Blog Brasil Católico Total NO TWITTER

Blog Brasil Católico Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

Você é o Visitante nº desde 3 janeiro 2014

Flag Counter

Seguidores = VOCÊS são um dos motivos para continuarmos nosso humilde trabalho de Evangelização

terça-feira, 30 de março de 2010

Igreja vai sair mais forte da 'guerra' da mídia, diz colaborador do papa

Igreja deve reagir com humildade a ataques da mídia, diz colaborador do papa

O pregador-chefe da Casa Pontifícia, monsenhor Raniero Cantalamessa, afirmou nesta sexta-feira que a Igreja Católica pode sair fortalecida da crise gerada por denúncias de abusos sexuais se reagir "com humildade" aos ataques desferidos pela mídia.

"Se houver humildade, a Igreja vai sair mais resplandecente do que nunca desta guerra. A obstinação da mídia vai acabar tendo o efeito contrário do que se deseja", afirmou Cantalamessa após a última oração da Quaresma, realizada no Vaticano diante do papa Bento 16 e dos cardeais da Cúria Romana.

Membro da ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Cantalamessa é uma figura influente no Vaticano, sendo o único autorizado a pregar para o papa. Após a denúncia de abusos não punidos pelo Vaticano, publicada pelo jornal The New York Times, os principais órgãos de informação da Santa Sé denunciaram, nesta sexta-feira, a existência de um ataque maciço da imprensa que teria a intenção de atingir o papa e a Igreja Católica.

"Há uma onda midiática feroz, que deseja sujar e atingir a Igreja Católica e o papa", escreve o jornal Avvenire, órgão da Conferência Episcopal Italiana. Segundo o jornal existe uma grande diferença entre as acusações publicadas pelo jornal americano e a realidade, o que demonstraria uma intenção deliberada de acusar a Igreja.

"É evidente o desejo de mostrar a Igreja como se fosse uma cúpula opaca, que sabe e faz de conta que não vê. Há um desejo de lapidação em certos títulos forçados, que depois são copiados por outros jornais" , escreve o Avvenire.

Conhecimento do caso

Os documentos publicados pelo jornal The New York Times na quinta-feira, denunciando abusos cometidos pelo padre Lawrence Murphy, do Estado de Wisconsin, contra cerca de 200 crianças de uma escola para surdos, não foram lidos com atenção, segundo os órgãos de imprensa do Vaticano.

Conforme o artigo do The New York Times, o Vaticano tinha conhecimento do caso de padre Murphy, mas não tomou nenhuma providência.

O diário afirmou ter tido acesso aos documentos do processo que as vítimas apresentaram na Justiça americana. Entre eles estariam as correspondências entre os bispos do Estado e os responsáveis pela Congregação da Doutrina da Fé, órgão da Cúria Romana responsável pelas questões disciplinares da Igreja Católica.

Na época em que os documentos foram enviados para o Vaticano, o prefeito da Congregação da Doutrina da Fé era o cardeal Joseph Ratzinger, hoje papa Bento16, e o secretário do órgão era o atual secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.

Os abusos teriam ocorrido entre 1950 e 1974, mas o caso só começou a ser investigado em 1993.

"Os documentos confirmam que os únicos a se preocupar com o mal cometido por padre Murphy foram a direção da diocese americana e a Congregação para a Doutrina da Fé, que tomou conhecimento do caso em 1996 e deu instruções sobre como tratar o problema", escreve o jornal Avvenire.

O jornal oficial da Santa Sé, Osservatore Romano, definiu o artigo do The New York Times como uma "ignóbil tentativa de atingir o papa e seus mais estreitos colaboradores".

Segundo o diário, as informações sobre a conduta de padre Murphy, enviadas ao Vaticano pela diocese americana, não faziam referência a abusos sexuais.

"Conforme a própria documentação apresentada pelo The New York Times, o arcebispo de Milwaukee pedia indicações sobre como tratar o caso de padre Murphy através da lei canônica. Mas não se referia a abusos sexuais e sim à violação do sacramento da penitência", escreve o jornal na edição desta sexta-feira.

O padre Lawrence Murphy teria violado o sacramento da penitência ao pedir, enquanto ouvia a confissão de um fiel, que este pecasse contra o sexto mandamento. O sexto mandamento da Igreja Católica diz que o fiel não deve pecar contra a castidade. Entre os pecados gravemente contrários à castidade, estão a masturbação, ato sexual, pornografia e práticas homossexuais.

Fonte: BBC Brasil

FATO: Sua Santidade Bento XVI intensifica combate a eventuais casos de pedofilia na Igreja Católica

Cardeal diz que João Paulo 2° impediu investigação sobre pedofilia

O cardeal arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, disse nesta segunda-feira que o papa Bento 16 não investigou um caso grave de pedofilia na igreja austríaca, quando ainda era responsável pela Congregação da Doutrina da Fé, porque teria sido impedido pelo então papa João Paulo 2º.

Schönborn afirmou que Joseph Ratzinger – que foi prefeito da Congregação da Doutrina da Fé entre 1981 e 2005 - pretendia, em 1990, investigar as denúncias de abusos sexuais cometidos pelo ex-arcebispo de Viena, Hans Hermann Groër.

Mas, segundo ele, isso não foi possível porque o papa não autorizou o início das investigações.

De acordo com o arcebispo, essa informação comprovaria que Bento 16 tem feito mais do que qualquer outro pontífice no combate contra abusos sexuais na Igreja e indicaria que as alegações de abusos contra Bento 16 são exageradas.

No domingo, Schönborn criou uma comissão especial para investigar as denúncias de abusos por parte de padres contra menores na Áustria.

Acusação

O caso do ex-arcebispo Hans Hermann Groër ficou conhecido em 1995 com a publicação de uma entrevista na qual um ex-aluno de Groër no seminário Hollabrumm disse que foi submetido a abusos pelo então professor na década de 70.

Na época, a Cúria de Viena colocou em dúvida a credibilidade da suposta vítima, questionando o fato de o aluno ter denunciado os abusos muitos anos após eles terem ocorrido.

Segundo a imprensa da época, foi por conta dessa posição que o então papa João Paulo 2° não teria sido informado ou não teria considerado que as denúncias tivessem fundamento, o que o levou a nomear Groër como cardeal.

Mas a primeira denúncia foi seguida de outras e acompanhada por uma grande campanha da imprensa austríaca. O caso então se transformou na maior crise da Igreja Católica na Áustria no pós-guerra, o que levou o cardeal a pedir afastamento do cargo.

Apesar da demissão, as acusações de abusos cometidos por Hans Hermann Groër continuaram e três anos depois, em 1998, João Paulo 2º finalmente enviou um inspetor para investigar o caso no país.

Após as investigações do inspetor do Vaticano, Groër foi obrigado a deixar a Áustria e impedido de se apresentar novamente como bispo ou cardeal.

Em abril de 1998, o ex-arcebispo de Viena pediu perdão “a Deus e aos homens”, mas não admitiu ser culpado pelos abusos.

Groër ficou exilado na Suécia e morreu em 2003, aos 83 anos.

Mudança

Segundo o atual arcebispo de Viena, atualmente a política da Igreja está mudada e sacerdotes que cometem abusos sexuais são imediatamente suspensos e destituídos do sacerdócio.

“Infelizmente, no passado preferiu-se, injustamente, proteger os carrascos e não as vitimas, enquanto que a preocupação com estas deve estar em primeiro lugar”, disse Schönborn em entrevista à televisão austríaca no começo de março, logo após a reunião da Conferência Episcopal da Áustria.

O cardeal Schönborn é amigo do papa Bento 16 e considerado um clérigo aberto ao diálogo.

Ele declarou recentemente que a Igreja Católica deveria promover um debate a respeito do celibato – o que, segundo ele, seria uma das causas dos abusos cometidos por sacerdotes contra crianças. A afirmação foi posteriormente desmentida pelo porta-voz da Arquidiocese de Viena.

Fonte: BBCBrasil

30 de março - Santo do dia

São João Clímaco

O Monte Sinai está historicamente ligado ao cristianismo. Foi o lugar indicado por Deus para entregar a Moisés as tábuas gravadas com os Dez Mandamentos. É uma serra rochosa e árida que, não só pela sua geografia, mas também pelo significado histórico, foi escolhida pelos cristãos que procuravam a solidão da vida eremítica.

Assim, já no século IV, depois das perseguições romanas, vários mosteiros rudimentares foram ali construídos por numerosos monges que se entregavam à vida de oração e contemplação. Esses mosteiros tornaram-se famosos pela hospitalidade para com os peregrinos e pelas bibliotecas que continham manuscritos preciosos. Foi neste ambiente que viveu e atuou o maior dos monges do Monte Sinai, João Clímaco.

João nasceu na Síria, por volta do ano 579. De grande inteligência, formação literária e religiosa, ainda muito jovem, aos dezesseis anos, optou pelo deserto e viajou para o Monte Sinai, tornando-se discípulo num dos mais renomados mosteiros, do venerável ancião Raiuthi. Isso aconteceu depois de renunciar a fortuna da família e a uma posição social promissora. Preferiu um cotidiano feito de oração, jejum continuado, trabalho duro e estudos profundos. Só descia ao vale para recolher frutas e raízes para sua parca refeição e só se reunia aos demais monges nos fins de semana, para um culto coletivo.

Sua fama se espalhou e muitos peregrinos iam procura-lo para aprender com seus ensinamentos e conselhos. Inicialmente eram apenas os que desejavam seguir a vida monástica, depois eram os fiéis que queriam uma benção do monge, já tido em vida como santo. Aos sessenta anos João foi eleito por unanimidade abade geral de todos os eremitas da serra do Monte Sinai.

Nesse período ele escreveu muito e o que dele se conserva até hoje é um livro importantíssimo que teve ampla divulgação na Idade Média, "Escada do Paraíso". Livro que lhe trouxe também o sobrenome Clímaco que, em grego, significa "aquele da escada". No seu livro ele estabeleceu trinta degraus necessários à subir para alcançar a perfeição da alma.

Trata-se de um verdadeiro manual, a síntese da doutrina monástica e ascética, para os noviços e monges, onde descreveu, degrau por degrau, todas as dificuldades a serem vividas, a superação da razão e dos sentidos, e que as alegrias do Paraíso perfeito serão colhidas no final dessa escalada, após o transito para a eternidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

João Clímaco morreu no dia 30 de março de 649, amado e venerado por todos os cristãos do mundo oriental e ocidental, sendo celebrado por todos eles no mesmo dia do seu falecimento.

São João Clímaco, rogai por nós !

segunda-feira, 29 de março de 2010

Santo do dia - 29 de março

São Constantino

Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar as guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo - 'caiu do cavalo'. Era pagão, converteu-se ao cristianismo e assumiu seriamente o chamado a santidade.

Entrou para um mosteiro Irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio, ligado a missão. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o 'homem velho'.

Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração com o Evangelho.

São Constantino, rogai por nós!

domingo, 28 de março de 2010

Após escândalo de pedofilia na Igreja, Papa Bento XVI diz que não será intimidado por críticas

O Papa Bento XVI, que enfrenta a crise mais grave de seu pontificado diante dos recentes escândalos de pedofilia na Igreja Católica, disse neste domingo - sem citar as denúncias - que sua fé lhe dará coragem para não ser intimidado pelas críticas. A declaração foi dada durante a celebração da missa do Domingo de Ramos, que abre os ritos litúrgicos da Semana Santa. Milhares de fiéis participaram do ato, na praça São Pedro, no Vaticano. O religioso usou o papamóvel para comandar a procissão.

Em um dos trechos do sermão, o pontífice afirmou que "a fé em Deus o ajuda a encontrar coragem para não permitir que seja intimidado pela insignificante intriga da opinião dominante". E alertou que "o homem pode muitas vezes descer ao nível mais baixo, mais vulgar e se afundar no pântano de pecado e desonestidade". Do papamóvel, Papa Bento XVI comanda procissão de Domingo de Ramos - AFP

Na semana passada, o jornal americano "The New York Times" disse que Bento XVI teria de omitido em casos de pedofilia na Igreja nos Estados Unidos e de abuso sexual na Alemanha, na década de 80.

No sábado, o Vaticano afirmou os recentes ataques à Igreja sobre a condução de casos de abusos sexuais foram prejudiciais, mas insistiu que a autoridade do Papa não foi enfraquecida pelas denúncias.

28 de março - Santo do dia

São Xisto III

Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

São Xisto III, rogai por nós

Evangelho do dia

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68

Evangelho segundo S. Lucas 22,14-71.23,1-56.

Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. Disse-lhes: «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.» Tomando uma taça, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.»

Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.» Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.» «No entanto, vede: a mão daquele que me vai entregar está comigo à mesa! O Filho do Homem segue o seu caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser entregue!» Começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa. Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles devia ser considerado o maior. Jesus disse-lhes: «Os reis das nações imperam sobre elas e os que nelas exercem a autoridade são chamados benfeitores. Convosco, não deve ser assim; o que fôr maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve. Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve. Vós sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações, e Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. E haveis de sentar-vos, em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.»

E o Senhor disse: «Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.» Ele respondeu-lhe: «Senhor, estou pronto a ir contigo até para a prisão e para a morte.» Jesus disse-lhe: «Eu te digo, Pedro: o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me.» Depois, acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» Eles responderam: «Nada.» E Ele acrescentou: «Mas agora, quem tem uma bolsa que a tome, assim como o alforge, e quem não tem espada venda a capa e compre uma. Porque, digo-vo-lo Eu, deve cumprir-se em mim esta palavra da Escritura: Foi contado entre os malfeitores. Efectivamente, o que me diz respeito chega ao seu termo.» Disseram-lhe eles: «Senhor, aqui estão duas espadas.» Mas Ele respondeu-lhes: «Basta!» Saiu então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele.

Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para que não entreis em tentação.» Depois afastou-se deles, à distância de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua.» Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de orar, levantou-se e foi ter com os discípulos, encontrando-os a dormir, devido à tristeza. Disse-lhes: «Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.» Ainda Ele estava a falar quando surgiu uma multidão de gente. Um dos Doze, o chamado Judas, caminhava à frente e aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus disse-lhe: «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do Homem?» Vendo o que ia suceder, aqueles que o cercavam perguntaram-lhe: «Senhor, ferimo-los à espada?» E um deles feriu um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus interveio, dizendo: «Basta, deixai-os.» E, tocando na orelha do servo, curou-o.

Depois, disse aos que tinham vindo contra Ele, aos sumos sacerdotes, aos oficiais do templo e aos anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus, como se fôsseis ao encontro de um salteador! Estando Eu todos os dias convosco no templo, não me deitastes as mãos; mas esta é a vossa hora e o domínio das trevas.» Apoderando-se, então, de Jesus, levaram-no e introduziram-no em casa do Sumo Sacerdote. Pedro seguia de longe. Tendo acendido uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se e Pedro sentou-se no meio deles. Ora, uma criada, ao vê-lo sentado ao lume, fitandoo, disse: «Este também estava com Ele.» Mas Pedro negou-o, dizendo: «Não o conheço, mulher.» Pouco depois, disse outro, ao vê-lo: «Tu também és dos tais.» Mas Pedro disse: «Homem, não sou.» Cerca de uma hora mais tarde, um outro afirmou com insistência: «Com certeza este estava com Ele; além disso, é galileu.» Pedro respondeu: «Homem, não sei o que dizes.»

E, no mesmo instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo. Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» E, vindo para fora, chorou amargamente. Entretanto, os que guardavam Jesus troçavam dele e maltratavam-no. Cobriam-lhe o rosto e perguntavam-lhe: «Adivinha! Quem te bateu?» E proferiam muitos outros insultos contra Ele. Quando amanheceu, reuniu-se o Conselho dos anciãos do povo, sumos sacerdotes e doutores da Lei, que o levaram ao seu tribunal. Disseram-lhe: «Declara-nos se Tu és o Messias.» Ele respondeu-lhes: «Se vo-lo disser, não me acreditareis e, se vos perguntar, não respondereis. Mas doravante, o Filho do Homem vai sentar-se à direita de Deus todo-poderoso.» Disseram todos: «Tu és, então, o Filho de Deus?» Ele respondeu-lhes: «Vós o dizeis; Eu sou.» Então, exclamaram: «Que necessidade temos já de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua boca.» Levantando-se todos, levaram-no a Pilatos e começaram a acusá-lo, nestes termos: «Encontrámos este homem a sublevar o povo, a impedir que se pagasse tributo a César e a dizer-se Ele próprio o Messias Rei.» Pilatos interrogou-o: «Tu és o rei dos judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes.»

Pilatos disse, então, aos sumos sacerdotes e à multidão: «Nada encontro de culpável neste homem.» Mas eles insistiram, dizendo: «Ele amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia até aqui.» Ao ouvir isto, Pilatos perguntou-se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, que também se encontrava em Jerusalém nesses dias. Ao ver Jesus, Herodes ficou extremamente satisfeito, pois havia bastante tempo que o queria ver, devido ao que ouvia dizer dele, esperando que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu. Os sumos sacerdotes e os doutores da Lei, que lá estavam, acusavam-no com veemência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-o com desprezo e, por troça, mandou-o cobrir com uma capa vistosa, enviando-o de novo a Pilatos. Nesse dia, Herodes e Pilatos ficaram amigos, pois eram inimigos um do outro. Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como se andasse a revoltar o povo. Interroguei-o diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais. Herodes tão pouco, visto que no-lo mandou de novo. Como vedes, Ele nada praticou que mereça a morte. Vou, portanto, libertá-lo, depois de o castigar.»

Ora, em cada festa, Pilatos era obrigado a soltar-lhes um preso. E todos se puseram a gritar: «A esse mata-o e solta-nos Barrabás!» Este último fora metido na prisão por causa de uma insurreição desencadeada na cidade, e por homicídio. De novo, Pilatos dirigiu-lhes a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-o! Crucifica-o!» Pilatos disse-lhes pela terceira vez: «Que mal fez Ele, então? Nada encontrei nele que mereça a morte. Por isso, vou libertá-lo, depois de o castigar.» Mas eles insistiam em altos brados, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então, Pilatos decidiu que se fizesse o que eles pediam. Libertou o que fora preso por sedição e homicídio, que eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. Quando o iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus. Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que batiam no peito e se lamentavam por Ele. Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois virão dias em que se dirá: 'Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram.' Hão-de, então, dizer aos montes: 'Caí sobre nós!' E às colinas: 'Cobri-nos!' Porque, se tratam assim a árvore verde, o que não acontecerá à seca?»

E levavam também dois malfeitores, para serem executados com Ele. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» Depois, deitaram sortes para dividirem entre si as suas vestes. O povo permanecia ali, a observar; e os chefes zombavam, dizendo: «Salvou os outros; salve-se a si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito.» Os soldados também troçavam dele. Aproximando-se para lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!» E por cima dele havia uma inscrição: «Este é o rei dos judeus.» Ora, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-o, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-te a ti mesmo e a nós também.» Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam; mas Ele nada praticou de condenável.» E acrescentou: «Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino.» Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso.» Por volta do meio-dia, as trevas cobriram toda a região até às três horas da tarde. O Sol tinha-se eclipsado e o véu do templo rasgou-se ao meio. Dando um forte grito, Jesus exclamou: «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.» Dito isto, expirou. Ao ver o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Verdadeiramente, este homem era justo!»

E toda a multidão que se tinha aglomerado para este espectáculo, vendo o que acontecera, regressava batendo no peito. Todos os seus conhecidos e as mulheres que o tinham acompanhado desde a Galileia mantinham-se à distância, observando estas coisas. Um membro do Conselho, chamado José, homem recto e justo, não tinha concordado com a decisão nem com o procedimento dos outros. Era natural de Arimateia, cidade da Judeia, e esperava o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Descendo-o da cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro talhado na rocha, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e já começava o sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia acompanharam José, observaram o túmulo e viram como o corpo de Jesus fora depositado. Ao regressar, prepararam aromas e perfumes; e, durante o sábado, observaram o descanso, conforme o preceito.

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Proclo de Constantinopla

«Bendito Aquele que vem, o nosso Rei»


O dia de hoje, meus bem-amados, é da maior importância. É um dia que nos solicita um grande desejo, uma pressa imensa, um alento vivo, para nos conduzir ao encontro do Rei dos Céus. Paulo, o mensageiro da Boa Nova, dizia-nos: «O Senhor está perto. Não vos inquieteis» (Fil 4, 5-6). [...]

Acendamos, pois, as lamparinas da fé; à semelhança das cinco virgens sensatas (Mt 25, 1ss.), enchamo-las do óleo da misericórdia para com os pobres; acolhamos a Cristo bem despertos, e cantemos-Lhe com as palmas da justiça na mão. Beijemo-Lo, derramando sobre Ele o perfume de Maria (Jo 12, 3). Oiçamos o cântico da ressurreição: que as nossas vozes se elevem, dignas da majestade divina, e brademos com o povo, soltando esse grito que se escapa das bocas da multidão: «Hossana nas alturas! Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel». É razoável chamar-Lhe «Aquele que vem», porque Ele vem sem cessar, porque Ele nunca nos falta: «O Senhor está próximo de quantos O invocam em verdade» (Sl 144, 18). «Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor».

O Rei manso e pacífico está à nossa porta. Aquele que tem o trono nos céus, acima dos querubins, senta-Se, cá em baixo, sobre uma burrinha. Preparemos a casa da nossa alma, limpemos as teias de aranha que são os mal-entendidos fraternos, que não haja em nós a poeira da maledicência. Difundamos às mãos-cheias a água do amor, e apaziguemos todas as feridas criadas pela animosidade; semeemos o vestíbulo dos nossos lábios com as flores da piedade. E soltemos então, na companhia do povo, esse grito que brota dos lábios da multidão: «Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel».

sábado, 27 de março de 2010

27 de março - Santo do dia

São Ruperto

Ruperto era um nobre descendente dos condes que dominavam a região do médio e do alto Reno, rio que percorre os Alpes europeus. Os Rupertinos eram parentes dos Carolíngios e o centro de suas atividades estava em Worms, onde Ruperto recebeu sua formação junto aos monges irlandeses.

No ano 700, sua vocação de pregador se manifestou e ele dirigiu-se à Baviera, na Alemanha, com este intuito. Com o apoio do conde Téodo da Baviera, que era pagão e foi convertido por Ruperto, fundou uma igreja dedicada a São Pedro, perto do lago Waller, a dez quilômetros de Salzburgo. Mas, o local não condizia ainda com os objetivos de Ruperto, que conseguiu do conde outro terreno, próximo do rio Salzach, nos arredores da antiga cidade romana de Juvavum.

Nesse terreno, o mosteiro que o bispo Ruperto construiu é o mais antigo da Áustria e veio a ser justamente o núcleo de formação da nova cidade de Salzburgo. Teve para isso o apoio de doze concidadãos, dois dos quais também se tornaram santos: Cunialdo e Gislero. Fundou, ao lado deste, um mosteiro feminino, que entregou a direção para sua sobrinha, a abadessa Erentrudes. Foi o responsável pela conversão total da Baviera e, é claro, de toda a Áustria.

Morreu no dia 27 de março de 718, um domingo de Páscoa, depois de rezar a missa, no mosteiro de Juvavum. Antes, como percebera que a morte estava próxima, fez algumas recomendações e pedido de orações à sua sobrinha, e irmã espiritual, Erentrudes. Suas relíquias estão guardadas na belíssima catedral de Salzburgo, construída no século XVII. Ele é o padroeiro de seus habitantes e de suas minas de sal.

São Ruperto, reconhecido como o fundador da bela cidade de Salzburgo, cujo significado é cidade do sal, aparece retratado com um saleiro na mão, tamanha sua ligação com a própria origem e desenvolvimento da cidade. Foi seu primeiro bispo e sua influência alastrou-se tanto, que é festejado nesse dia, não só nas regiões de língua alemã, como também na Irlanda, onde estudou, porque alí foi tomado como modelo pelos monges irlandeses.

São Ruperto, rogai por nós !