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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

19 de outubro - Santo do dia

São João de Brébeuf e companheiros


No século XVII, a Companhia de Jesus participou da aventura pelos mares desconhecidos que levou à descoberta e colonização de um novo mundo: o continente americano. Nas expedições, os jesuítas garantiam a chegada da Palavra de Deus e os conhecimentos do cristianismo aos povos colonizados, e ao mesmo tempo davam apoio espiritual aos corajosos expedicionários durante as viagens. Comandantes, navegadores e marinheiros eram os portadores da civilização, enquanto os jesuítas tinham como bandeira a catequese.

Hoje, a Igreja busca um convívio harmonioso com as civilizações indígenas de todo o mundo, respeitando seus princípios culturais e religiosos. Mas até chegar a esse ponto, os conflitos entre formas de fé diferentes fizeram muitas vítimas, cujo sangue deve servir de ensinamento e profunda reflexão.

E se os conquistadores dizimaram populações locais, os primitivos moradores das três Américas também produziram muitos mártires entre os que viajavam com a palavra da paz e da salvação. A data de hoje foi incluída no calendário da Igreja para homenagear a memória do martírio de oito missionários jesuítas, todos de origem francesa: João de Brébeuf, chefe da missão, Isaac Jegues, Renato Goupel, João de Landi, Gabriel Lalmant, Antônio Daniel, Carlos Gurmier e Natal Chabanel.

Esse grupo de mártires representa a primícia da santidade do continente norte-americano, envolta com o sangue do martírio. Mas com certeza fazem parte da segunda geração de jesuítas e franciscanos enviados para a catequização, por isso adentraram bastante o continente. Eles estavam espalhados na selvagem região coberta por imensas florestas e grandes lagos, nos confins dos Estados Unidos com o Canadá. Os povos locais, conhecidos como "peles-vermelhas", eram formados pelas tribos guerreiras dos urões e dos iroqueses, que disputavam o território, mas que se uniam para resistir bravamente aos "homens brancos" invasores, vingando-se sangrentamente em todos os que lembrassem os inimigos, principalmente nos jesuítas, cuja única arma era a Palavra de Deus.

Foram torturados e mortos em diferentes datas, entre 1642 e 1649, num período de inquietação na vida da recente colônia americana, não só religiosa como também política. Deles, apenas as relíquias de João de Brébeuf e Gabriel Lalmant foram encontradas e levadas para Quebec, Canadá, por ser colônia francesa, onde até hoje estão expostas às orações dos devotos e peregrinos.

As duas tribos responsáveis pelos crimes contra os missionários continuaram a guerrear entre si por muitos anos. Até que os urões, quase exterminados pelos iroqueses, foram abrigar-se nas antigas missões de Santa Maria, que ainda se conservavam de pé e eram mantidas por jesuítas. Lá, os mais de dois mil e setecentos indígenas tomaram conhecimento da palavra de Jesus, converteram-se e foram batizados.

A colina onde foram assassinados padre Jegues e seus companheiros é chamada de "Montanha da Oração", e ainda hoje existe uma paróquia formada e mantida pelos urões católicos. Nos locais onde os outros morreram, outras igrejas foram construídas e destinadas à comunidade católica indígena.

São João de Brébeuf e companheiros, rogai por nós!

 
São Paulo da Cruz


Foi aos dezenove anos de idade, após ouvir um sermão sobre a Paixão de Cristo, que Paulo Francisco Danei decidiu-se pela vida religiosa. Nascido em Ovada, na Alexandria, região norte da Itália, no dia 3 de janeiro de 1694, era o primeiro dos dezesseis filhos de um casal de nobres e fervorosos cristãos. Apesar do nome e da posição social, a família não possuía fortuna. Seu pai era um dedicado comerciante que viajava muito. Desde a infância Paulo acostumou-se a acompanhar o pai, primeiro como seu companheiro, depois, também, para ajudá-lo nos negócios.

Também desde pequeno se entregava a exercícios de oração e penitência e à leitura da vida dos santos, encantando-se, especialmente, com a dos eremitas. Gostava de ir à igreja para rezar o terço. Essa rotina floresceu e fez crescer sua vocação.

Quando ouviu o sermão que o tocou, já pertencia à Irmandade de Santo Antônio. Primeiro pensou em alistar-se como voluntário na cruzada contra os turcos, organizada pelo exército veneziano. Depois, rezando perante a santa eucaristia, ouviu o chamado de Deus para a vida religiosa. Iniciou, então, suas intensas orações contemplativas e penitências.

Junto com seu irmão João Batista, foram viver como eremitas no monte Agentário. Durante a semana, privavam-se de tudo, oravam e penitenciavam-se. Aos domingos, dirigiam-se às cidades, onde pregavam e enalteciam a Paixão do Senhor. Assim, amadurecia em seu coração o projeto de uma comunidade religiosa. Até que, segundo ele, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro.

Motivado pelos sermões que atraíram tantos seguidores e apoiado pelo bispo de Alexandria, fundou, em 1720, a Congregação dos Clérigos Descalços da Santa Cruz e da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou dos Padres Passionistas, ordenando-se com o nome de Paulo da Cruz. As Regras da Congregação eram tão severas que seu fundador teve de abrandá-las para serem aprovadas definitivamente pelo papa Bento XIV, em 1741. Os integrantes receberam as ordens sacerdotais do bispo e, com as doações do povo, foi construído o primeiro convento da Congregação, em Agentário.

Idoso e doente, quando foi desenganado pelos médicos Paulo da Cruz mandou pedir a bênção do papa Pio VI. Este, porém, além de responder-lhe que era muito cedo para partir, ordenou que fosse ao Vaticano em três dias. Motivado pelo pontífice, cumpriu a ordem, chegando na data solicitada. Permaneceu em Roma por três anos até morrer, no dia 18 de outubro de 1775, aos oitenta e um anos de idade.

Foi canonizado pelo papa Pio IX em 1867. As relíquias de são Paulo da Cruz são veneradas na Basílica de São João e São Paulo e a festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. Hoje, a Ordem dos Padres Passionistas está em missão nos cinco continentes. No Brasil, eles chegaram em 1911 e têm a sede instalada em São Paulo.

São Paulo da Cruz, rogai por nós!  


São Pedro de Alcântara 


Em 1499, na Espanha, quase divisa com Portugal, na vila de Extremadura de Alcântara, nasceu o filho do governador Pedro Garabido e de sua esposa, Maria Villela de Sanabria. O menino herdou o nome do pai, mas na infância ganhou dos amiguinhos o apelido de "santo", por sua modéstia e simplicidade. Depois, na Universidade de Salamanca, além de destacar-se por sua inteligência e pela aplicação nos estudos, evidenciou-se pelo estilo de vida, monástica, comparada à dos alegres colegas de turma. Pedro freqüentava, diariamente, a igreja e não ficava um dia sequer sem ajudar os pobres.

Enquanto sonhava com a consagração religiosa, o pai desejava que o filho fosse o seu sucessor. Em vão. Aos dezesseis anos de idade, Pedro solicitou admissão na Ordem Primeira dos Frades Menores de São Francisco de Assis. E aos vinte já era o superior no Convento de Badajoz, tornando-se conhecido pelo dom do conselho. A sua fama de pregador e confessor ganhou, rápido, destaque em toda a Igreja.

Nesse período, as suas penitências eram tão severas que chamou a atenção dos demais monges e até dos superiores. Nada tinha a não ser um hábito muito velho, um breviário, um simples crucifixo de madeira e um bastão. Andava descalço e sem chapéu. Jejuava a cada três dias e quando se alimentava ingeria apenas pão, água e legumes, tudo quantidade mínima. Dormia apenas duas horas por noite, sentado. Não bastasse tudo isso, no inverno deixava a janela aberta durante toda a noite.

Eleito provincial da Ordem, visitou todos os conventos: mesmo nessa situação percorria as distâncias com os pés descalços e a cabeça descoberta. Em todos eles, as Regras primitivas da Ordem de são Francisco - de pobreza e caridade absolutas - foram restabelecidas. Sua reforma ultrapassou as fronteiras da Espanha e atingiu até mesmo o convento de Arariba, em Portugal, para onde viajou. Lá, atraiu tantos novos noviços que foi necessário construir um outro Convento para abrigar a todos. De tal modo que o papa Paulo IV autorizou a reforma para outros da província franciscana, alcançando mais de trinta conventos de diversos países.

Na sua época, Pedro de Alcântara conviveu com vários santos e foi o orientador de alguns deles, como: Luiz de Granada, João de Ávila, Francisco Bórgia e Teresa d'Ávila, carmelita e grande reformadora da sua Ordem, de quem foi também confessor e diretor espiritual.

Com fama de santidade, realizou vários prodígios em vida. Aos sessenta e três anos de idade e gravemente enfermo, predisse o dia de sua morte: 18 de outubro de 1562, e de fato foi assim.

Como legado, deixou-nos algumas obras escritas, onde narrou, com riqueza de detalhes, a sua experiência ascética, baseada, sobretudo, na devoção para com a Paixão de Cristo. Canonizado pelo papa Clemente IX em 1669, são Pedro de Alcântara é comemorado em 19 de outubro, um dia após a data de sua morte.


São Pedro de Alcântara, rogai por nós! 

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