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quinta-feira, 25 de junho de 2009

25 de junho - Santo do dia

São Guilherme

Com grande devoção, hoje, lembramos a santidade de vida de São Guilherme, que nasc
eu em Vercelli, Itália, no ano de 1085. Órfão muito cedo, foi morar com os familiares que em nada o impediram de seguir Jesus e realizar seus anseios de vida religiosa.

Quando tinha apenas 14 anos, Guilherme saiu com vestes penitenciais para visitar o Santuário de São Tiago Compostela, na Espanha, visando expressar sua caminhada
espiritual. Aconteceu que desejava peregrinar para a Terra Santa, mas devido a turbulências políticas, desviou-se e acabou se retirando no Monte Partênio (Monte da Virgem) e ali se retirou em silêncio, penitência e oração.

São Guilherme, ao começar a construção do Santuário de Nossa Senhora do Monte Virgine, com o tempo, teve de organizar a comunidade dos monges formada a partir de sua total consagração. E desta forma nasceu o primeiro dos vários mosteiros fundados pelo Santo.

Combatente contra o mal, durante os 67 anos de existência ele não admitiu o pecado em sua vida, tanto que diante da malícia de uma mulher, ele preferiu jogar-se em brasas acesas do que nos braços do pecado; e por graça foi preservado milagrosamente de qualquer ferimento.

São Guilherme, rogai por nós!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Estrada Real - Imitação de Cristo

A Estrada Real.

Amados de DEUS, em uma época na qual a humanidade passou a ignorar a verdade de nossa fé e existência, cumpre-nos mais uma vez fazer ecoar nos corações de nossos irmãos o chamado para trilharmos o reto caminho que nos leva a salvação de nossas almas.

Atualmente, segundo consenso mundial, o autor da importantíssima obra “Imitação de CRISTO”, foi o Frei alemão Tomás de Kempis, nascido em 1380, na aldeia de Kempen, próxima a Colônia. Esse abençoado Frei foi monge agostiniano, sendo ordenado sacerdote em 1412. Durante seus 91 anos de vida, viveu no Mosteiro de Santa Ana, onde foi responsável pela condução das almas daqueles que chegavam para se entregar a CRISTO, ou seja, mestre de noviços.

IMITAÇÃO DE CRISTO.

Tomás de Kempis entregou sua bendita alma a nosso SENHOR em 1471, na cidade de Zwolle, distrito de Utreque. É importante ainda que se registre, que o referido Frei além de ser inspirado por DEUS em seus diversos escritos (livros), também foi agraciado com Locuções interiores de nosso SENHOR JESUS CRISTO; como fica muito claro em diversas páginas da abençoada Obra “Imitação de CRISTO”.

Desse referido livro, transcrevemos o seguinte texto:

“A Estrada Real da Santa Cruz”

A muitos parece dura esta linguagem: “Renuncia a ti mesmo, toma a tua cruz e segue a JESUS CRISTO”. (MT. 25, 41)

Pois os que agora ouvem e seguem, docilmente, a palavra da Cruz, não recearão a sentença da eterna condenação.

Este sinal da Cruz estará no Céu, quando o SENHOR vier para julgar.

Então, todos os servos da cruz, que em vida se conformam com CRISTO crucificado, com grande confiança chegar-se-ão a CRISTO Juiz.

Por que temes, pois, tomar a Cruz, pela qual se caminha ao reino do Céu?

Na Cruz está a salvação; na Cruz a vida; na Cruz amparo contra os inimigos; na Cruz a abundância da suavidade Divina; na Cruz a fortaleza do coração; na Cruz o compêndio das virtudes; na Cruz a perfeição da santidade.

Não há salvação da alma, nem esperança de vida, senão na Cruz.

Toma, pois, a tua cruz, segue JESUS e entrarás na vida eterna.

O SENHOR foi adiante, com a Cruz às costas, e NELA morreu por teu amor, para que tu também leves a tua cruz e nela desejes morrer.

Porquanto, se com ELE morreres, também com ELE viverás.

E, se fores seu companheiro na pena, também o serás na Glória.

Verdadeiramente, da Cruz tudo depende e em morrer para si mesmo está tudo; não há outro caminho para a vida e para a verdadeira paz interior, senão o caminho da Santa Cruz e da Continua mortificação.

Vai para onde quiseres, procura o quanto quiseres e não acharás caminho mais sublime em Cima, nem mais seguro embaixo, do que o caminho da Santa Cruz.

Dispõe de ordena tudo conforme teu desejo e parecer, e verás que sempre, hás de sofrer alguma coisa, de bom ou mau grado teu; o que quer dizer que sempre haverás de encontrar a cruz... Ou sentirás dores no corpo, ou tribulações no espírito. Ora serás desamparado de DEUS, ora perseguido pelo próximo, e, o que é pior, não raro serás molesto a ti mesmo.

E não haverá remédio, nem conforto que te possa livrar ou aliviar. Cumpre que sofras quanto tempo DEUS quiser. Pois DEUS quer ensinar-te a sofrer a tribulação sem alivio, para que de todo te submetas a ELE, e mais humilde te faças pela tribulação.

Ninguém sente tão vivamente a Paixão de CRISTO como quem passou por semelhantes sofrimentos.

A cruz, pois, está sempre preparada, e em qualquer lugar te espera. Não lhe podes fugir, para onde quer que te voltes, pois em qualquer lugar a que fores, a levarás contigo, e sempre a encontrarás em ti mesmo.

Volta-te para cima ou para baixo, volta-te para fora ou para dentro, em toda a parte acharás a cruz; e é necessário que sempre tenhas paciência, se queres alcançar a paz da alma e merecer a coroa eterna.

Se levares a cruz de boa vontade, ela te há de levar e conduzir ao termo desejado, onde acaba os sofrimentos, posto que não seja neste mundo. Se a levares de má vontade, aumenta-lhe o peso e fardo maior te impões; contudo é forçosa que a leves.

Se rejeitares uma Cruz, sem dúvida acharás outra, talvez mais pesada.

Pensas escapar aquilo de que nenhum mortal pode eximir-se?

Que santo houve no mundo sem tribulação?

Nem JESUS CRISTO, SENHOR nosso, esteve uma hora, em que toda a SUA Vida, sem dor e sofrimento. “Convinha – disse ELE – que CRISTO sofresse e ressurgisse dos mortos, e assim entrasse na SUA Glória.” ( Lc. 24, 26).

Como, pois, buscas outro caminho que não seja o caminho real da Santa Cruz? Toda a vida de CRISTO foi Cruz e Martírio; e tu procuras só descanso e gozo? Andas errado, e muito errado, se outra coisa procuras, e não sofrimentos e tribulações, pois toda esta vida mortal está cheia de misérias e assinalada de cruzes.

E quanto mais uma pessoa faz progressos na vida espiritual, tanto maiores cruzes encontra; muitas vezes porque o amor lhe torna o exílio mais doloroso. Mas, apesar de tantas aflições, o homem não está sem o alívio da consolação, porque sente o grande fruto que lhe advém à alma pelo sofrimento da cruz.

Pois, quando de bom grado a toma às costas, todo o peso da tribulação se lhe converte em confiança na Divina consolação. E quanto mais a carne é cruciada pela aflição, tanto mais se fortalece o espírito pela graça interior.

E, às vezes, tanto se fortalece pelo amor das penas e tribulações que, para conformar-se com a Cruz de CRISTO, não quisera estar sem dores e sofrimentos, pois julga ser tanto mais aceito a DEUS, quantos mais e maiores males sofre por SEU Amor.

Não é isto virtude humana, mas Graça de CRISTO, que tanto pode e realiza na carne frágil, que o espírito com ardor abraça e ama o que a natureza aborrece e de que foge.

Não é conforme a inclinação humana levar a cruz, amar a cruz, castigar o corpo e impor-lhe sujeição, fugir às honras, aceitar as injúrias, desprezar-se a si mesmo e desejar ser desprezado, suportar as aflições, desgraças e não almejar prosperidade alguma neste mundo.

Se olhares somente a ti, reconheces que de nada disso és capaz. Mas se confiares em DEUS, o Céu te concederá a fortaleza e sujeitar-se-ão teu mando o mundo e a carne. Nem o infernal inimigo temerás, se andares escudado na fé e armado com a Cruz de CRISTO.

Portanto, como bom e fiel servo de CRISTO, dispõe-te a levar a Cruz do teu SENHOR, por teu amor crucificado.

Prepara-te a sofrer muitos contratempos e incômodos nesta vida miserável, pois em toda a parte, onde quer que estiveres, ou te esconderes, os encontrarás. Convém que assim seja e não há outro remédio contra a tribulação da dor e dos males, senão sofrê-los com paciência.

Bebe, generoso, o cálice do SENHOR, se queres ser seu amigo e ter parte com ELE.

Entrega a DEUS as consolações, para ELE dispor delas como LHE aprouver.

Tu, porém, dispõe-te a suportar as tribulações, e considera-as como as consolações mais preciosas, porquanto “não tem proporção as penas do tempo com a Glória futura” (Rom. 8, 18) que havemos de merecer, ainda que tu só as devesses sofrer todas.

Quando chegares a tal ponto em que a tribulação te seja doce e amável por amor de CRISTO, deves dar-te por feliz, pois achaste o Paraíso na terra.

Enquanto o padecer te é molesto e procuras fugir-lhe, andas mal, e em toda parte te persegue o medo da tribulação. Se te resolveres ao que deves, isto é, a padecer e morrer, logo te sentirás melhor e acharás paz. Ainda que fosses arrebatado, como São Paulo, nem por isso estarias livre de sofrer alguma contrariedade.

“EU – diz JESUS – mostrar-lhes-ei o quanto terão de sofrer por Meu Nome.” (At. 9, 16).

Não te resta, pois, senão sofrer, se pretendes amar e servir a JESUS para sempre.

Oxalá fosses digno de sofrer alguma coisa pelo Nome de JESUS!

Que grande glória resultaria para ti, que alegria para os santos de DEUS e que edificação para o próximo!

Pois todos recomendam a paciência, ainda que poucos queiram praticá-la.

Com razão devia padecer, de bom grado, este pouco por amor de CRISTO, quando muitos sofrem pelo mundo coisas incomparavelmente maiores.

Fica sabendo, e tem por certo, que tua vida deve ser uma morte continua, e quanto mais cada um morre a si mesmo, tanto mais começa a viver para DEUS.

Só é capaz de compreender as coisas do Céu, quem por CRISTO se resolve a sofrer toda adversidade.

Nada neste mundo é mais agradável a DEUS, nem mais proveitoso a ti, que o sofrer, de bom grado, por CRISTO. E se te dessem a escolher, antes deverias desejar sofrer adversidade por amor de CRISTO, do que receber muitas consolações, porque assim serias mais conforme a CRISTO e mais semelhante a todos os santos.

Porquanto não consiste nosso merecimento e progresso espiritual em ter muitas doçuras e consolações, mas em sofrer grandes angústias e tribulações.

Se houvera coisa melhor e mais proveitosa para a salvação dos homens do que o padecer, CRISTO, de certo, o teria ensinado com palavras e exemplos.

Pois claramente exorta Seus discípulos e quantos o desejam seguir, a que levem a cruz, dizendo: “Quem quiser vir após MIM, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, e siga-ME.” (Lc. 9, 23)

Seja, pois, de todas as lições e estudos este o resultado final:

“Cumpre-nos passar por muitas tribulações, para entrar no Reino de DEUS.” (At 14, 21).

Ao encerrarmos a transcrição dessas inspiradas palavras do Frei Tomás de Kempis, deixamos um breve apelo:

- Este texto necessita ser muitas vezes lido, e profundamente meditado; frase por frase...

“Louvado seja nosso SENHOR JESUS CRISTO e Sua Santíssima MÃE!”

Qualidades necessárias as Orações

As Cinco qualidades requeridas de todas as ORAÇÕES.

(SERMÕES DE S. TOMÁS DE AQUINO)

PRÓLOGO

AS CINCO QUALIDADES REQUERIDAS PARA TODAS AS ORAÇÕES

“O PAI NOSSO E A AVE MARIA”

1. — A Oração Dominical, entre todas, é a oração por excelência, pois possui as cinco qualidades requeridas para qualquer oração. A oração deve ser: confiante, reta, ordenada, devota e humilde.

2. — A oração deve ser confiante, como São Paulo escreve aos Hebreus (4, 16): Aproximemo-nos com confiança do trono da graça, a fim de alcançar a misericórdia e achar a graça para sermos socorridos no tempo oportuno.

A oração deve ser feita com fé e sem hesitação, segundo São Tiago. (Tg 1,6): Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... Mas peça-a com fé e sem hesitação.

Por diversas razões, o Pai Nosso é a mais segura e confiante das orações. A Oração Dominical é obra de nosso advogado, do mais sábio dos pedintes, do possuidor de todos os tesouros de sabedoria (cf. Cl 2, 3), daquele de quem diz São João (I, 2, 1): Temos um advogado junto ao pai: Jesus Cristo, o Justo. São Cipriano escreveu em seu Tratado da oração dominical: «Já que temos o Cristo como advogado junto ao Pai, por nossos pecados, em nossos pedidos de perdão, por nossas faltas, apresentemos em nosso favor, as palavras de nosso advogado».

A Oração Dominical parece-nos também que deve ser a mais ouvida porque aquele que, com o Pai, a escuta é o mesmo que no-la ensinou; como afirma o Salmo 90 (15): Ele clamará por mim e eu o escutarei. «É rezar uma prece amiga, familiar e piedosa dirigir-se ao Senhor com suas próprias palavras» diz São Cipriano. Nunca se deixa de tirar algum fruto desta oração que, segundo santo Agostinho, apaga os pecados veniais.

3. — Nossa oração deve, em segundo lugar, ser reta, quer dizer, devemos pedir a Deus os bens que nos sejam convenientes. «A oração, diz São João Damasceno, é o pedido a Deus dos dons que convém pedir».

Muitas vezes, a oração não é ouvida por termos implorado bens que verdadeiramente não nos convêm. «Pediste e não recebeste, porque pediste mal», diz São Tiago. (4,3).

É tão difícil saber com certeza o que devemos pedir, como saber o que devemos desejar. O Apóstolo reconhece, quando escreve aos Romanos (8, 26): Não sabemos pedir como convém, mas (acrescenta), o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.

Mas não é o Cristo que é nosso doutor? Não foi ele que nos ensinou o que devemos pedir, quando seus discípulos disseram: Senhor, ensinai-nos a rezar? (Lc 11, 1).

Os bens que ele nos ensina a pedir, na oração, são os mais convenientes. «Se rezamos de maneira conveniente e justa, diz Santo Agostinho, quaisquer que sejam os termos que empregamos, não diremos nada mais do que o que está contido na Oração Dominical».

4. — Em terceiro lugar, a oração deve ser ordenada, como o próprio desejo que a prece interpreta.

A ordem conveniente consiste em preferirmos, em nossos desejos e preces, os bens espirituais aos bens materiais, as realidades celestes às realidades terrenas, de acordo com a recomendação do Senhor (Mt, 6,33): Procurai primeiro o reino de Deus e sua justiça e o resto — o comer, o beber e o vestir — ser-vos-á dado por acréscimo.

Na Oração Dominical, o Senhor nos ensina a observar esta ordem: primeiro pedimos as realidades celestes e em seguida os bens terrestres.

5. — Em quarto lugar, a oração deve ser devota.

A excelência da devoção torna o sacrifício da oração agradável a Deus. Em vosso nome, Senhor, elevarei minhas mãos, diz o Salmista, e minha alma é saciada como de fino manjar.

A prolixidade da oração, no mais das vezes, enfraquece a devoção; também o Senhor nos ensina a evitar essa prolixidade supérflua: Em vossas orações não multipliqueis as palavras; como fazem os pagãos, (Mt 6,7). S. Agostinho recomenda, escrevendo a Proba: «Tirai da oração a abundância de palavras; no entanto não deixeis de suplicar, se vossa atenção continua fervorosa».

Esta é a razão pela qual o Senhor instituiu a breve oração do Pai Nosso.

6. — A devoção provém da caridade, que é o amor de Deus e do próximo. O Pai Nosso é uma manifestação destes dois amores.

Para mostrar nosso amor a Deus, o chamamos «Pai» e para mostrar nosso amor ao próximo, pedimos por todos os homens justos, dizendo: «Pai nosso», e empurrados pelo mesmo amor, acrescentamos: «perdoai as nossas dívidas»

7. — Em quinto lugar, nossa oração deve ser humilde, segundo o que diz o Salmista (Sl. 101, 18): Deus olhou para a prece dos humildes.

Uma oração humilde é uma oração que certamente será ouvida, como nos mostra o Senhor, no evangelho do Fariseu e do Publicano (Lc 18, 9-15) e Judite, rogando ao Senhor, dizia: Vós sempre tivestes por agradável a súplica dos humildes dos mansos.

Esta humildade está presente na Oração Dominical, pois a verdadeira humildade está naquele que não confia em suas próprias forças, mas tudo espera do poder divino.

Santo do dia - 24 de junho

Natividade de São João Batista

A Bíblia nos diz que Isabel era prima e muito amiga de Maria, e elas tinham o costume de visitarem-se. Uma dessas ocasiões foi quando já estava grávida: "Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João faz uma reverência e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.

Assim os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.

Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo anjo Gabriel.

Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês de gestação de João, que foi fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. "É mais que profeta, disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti". Ou seja, o primo João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre.

Lucas também fala a respeito da infância de João: o menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do messias prometido e esperado, enquanto de si mesmo deu este testemunho: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitarei o caminho do Senhor..." Aos que o confundiam com Jesus, afirmava com humildade: "Eu não sou o Cristo". e "Não sou digno de desatar a correia de sua sandália". Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Por isso o seu apelido de Batista.

João Batista teve a grande missão de batizar o próprio Cristo. Ele apresentou oficialmente Cristo ao povo como Messias com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo".

Jesus, falando de João Batista, tece-lhe o maior elogio registrado na Bíblia: "Jamais surgiu entre os nascidos de mulher alguém maior do que João Batista. Contudo o menor no Reino de Deus é maior do que ele".

Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.

São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão. A sua festa é muito alegre e até folclórica. Com muita música e danças, o ponto central é a fogueira, lembrando aquela primeira feita por seus pais para comunicar o seu nascimento: anel de ligação entre a antiga e a nova aliança.

São João Batista, rogai por nós

terça-feira, 23 de junho de 2009

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

SANTA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.

Naquele tempo; JESUS ENTÃO LHE DISSE...

...“E Eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra Ela. Eu te darei as chaves do reino do céus: tudo que ligares na terra será ligado no céus, e tudo o que desligares na terra será desligado no céus”. (Mt 16,18-20)

“ O Senhor Jesus, antes de subir ao Céu, confiou aos seus discípulos o mandato de anunciar o Evangelho a todo o mundo e de batizar todas as nações: “Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a todas as criaturas. Quem acreditar e for batizado será salvo, mas que não acreditar será condenado”. (Mc.16, 15-16); Todo o poder me foi dado no Céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO e ensinai-lhes a cumprir tudo quanto vos mandei. E EU estou sempre convosco, até o fim dos tempos”. (Mt. 28, 18-20; Lc. 24, 46-48; Jô. 17, 18; 20, 21, At. 1,8).

A missão universal da Igreja nasce do mandato de JESUS CRISTO e realiza-se através dos séculos, com a proclamação do mistério de DEUS, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO e do mistério da encarnação do Filho, como acontecimento de salvação para toda a humanidade. São estes os conteúdos fundamentais da profissão de fé cristã:

“Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim. Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir”.

O Senhor Jesus, único Salvador, não formou uma simples comunidade de discípulos, mas constituiu a Igreja como mistério salvífico: Ele mesmo está na Igreja e a Igreja Nele (Jo. 15, 1-11; Gl. 3, 28; Ef. 4, 15-16; At. 9, 5); por isso, a plenitude do mistério salvífico de CRISTO pertence também a Igreja, unida de modo inseparável ao Seu Senhor. JESUS CRISTO, com efeito, continua a estar presente e a operar a salvação na Igreja e através da Igreja (Cl. 1, 24-27), que é o Seu Corpo (1 Cor. 12, 12-13; 27; Cl. 1, 18). E, assim como a cabeça e os membros de um corpo vivo embora não se identifiquem, são inseparáveis, CRISTO e a Igreja não podem confundir-se nem mesmo separar-se, constituindo ao invés um único “CRISTO TOTAL”. Uma tal inseparabilidade é expressa no Novo Testamento também com a analogia da Igreja Esposa de Cristo (1Cor. 11, 2; Ef. 5, 25-29; Ap. 21, 2; 9).

Assim, e em relação com a unicidade e universalidade da mediação salvífica de Jesus Cristo, deve crer-se firmemente como verdade de fé católica a unicidade da Igreja por Ele fundada (Mt. 16, 18). Como existe um só CRISTO, também existe um só Seu Corpo e uma só Sua Esposa: “uma só Igreja católica e apostólica”. Por outro lado, as promessas do Senhor de nunca abandonar a Sua Igreja (Mt. 16, 18; 28, 20) e de guiá-la com o Seu ESPÍRITO (Jo. 16, 13) comportam que, segundo a fé católica, a unicidade e unidade, bem como tudo o que concerne a integridade da Igreja, jamais virão a faltar.

Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica – radicada na sucessão apostólica – entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja Católica: “Esta é a única Igreja de CRISTO (...) que o nosso Salvador, depois da Sua Ressurreição, confiou a Pedro para apascentar (Jô. 21, 17), encarregando-o a ele e aos demais Apóstolos de a difundirem e de a governarem (Mt. 28, 18 - ss); levantando-a para sempre como coluna e esteio da verdade (Tm. 3, 15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”.

Com a expressão “subsistit in” o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de CRISTO, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que “existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora de sua composição”, isto é, nas igrejas e comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica. A cerca destas, porém, deve afirmar-se que “o seu valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada a Igreja Católica”.

Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele”. (Declaração “Dominus Jesus”)

Há mais de 2700 anos DEUS ESPÍRITO SANTO já tinha definido esta verdade ao profeta Isaías:

“Eis Meu Servo que EU amparo, Meu Eleito ao qual dou toda a Minha afeição, faço repousar sobre ELE meu ESPÍRITO, para que leve ás nações a VERDADEIRA RELIGIÃO. Ele não grita, nunca eleva a voz, não clama nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, não extinguirá a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a franqueza a VERDADEIRA RELIGIÃO; não desanimará, nem desfalecerá, até que tenha estabelecido a VERDADEIRA RELIGIÃO; sobre a Terra, e até que as ilhas desejem Seus ensinamentos”. (Is. 42, 1-4)

Esta profecia cumpriu-se, quando Nosso Senhor JESUS CRISTO ungiu o Apóstolo Pedro como responsável pela condução da Sua Igreja: “E Eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra Ela”. (Mt 16,18)

“Apoiada na Sagrada Escritura e na tradição, ensina (o Concílio) que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único Mediador e o caminho da salvação é CRISTO, que se nos torna presente no Seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo (Mc. 16,16; Jo. 3,5), ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo batismo como por uma porta. Por isso, não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disto não quiserem nela entrar ou nela preservar”. (Constituição dogmática “Lunem Gentium” (14a))

“A Igreja foi fundada no tempo por CRISTO Redentor”. (“Gaudium et spes” (40 b))

“O CRISTO Senhor fundou uma só e única Igreja”. (“Untatis Redint gratio” (1a))

“Ele fundou sua Igreja como o Sacramento da salvação”. (“Adgentes” (5a))

“(...) Jesus aponta Sua Igreja como caminho normativo. Não fica, pois, à discrição do homem o aceita-la ou não, sem conseqüências”. (Puebla – 1979)

“De nossa análise consta que a autêntica Igreja não pode ser entendida como uma utopia que visaria atingir todas as “Comunidades” hoje divididas e separadas. A verdadeira Igreja, bem como sua unidade, não são exclusivamente uma realidade futura. Elas já se encontram na Igreja Católica, na qual está realmente presente a Igreja de CRISTO”. (Pontifícia Comissão Teologia Internacional – 1984)

“Não se salva, contudo, embora incorporada à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece no seio da Igreja com o corpo, mas não com o coração. (...) Se a Ela (os batizados) não correspondem por pensamentos, palavras e obras, longe de se salvarem, serão julgados com maior severidade”. (Lúmen Gentium, nº 14)

Sua Santidade, o Papa Bento XVI, é o papa de número 265 na história da Igreja, portanto, o 264º sucessor de São Pedro. Ou seja, desde que Nosso Senhor Jesus Cristo delegou aos homens o poder máximo: A condução de Sua Igreja, única instrumento pleno de salvação das almas.

23 de junho - Santo do dia

São José Cafasso

José Cafasso nasceu em Castelnuovo d'Asti, em 1811, quatro anos antes do conterrâneo João Bosco, o Apóstolo dos Jovens e também santo da Igreja. Ambos trabalharam, na mesma época, em favor do povo e dos menos favorecidos, material e espiritualmente.
Mas enquanto João Bosco era eloqüente com os estudantes, um verdadeiro farol a iluminar os caminhos tormentosos da adolescência, Cafasso dedicava-se à contemplação e a ouvir seus fiéis em confissão, o que acabou levando-o aos cárceres e prisões.

Estava determinado a ouvir os criminosos que queriam se confessar e depois consolá-los mesmo fora da confissão. Era uma figura magra e encurvada devido a um defeito na coluna que o fazia manter-se nessa posição mesmo nas horas em que não estava no confessionário.

Padre Cafasso freqüentou o curso de teologia de Turim e ordenou-se aos vinte e dois anos. Difícil predizer que seria um grande predicador, mas com sua voz mansa e suave era muito requisitado pelos companheiros de sacerdócio, que procuravam os seus conselhos.

Formado, passou a dar aulas e acabou tendo João Bosco como aluno. Apoiou Bosco em todas as suas empreitadas, inclusive quando lotou a escola de jovens pobres de toda a região que não tinham dinheiro para a educação.
Quando Bosco retirou a criançada e a levou para sua própria casa, em Valdocco, foi a ajuda financeira de seu mestre José Cafasso que tornou isso possível. E ele fez mais: pouco antes de morrer, doou tudo o que possuía a João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens.

Morreu jovem, com apenas quarenta e nove anos, no dia 23 de junho de 1860. O título de "Padroeiro dos Encarcerados e dos Condenados à Pena Capital" esclarece bem como viveu o seu apostolado. Suas visitas aos cárceres eram o consolo dos presos e sua figura tornou-se a presença mais constante em todos os enforcamentos realizados em sua cidade, Turim. Mas sua ajuda não se limitava aos encarcerados, estendia-se às famílias, ao socorro às esposas e aos filhos para que não se desviassem do caminho de Cristo.

Padre José Cafasso era sempre o último companheiro de todos os que seriam executados no cadafalso, por isso ficou conhecido, entre o povo, como o "padre da forca". Em 1947, foi canonizado, e sua veneração litúrgica designada para o dia de seu trânsito.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

22 de junho - Santo do dia


São Tomás More

Tomás More nasceu em Chelsea, Londres, na Inglaterra, no ano de 1478. Seus pais eram cristãos e educaram os filhos no seguimento de Cristo. Aos treze anos de idade, ele foi trabalhar como mensageiro do arcebispo de Canterbury, que, percebendo a sua brilhante inteligência, o enviou para a Universidade de Oxford. Seu pai, que era um juiz, mandava apenas o dinheiro indispensável para seus gastos.

Aos vinte e dois anos, já era doutor em direto e um brilhante professor. Como não tinha dinheiro, sua diversão era escrever e ler bons livros. Além de intelectual brilhante, tinha uma personalidade muito simpática, um excelente bom humor e uma devoção cristã arrebatadora. Chegou a pensar em ser um religioso, vivendo por quatro anos num mosteiro, mas desistiu. Tentou tornar-se um franciscano, mas sentiu que não era o seu caminho. Então, decidiu pela vocação do matrimônio. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, carinhoso e presente. Mas sua vocação ia além, estava na política e literatura.

Contudo Tomás nunca se afastou dos pobres e necessitados, os quais visitava para melhor atender suas reais necessidades. Sua casa sempre estava repleta de intelectuais e pessoas humildes, preferindo a estes mais que aos ricos, evitando a vida sofisticada e mundana da corte. Sua esposa e seus filhos o amavam e admiravam, pelo caráter e pelo bom humor, que era constante em qualquer situação. A sua contribuição para a literatura universal foi importante e relevante. Escreveu obras famosas, como: "O diálogo do conforto contra as tribulações", um dos mais tradicionais e respeitados livros da literatura britânica. Outros livros famosos são "Utopia" e "Oração para o bom humor".

Em 1529, Tomás More era o chanceler do Parlamento da Inglaterra e o rei, Henrique VIII.
No ano seguinte, o rei tentou desfazer seu legítimo matrimônio com a rainha Catarina de Aragão, para unir-se em novo enlace com a cortesã Ana Bolena. Houve uma longa controvérsia a respeito, envolvendo a Igreja, a Inglaterra e boa parte do mundo, que acabou numa grande tragédia. Henrique VIII casou com Ana, contrariando todas as leis da Igreja que se baseiam no Evangelho, que reconhece a indissolubilidade do matrimônio. Para isso usou o Parlamento inglês, que se curvou e publicou o Ato de Supremacia, que proclamava o rei e seus sucessores como chefes temporais da Igreja da Inglaterra.

A seguir, o rei mandou prender e matar seus opositores. Entre eles estavam o chanceler Tomás More e o bispo católico João Fisher, as figuras mais influentes da corte. Os dois foram decapitados: o primeiro foi João, em 22 de junho de 1535, e duas semanas depois foi a vez de Tomás, que não aceitou o pedido de sua família para renegar a religião católica, sua fé e, ainda, fugir da Inglaterra.

Ambos foram mártires na Inglaterra, os quais, com o testemunho cristão, combateram a favor da unidade da Igreja Católica Apostólica Romana, num tempo de violência e paixão. Suas lembranças continuam vivas em verso e prosa, nos teatros e nos cinemas. Seus exemplos são reverenciados pela Igreja, pois eles foram canonizados na mesma cerimônia pelo papa Pio XI, em 1935, que indicou o dia 22 de junho para a festa de ambos.

São Tomás More deixou registrada a sua irreverência àquela farsa real por meio da declaração pública que pronunciou antes de morrer: "Sedes minhas testemunhas de que eu morro na fé e pela fé da Igreja de Roma e morro fiel servidor de Deus e do rei, mas primeiro de Deus. Rogai a Deus a fim de que ilumine o rei e o aconselhe". O papa João Paulo II, no ano 2000, declarou são Tomás More Padroeiro dos Políticos.

São Tomás More, rogai por nós

domingo, 21 de junho de 2009

21 de junho - Santo do dia


SÃO LUIZ GONZAGA

Luiz nasceu em 1568, na Itália. Era filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai sonhava vê-lo ingressar no exército ao qual pertencia e, desde menino, Luiz era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai servia.

Mas, ele próprio não desejava essa carreira. Ainda menino fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi a Espanha, para ser pajem do Infante Dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares.

Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de São Carlos Borromeu, mas ainda demorou dois anos para conseguir autorização do pai para ingressar na Companhia de Jesus, seu objetivo principal.

Mesmo assim, antes de concordar, o pai o enviou às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza.

Mas, com quatorze anos, Luiz venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de São Roberto Belarmino.

Ali escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens.

Certa vez, carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao sanatório. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.

São Luiz Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591, sendo aclamado imediatamente patrono da Juventude.

Pouco tempo antes preconizara a data de sua morte, previsão na qual ninguém acreditou por causa de sua pouca idade.

São Luiz Gonzaga, rogai por nós



CANTAREI ETERNAMENTE AS MISERICÓRDIAS DO SENHOR
LUÍS GONZAGA

De Carta escrita a sua mãe.
(Acta Sanctorum, Iunii, 5,578 - Séc. XVI)

Ilustríssima senhora, peço que recebas a graça do Espírito Santo e a sua perpétua consolação. Quando recebi tua carta, ainda me encontrava nesta região dos mortos. Mas agora, espero ir em breve louvar a Deus para sempre na terra dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo. Se é caridade, como diz São Paulo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram (cf. Rm, 12,15), é preciso, mãe ilustríssima, que te alegres profundamente porque, por teus méritos, Deus me chama à verdadeira felicidade e me dá a certeza de jamais me afastar do seu temor.

Na verdade, ilustríssima senhora, confesso-te que me perco e arrebato quando considero, na sua profundeza, a bondade divina. Ela é semelhante a um mar sem fundo nem limites, que me chama ao descanso eterno por um tão breve e pequeno trabalho; que me convida e chama ao céu para aí me dar Àquele bem supremo que tão negligentemente procurei, e me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.

Por conseguinte, ilustríssima senhora, considera bem e toma cuidado em não ofender a infinita bondade de Deus. Isto aconteceria se chorasses como morto aquele que vai viver perante a face de Deus e que, com sua intercessão, poderá auxiliar-te incomparavelmente mais do que nesta vida. Esta separação não será longa; no céu nos tornaremos a ver. Lá, unidos ao autor da nossa salvação, seremos repletos das alegrias imortais, louvando-O com todas as forças da nossa alma e cantando eternamente as Suas misericórdias. Se Deus toma de nós aquilo que havia emprestado, assim procede com a única intenção de colocá-lo em lugar mais seguro e fora de perigo, e nos dar aqueles bens que desejamos dele receber.

Disse tudo isto, ilustríssima senhora, para ceder ao desejo que tenho de que tu e toda a minha família considereis minha partida como um feliz benefício. Que a tua bênção materna me acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças. Escrevo isto com alegria para dar-te a conhecer que nada me é bastante para manifestar com mais evidência o amor e a reverência que te devo, como um filho à sua mãe.