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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Santo do dia - 3 de dezembro

São Francisco Xavier


A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China.

Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de idéias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.

Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo.

Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou co-fundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher.

Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa.

Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China.

Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente". 


São Francisco Xavier, rogai por nós!


São Galgano Guidotti
 A cidade de Sena era uma fortificação feudal com o nome de Chiusdino em 1148. Pertencia ao bispo Hugo Volterra quando Galgano Guidotti nasceu nesse ano. Guidotti e Dionísia, seus pais, eram da pequena nobreza da cidade e católicos fervorosos.

Ainda muito pequeno, Galgano ficou órfão de pai. Foi educado pela mãe, que o levou à devoção de são Miguel Arcanjo, que possuía. No tempo apropriado, tornou-se cavaleiro e, abandonando a educação religiosa recebida, passou à uma vida desregrada voltada para os vícios e prazeres mundanos. Sem uma data precisa e conforme a tradição, o jovem cavaleiro Galgano, após sonhar duas vezes com são Miguel Arcanjo, se converteu completamente.

No primeiro sonho, são Miguel aparecia se dirigindo a uma senhora, que Galgano reconheceu ser sua mãe, e pedia que ela lhe desse o filho para o alistar na milícia celeste. A mãe, cheia de alegria, consentia. No segundo, são Miguel o convencia a mudar de vida. E depois, o glorioso Arcanjo o conduzia pela mão a fim de o consagrar à milícia do céu. Entre um e outro, impressionado, Galgano comentava muitas vezes com a mãe.

Mas foi sobre o cavalo que um fato extraordinário lhe aconteceu. O cavalo se recusou duas vezes seguidas a seguir no caminho que iam, conduzindo Galgano para o lugar que vira nos dois sonhos. Lá, ouviu uma voz pedindo que abandonasse a vida de prazeres, que fincasse sua espada numa rocha e construísse, ao redor, uma comunidade religiosa. Assim foi que Galgano fincou sua espada, que penetrou na rocha como se ela fosse de cera, onde permanece até hoje como um dos muitos mistérios que o envolvem.

Galgano vendeu tudo o que tinha e se retirou para aquele local em 1180. Durante onze meses viveu como eremita, jejuando e fazendo penitências. Na ocasião, sua mãe fez uma tentativa para ter o filho de volta ao lar. Propôs que se casasse com uma jovem bela e rica. Porém, ao invés disso, converteu a jovem, que também se voltou para a vida religiosa. Ela fundou um convento com a ajuda do bispo Voltera, em torno da pedra com a espada fincada, e o povo chamou de Abadia "Redonda".

Enquanto isso, Galgano seguiu em peregrinação a Roma, onde esteve com o papa Alexandre III, e lhe contou tudo o que acontecera. Regressou e ingressou na "Redonda" como irmão oblato, vivendo na oração e penitência. Protegido por são Miguel Arcanjo, santificou-se rapidamente. Alguns monges cistercienses, de passagem pela região, colocaram a abadia "Redonda" sob as regras da Ordem.

Morreu em 30 de novembro de 1181, aos trinta e três anos de idade, e foi sepultado ao lado da espada fincada na rocha, no centro da igreja da Abadia "Redonda", em Sena, Itália. Logo o local se tornou a meta de muitas peregrinações, local que até hoje guarda o mistério vivido por ele.

Quatro anos depois, como resultado daquele que é considerado o mais antigo "processo de canonização" da Igreja, Galgano Guidotti foi proclamado santo. Também no mesmo ano, 1185, a Abadia "Redonda" de São Galgano foi consagrada como Santuário. O culto, aberto para os fiéis de todo o mundo, é celebrado no dia 3 de dezembro.

São Galgano Guidotti, rogai por nós!
 

domingo, 16 de novembro de 2014

Santo do dia - 16 de novembro

Santa Gertrudes


A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.

Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.

Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.

A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.

Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.

Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.

A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738. 


Santa Gertrudes, rogai por nós!


São José Moscati
Um santo de avental branco, um santo de nosso tempo, que soube viver integralmente no mundo universitário — do qual era um apreciado expoente — e traduzi-lo na prática cotidiana da profissão de médico, antecipando em alguns lustros aquilo que será chamado a opção pelos pobres.

Nasceu em Benevento, mas atuou sobretudo em Nápoles. Aos pobres dessa cidade dedicou de fato a maior parte de seu tempo. Aos doentes que enchiam seu consultório privado nunca pediu dinheiro. Ao contrário. Na sala de espera havia colocado uma cestinha com o cartaz: “Se tens, coloca quanto queres; se não tens, pega-o”.

Em um hipotético futuro, esta história será talvez relegada aos embelezamentos post mortem. Mas hoje somos testemunhas da caridade heróica desse santo, amado por sua gente, que tocou com a mão a não ostensiva generosidade e a modéstia desse luminar da ciência médica. Beatificado em 1975, subiu rapidamente ao cume da santidade com a solene canonização em 1987.

São José Moscati, rogai por nós!


Santa Margarida da Escócia
Uma rainha tão boa para os súditos que, embora estrangeira, foi profundamente amada por eles. Uma mulher tão cheia de fé que soube mostrar como uma coroa real pode unir-se à coroa da fé. Através do exemplo de sua vida pessoal, levou um país inteiro ao cristianismo, desde a sua época até hoje. Assim foi a rainha Margarida, a santa protetora do povo escocês.

Nascida em 1046, na Hungria, era uma mulher da nobreza, de grande devoção cristã, culta, inteligente, e possuidora de uma sutil e fina diplomacia. As questões políticas levaram-na a asilar-se na Escócia, onde conheceria seu futuro marido. Sua mãe, Águeda, irmã da rainha da Hungria, descendia de santo Estevão e de Eduardo, pretendente ao trono da Inglaterra, expulso pelo usurpador rei Canuto. Numa época tão conturbada, mesmo depois da morte desse último, somente a Escócia conseguiu dar abrigo seguro a essa família real para escapar de atentados fatais.

Não demorou muito para que o rei Malcom III se encantasse com a sua delicada e nobre figura, de personalidade forte e frágil ao mesmo tempo, e a pediu em casamento. Margarida tinha, então, vinte e três anos e aceitou, porque assim agindo compreendeu que poderia melhor levar a mensagem de Cristo ao povo escocês, ainda pagão.

Seu marido não era uma pessoa má, nem violenta, mas sim um pouco rude e ignorante. Não sabia ler, por isso tinha grande respeito por sua mulher instruída. Beijava o livro de orações que ela lia junto dele com devoção e sempre pedia seus conselhos. A rainha, pacientemente e pouco a pouco, alfabetizou-o, sem nunca se sobrepor à sua autoridade. Ela era discreta, modesta e humildemente respeitosa à sua condição de chefe de um povo e uma nação. Quando o rei Malcom III foi tocado pela fé, converteu-se e foi batizado.

Essa atitude do rei mudou completamente os destinos do país, pois o povo também se converteu. O casal teve oito filhos, seis homens e duas mulheres, que receberam instrução e educação cristã necessária aos nobres. O rei também passou a ter uma visão cristã na compreensão dos problemas de seus súditos, e os tratou com total consideração, respeito, bondade e justiça.

No palácio, a rainha continuou a partilhar, diariamente, em sua própria mesa, com órfãos, viúvas, pedintes e velhos desamparados. O rei compartilhava dessa alegria e das obras beneficentes em socorro e amparo aos excluídos. Fundaram muitas igrejas, mosteiros e conventos. Segundo a história da Escócia, foi um período de reinado justo, próspero e feliz para o povo e para a nação.

A rainha Margarida tinha apenas quarenta e seis anos quando foi acometida de grave doença. E resistiu pouco tempo depois que recebeu a notícia da morte do seu marido e do filho mais velho, que caíram combatendo no castelo de Aluwick. Morreu no dia 16 de novembro de 1093, na cidade de Edimburg, e foi sepultada em Dunferline, Escócia.

Venerada ainda em vida pela santidade, foi canonizada, em 1251, pelo papa Inocêncio IV. O culto que celebra santa Margarida da Escócia com grande festa ocorre, no dia de sua morte, em todo o mundo católico.
 
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!
 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Santo do dia - 4 de julho

Santa Isabel de Portugal

Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão, que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer ocupar-se com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha, que recebeu, então, uma formação perfeita e digna no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, dom Dinis. Esse casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas das cortes espanhola e portuguesa; além disso, possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas que humilhavam profundamente a bondosa rainha perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre a situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos.

Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem essas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel recolheu-se no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes, porém, abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 4 de julho de 1336. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".

Santa Isabel de Portugal, rogai por nós!