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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Santo do dia - 24 de agosto

São Bartolomeu

Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos 12 primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.

Bartolomeu nasceu em Caná, na Galileia, uma pequena aldeia a 14 quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.

Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, às vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, finalmente, assistiu sua ascensão ao céu.

Depois do Pentecostes, Bartolomeu foi pregar a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos evangelhos históricos, entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.

Superou dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando segundo o evangelho de são Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e mais 12 cidades, que ele teria sofrido o martírio, motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era o dia 24 de agosto do ano 51.

A Igreja comemora são Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.


São Bartolomeu, rogai por nós!


Santa Joana Antida Thouret
Joana Antida Thouret nasceu numa cidade chamada Sancey-le-Long, próxima de Besançon, na França, no dia 27 de novembro de 1765. Francisco e Cláudia eram seus pais, tiveram quatro filhos, e ela foi a primeira. Joana cresceu muito bonita. De natureza melancólica, tinha a saúde delicada, um caráter gentil e era muito caridosa. Desde a infância, manifestou sua vocação religiosa.

Aos 16 anos, sua mãe morreu. Ficou tão abalada, que só encontrou amparo na imensa devoção que dedicava à Virgem Maria. Assim, teve de assumir as responsabilidades da casa e da família, da qual cuidou com muito amor e determinação. Porém, a vocação falava mais alto no seu coração, que já havia entregue a Jesus. Chorou muito até que seu pai permitisse seu ingresso definitivo no convento. Tinha 22 anos de idade quando foi fazer seu noviciado no Convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris.

Naquela época, era normal a noviça ser submetida aos trabalhos pesados da comunidade. Assim foi com Joana, que, em função da mudança de clima e do grande esforço físico, acabou adoecendo gravemente. Temendo ser enviada de volta para a casa paterna, rezou muito pedindo a Deus que a curasse. Foi atendida por meio de uma dedicada enfermeira, que a tratou com medicação especial. Em 1788, recebeu o hábito religioso das vicentinas.

Depois disso, Joana andou pelo mundo pregando a Palavra de Deus, fazendo caridade, tratando dos doentes, mas, principalmente, sendo perseguida. Havia estourado a Revolução Francesa, o clima anticlerical tornava a vida dos religiosos um verdadeiro terror. Muitos sacerdotes, religiosos e fiéis da Igreja foram denunciados, perseguidos, torturados e condenados à morte por guilhotina. Tinha 28 anos quando se viu atirada à rua junto com outras religiosas. Joana ficou sem ter para onde ir. Junto com outras companheiras, foi para a Suíça e, depois, para a Alemanha, voltando novamente para a Suíça.

Em 1797, fixou-se em Besançon, onde fundou uma escola para meninas, mas sem deixar de cuidar dos enfermos. Entretanto os revolucionários descobriram-na e teve de esconder-se por dois anos. Em 1799, pôde retornar e, junto com quatro religiosas, fundou outra escola com farmácia, formando o primeiro núcleo do Instituto das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Logo as discípulas de Joana Antida aumentaram e a nova congregação expandiu-se pela França, Suíça, Sabóia e Nápoles.

Depois disso, em 1810, foi enviada para assumir a direção de um grande hospital de Nápoles, onde Joana Antida passou a última etapa de sua vida, empreendendo intensa atividade, abrindo muitos institutos, desenvolvendo sua congregação. A fundadora morreu no dia 24 de agosto de 1826, no seu convento de Nápoles, rodeada por suas religiosas. O papa Pio XI proclamou-a santa em 1934, e indicou sua celebração para o dia de sua morte.


Santa Joana Antida Thouret, rogai por nós!

 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Santo do dia - 23 de agosto

Santa Rosa de Lima

 Na oração, penitência, caridade para com todos, principalmente índios e negros, Santa Rosa de Lima cresceu na união com Cristo

Terciária dominicana, padroeira da América Latina (1586-1617) - Primeira santa da América do Sul

Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos 13 filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.

Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente, enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana, tomando como exemplo de vida santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos, trabalhando na lavoura com os pais.

Aos 20 anos, pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.

Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor às penitências. Começou a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a Eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.

Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à Eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos 31 anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora Mosteiro de Santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte. Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois dizia: "este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.

Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira santa da América Latina ao ser canonizada, em 1671, pelo papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.


Santa Rosa de Lima, rogai por nós!

 

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Por que Nossa Senhora é Rainha?


“É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher”. Santo Anselmo 

A Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha no dia 22 de agosto; isto é sete dias após o dia de sua Assunção ao céu, dia 15 de agosto, que foi colocada no domingo seguinte, depois da reforma litúrgica.

Na belíssima e tradicional Ladainha Lauretana, a Igreja saúda Maria com uma série de invocações que se cantavam no santuário de Loreto, na Itália, onde está conservada, segundo uma tradição piedosa, a casa de Nossa Senhora em Nazaré levada para lá. Essa Ladainha é como se fosse um riquíssimo colar de títulos, honras e glórias de Maria, e revela verdades profundas sobre a Mãe de Deus. Ali encontramos Maria sendo saudada como Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.

Ela é a rainha dos Anjos, pois eles a obedecem e, como diz S. Luiz de Montfort, estão ávidos por receber dela uma ordem, a fim de poderem demonstrar seu amor. Também os demônios a obedecem e fogem de sua presença; pois com seus pés virginais ela recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás (Gn 3,15).


Ela é a Rainha dos Patriarcas: Abraão, Isaac, Jacó, David…, os pais do povo de Deus que aguardavam ansiosamente a chegada do reino celeste, o qual veio com Jesus, por Maria.

Se Jesus é o Rei, o Esperado das Nações, Maria é a Rainha que O trouxe.

Ela é a Rainha dos Profetas porque Cristo é o Profeta por excelência. Ele mesmo o disse: “Nenhum profeta é bem aceito em sua pátria” (Lc 4,24). E o povo O aclamava em Jerusalém: “Este é Jesus o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21,11). Após a multiplicação dos pães o povo dizia: “Este verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” (Jo 6,14). E todos os profetas antigos O anunciaram.

Ora, se Jesus é o grande Profeta, Sua santíssima Mãe é a Rainha de todos os demais profetas. Santo Efrém, doutor da Igreja, a chamou de “glória dos profetas”; São Jerônimo escreveu que ela foi “a profecia que os profetas profetizaram”; Santo André de Creta dizia que ela era “o resumo das divinas profecias, sobre as quais falaram todos os que receberam o dom de interpretar”, e São Boaventura a louvou como “a voz mais verdadeira das que anunciaram os oráculos de Deus” (Maria Medianeira, p. 90).

Ela é a Rainha dos Apóstolos. Cristo a deu a seus Apóstolos como Mãe aos pés da cruz, para que sob sua proteção materna eles pudessem cumprir a difícil missão de levar o Evangelho a todos. Foi sob sua guarda que a Igreja iniciou sua história missionária no dia de Pentecostes. Nos Atos dos Apóstolos.

Maria aguardava junto com os discípulos o “cumprimento da promessa do Pai” (At 1,4) de que seriam “batizados no Espírito Santo”. E Maria ali presente no Cenáculo, atraiu seu Esposo, o Espírito Santo, sobre todos eles, com suas orações.

Assim, como gerou Jesus, a Cabeçada Igreja, pela ação do Espírito Santo, ela, em Pentecostes, pela ação do mesmo Espírito começava a gerar a Igreja, o corpo Místico de seu querido Jesus.

Leia também: 22/08 – Nossa Senhora Rainha
Oração de Santo Afonso a Nossa Senhora Rainha
Nossa Senhora Rainha

Quanto não terá Maria consolado, animado e fortalecido aos Apóstolos, com sua fé, seu amor e sua presença!… É fácil de imaginar o quanto ela foi importante para eles após a Ascensão de Jesus ao céu.

Acima de tudo, Maria é a Rainha dos Apóstolos como disse o Papa Paulo VI, na encíclica “Evangeii Nuntiandi”, é “a Estrela da Evangelização”. Em nossos dias sobretudo, com suas mensagens frequentes com muitas aparições, Ela nos ensina como se deve viver o Evangelho de seu Filho.

“Ela tem um poder sobre o coração do homem que só Cristo lhe podia dar, como diz o Pe. Paschoal Rangel. Ela “fala” no mais íntimo dos cristãos, e ali, com essa Palavra interior, é mais apóstola do que o poderiam ser todos os apóstolos” (MM, p. 92).

Ela é também a Rainha dos Mártires que derramaram seu sangue para testemunhar Jesus. Ninguém sofreu tanto por Jesus quanto Maria, por isso ela é a Mártir dos Mártires. Logo na apresentação de Jesus no Templo, quarenta dias após Seu nascimento, o profeta Simeão já lhe avisa sobre o mar de dores que terá pela frente: “Uma espada transpassará tua alma” (Lc 2,35).

O padre Inácio Valle explica muito bem os mistérios ocultos nessa “espada de Simeão”: “Maria compreende a diferença essencial entre o seu oferecimento e o das outras mães, pois estas cumprem uma cerimônia: ofereciam os filhos, e em seguida os tornavam a receber, pagando o resgate no Templo de Jerusalém. Maria sabe que oferece seu Filho para a morte, que Deus o aceita e a morte será infalivelmente executada.

Pela boca do santo velho Simeão, Deus lhe manifesta que também Ela acompanhará os martírios da Vítima com sofrimentos inauditos” (Vamos Todos a Maria Medianeira, p. 51).
Falando sobre isso o Papa Leão XIII, na encíclica “Jucunda semper expectatione”, assim disse: “Quando se ofereceu a Deus como escrava para a missão de mãe, ou quando se ofereceu com seu Filho como total holocausto no Templo, desde esses fatos tornou-se co-participante da laboriosa obra de expiação do gênero humano” (VtMM, p. 51).

Assista também: Festa de Nossa Senhora Rainha

Maria sofreu como ninguém por nossa salvação. Ela participou intimamente de toda a paixão de seu Filho, a quem amava infinitamente. Ela viu e experimentou o sofrimento de Jesus, as maiores dores físicas e morais que a um ser humano foi dado experimentar. Por isso é a Rainha dos Mártires, pois viveu o maior martírio.

Podemos dizer com os Santos que Maria sofreu uma série de martírios, mesmo sem morrer. A espada de seu martírio não foi a do carrasco, pior ainda, foi a da alma, da compaixão a Jesus. A dor da alma é pior que a do corpo.

Ensinam-nos os santos que Deus, querendo associar Maria à obra da salvação, fez dela também “a mulher das dores”, e para isto lhe deu a graça e a força sobrenatural para que não desfalecesse em tanto sofrimento.

O Papa Bonifácio IV a chamou de “a Santa dos Mártires”, em 13 de maio de 609, quando incorporou o antigo Panteão ao cristianismo, dedicado a Maria (Temas Marianos, p. 275).
Ninguém como Maria viveu também aquilo que S. Paulo disse: “Eu que agora me alegro nos sofrimentos por vós, e completo na minha carne o que falta ao sofrimento de Cristo pelo Seu corpo, que é a Igreja” (Cl 1,24).

Diz o Pe. Faber, sacerdote espanhol, que “a Paixão foi o sacrifício de Jesus na Cruz e a compaixão foi o de Maria ao pé da cruz, sua oferenda ao Eterno Pai, oferenda de uma criatura sem pecado, consumida para expiar culpas alheias” (TM, p. 276).

O Papa Bento XV, na encíclica “Inter Sodalicia”, de 22 de março de 1918, assim se expressa: “Referem comumente os doutores da Igreja que a Santíssima Virgem, a qual como que ‘se ausentou’ durante a vida pública de Cristo, não sem plano divino se achou presente na hora de Sua crucifixão e morte. A saber, de tal modo sofreu e “morreu” com Cristo paciente e agonizante, de tal modo abdicou do seu direito materno sobre a vida do Filho, imolando-O assim, enquanto podia, à divina justiça, que se pode dizer com razão que Ela remiu o mundo juntamente com Cristo” (VtMM, p. 59).

Por tudo isso, a Virgem Maria é Rainha,  Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos; Rainha concebida sem pecado original, Rainha Assunta ao céu, Rainha do sacratíssimo Rosário e Rainha da Paz.

Fonte: Prof. Felipe Aquino


Nossa Senhora Rainha - Mãe da Igreja

Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação

Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.

Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).

Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.


Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

Santo do dia - 22 de agosto

São Filipe Benício


Filipe Benício nasceu no dia 15 de agosto de 1233, no seio de uma rica família da nobreza, em Florença, Itália. Aos 13 anos, foi enviado, com seu preceptor, a Paris para estudar Medicina. Voltou e foi para a Universidade de Pádua, onde, aos 19 anos, formou-se em Filosofia e Medicina. Depois, durante um ano, exerceu a profissão na sua cidade natal.

Devoto de Maria e muito religioso, possuía, também, sólida formação religiosa. Nesse período de estabelecimento profissional, passou a frequentar a igreja do mosteiro e, com os religiosos, aprofundou o estudo das Sagradas Escrituras. Logo suas orações frutificaram e recebeu o chamado para a vida religiosa. Filipe contou que tudo aconteceu diante do crucifixo de Jesus: uma luz veio do céu e uma voz mandou-o servir ao Senhor, na Ordem dos Servitas.

Foi a Monte Senário, pediu admissão nos Servos de Maria, onde ingressou, em 1254, como irmão leigo, destacando-se logo pela retórica. Certo dia do ano 1258, estava em companhia de um sacerdote e o prior quando encontraram dois dominicanos no caminho. Conversaram um bom tempo e Filipe discursou com tanta desenvoltura, sabedoria e eloquência que, nesse mesmo ano, foi ordenado sacerdote.

Em 1262, foi nomeado professor de noviços e vigário assistente do prior-geral. Por voto unânime, em 1267, foi eleito prior-geral da Ordem dos Servitas. Quando o papa Clemente IV morreu, no ano seguinte, Filipe foi proposto como candidato à cátedra de Pedro, mas retirou-se para as montanhas, onde ficou por algum tempo.

Sob sua direção, os frades servitas expandiram-se rapidamente e com sucesso. Participou do Concílio Ecumênico de Lyon, em 1274, na França. Era um conciliador, sendo que sua pregação talentosa e eficiente trouxe frutos benéficos para a Ordem e para a Igreja.

Atuou, a pedido de Roma, para promover a paz na acirrada disputa entre duas famílias dominantes de Forli, cidade do norte da Itália, em 1283. Eram os guelfos apoiando os pontífices e os guibelinos, os imperadores germânicos. Lá, Felipe recebeu um tapa no rosto, do jovem guibelino Peregrino Laziosi. Filipe aceitou o golpe. O jovem, mais tarde, arrependeu-se. Foi ao seu encontro, pediu desculpas e ingressou na Ordem. Peregrino tornou-se tão humilde e caridoso para com o povo que se tornou um dos santos da Igreja.

Segundo os registros da Ordem e a tradição, Filipe gozava da fama de santidade em vida. Morreu em 22 de agosto de 1285 na cidade de Todi, quando voltava para Roma. Foi canonizado pelo papa Clemente X em 1617. Suas relíquias estão sob a guarda da igreja Santa Maria das Graças, em Florença, sua cidade natal. A memória de são Filipe Benício é celebrada no dia 22 de agosto. Algumas localidades comemoram no dia seguinte, devido à festa da Santa Virgem Maria Rainha. 


São Filipe Benício, rogai por nós!
 

domingo, 21 de agosto de 2016

Evangelho do Dia



EVANGELHO COTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


21º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Lucas 13,22-30.
Naquele tempo, Jesus dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava. 
Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo: ‘Abre-nos, senhor’; mas ele responder-vos-á: ‘Não sei donde sois’.
Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo, e tu ensinaste nas nossas praças’.
Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois. Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade’.
Aí haverá choro e ranger de dentes, quando virdes no reino de Deus Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas, e vós a serdes postos fora.
Hão de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.
Comentário do dia:
«Jesus [...] ensinava nas cidades e aldeias por onde passava.»

Prestai atenção, caríssimos irmãos: as sagradas Escrituras foram-nos transmitidas, por assim dizer, como cartas vindas da nossa pátria. Com efeito, a nossa pátria é o paraíso; os nossos pais são os patriarcas, os profetas, os apóstolos e os mártires; os nossos concidadãos são os anjos; o nosso Rei é Cristo. Quando Adão pecou, fomos por assim dizer lançados no exílio deste mundo. Mas, porque o nosso Rei é fiel e misericordioso, mais do que se possa imaginar ou dizer, dignou-Se enviar-nos, por intermédio dos patriarcas e dos profetas, as sagradas Escrituras, como cartas pelas quais nos convidava para a nossa eterna e primeira pátria. [...] Em razão da sua inefável bondade, convidou-nos a reinar com Ele.

Nessas condições, que ideia farão de si mesmos os servos que [...] não se dignam ler as cartas que os convidam para a bem-aventurança do Reino ? [...] «Aquele que ignora será ignorado» (1Cor 14,38). Na verdade, àquele que negligencia procurar Deus neste mundo pela leitura dos textos sagrados, Deus, por seu lado, recusar-Se-á a admiti-lo à bem-aventurança eterna. Este deve temer que lhe fechem as portas, que o deixem de fora com as virgens loucas (Mt 25,10) e que mereça ouvir: «Não sei quem vós sois; não vos conheço; afastai-vos de Mim, vós todos que fizestes o mal». [...] Aquele que quiser ser favoravelmente escutado por Deus deve começar por escutar a Deus. Como terá a veleidade de querer que Deus o escute favoravelmente, se Lhe presta tão pouca atenção, que nem se preocupa em ler os seus preceitos? 

Santo do dia - 21 de agosto

 São Pio X

"Um pobre pároco da roça", assim se definia. Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835. Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E, desde criança, manifestou sua vontade de ser padre.

Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e piedosa, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no seminário e, aos 23 anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi vice-vigário em uma pequena aldeia. Depois vigário de uma importante paróquia, cônego da catedral de Treviso, bispo da diocese de Mântua, cardeal de Veneza e, após a morte do grande papa Leão XIII, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.

No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado "restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja. Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à Eucaristia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos 7 anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo. Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.

Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como "um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse. Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de são Pedro". Quando alguém o chamava de "padre santo", ele corrigia sorrindo: "Não se diz santo, mas Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.

No dia 20 de agosto de 1914, aos 79 anos, Pio X morreu. O seu testamento assim se inicia:"Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer pobre".

O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954 ele foi oficialmente canonizado.


São Pio X, rogai por nós!

sábado, 20 de agosto de 2016

Santo do dia - 20 de agosto

São Bernardo de Claraval


Abade e doutor da Igreja
Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia.

Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, 30 pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada.

A contribuição de Bernardo dentro da ordem foi de tão grande magnitude que ele passou a ser considerado o seu segundo fundador. No seu ingresso, em 1113, eram apenas vinte membros e um mosteiro. Dois anos depois, foi enviado para fundar outro na cidade de Claraval, do qual foi eleito abade, ficando na direção durante 38 anos. Foi um período de abundante florescimento da Ordem, que passou a contar com 165 mosteiros. Bernardo, sozinho, fundou 78 e, em suas mãos, mais de 700 religiosos professaram os votos. Quando Bernardo faleceu, havia 700 monges em Claraval.

Bernardo viveu uma época muito conturbada na Igreja. Muitas vezes, teve de deixar a reclusão contemplativa do mosteiro para envolver-se em questões que agitavam a sociedade. Foi pregador, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de papas, reis, bispos e também polemista político e tenaz pacificador. Nada conseguia abater ou afetar sua fé, imprimindo sua marca na história da espiritualidade católica romana.

Ao lado dessas atividades, nesse mesmo período, teve uma atividade literária muito expressiva, em quantidade de obras e qualidade de conteúdo. Tornou-se o maior escritor do seu tempo, apesar de sua saúde sempre estar comprometida. Isso porque Bernardo era um religioso de vida muito austera, dormia pouco, jejuava com frequência e impunha-se severa penitência.

Em 1153, participando de uma missão em Lorena, adoeceu. Percebendo a gravidade do seu estado, pediu para ser conduzido para o seu Mosteiro de Claraval, onde pouco tempo depois morreu, no dia 20 de agosto do mesmo ano. Foi sepultado na igreja do mosteiro, mas teve suas relíquias dispersadas durante a Revolução Francesa. Depois, sua cabeça foi entregue para ser guardada na catedral de Troyes, França.

Seus livros de teologia e de ascética são lidos ainda hoje. Recorde-se "Tratado do amor de Deus" e "O Cântico dos Cânticos", uma terna declaração de amor à Virgem.

Um de seus pensamentos: "Amar a Deus é ter caridade. Procurar ser amado por Deus é servir à caridade".

São Bernardo de Claraval, canonizado em 1174,por Alexandre II, recebeu, com toda honra e justiça, o título de doutor da Igreja em 1830, por Pio VIII.


 São Bernardo de Claraval, rogai por nós!