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domingo, 12 de abril de 2009

Mensagem de Páscoa de Sua Santidade Bento XVI

"A ressurreição do Senhor é a nossa esperança"

O Papa Bento XVI fez,
neste domingo, um apelo a favor da paz no Oriente Médio e na África, na mensagem proferida por ocasião da celebração pascal na Praça de São Pedro, no Vaticano. Perante dezenas de milhares de fiéis, o pontífice pediu "esforços renovados, perseverantes e sinceros" para a resolução do conflito entre israelenses e palestinos, a poucas semanas da sua viagem à região, prevista para acontecer de 11 a 15 de maio.
Leia abaixo a íntegra da mensagem de Páscoa de Bento XVI:

"A ressurreição do Senhor é a nossa esperança"

"Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro. A todos vós formulo cordiais votos de Páscoa com as palavras de Santo Agostinho: "Resurrectio Domini, spes nostra - a ressurreição do Senhor é a nossa esperança". Com esta afirmação, o grande Bispo explicava aos seus fiéis que Jesus ressuscitou para que nós, apesar de destinados à morte, não desesperássemos, pensando que a vida acaba totalmente com a morte; Cristo ressuscitou para nos dar a esperança."

"Com efeito, uma das questões que mais angustia a existência do homem é precisamente esta: o que há depois da morte? A este enigma, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte não tem a última palavra, porque no fim quem triunfa é a Vida. E esta nossa certeza não se funda sobre simples raciocínios humanos, mas sobre um dado histórico de fé: Jesus Cristo, crucificado e sepultado, ressuscitou com o seu corpo glorioso. Jesus ressuscitou para que também nós, acreditando n'Ele, possamos ter a vida eterna. Este anúncio situa-se no coração da mensagem evangélica. Declara-o com vigor São Paulo: "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé". E acrescenta: "Se tão somente nesta vida esperamos em Cristo, somos os mais miseráveis de todos os homens". Desde a alvorada de Páscoa, uma nova primavera de esperança invade o mundo; desde aquele dia, a nossa ressurreição já começou, porque a Páscoa não indica simplesmente um momento da história, mas o início duma nova condição: Jesus ressuscitou, não para que a sua memória permaneça viva no coração dos seus discípulos, mas para que Ele mesmo viva em nós, e, n'Ele, possamos já saborear a alegria da vida eterna."

"Portanto a ressurreição não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua "páscoa", da sua "passagem", que abriu um "caminho novo" entre a terra e o Céu. Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e sem repetição: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo. De facto, ao alvorecer do primeiro dia depois do Sábado, Pedro e João encontraram o túmulo vazio. Madalena e as outras mulheres encontraram Jesus ressuscitado; reconheceram-No também os dois discípulos de Emaús ao partir o pão; o Ressuscitado apareceu aos Apóstolos à noite no Cenáculo e depois a muitos outros discípulos na Galileia."

"O anúncio da ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos. Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, àquela visão do mundo que não sabe transcender o que é experimentalmente constatável e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da existência humana. É um facto que, se Cristo não tivesse ressuscitado, o "vazio" teria levado a melhor. Se abstraímos de Cristo e da sua ressurreição, não há escapatória para o homem, e toda a sua esperança permanece uma ilusão. Mas, precisamente hoje, prorrompe com vigor o anúncio da ressurreição do Senhor, que dá resposta à pergunta frequente dos cépticos, referida nomeadamente pelo livro do Coeleth: "Há porventura qualquer coisa da qual se possa dizer: / Eis, aqui está uma coisa nova?". Sim - respondemos -, na manhã de Páscoa, tudo se renovou. "Mors et vita / duello conflixere mirando: dux vitae mortuus / regnat vivus - Morte e vida defrontaram-se / num prodigioso combate: / O Senhor da vida estava morto; / mas agora, vivo, triunfa". Esta é a novidade! Uma novidade que muda a vida de quem a acolhe, como sucedeu com os santos. Assim aconteceu, por exemplo, com São Paulo."

"No contexto do Ano Paulino, várias vezes tivemos ocasião de meditar sobre a experiência do grande Apóstolo. Saulo de Tarso, o renhido perseguidor dos cristãos, a caminho de Damasco encontrou Cristo ressuscitado e foi por Ele "conquistado". O resto já sabemos. Aconteceu em Paulo aquilo que ele há-de escrever mais tarde aos cristãos de Corinto: "Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O que era antigo passou: tudo foi renovado!". Olhemos para este grande evangelizador que, com o audaz entusiasmo da sua ação apostólica, levou o Evangelho a muitos povos do mundo de então. Que a sua doutrina e o seu exemplo nos estimulem a procurar o Senhor Jesus; nos animem a confiar n'Ele, porque o sentido do nada, que tende a intoxicar a humanidade, já foi vencido pela luz e a esperança que dimanam da ressurreição. Já são verdadeiras e reais as palavras do Salmo: "Nem as trevas, para Vós, têm obscuridade / e a noite brilha como o dia". Já não é o nada que envolve tudo, mas a presença amorosa de Deus. Até o próprio reino da morte foi libertado, porque também aos "infernos" chegou o Verbo da vida, impelido pelo sopro do Espírito."

"Se é verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e sobre o mundo, todavia restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio. Se, por meio da Páscoa, Cristo já extirpou a raiz do mal, todavia precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d'Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor. Tal foi a mensagem que, por ocasião da recente viagem apostólica aos Camarões e a Angola, quis levar a todo o Continente Africano, que me acolheu com grande entusiasmo e disponibilidade de escuta. De fato, a África sofre desmedidamente com os cruéis e infindáveis conflitos - frequentemente esquecidos - que dilaceram e ensanguentam várias das suas Nações e com o número crescente dos seus filhos e filhas que acabam vítimas da fome, da pobreza, da doença. A mesma mensagem repetirei com vigor na Terra Santa, onde terei a alegria de estar daqui a algumas semanas. A reconciliação difícil mas indispensável, que é premissa para um futuro de segurança comum e de pacífica convivência, não poderá tornar-se realidade senão graças aos esforços incessantes, perseverantes e sinceros em prol da composição do conflito israelita-palestino. Da Terra Santa, o olhar estende-se depois para os países limítrofes, o Oriente Médio, o mundo inteiro. Num tempo de global escassez de alimento, de desordem financeira, de antigas e novas pobrezas, de preocupantes alterações climáticas, de violências e miséria que constringem muitos a deixar a própria terra à procura duma sobrevivência menos incerta, de terrorismo sempre ameaçador, de temores crescentes perante a incerteza do amanhã, é urgente descobrir perspectivas capazes de devolverem a esperança. Ninguém deserte nesta pacífica batalha iniciada com a Páscoa de Cristo, o Qual - repito-o - procura homens e mulheres que O ajudem a consolidar a sua vitória com as suas próprias armas, ou seja, as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor."

"Resurrectio Domini, spes nostra - a ressurreição de Cristo é a nossa esperança! É isto que a Igreja proclama hoje com alegria: anuncia a esperança, que Deus tornou inabalável e invencível ao ressuscitar Jesus Cristo dos mortos; comunica a esperança, que ela traz no coração e quer partilhar com todos, em todo o lugar, especialmente onde os cristãos sofrem perseguição por causa da sua fé e do seu compromisso em favor da justiça e da paz; invoca a esperança capaz de suscitar a coragem do bem, mesmo e sobretudo quando custa. Hoje a Igreja canta "o dia que o Senhor fez" e convida à alegria. Hoje a Igreja suplica, invoca Maria, Estrela da Esperança, para que guie a humanidade para o porto seguro da salvação que é o coração de Cristo, a Vítima pascal, o Cordeiro que "redimiu o mundo", o Inocente que "nos reconciliou a nós, pecadores, com o Pai". A Ele, Rei vitorioso, a Ele crucificado e ressuscitado, gritamos com alegria o nosso Aleluia!"

Domingo de Páscoa ou Vigilia Pascal

Domingo de Páscoa
O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.

São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na istituição da Eucaristia.

Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.

Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.
Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desolusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".

DOMINGO: CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA!



Senhor, afinal a morte não é um fracasso sem saída!

Se o melhor ainda está para vir, a vida está cheia de sentido: “Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disto nós somos testemunhas. Tendo sido elevado pelo poder de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo, derramando o que vedes e ouvis” (Act 2, 32-33).

Ó Jesus, a tua ressurreição é a garantia da minha., pois estou ligado a ti como os ramos da videira estão ligados ao tronco (Jo 15, 1-8). Meu Deus, é tão grande o teu projecto que até parece demasiado…. (DIÁLOGO ESPONTÂNEO COM JESUS RESSUSCITADO).

São Paulo, consciente da união orgânica que existe entre nós e Cristo exclama: “E Deus que ressuscitou o Senhor, há-de ressuscitar-nos também a nós pelo seu poder” (1 6, 14).

Agora compreendo o mistério da Eucaristia. Nós fazemos um corpo do qual tu és a cabeça. Por isso comemos um só pão (1 Cor 10, 17; 12, 27).

Certo dia, Jesus disse aos discípulos: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia” (Jo 6, 54).

Senhor, que bom é saber que a seiva da Vida Eterna é o Espírito Santo, seiva da videira que vem de ti, que és a cepa, para nós que somos os ramos…. (DIÁLOGO ESPONTÂNEO COM JESUS CRISTO)

A crença na imortalidade aconteceu muito antes de teres nascido, Senhor Jesus. A ressurreição em Cristo não é uma simples imortalidade, pois implica a assunção, através de Cristo, na própria comunhão trinitária.

Os que, porventura, estejam em estado de inferno são imortais, mas não participam da plenitude da ressurreição com Cristo: “Mas aqueles que forem achados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos, não se casam, sejam homens ou mulheres. Como já não podem morrer, são semelhantes aos anjos. Sendo filhos da ressurreição são filhos de Deus” (Lc20, 35-37).

Senhor Jesus ressuscitado, que eu permaneça sempre unido a ti como os ramos vivos da videira estão unidos à cepa ou como os membros do corpo estão unidos à cabeça… (DIÁLOGO ESPONTÂNEO COM CRISTO)

A certeza da ressurreição aconteceu com a experiência pascal dos Apóstolos: “Ficai sabendo, vós e todo o povo de Israel, que é em nome de Jesus de Nazaré, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, que este homem está curado” (Act 4, 10).

Maria, tu que és a maior dos ressuscitados em Cristo, ajuda-nos a ser fieis à nossa missão de testemunhas de Cristo, como tu foste fiel à missão de mãe do Messias

Ave Maria…. (DIÁLOGO COM MARIA). Após a ressurreição de Jesus apareces logo unida à primeira comunidade cristã: a comunidade apostólica de Jerusalém (Act 1, 14).

MÃE DE CRISTO SALVADOR, ROGAI POR NÓS!

CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA!

sábado, 11 de abril de 2009

Sábado Santo

Sábado Santo - De uma antiga Homilia

Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu

que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu,

o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, c

onforme à minha imagem, a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para t

i desde toda a eternidade.”

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (séc IV), de um autor grego desconhecido - Da Liturgia das Horas – II leitura do Sábado Santo

Fonte: Canção Nova

Sábado de Aleluia

Sábado Santo: Noite de Luz!

Eis a Luz de Cristo! Demos graças a Deus!
A Semana Santa é a Semana das Semanas! Neste tempo, vivemos a intensidade do Mistério Pascal, que é constituído pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É certo que a cada Domingo, Dia do Senhor, nós revivemos e celebramos este Mistéiro. E é certo também que em cada Santa Missa, celebramos vivamente o Mistério Pascal. Mas, todo o ano decorre desta Semana Santa. O Tríduo Pascal é uma Fonte da graça de Deus. Nesta Semana, o nosso coração é alimentado pela força do Amor de Deus.

O Sábado Santo é precedido pelo Domingo de Ramos, onde acompanhamos Jesus no Triunfo e na Paixão. Jesus é acolhido em Jerusalém como um Rei, com hinos, ramos nas mãos, roupas jogadas pelo chão, por onde Ele ia passando e com muita euforia. E na mesma liturgia é narrada a Paixão do Senhor. O Triunfo e a Paixão de Jesus nos faz pensar nos nossos altos e baixos ao longo da nossa vida. Em Jesus, encontramos sabedoria e discernimento para louvarmos a Deus nas conquistas e confiarmos Nele nas horas amargas!

O Sábado Santo, é chamado de Vigília Pascal. Na Igreja e na Liturgia Católica, antes de todas as grandes solenidades, tem uma Celebração de Véspera ou Vigília. A Vigília Pascal, antecede o Dia da Páscoa, o Domingo da Ressurreição de Jesus.

A Vigília Pascal faz parte também do Tríduo Pascal, onde vivemos com profundidade os passos de Jesus, rumo ao Calvário, ao Sepulcro e à Ressurreição. Este Tríduo começa com a Quinta-feira Santa, pela conhecida Missa do Lava pés, através da qual Jesus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio, com uma recomendação: "fazei isto em minha memória" (Lc 22,19). A Eucaristia e o Sacerdócio nasceram do coração de Jesus, em torno de uma mesa, para que se fosse cumprida uma Promessa do Senhor: "Eis que estarei convosco, todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20). Tanto pela Eucaristia, como pelo Sacerdócio, o Senhor continua no meio de nós!

Na Sexta-feira Santa, até a natureza se silencia. O Cordeiro é imolado. Jesus, morre na Cruz, rezando: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23,46)! E aí Jesus entrega toda a Sua história e missão. Jesus entrega a Igreja e toda a humanidade. Jesus nos entrega ao Pai! Com esta entrega, Jesus, coloca em prática o Seu ensinamento: "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" (Jo 15,13).

Diante da Vigília Pascal, é como se a Igreja e cada fiel estivesse escalando uma alta montanha. A cada dia, mais um passo e mais próximo do ápice! A cada celebração do Tríduo Pascal, mais perto do cume, do lugar mais alto. Depois, desta caminhada, com o coração aberto e os olhos bem atentos no Senhor, chegamos à grande noite do Sábado Santo, da Vigília Pascal.

O Sábado Santo, é celebrado ao escurecer do dia, à noite. Até as luzes da Igreja, são apagadas. Todo o povo se reúne na escuridão. Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. É na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal, uma vela bem grande, é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do alfabeto grego, ou seja, o Alfa e o Ômega. Pois, representa Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de todos; Senhor do Tempo e da História!

A Vigília Pascal tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia. É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração, onde todos renovam a sua fé e a sua confiança no Deus Altíssimo. A Palavra de Deus recorda toda caminhada do Povo de Israel, aguardando o Messias, e apresenta Jesus como o verdadeiro Messias, Salvador. O Povo de Deus, pede a intecessão dos Santos para que continue perseverante no seguimento de Jesus, que trouxe ao mundo uma Boa Notícia e se alimenta da Eucaristia, Remédio Santo, que cura as enfermidades do corpo e da alma.

A Vigília Pascal é uma celebração solene e com uma catequese muito profunda. Quando participamos cheios de atenção e desejo de nos encontrarmos com o Senhor, ficamos maravilhados com a beleza e o esplendor em torno de Jesus, nossa Luz. A Vigília Pascal transforma a noite mais clara que o dia e nos impulsiona a irmos ao encontro do Senhor Ressuscitado, para vê-Lo e acreditar na vitória da Vida sobre a morte. A Ressurreição de Jesus, torna o Sábado Santo, numa Noite de Luz!

Por: Padre Silvio Andrei

11 de abril - Sábado Santo - Santa Gema Galgani


Santa Gema Galgani

Em 11 de abril de 1903, também um Sábado Santo, faleceu Santa Gema Galgani, aos 25 anos, após intensos sofrimentos.
Transcrevemos algo sobre Santa Gema Galgani, a "Virgem de Luca". Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos.

A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade. Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus.


Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação. Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres.

Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida. Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser.

Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava. Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903. Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Santa Gema Galgani, rogai por nós

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SEXTA-FEIRA SANTA DA PAIXÃO DO SENHOR

Na Sexta-Feira Santa celebramos a Paixão do Senhor.

Celebrar a Paixão de Cristo não é celebrar simplesmente a morte de Jesus, mas sim sua morte vitoriosa! O profeta Isaias, muito antes da vinda de Cristo, já descrevia a imagem de Jesus sofredor tal como uma ovelha conduzida ao matadouro levando sobre seus ombros todos os nossos pecados. É a imagem de uma ovelha muda, mas não resignada. Jesus, nas palavras de Isaias, assume corajosamente sua entrega total, pois, mediante sua morte redentora, entrega seu amor e sua graça ao ser humano, libertando-o do pecado.

Este é o único dia em todo o Ano Litúrgico em que não se celebra a Santa Missa.


O destaque é para a Palavra de Deus na profecia de Isaias, no Salmo 30 que nos mostra Jesus abandonando-se nas mãos do Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. A Carta aos Hebreus (Hb 4, 14-16; 5, 7-9) nos chama a atenção para a obediência de Cristo até a morte de cruz. Por sua obediência, Cristo torna-se o Salvador eterno para todos que têm fé e lhe obedecem.

O Evangelho deste dia é a leitura da paixão segundo João (Jo 18 e 19). O evangelista aqui destaca não apenas os sofrimentos de Jesus enquanto humano, mas sua divindade e sua glória. Ao obedecer ao Pai, a obra da salvação se realiza nele. Para João, Jesus sabe aonde quer chegar, não é apenas uma vítima muda e impotente que cai três vezes sob o peso da cruz; ele tem um sentido, uma meta, um rumo, sua atitude é soberana e nobre. Ele aceita livremente sua paixão. João quer nos mostrar que a cruz assumida por Cristo não é obra do destino, da fatalidade, ela é sim um instrumento de salvação, de redenção de toda a humanidade.

Como afirmei, não há celebração eucarística neste dia, mas há a Comunhão, comungamos das Hóstias que foram consagradas na Quinta-Feira Santa. Lembrando que estamos celebrando a morte vitoriosa de Jesus, nossa Comunhão nos une intimamente ao Cristo Ressuscitado, o mesmo Cristo que se oferece por nós em sacrifício ao Pai. Na Sexta-Feira da Paixão do Senhor celebramos a morte de Jesus na cruz como expressão máxima de seu amor pela humanidade. Sua solidariedade foi tão grande para conosco que “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”, amou-nos até as últimas consequências e deixou-nos um mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13, 34).

A expressão máxima desta celebração é o sofrimento de Jesus. Sofrimento que se solidariza com o sofrimento humano. Deus não deseja e nem quer o sofrimento de ninguém, mas há sofrimentos humanos que não se explicam, pois, entram no mistério. Quantas pessoas inocentes sofrem; quantas crianças sofrem pela falta de solidariedade, pela ganância, pelo egoísmo, pela má distribuição da renda, enfim, são seres inocentes. Por que? Encontrar explicações para o sofrimento de seres humanos inocentes torna-se difícil. Jesus ao solidarizar-se com o sofrimento humano nos mostra sua busca e vivência do amor. O amor não cria sofrimento, ele gera a vida e, Cristo quer vida e vida plena para todos.

Neste dia deve ser observado o jejum (exceto para crianças, enfermos e idosos). Em todo o Ano Litúrgico, esse é um dos dois dias em que se jejua; o outro é o da Quarta-Feira de Cinzas, quando iniciamos a Quaresma. Mas, qual o valor do jejum? Ele tem valor quando está voltado aos meus semelhantes. Deixo de comer algum alimento ou mesmo uma guloseima e destino o valor que gastaria para os mais necessitados. Ele tem valor quando faço “jejum da língua”, deixando de tecer comentários sobre os outros, principalmente quando esse comentário denigre a pessoa do outro. O valor do jejum está presente quando deixo de fazer uma refeição no dia e envio esta refeição a alguma pessoa que sei, passa fome. Fazer o jejum do não-desperdício, respeitando e usando cada coisa conforme a finalidade para a qual foi criada por Deus.

Devo buscar a “minha maneira de jejuar”, isto é, o que de fato posso fazer de concreto pelo meu irmão, o meu próximo, ajudando-o, promovendo-o, oferecendo-lhe condições de uma vida digna. Para isso, o profeta Isaias nos ajuda ensinando-nos o jejum que tem valor: “O jejum que eu quero é este: abrir as prisões injustas... partilhar teu pão com o faminto, hospedar os pobres sem teto, vestir aquele que vês nu, e não te fechares à tua própria carne”.

Enfim, celebrar a Sexta-Feira da Paixão do Senhor é assumir a cruz com Cristo. Mataram Jesus, mas Ele voltou! Ele ressuscitou! Ele venceu o mundo! Ele confirmou o que tinha dito: “Ressuscitarei no terceiro dia!” Por isso, celebrar a Paixão de Cristo é sobretudo celebrar a esperança da vida que vence a morte, é crer na ressurreição, é crer na vida nova gerada em Cristo Jesus!

Autor: Luiz Alberto Massarote

FELIZ PÁSCOA

São os sinceros votos dos editores do Blog Catolicismo Brasil