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domingo, 23 de janeiro de 2022

Quais são as Obras de Misericórdia?

No dia 8 de dezembro começa o Ano jubilar da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, que recomendou que durante esse tempo realizássemos as obras de misericórdia, mas o que são e quais são?

1. Que são as Obras de Misericórdia?

As obras de misericórdia são as ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem nomeadamente em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos. Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus.
Catecismo da Igreja Católica, 2447.

É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos. Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
Papa Francisco, Bula Misericordiae Vultus.

2. Quais são as obras de misericórdia?
Há catorze Obras de misericórdia: sete corporais e sete espirituais.
Obras de misericórdia corporais:
1) Dar de comer a que tem fome
2) Dar de beber a quem tem sede
3) Dar pousada aos peregrinos
4) Vestir os nus
5) Visitar os enfermos
6) Visitar os presos
7) Enterrar os mortos

Obras de misericórdia espirituais:
1)Ensinar os ignorantes
2) Dar bom conselho
3) Corrigir os que erram
4) Perdoar as injúrias
5) Consolar os tristes
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos

As Obras de misericórdia corporais encontram-se, na sua maioria, numa lista enunciada pelo Senhor na descrição do Juízo Final.

A lista das Obras de misericórdia espirituais tirou-a a Igreja de outros textos que se encontram ao longo da Bíblia e de atitudes e ensinamentos do próprio Cristo: o perdão, a correção fraterna, o consolo, suportar o sofrimento, etc.


 

3. Qual o efeito das Obras de misericórdia em quem as pratica?
O exercício das Obras de misericórdia comunica graças a quem as exerce. No evangelho de São Lucas Jesus diz: ‘Dai, e ser-vos-á dado’. Por isso, com as Obras de misericórdia fazemos a vontade de Deus, damos algo que é nosso aos outros e o Senhor promete que nos dará também a nós aquilo de que necessitamos.
Por outro lado, um modo de ir apagando a pena que fica na alma pelos nossos pecados já perdoados é mediante as boas obras. Boas obras são, obviamente as Obras de misericórdia. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), é uma das Bem-Aventuranças.

As Obras de misericórdia também nos vão tornando mais parecidos com Jesus, nosso modelo, que nos ensinou como deve ser a nossa atitude para com os outros. No evangelho de São Mateus encontramos as seguintes palavras de Cristo: “Não entesoureis tesouros na terra, onde a traça os corrói, e onde os ladrões os roubam, mas amontoai tesouros no céu, onde a traça os não corrói, onde os ladrões não os roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Seguindo este ensinamento do Senhor trocamos os bens temporais pelos eternos, que são os que valem de verdade.

*****

As Obras de misericórdia corporais: breve explicação
São Mateus apresenta a narração do Juízo Final (Mt 25, 31-36). Naquele tempo Jesus disse aos seus discípulos: “Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há de sentar-se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. O Rei dirá, então, aos da sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo. Então, os justos vão responder-lhe: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?’ E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: ‘Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes. Em seguida dirá aos da esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me. Por sua vez, eles perguntarão: ‘Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?’ Ele responderá, então: ‘Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer”. Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.”

1) Dar de comer a quem tem fome e 2) dar de beber a quem tem sede.
Estas duas complementam-se e referem-se à ajuda que devemos disponibilizar em alimentos e outros bens aos mais necessitados, àqueles que não têm o indispensável para comer em cada dia.
Jesus, segundo o Evangelho de São Lucas , recomenda: “Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo” (Lc 3, 11).
3) Dar pousada aos peregrinos.
Em tempos antigos dar pousada aos viajantes era um assunto de vida ou de morte, pelas dificuldades e riscos das caminhadas e viagens. Não é o normal hoje em dia. Mas, mesmo assim, poderia acontecer recebermos alguém em nossa casa, não por pura hospitalidade de amizade ou família, mas por alguma verdadeira necessidade.

4) Vestir os nus.
Esta obra de misericórdia dirige-se a aliviar outra necessidade básica: o vestuário. Muitas vezes é-nos proporcionada com as recolhas de roupa que se fazem nas paróquias e noutros centros. Ao entregar a nossa roupa é bom pensar que podemos dar o que nos sobra ou já não nos serve, mas também podemos dar do que ainda nos é útil.
A carta de São Tiago propõe-nos sermos generosos: “Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?” (St 2, 15-16).
5) Visitar os enfermos
Trata-se de uma verdadeira atenção para com os doentes e idosos, tanto no aspeto físico, como em lhes proporcionar um pouco de companhia.
O melhor exemplo da Sagrada Escritura é o da parábola do Bom Samaritano que curou o ferido e, ao não poder continuar a cuidar dele diretamente, confiou os cuidados que necessitava a outro em troca de pagamento (ver Lc 10, 30-37).

6) Visitar os presos
Consiste em visitar os presos e prestar-lhes não só ajuda material, mas também assistência espiritual que lhes sirva para melhorar como pessoas, emendar-se, aprender a desenvolver um trabalho que lhes possa ser útil quando terminarem o tempo que lhes foi imposto pela justiça, etc.
Significa também resgatar os inocentes e sequestrados. Em tempos antigos os cristãos pagavam para libertar escravos ou se trocavam por prisioneiros inocentes.
7) Enterrar os mortos
Cristo não tinha lugar onde repousar. Foi um amigo, José de Arimateia, que lhe cedeu o seu túmulo. Mas, não apenas isso, teve a valentia para se apresentar ante Pilatos e pedir-lhe o corpo de Jesus. Nicodemos também participou e ajudou a sepultá-lo. (Jo 19, 38-42)
Enterrar os mortos parece um mandato supérfluo, porque, de facto, todos são enterrados. Mas, por exemplo, em tempo de guerra, pode ser um mandato muito exigente. Por que é importante dar sepultura digna ao corpo humano? Porque o corpo humano foi morada do Espírito Santo. Somos templos do Espírito Santo (1 Cor 6. 19).

As Obras de misericórdia espirituais: breve explicação

1) Ensinar os ignorantes
Consiste em ensinar os ignorantes em qualquer matéria: também sobre temas religiosos. Este ensino pode ser levado a cabo através de escritos ou da palavra, por qualquer meio de comunicação ou diretamente.
Como diz o Livro de Daniel, “os que ensinam a justiça ao povo, brilharão como as estrelas pela eternidade sem fim” (Dan 12, 3b).
2) Dar bom conselho
Um dos dons do Espírito Santo é o dom do conselho. Por isso, quem desejar um bom conselho deve, primeiramente, estar em sintonia com Deus, pois não se trata de dar opiniões pessoais, mas de aconselhar bem a quem necessita de um guia.
3) Corrigir os que erram
Esta obra de misericórdia refere-se acima de tudo ao pecado. De facto, outra maneira de formular esta obra é: Corrigir o pecador.
A correção fraterna é explicada pelo próprio Jesus no evangelho de São Mateus: “Se o teu irmão pecar, fala com ele a sós para o corrigir. Se te escutar, ganhaste o teu irmão” (Mt 19, 15-17).
Devemos corrigir o nosso próximo com mansidão e humildade. Muitas vezes será difícil fazê-lo, mas, nesses momentos, podemos lembrar-nos do que diz o apóstolo S. Tiago no final da sua Carta: “aquele que converte um pecador do seu erro salvará da morte a sua alma e obterá o perdão de muitos pecados.” (St 5, 20)
4) Perdoar as injúrias
No Pai Nosso dizemos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”, e o mesmo Senhor esclarece: “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas” (Mt 6, 14-16).
Perdoar as ofensas superar a vingança e o ressentimento. Significa tratar amavelmente a quem nos ofendeu.
O melhor exemplo de perdão no Antigo Testamento é o de José, que perdoou aos irmãos o terem tentado matá-lo e depois vendê-lo. “Não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós próprios, por me terdes vendido para este país; porque foi para podermos conservar a vida que Deus me mandou para aqui à vossa frente” (Gen 45, 5).
E o maior perdão do Novo Testamento é o de Cristo na Cruz, que nos ensina que devemos perdoar tudo e sempre: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34).
5) Consolar os tristes
O consolo para o triste, para aquele que passa por alguma dificuldade é outra obra de misericórdia espiritual.
Muitas vezes, irá a par com dar algum bom conselho que ajude a superar essas situações de dor ou tristeza. Acompanhar os nossos irmãos em todos os momentos, mas principalmente nos mais difíceis, é pôr em prática o comportamento de Jesus que se compadecia com a dor alheia. Um exemplo vem no evangelho de S. Lucas. Trata-se da ressurreição do filho da viúva de Naim: “Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!». O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe” (Lc 7, 12-16).
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
A paciência face aos defeitos dos outros é virtude e é uma obra de misericórdia. No entanto, há um conselho muito útil: quando o suportar esses defeitos causa mais dano que bem, com muita caridade e suavidade, deverá fazer-se uma advertência.
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos
S. Paulo recomenda rezar por todos sem distinção, também por governantes e autoridades, pois “Ele quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (ver 1 Tm 2, 2-3).

Os falecidos que estão no Purgatório dependem das nossas orações. É uma boa obra rezar por eles, para que sejam libertados dos seus pecados (ver 2 Mac 12, 46).

Quais são as Obras de Misericórdia?

 

Transcrito site Opus Dei 

 

sábado, 4 de outubro de 2014

A existência dos Anjos

A existência dos anjos é uma verdade de fé confirmada por vários Concílios, pela Sagrada Escritura e pela Tradição da Igreja, que os apresenta nos escritos dos Santos Padres e dos Santos doutores.

O primeiro Concílio Ecumênico que confirmou a existência dos seres espirituais foi o de Niceia, em 325. Essa verdade foi reafirmada no Concílio de Constantinopla I, em 381. Também o Concílio regional de Toledo, em 400, na Espanha.


Anjos - Uma Verdade da Fé

O Magistério da Igreja confirmou a realidade dos anjos sobretudo no Concílio de Latrão IV (1215), em Roma, ao declarar contra o dualismo dos hereges cátaros:
“Deus é o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, espirituais e corporais; por sua onipotência no início do tempo criou igualmente do nada as criaturas espirituais e corporais, isto é, o mundo dos anjos e o mundo terrestre; em seguida criou o homem, que de certo modo compreende umas e outras, pois consta de espírito e corpo. O diabo e os outros demônios foram por Deus criados bons, mas por livre iniciativa tornaram-se maus. O homem pecou por sugestão do diabo.” (DS 800 ).

A existência dos Anjos foi reafirmada, no II Concílio de Lião, sob Gregório X, em 1274, nos seguintes termos:
“Cremos em um Deus Onipotente…, criador de todas as criaturas, de quem, em quem e por quem existem todas as coisas no céu e na terra, visíveis, corporais e espirituais” (DS 461).

São Paulo ensinava em sua primeira Carta aos fiéis de Colossos:
“Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e invisíveis, Tronos, Dominações (ou Soberanias), Principados, Postestades (ou Autoridades): tudo foi criado por Ele e para Ele”. (Cl 1, 16)

O Concílio de Florença, sob Eugênio IV (1441-2) pelo Decreto “Pro-lacobitis”, e pela Bula “Contate Domine”, de 4 de janeiro de 1441 assim se expressou:
“A sacrossanta Igreja romana crê firmemen te, professa e prega que um só é o verdadeiro Deus…, que é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, o qual quando quis, por sua vontade criou todas as criaturas, tanto espirituais como corporais” (D.S, 706).

O Concílio de Trento (1545-1563) repetiu o ensinamento tradicional definido no IV Concílio de Latrão. Lê-se no Catecismo Romano e na profissão de Fé expressa na Bula “lniunctum nobis”, do Papa Paulo IV de 13 de novembro de 1564:
“Deus criou também, do nada, a natureza espiritual e inumeráveis Anjos para que o servissem e assistissem”. (la. parte, Cap. 2, a.1 do Símbolo., n. 17).

O Concílio Vaticano I (1869-1870) pelos decretos 3002 e 3025 da “Constitutio de fide catholica” -(DS, 1873) – e “Dei Filius”, ao condenar certos erros, afirma:
“Este Deus único verdadeiro…, com um ato libérrimo no início dos tempos, fez do nada ambas as criaturas, a espiritual e a corporal, isto é, a angélica e o mundo; depois a criatura humana, como que participando de ambas, constituída de alma e de corpo”.
O mesmo Concilio condenou os que “Afirmam que fora da matéria, nada mais existe” (Dec. 3022, 3025 – “Contra o materialismo”, DS 1802).
“Se alguém negar que existe um só Deus verdadeiro criador das coisas visíveis e invisíveis, seja anátema”. (DS 1801)

“Se alguém disser que as coisas finitas, quer sejam corpóreas, quer espirituais são emanações da substância divina… seja anátema” ( Contra o Panteísmo,  Cânon 4)

Na Encíclica “Summi Pontificatus”, de 20 de outubro de 1939, Pio XII lamenta que “alguns ainda perguntem se os Anjos são seres pessoais e se a matéria difere essencialmente do espírito” (DS 2318).

O Concilio Vaticano II (1962-1965),  na Constituição Dogmática” “Lumen Gentium”, fala claramente dos anjos:
“Portanto, até que o Senhor venha com toda sua Majestade, e todos os Anjos com Ele (cf. Mt. 25, 31)” (LG, 49)
“A Igreja sempre acreditou estarem mais unidos conosco em Cristo, venerou-os juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos com especial afeto…” (LG,50)
No Cap.VIII sobre “A Bem-aventurada Virgem Maria no Mistério da Igreja” lê-se:
“Maria foi exaltada pela graça de Deus acima de todos os Anjos e todos os homens, logo abaixo de seu Filho, por ser a Mãe Santíssima de Deus”. (LG, 66)
“Todos os fiéis cristãos supliquem insistentemente à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que com suas preces assistiu às primícias da Igreja, também agora exaltada no céu sobre todos os Anjos e bem aventurados…” (LG,69)
As referências aos Anjos são feitas considerando-os como seres reais e não como símbolos ou abstrações.

No Credo do Povo de Deus, do Papa Paulo VI, de 30 de junho de 1968, o santo Padre afirma:
“Cremos em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, Criador das coisas visíveis, como este mundo, onde se desenrola a nossa vida passageira; Criador dos seres invisíveis como os puros espíritos, que também são denominados Anjos, e Criador em cada homem, da alma espiritual e imortal”.

O Catecismo da Igreja afirma sem hesitação a existência dos anjos:
“A existência dos seres espirituais, não-corporais, que e Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição” (§ 328).
Diante de uma certa tendência de negar que os anjos são seres pessoais, mas apenas “instintos” ou “forças neutras”, como se fosse apenas uma tendência para o bem ou para o mal, o Papa Pio XII na sua encíclica “Humani Generis” (1959), reafirmou que os anjos são “criaturas pessoais”, dotadas de inteligência sagaz e vontade livre (DS 3891 [2317]).

São Gregório Magno dizia que cada página da Revelação escrita atesta a existência dos Anjos. A presença e a ação dos anjos bons e maus estão a tal ponto inseridas na história da salvação, na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, que não podemos negar a sua existência e ação, sem destruir a Revelação de Deus.

O fato de muitas vezes os anjos terem sido apresentados de maneira fantasiosa ou infantil, não nos autoriza a negar a sua existência. Por serem seres espirituais, os anjos bons e maus não podem ter a sua existência provada experimental e racionalmente; no entanto, a Revelação atesta a sua realidade.

Eles são mencionados mais de 300 vezes na Bíblia. 
Portanto, não há como negar a existência dos anjos, sem contradizer o claro ensinamento da Igreja.

Fonte: Professor Felipe Aquino