosas. De novo, nada lhe aconteceu.

Conta uma da mais antigas tradições cristãs que Tecla morreu aos 90 anos de idade, em Selêucia, moderna Selefkie, na Ásia Menor, depois de conseguir a conversão de muitos pagãos. O corpo de santa Tecla teria sido sepultado nessa cidade, onde, depois, os imperadores cristãos mandaram erguer uma igreja dedicada à sua memória.

Santa Tecla é invocada pelos fiéis devotos como a padroeira dos agonizantes e também solicitada para interceder por eles contra os males da vista. A Igreja confirmou o seu culto pela tradição dos fiéis e manteve o dia em que já habitualmente sua festa é realizada.


Santa Teclarogai por nós!