Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

domingo, 28 de julho de 2013

Papa Francisco pede que jovens saiam às ruas como missionários (Próxima JMJ será em 2016, em Carcóvia, Polônia)

Apelo feito na ‘Missa de Envio’ é o mesmo que o Pontífice fez um dia antes em reunião com membros do clero
Foi em um clima de festa na praia de Copacabana, com pessoas dançando e cantando “Cristo nos convida, seja missionário!” que o Papa Francisco se despediu do Rio e da Jornada Mundial da Juventude. Num discurso, o Papa deu aos jovens a mesma orientação que vem dando ao clero: para que saiam de seus grupos de paróquias, das suas fronteiras habituais, para ir ao encontro das pessoas “sem medo”. Ou seja, convocou os católicos a sair às ruas como missionários. — Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: “ide e fazei discípulos entre todas as nações”.


Papa Francisco na missa de envio AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS

O evangelho, disse o Papa, “não é apenas para aqueles que pareçam a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores.” — É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente — e concluiu — a Igreja conta com vocês! E o Papa conta com vocês!

Confira a íntegra da homilia do Papa Francisco na missa das 10h da manhã deste domingo na praia de Copacabana: Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,

Queridos jovens!

«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.

1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).

Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.

Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.

De forma especial, queria que este mandato de Cristo -"Ide" - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!

2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo... pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!

«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!

Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.
São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.

Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.

Evangelho do dia

EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

17º Domingo do Tempo Comum 

Evangelho segundo S. Lucas 11,1-13.
Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»

Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães,
pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer',
e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'.
Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.»

«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.
Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»


Comentário do dia:   Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do amor divino, cap. 41


«Batei e abrir-se-vos-á»

Nosso Senhor fez-me uma revelação sobre a oração. Vi que ela assenta em duas condições: a retidão e uma confiança firme. Muitas vezes, a nossa confiança não é total. Não temos a certeza de Deus nos escutar, pois pensamos que somos indignos e além disso não sentimos nada. Muitas vezes, depois de rezarmos, estamos tão secos e estéreis como estávamos antes. A nossa fraqueza vem desta consciência de sermos tontos, como eu própria a experimentei. Tudo isso, Nosso Senhor mo apresentou de repente ao espírito e disse-me: «Eu sou a origem da tua súplica. Primeiro, sou Eu que quero fazer-te esse dom, seguidamente faço de modo a que tu mesma o queiras. Incito-te a implorar e tu imploras: portanto, como é possível que não obtenhas o que pedes?»

Nosso Senhor deu-me assim um grande conforto. […] Quando me disse: «e tu imploras», mostrou-me o grande prazer que Lhe dá a nossa súplica e a recompensa infinita que nos dará em resposta à nossa oração. Quando declarou: «como é possível que não obtenhas?», é como se fosse uma impossibilidade não recebermos a graça e a misericórdia, quando a pedimos. Com efeito, tudo o que Nosso Senhor nos leva a implorar, já o encomendou para nós eternamente. Por aqui podemos ver que não é a nossa súplica a causa da bondade que Ele nos testemunha […]: «Eu sou a origem da tua súplica». […]


A oração é um acto deliberado, verdadeiro e perseverante da nossa alma, que se une e se liga à vontade de Nosso Senhor, por obra suave e secreta do Espírito Santo. Parece-me que Nosso Senhor começa por receber pessoalmente a nossa oração, tomando-a com grande reconhecimento e grande alegria, levando-a para o céu e depositando-a num tesouro onde ela jamais perecerá. Ela aí fica, em face de Deus e de todos os santos, continuamente acolhida, a ajudar-nos continuamente nas nossas necessidades. E, quando entrarmos na bem-aventurança, ser-nos-á devolvida, contribuindo para a nossa alegria, com um agradecimento infinito e glorioso da parte de Deus.

28 de julho - Santo do dia

São Celestino

Com satisfação nós lembramos da santidade do Papa Celestino I, que governou a Igreja dos anos 422 até 432. Ele nasceu na Itália e, ao ser escolhido para governar a Igreja do Cristo, usou muito bem o cajado da justiça e paz.
No tempo dele havia a auto-suficiência do Pelagianismo que, embora condenado no Concílio de Cartago, perdurava querendo “contaminar” os cristãos, pois afirmava uma “auto salvação”.
Combatente também contra a heresia do Nestorianismo – que afirmava ter Jesus duas naturezas e duas pessoas – São Celestino fez de tudo para condenar o erro e pecado sem deixar de amar o errado e o pecador; assim viveu na santidade, até entrar na eterna casa dos santos em 432.

São Celestino, rogai por nós!


Santo Inocêncio I



Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401 e governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o cristianismo.

A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu bispo, são João Crisóstomo, e assim viver em paz.

Mas um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.

O papa tentava, há muito tempo, convencê-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início.

Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o papa Inocêncio I. Mesmo assim, a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por santo Agostinho e são Jerônimo.

Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.

Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disso, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos sacramentos da penitência, da unção dos enfermos, do batismo e do casamento.

Durante o seu pontificado difundia-se a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos concílios regionais de Melevi e de Cartago, convocados por iniciativa de santo Agostinho e com aprovação do papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.

O papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.

Santo Inocêncio I, rogai por nós!


São Nazário e São Celso



Nazário nasceu em Roma, ainda no primeiro século da era cristã. O pai era um pagão e chamava-se Africano. A mãe, de nome Perpétua, era uma católica fervorosa. Enquanto ele desejava tornar o filho um sacerdote a serviço de um dos muitos deuses pagãos, ela o queria temente a Deus, no seguimento de Cristo, por isso o educou dentro da religião católica. Assim, com apenas nove anos de idade, o menino pediu para ser batizado, definindo a questão e sendo atendido pelo pai, que algum tempo depois também se converteu.

Nazário foi batizado pelas mãos do próprio papa são Lino, o primeiro sucessor de são Pedro, que fez dele um dos seus auxiliares diretos. Ingressou no exército romano e com ele percorreu toda a Itália, onde também pregava o Evangelho. Mas, ao ser descoberto, foi levado à presença do imperador, que o mandou prender. Conseguindo fugir, abandonou Roma e tornou-se um pregador itinerante, até que, durante um sonho, Deus lhe disse para sair da Itália.

Assim, foi para a Gália, hoje França, sempre pregando a palavra de Cristo. Em Cimiez, próximo de Nice, depois de converter uma nobre e rica senhora e seu filho, um adolescente de nome Celso, ela confiou o jovem a Nazário, que o fez seu discípulo inseparável. Juntos, percorreram os caminhos da Gália, deixando para trás cidades inteiras convertidas, pois, durante as suas pregações, aconteciam muitos milagres na frente de todos os presentes.

Depois, foram para Treves, atualmente Trier, na Alemanha, onde fundaram uma comunidade cristã que se tornou tão famosa que os dois acabaram sendo denunciados e presos. Condenados à morte, foram jogados na confluência dos rios Sarre e Mosel. E novo milagre ocorreu: em vez de afundar, os dois flutuaram e andaram sobre as águas. Assustados, os pagãos não tentaram mais matá-los, apenas os expulsaram do país.

Nazário e Celso foram, então, para Milão, onde mais uma vez viram-se vítimas da perseguição pagã, imposta pelo imperador Nero. Presos e condenados, desta vez foram decapitados em praça pública.

Passados mais de dois séculos, em 396, os corpos dos dois mártires foram encontrados pelo próprio bispo de Milão, Ambrósio, também venerado pela Igreja. Durante suas orações, teve uma visão, que lhe indicou o local da sepultura de Nazário. Mas, para surpresa geral, a cabeça do mártir estava intacta, com os cabelos e a barba preservados, e ainda dela escorria sangue, como se fora decapitado naquele instante. A revelação foi mais impressionante porque, durante as escavações, também encontraram o túmulo do jovem discípulo Celso, martirizado junto com ele.

Também foi por inspiração de santo Ambrósio que esta tradição chegou até nós, pois ele a contou a são Paolino de Nola, seu discípulo e biógrafo. As relíquias de são Nazário e são Celso foram distribuídas às igrejas de várias cidades da Itália, França, Espanha, Alemanha, África e Constantinopla. Dessa maneira, a festa dos dois santos difundiu-se por todo o mundo católico, sendo celebrados no dia em que santo Ambrósio teve a revelação: 28 de julho.

São Nazário e São Celso, rogai por nós!

sábado, 27 de julho de 2013

Íntegra da homilia do Papa Francisco em missa na Catedral Metropolitana

Pontífice participou de celebração para religiosos

Leia abaixo o discurso na íntegra do Papa Francisco na missa celebrada na manhã deste sábado na Catedral Metropolitana do Rio. O evento começou às 9h e foi restrito a religiosos e convidados.
 Papa Francisco em frente à Catedral Metropolitana Freelancer / Agência O Globo

Amados Irmãos em Cristo,
Vendo esta catedral lotada com Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas vindos do mundo inteiro, penso nas palavras do Salmo da Missa de hoje: «Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor» (Sl 66). Sim, estamos aqui reunidos para glorificar o Senhor; e o fazemos reafirmando a nossa vontade de sermos seus instrumentos, para que não somente algumas nações mas todas glorifiquem o Senhor. Com a mesma parresia – coragem, ousadia - de Paulo e Barnabé, anunciemos o Evangelho aos nossos jovens para que encontrem Cristo, luz para o caminho, e se tornem construtores de um mundo mais fraterno. Neste sentido, queria refletir com vocês sobre três aspectos da nossa vocação: chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro.

1. Chamados por Deus. É importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia-a-dia: «Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi», diz-nos Jesus (Jo 15,16). Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: «Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20). Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta “vida em Cristo” é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: «Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15,16). Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: «Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós» (Jo 15, 4). E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: «Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. É nas favelas, nos «cantegriles» nas Villas miseria, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria» (Mother Instructions, I, p.80). Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34).

2. Chamados para anunciar o Evangelho. Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (cf. Mt 28,19). É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. Certamente muitos, diante desse convite, poderiam sentir-se um pouco atemorizados, imaginando que ser missionário significa deixar necessariamente o País, a família e os amigos. Recordo o meu sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão. Mas Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos. Não poupemos forças na formação da juventude! São Paulo usa uma bela expressão, que se tornou realidade na sua vida, dirigindo-se aos seus cristãos: «Meus filhos, por vós sinto de novo as dores do parto até Cristo ser formado em vós» (Gal 4, 19). Também nós façamos que isso se torne realidade no nosso ministério! Ajudemos os nossos jovens a descobrir a coragem e a alegria da fé, a alegria de ser pessoalmente amados por Deus, que deu o seu Filho Jesus para nossa salvação.SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ 8/2. Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Jesus fez assim com os seus discípulos: não os manteve colados a si, como uma galinha com os seus pintinhos; Ele os enviou! Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor.

3. Chamados a promover a cultura do encontro. Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a “cultura do descartável”. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana. Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as “nossas verdades”. O que nos guia é a certeza humilde e feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf. Lc 24, 13-35). Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promover corajosamente a cultura do encontro. A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu «exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar os homens» (Conc. Ecum. Vat. II, Cost. dogm. Lumen gentium, 65). Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passos ao encontro do Senhor. Amém.

Via Sacra atrai multidão à Copacabana - Peregrinos começam caminhada de 9,5km da Central do Brasil até Copacabana

Peregrinos começam a caminhada - Pista lateral da Avenida Presidente Vargas, a partir da Central, sentido Candelária, está fechada 

Começam as interdições para início da peregrinação entre a Central do Brasil e Copacabana

Também serão fechadas as avenidas Presidente Vargas, Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Av. Lauro Sodré e Av. Atlântica 

As interdições de vias do Centro e da Zona Sul da cidade para a peregrinação em direção à orla de Copacabana começaram às 7h deste sábado. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, a pista lateral da Avenida Presidente Vargas, a partir da Central, sentido Candelária, está fechada. Também foram interditadas vias como a Avenida Rio Branco, Avenida República do Chile, Avenidas das Nações Unidas e Avenida Lauro Sodré. Na Praia de Copacabana, a pista junto às edificações da Avenida Atlântica funcionará no sentido Leme. E a pista da orla permanecerá fechada. A CET-Rio e Guarda Municipal atuam nas regiões orientando os motoristas. No início desta manhã, o tráfego segue normal no entorno dos pontos de interdição.

Centenas de peregrinos tomam conta da pista do Aterro do Flamengo Felipe Hanower / Agência O Globo

O trajeto de 9,5 quilômetros até Copacabana tem início na Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Avenida Lauro Sodré e Avenida Atlântica. A nova rota de peregrinação dos fiéis será exclusivamente destinado à circulação de pedestres.

Durante o percurso, os peregrinos inscritos poderão retirar o kit da Vigília, na altura do Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, que foi parcialmente interditado, em ambos os sentidos, no início da madrugada deste sábado, para o início da operação de montagem de estruturas da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O tráfego segue interditado no trecho entre a Avenida General Justo, no Centro, e a AvenidaOswaldo Cruz, no Flamengo. Agentes da CET-Rio e da Guarda Municipal orientam os desvios.

Vigília
O Papa Francisco participa da cerimônia de vigília, às 19h, no sábado. O evento se estende até as 10h do domingo, quando ocorre o encerramento da JMJ com a missa de envio. Será permitido dormir na praia, sem utilização de barracas.

Kit peregrino
Os inscritos na peregrinação podem retirar o kit neste sábado, no Aterro do Flamengo, na altura do Monumento aos Pracinhas.

Metrô, trens, ônibus e barcas
O metrô funcionará sem esquema de bilhetes antecipados. Será possível entrar usando qualquer tipo de cartão, inclusive o peregrino. Para agilizar o deslocamento, quatro estações ficarão fechadas (Presidente Vargas, Cinelândia, Catete e Cantagalo).
As linhas 1 e 2 irão até a estação Siqueira Campos. O metrô funcionará 24 horas até meia-noite de segunda-feira, dia 29.
Todas as estações de trem estarão abertas 24 horas para embarque e desembar até às 23h de segunda-feira (29/7). Neste sábado, a Supervia estenderá a operação de todos os ramais (Santa Cruz, Japeri, Belford Roxo e Saracuruna) em direção à Central do Brasil.
As barcas funcionam ininterruptamente na madrugada de sábado para domingo.
O BRT Transoeste estará operando em plena capacidade na rota Santa Cruz-Alvorada, com reforço de ônibus.

Ônibus fretados
Não haverá bolsão de estacionamento para ônibus fretados na Enseada de Botafogo. Os veículos devem estacionar na Ilha do Fundão, onde haverá reforço de ônibus em direção à Zona Sul.

Segurança
A Guarda Municipal convocou 2.200 guardas no fim de semana. Em Copacabana, serão 1.200 agentes, trabalhando em turnos. O patrulhamento começa às 6h e se estende ao longo do dia. Guardas bilíngues, que podem se comunicar em inglês, espanhol, francês e alemão, estarão posicionados na esquina da Avenida Atlântica com a Rua Figueiredo Magalhães e na Praça do Lido.

Limpeza urbana
Quatro mil contêineres estarão espalhados na rota da peregrinação e nas principais ruas de Copacabana. A operação terá 2.710 garis para a limpeza de toda a área. No dia 29 de julho, segunda-feira, a limpeza será intensificada.

Saúde
Há sete postos pré-hospitalares em Copacabana, com 67 leitos e 29 ambulâncias para remoções. Uma equipe com 210 profissionais (sendo 91 médicos, 28 enfermeiros e 91 técnicos de enfermagem) de plantão nos postos das ruas Princesa Isabel, Praça do Lido, Rua Paula Freitas, Rua Santa Clara, Rua Xavier da Silveira, Rua Souza Lima e Backstage.
Para a peregrinação, serão montados três postos (MAM, Porcão e Posto BR) com oito leitos. Oito ambulâncias estarão à disposição dos peregrinos.


Clique aqui e veja galeria de imagens da Via Sacra


Clique aqui para vídeo Via Sacra atrai multidão a Copacabana


27 de julho - Santo do dia

São Celestino I

O papa Celestino I, eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira que passou para a história, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.

Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamava de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.

Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.

Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.

O papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão, determinou que são Cirilo, bispo de Alexandria, dirigisse o Concílio, que se iniciou em 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.

Este foi seu último documento oficial, expedido na data de 15 de março de 432, que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817, suas relíquias foram colocadas na basílica de Santa Praxedes, e uma parte delas enviadas para a catedral de Mantova.

São Celestino I, rogai por nós!


São Clemente de Ochrida

Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos.

No século IX, o príncipe da Morávia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica. Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos", que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.

Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado, tornou-se o colaborador direto de Metódio na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.

Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e "germânicos". Tanto assim que o próprio Clemente precisou afastar-se de uma cidade, porque um bispo não aceitava os "ritos germânicos".

Por isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde, além de refúgio, encontrou um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para facilitar os estudos. Também converteu à fé cristã o próprio rei, que deixou o trono e retirou-se para um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajaram a obra missionária e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua búlgara" para comandar a principal diocese.

Porém Clemente tinha sempre o pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma escola, que também era um mosteiro. Era lá que pretendia recolher-se na velhice. Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e formar o bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de Velika.

Seu corpo foi sepultado no Mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica proclamou-o santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens litúrgicas.

São Clemente de Ochrida, rogai por nós!




                                                                  São Pantaleão
 

O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos. Pantaleão era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina.

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde. Um dia que se viu diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: “Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz”. E, segundo isto, diz ao menino: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste”. Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos, que o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Desta forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna.

São Pantaleão, rogai por nós!
 


São Raimundo Zanfogni

Raimundo Zanfogni voltava com sua mãe da Terra Santa quando esta morreu. Tinha quinze anos quando retornou à sua terra natal, depois dessa viagem. Ele nasceu em Piacenza, Itália, no ano de 1140. Mais tarde, casou-se e teve cinco filhos, porém todos morreram no mesmo ano. Nasceu então um outro, Geraldo, forte e sadio, mas a esposa adoeceu e morreu quando o menino ainda era muito pequeno. Por isso decidiu deixar o filho com os sogros, que o educaram no seguimento de Cristo, e tornou-se um peregrino.

Primeiro foi à Santiago de Compostela, depois a Roma, de onde seguiu para Jerusalém e voltou novamente para Roma. Mas aconteceu algo que o reconduziu a Piacenza. Dizia ter recebido um aviso divino de que deveria retornar e cuidar dos pobres de sua cidade. E ali, imediatamente, iniciou a sua obra.

Raimundo passou a cuidar dos doentes e moribundos, num tempo em que não existia assistência aos necessitados. Fundou uma espécie de hospedaria-albergue, onde tratava a todos com dedicação e dignidade, enxergando em cada um deles a face de Cristo. Como não tinha muitas posses, tornou-se esmoler para manter suas obras. Freqüentava todos os dias as igrejas, pregava pelas ruas e fazia procissões com seus pobres, solicitando a caridade das pessoas. Logo ele passou a abrigar também as crianças abandonadas, que se tornaram a grande razão de sua vida.

Além de dar abrigo e cuidado, afeto e carinho, ele catequizava a todos na doutrina cristã. Era um simples leigo, tinha pouca instrução, mas possuía o dom da sabedoria e pregava com autoridade. Por isso ele tomou a iniciativa de advertir publicamente o próprio bispo, que não se posicionava com firmeza diante dos problemas da cidade. Na época, Piacenza e Cremona passavam por constantes lutas, resultando em mortos inocentes. Servindo de mediador, Raimundo conseguiu solucionar o conflito.

Tornou-se o protetor dos pobres e das vítimas dos abusos de todos os gêneros, que ele mesmo acompanhava aos tribunais defendendo-os na frente dos juízes insensíveis e prepotentes. As autoridades do governo, por fim, passaram a consultá-lo em todas as questões que envolviam os pobres.

Faleceu no dia 27 de julho de 1200, entre seus pobres, e exortando ao filho Geraldo que se tornasse sacerdote, o que de fato ocorreu pouco tempo depois. Com fama de santidade em vida, foi sepultado próximo à capela dos Doze Apóstolos. Logo as notícias de graças e prodígios se espalharam pela região e a casa dos seus pobres,passou a ser chamada de Hospedaria de São Raimundo Zanfogni. Mas ele só foi canonizado em 1602, pelo papa Clemente VIII, que designou o dia de sua morte para a celebração litúrgica.

São Raimundo Zanfogni, rogai por nós!