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terça-feira, 14 de novembro de 2023

Santo do Dia - 14 de novembro

 Santo Estevão Teodoro Cuénot, bispo evangelizador da Indochina

Imagem de Santo Estevão Teodoro Cuénot

Bispo e Mártir

Origens

Em 1802, nasceu Santo Estevão Teodoro Cuénot em Réaumont, em Bélieu, filho de um fazendeiro, destinado a se tornar bispo e a converter milhares de pagãos da Indochina, todos considerados e amados como irmãos. Um prelado naturalmente “aristocrático”, mas próximo do povo e de suas misérias, com espírito meio evangélico e meio revolucionário. 

Verdadeiro Filho do Povo

Dom Estevão Teodoro Cuénot poderia ter reconhecido a imagem não literária de um verdadeiro filho do povo para quem o “próximo” não era uma expressão genérica, nem uma determinada classe social, em determinado país, em um determinado período histórico, mas abrangeu homens de todas as classes, raças e nacionalidades naquela revolução perene que é o verdadeiro cristianismo. 

Criação camponesa e simples

Batizado em celeiro, educado por párocos rurais, o jovem Teodoro foi mantido em seus estudos por pais camponeses, com presentes em espécie. Quando nem isso foi suficiente, ele teve que abandonar a escola. Estudando teologia, para torná-lo apresentável, se não muito bem vestido, a mãe sacrificou seu vestido de noiva para fazer-lhe uma túnica. O primeiro gesto do novo padre foi dar à mãe um vestido novo. 

Santo Estevão Teodoro Cuénot: O Perfil Ideal

O Encontro
Entre outras coisas, ele tinha paixão pela relojoaria e queria patentear seu próprio mecanismo de movimento perpétuo. Ele era catequista e professor no grupo da cidade. Finalmente, tomou o caminho certo ao entrar, em 1827, na porta da Rue du Bac, em Paris, onde se encontravam os Padres Missionários de São Vicente de Paulo.

Missionário e bispo

No ano seguinte, o novo missionário chegou à Indochina. Em 1835, foi consagrado Bispo de Metelópolis, coadjutor da então chamada Cochinchina. Ele sempre foi um bispo no campo de batalha, porque os cristãos da Indochina, praticamente abandonados a si mesmos, foram submetidos a constantes assédios e perseguições por parte das autoridades budistas. Apesar disso, os convertidos do bispo Cuénot eram milhares todos os anos. Para quem abjurou sob tortura, cem pediram para ser batizados. O clero indígena triplicou, enquanto o bispo multiplicou as traduções dos livros sagrados, igrejas, orfanatos, e até as distantes regiões montanhosas do Laos foram alcançadas pela pregação e exemplo do bispo francês.

Sofreu perseguição e consumou em seu martírio

Páscoa

Em 1861, com o agravamento da perseguição do rei Tu-Duc, o bispo Cuénot também foi capturado e trancado em uma jaula estreita. Ele não foi morto fisicamente, mas foi envenenado lentamente, dando-lhe “remédios” indígenas repugnantes, por isso é considerado mártir. O melhor elogio veio de seus captores, que disseram dele: “Ele se tornou perfeito. E o céu se apressou em recebê-lo, sem permitir que ele sofresse tal tortura”. Na verdade, ele já era um cadáver quando seu corpo foi açoitado e decapitado. E um ano depois, um tratado entre a França e a Indochina sancionou a liberdade de culto, pelo menos em teoria.

Minha oração

“Dom Estevão, pelos méritos do teu martírio lhe rogamos as graças de evangelizar os povos, levando a todos o amor e a verdade de Cristo. Com teu exemplo de sangue demonstraste a mesma coragem de Jesus e nos ensinastes a doar a nossa vida pelas almas. Amém.”

Santo Estevão Teodoro Cuénot, rogai por nós!
 

São José Pignatelli 



Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos
 

José Pignatelli nasceu em 1737 em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para esta cidade onde recebeu, de uma irmã, ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e depois nos colégios de Bilbao e de Saragoça.

 Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas que foram expulsos da Espanha para a Córsega. Entre adversidades, mostrou o Padre Pignatelli grande fortaleza e constância; foi por isso nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos.

Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e, estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente a obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.

Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina, que sendo cismática não aceitara a supressão vinda de Roma. Os jesuítas da Rússia ligaram-se a bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas.

Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Este fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente. 

Foi beatificado por Pio XI em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir,… o restaurador dos Jesuítas”.
Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.


São José Pignatelli, rogai por nós!



São Serapião


Religioso mercedário e mártir (1179-1240)

A vida deste santo encerra um capítulo da história européia, pois que sua aventura humana e espiritual reflete os fatos de sua época, nos quais esteve presente, se bem que só como “coadjuvante”, talvez a contragosto.

Filho de um capitão inglês a serviço do rei Henrique II, em 1190 participou com o pai da terceira cruzada, sob o comando do célebre Ricardo Coração de Leão. No regresso, foi feito prisioneiro das tropas do duque da Áustria, próximo da laguna vêneta, e mantido como refém.

O duque gostou dele e o tomou a seu serviço na expedição de ajuda ao rei da Espanha contra os mouros. Quando chegaram, a batalha havia terminado. Serapião conseguiu então ficar a serviço do rei Afonso de Castela, para voltar novamente à Áustria, quando o duque tomou parte na quinta cruzada. Neste ponto se encerra sua aventura militar.

Passa, na realidade, a militar sob uma outra bandeira: conhece Pedro Nolasco, o fundador dos mercedários, e decide juntar-se a ele para dedicar-se ao resgate dos escravos.

Para sua primeira missão pacífica dirige-se com são Raimundo Nonato a Argel. Conseguem libertar 150 escravos. E como tinha aprendido a arte da guerra, teve o encargo de seguir as tropas espanholas na conquista das Baleares. Em todo caso, sua missão era fundar nessas ilhas o primeiro convento de sua ordem, que depois confiou à direção de um confrade. Em seguida, dirigiu-se à Inglaterra a fim de erigir um posto avançado da ordem.

Dessa vez, porém, a expedição teve um epílogo trágico: o navio foi assaltado por corsários, Serapião barbaramente espancado e lançado em uma praia deserta porque considerado morto. Recolhido por alguns pescadores, refez-se e pouco depois prosseguiu a viagem para Londres, onde não teve vida fácil.

Foi expulso de modo grosseiro, por haver desaprovado a injusta apropriação dos bens eclesiásticos pelo governo. Voltou à Espanha e prosseguiu na obra caritativa de resgate dos prisioneiros, até que os mouros voltaram sua raiva contra ele: crucificaram-no numa cruz de santo André e, depois de atrozes torturas, decapitaram-no. Seu culto foi confirmado em 1728.


São Serapião, rogai por nós!

 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Santo do Dia - 13 de novembro

Santo Estanislau Kostka

Religioso (1550-1568)

Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos

 
 Santo Estanislau Kostka, penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos

O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Nesse ambiente é que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.

 A semelhança do jovem santo polonês com o contemporâneo são Luís Gonzaga é extraordinária. Ambos provinham de rica e nobre família e conservavam a mesma candura em uma sociedade frívola, à qual se subtraíram com coragem, indo fazer parte da Companhia de Jesus.

Aos 14 anos, Estanislau foi confiado aos jesuítas de Viena  juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano que, com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e às tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu; e, ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato, o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso, enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial, que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado porque adquiriu uma misteriosa febre e, antes de morrer, os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.

Dado que as autoridades austríacas haviam requisitado o edifício do colégio reservado para os estudantes forasteiros, Estanislau teve de recorrer a um quarto de aluguel, como todos os outros alunos, os quais, todavia, longe dos olhos dos severos mestres, foram presa fácil do belo mundo vienense.

Estanislau, ao contrário, manteve-se devoto e diligente, sem jamais deixar de freqüentar a vizinha igreja. Estava assim amadurecendo o propósito de consagrar-se ao Senhor e, para evitar a recusa do pai, voltou-se diretamente para o padre Pedro Canísio, provincial dos jesuítas e futuro santo.

Eludindo a vigilância do preceptor com um hábil estratagema, Estanislau deixou Viena na volta de Dillingen. A reação do pai foi mais violenta que a prevista: ameaçou de fazer expulsar todos os jesuítas da Polônia, mas o jovem não voltou atrás em seus passos. Foi enviado a Roma para completar o noviciado e os estudos de filosofia no Colégio Romano, acolhido por um outro santo, Francisco de Borja, em outubro de 1567.

Mas restava-lhe só um ano vida. Ele tinha prognosticado que morreria jovem, em um dia dedicado à Virgem, pela qual nutria uma terna devoção. Morreu efetivamente no dia da Assunção. Foi canonizado em 1767.


Santo Estanislau Kostka, rogai por nós!

 

domingo, 12 de novembro de 2023

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

32º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mt 25,1-13)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis não! (Mt 24,42a.44)

 — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: “O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram imprevidentes e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas.

As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. 10 Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou.

11 Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12 Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13 Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”.

-    Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«O noivo está chegando. Ide acolhê-lo»

Hoje somos convidados a refletir sobre o fim da existência; trata-se de uma advertência do Bom Deus ao respeito do nosso fim último; não brinquemos, portanto, com nossa vida. «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo» (Mt 25,1). O Fim de cada pessoa, dependerá do caminho que escolha; a morte é uma conseqüência da vida -prudente ou descuidada- que tenha levado neste mundo. As moças descuidadas são as que têm escutado a mensagem de Jesus, mas não a praticaram. As moças previdentes, são as que têm traduzido a mensagem em sua vida, por isso entraram ao banquete do Reino.

A parábola, é uma chamada de atenção muito importante. «Vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora» (Mt 25,13). Não deixem nunca a lâmpada da fé se apagar, porque qualquer momento pode ser o último. O Reino já está aqui. Acendam as lâmpadas com o óleo da fé, da fraternidade, e da caridade mutua. Nossos corações, cheios de luz, nos permitirão viver na autêntica alegria aqui e agora. Os que moram ao nosso redor verão-se também iluminados e conhecerão o gozo da presença do Noivo esperado. Jesus nos pede que nunca nos falte esse óleo em nossas lâmpadas.

Por isso, quando o Concílio Vaticano II, que escolhe na Bíblia as imagens da Igreja, refere-se a esta comparação do noivo e da noiva, e pronuncia estas palavras: «A Igreja, também é descrita como esposa imaculada do Cordeiro imaculado, a quem Cristo amou e entregou-se por ela para santificá-la, a uniu com Ele num pacto eterno, e incessantemente alimenta e cuida dela. Livre de toda mácula, quis ela unida a Ele e submissa pelo amor e a fidelidade». (Rev. P. Anastasio URQUIZA Fernández MCIU (Monterrey, México)

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «A alma tem a sua porta à qual Cristo vem e bate. Abre-a, ela quer entrar, quer encontrar a sua Esposa acordada» (Santo Ambrósio)

  • « A verdadeira sabedoria é aproveitar a vida mortal para fazer obras de misericórdia, porque após a morte isso já não será possível» (Bento XVI)

  • «Pois todos os bens da dignidade humana, da comunhão fraterna e da liberdade, ou seja, todos os frutos excelentes da natureza e do nosso esforço, depois de os termos propagado pela terra, no Espírito do Senhor e segundo o seu mandato, voltaremos de novo a encontrá-los, mas então purificados de qualquer mancha, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o Reino eterno e universal» (Concilio Vaticano II). Então, Deus será `tudo em todos´ (1 Cor 15, 28), na vida eterna» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.050)

 

São Guido de Anderlecht - protetor contra as doenças do aparelho digestivo

São Guido é o protetor contra as doenças do aparelho digestivo,  

sua festa é celebrada em 12 de setembro,  

mas, é sempre lembrado, comemorado,  por seus devotos no dia 12 de cada mês.  

 São Guido de Anderlecht


Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.




Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 


São Guido de Anderlecht, rogai por nós!

Agradecendo por graça alcançada.


Santo do Dia - 12 de novembro

São Josafá Kuncewicz

Bispo e mártir (1584-1623)

São Josafá é o primeiro representante das Igrejas uniatas a ser elevado às honras dos altares da Igreja de Roma. Um santo ecumênico, venerado como apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.


A Rússia havia sido evangelizada por cristãos de Constantinopla em torno do século X e seguiu a Igreja oriental, aceitando ser dela dependente e, em consequência, a separação da Igreja de Roma. Em 1589, com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca, a Igreja russa tornou-se autônoma.

Quando a Rutênia passou do domínio russo ao polonês, os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, mantiveram os antigos ritos e as tradições da Igreja eslava, denominando-a Igreja uniata.

Neste período histórico se insere a obra pastoral de João Kuncewycz, que na profissão religiosa assumiu o nome de Josafá, o bíblico nome do vale do Cedron. Nascido em Vladimir, na Polônia, foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano uniata de Vilna.

Ordenado sacerdote e eleito arquimandrita e coadjutor do arcebispo de Polozk, empreendeu um ativo trabalho missionário aprendido na escola dos jesuítas. Em razão da extraordinária capacidade de atrair e de converter foi chamado “raptor de almas”. Empenhou-se particularmente em reunir à Santa Sé os cristãos apartados, partindo dos grandes dons comuns deles: o batismo, a palavra escrita, a vida da graça, a fé, a caridade e uma terna devoção à Virgem.

A Igreja russa havia de fato conservado intacto o “depósito” da fé, com todos os sacramentos, a rica liturgia, a tradição apostólica e patrística, a espiritualidade monástica, o culto dos santos e em particular o da Virgem. Foi essa intensa espiritualidade o fio condutor que uniu a Igreja eslava a Roma.

Minha oração

“Santo bispo, combatente dos hereges e cismáticos, dai-nos a mesma busca pela unidade na verdade. Com teu pastoreio, ponha-nos diante do nosso Salvador, a fim de adorá-Lo e amá-Lo acima de tudo. Intercedei pela Igreja e seus membros desgarrados. Amém.


Josafá sucedeu ao arcebispo de Polozk e foi barbaramente assassinado por um grupo de sectários em Vitebsk, na Bielo-Rússia, em virtude de sua benemérita atuação em favor da unidade com Roma. Foi canonizado por Pio IX em 1867, e o novo calendário litúrgico tornou obrigatória a sua comemoração.

 

São Josafá Kuncewicz, rogai por nós!