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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dom Sérgio da Rocha é nomeado pelo papa chefe da Arquidiocese de Brasília

O Vaticano publicou ontem no jornal L’Osservatore Romano o nome do novo arcebispo metropolitano de Brasília: Dom Sérgio da Rocha, que, de 2007 a 2008, foi arcebispo coadjutor antes de assumir o arcebispado de Teresina. O comando da igreja local estava vago desde a saída de dom João Braz de Aviz, em 15 de fevereiro último, para servir em um alto posto no Vaticano. Dom Sérgio, 51 anos, será o mais jovem arcebispo a dirigir a igreja local, entre os três que o antecederam. A posse está marcada para 6 de agosto.


Esta é a segunda vez que um arcebispo de Teresina é transferido para Brasília. O primeiro foi o cardeal dom José Freire Falcão, que assumiu em 1984 e atualmente é arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília.

Em entrevista ao Correio (leia Cinco perguntas para), o novo arcebispo mostrou-se surpreso com a sua escolha pelo Vaticano. O religioso evitou assuntos polêmicos como o da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder direitos e deveres civis a uniões homoafetivas. Preferiu guardar as opiniões porque ainda não é o arcebispo de Brasília. “Prefiro falar disso em outro momento”, explicou. Ele é conhecido dentro da Igreja Católica como moderno e muito ligado aos acontecimentos da realidade. No site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há vários artigos dele em que expressa opinião sobre temas atuais, como a importância da Lei Maria da Penha e o acidente nuclear de Fukushima, no Japão. O bispo propõe uma revisão nas normas de segurança das usinas nucleares.

Dom Sérgio nasceu em 1959, em Dobrada, no interior de São Paulo, e teve rápida ascensão na trajetória eclesiástica. Tornou-se padre aos 25 anos e aos 42 era bispo pela Catedral de São Carlos (SP). Estudou filosofia, fez mestrado em São Paulo e doutorado em Roma. Foi bispo auxiliar de Fortaleza e, até a divulgação da nomeação para Brasília, era arcebispo metropolitano de Teresina. Na segunda-feira, ele comemorou uma década de bispado. “No dia 13, comemorei 10 anos como bispo com o desafio de vir para Brasília. Tenho esperança de contar com o apoio do povo de Brasília, porque o bispo não trabalha sozinho, mas em equipe e com muito diálogo para definir as ações da igreja”, disse.

O novo arcebispo de Brasília, integrante do Conselho Permanente da CNBB, desembarcou ontem na cidade para uma reunião da Conferência. Para comemorar a escolha de dom Sérgio, ontem, os religiosos da Arquidiocese celebraram uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana.

Cinco perguntas para Dom Sérgio da Rocha

A que o senhor credita a escolha?
Eu não imaginava que pudesse ser nomeado para Brasília. Recebi a notícia com surpresa. Imaginei que tivessem outros que pudessem assumir. Até porque estou em Teresina há apenas quatro anos. Acredito que fui escolhido por causa do meu trabalho aqui (Teresina) e em Fortaleza, que também é uma grande capital. Tem as funções que exerço na CNBB e isso, de alguma maneira, deve ter colaborado. Venho direto a Brasília. Numa perspectiva de fé, eu entendo que quando se entrega uma função como essa para alguém, não é só pela experiência, mas conta também o dom e graça concedida por Deus.
Brasília é a capital do país e respira política. Como o senhor pretende lidar com essa característica da cidade?
O campo da política é importante e a Igreja deve dar atenção especial a ele. Mas Brasília não se reduz a isso. Tem o campo da educação, da saúde, da universidade, dos mais pobres. Tem muitas outras coisas que é preciso dar atenção. No campo político, a relação com a Igreja deve ser de respeito, diálogo cordial e da autonomia. A Igreja tem o seu papel e os Poderes da República, o seu campo de atuação. Desse modo, a gente contribui para o povo, que é o mesmo cuidado pela Igreja e pelo Estado. A gente pretende estimular a cidadania, de modo que ele saiba os seus direitos e suas obrigações.

Brasília abriga os Três Poderes e daqui saem decisões importantes e algumas delas ferem os preceitos católicos, como a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer os direitos e deveres civis a casais homoafetivos. O que o senhor pensa a respeito desse assunto e como pretende lidar com essas decisões sendo o principal administrador da Igreja Católica na capital do país?
Eu hoje vou focar a entrevista mais na minha ida para Brasília. Em outro momento mais calmo, eu comento esse assunto. Prefiro me ater à passagem para Brasília. Não nego a atender no futuro. Só adianto que o critério geral será respeitar as distintas competências.

A violência é um tema que tem assustado o fiel brasiliense. Tivemos um sequestro longo na última terça-feira e uma freira era refém. A presença de um diácono da Pastoral Carcerária foi importante na negociação. Como o senhor pretende amenizar esse sentimento de insegurança dos fiéis?
Essa preocupação da violência não se reduz a esse fato. Infelizmente, tenho percebido que esse tipo de situação está crescendo e agravando-se. Penso que a população deve saber que essas preocupações e essas angústias são também as do arcebispo da Igreja. Eu também sinto e assumo como causa procurar considerar atentamente e buscar as saídas para isso.
Quais seriam essas saídas?
A Igreja pode desempenhar vários papéis. Seja na linha da formação das pessoas, na educação, mas também na linha da justiça social. Há pouco tempo, tivemos uma campanha da fraternidade que recordava as palavras do profeta Isaías, que a paz é fruto da justiça. É muito importante manter a justiça social. Esse lado da formação da consciência e da cidadania é fundamental. Isso a Igreja já pode e deve fazer. Trabalhar o coração das pessoas na linha da espiritualidade é muito importante. A paz tem que acontecer como fruto da justiça social.

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