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sexta-feira, 22 de abril de 2011

O santo das multidões

Vaticano beatifica João Paulo II em tempo recorde e tenta estancar a crise da Igreja com o mais popular dos papas

Em 84 anos de vida, ele foi muitos homens em um só. O órfão que fugiu do nazismo, o operário que passou fome, o ator amador, o aluno de seminário clandestino, o intelectual profícuo, o cardeal de ideias arejadas, um dos responsáveis pelo fim das repúblicas socialistas, o católico que desceu do pedestal e se comunicou com as outras religiões, o homem que viajou o correspondente a 29 vezes a circunferência da Terra para propagar a sua fé. Também foi aquele que fechou os olhos para o escândalo dos padres pedófilos, o responsável por engavetar e retroceder os avanços conquistados pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), lufada de modernidade nos ritos católicos, a voz contrária ao homossexua­lismo, ao aborto, à camisinha, ao sexo antes do casamento... Doente e alquebrado, expôs sua finitude em praça pública e morreu como mártir. Uma das personalidades mais influentes do cenário mundial no século XX e o papa mais importante e popular da história da Igreja Católica, João Paulo II, o homem que influiu tão concretamente nos destinos econômicos e sociais da humanidade, alcança no dia 1º de maio, em cerimônia de três dias que deve reunir mais de um milhão de pessoas em Roma, a hierarquia celeste católica e se torna beato em tempo recorde. O próximo passo é a santidade.

Karol Wojtyla, 26 anos de pontificado, o primeiro papa não italiano em 455 anos, será beatificado seis anos após sua morte, em 2 de abril de 2005. É a beatificação mais rápida da história da Igreja Católica e a primeira vez que um sucessor , no ca so Bento XVI, beatifica seu antecessor. Não há dúvida de que o Vaticano tem pressa de que a figura carismática e globalizada de João Paulo II alcance a esfera celestial, afirmam vaticanistas. E essa ansiedade está relacionada com a crise do catolicismo no mundo – principalmente na Europa. O Anuário Pontifício de 2011, divulgado pelo Vaticano em fevereiro deste ano e que leva em conta a variação nos números da Igreja Católica no mundo entre 2008 e 2009, comprova essa tese. Embora a Santa Sé tenha alardeado que o rebanho aumentou em 15 milhões de seguidores nesse período, o documento revela, de maneira cristalina, o encolhimento do catolicismo no Velho Continente. No berço do catolicismo, onde se concentram 10,6% da população mundial, apenas 24% se dizem católicos, um índice baixo se comparado às Américas, por exemplo, que tem 13,6% da humanidade e incríveis 49,3 % de católicos. “Não é à toa que Bento XVI vem focando seus esforços e os da Cúria Romana no problema da fé católica na Europa”, diz Fernando Altemeyer, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

CONTEMPORÂNEOS
Amigos em vida, Madre Teresa de Calcutá e
João Paulo II devem se tornar santos em breve

Ter um aliado do peso de João Paulo II em uma missão como essa tem valor inestimável. Sua biografia, com pinceladas medievais, parece ter sido moldada para servir de inspiração para ovelhas desgarradas. “Um santo é a voz mais eloquente que a igreja dispõe no processo de evangelização”, afirma dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). As beatificações, assim como a de Karol Wojtyla, cumprem uma série de funções terrenas, além das espirituais de praxe. No pontificado de João Paulo II, por exemplo, houve uma preocupação em se canonizar santos dos Estados Unidos, para impulsionar a fé naquele país. O culto e a devoção a um personagem local acende a chama da religiosidade e atrai mais fiéis.

MILAGRE
Invocando João Paulo II, a irmã francesa
Marie Simon curou-se de Parkinson

Não é por acaso, portanto, que o processo de beatificação de João Paulo II se beneficiou de uma série de facilidades. “É evidente que a causa de João Paulo II foi priorizada”, reconhece Andrea Tonielli, vaticanista italiano do jornal “La Stampa”. Um exemplo: as regras estabelecidas pela própria igreja, determinando, entre outras coisas, que uma causa de beatificação só pode começar cinco anos depois da morte do candidato a santo, foram ignoradas, por ordem do papa Bento XVI, no caso de João Paulo II. “Será a primeira vez, em mil anos, que um papa beatifica seu predecessor”, afirma Tonielli. Os críticos foram rápidos em ale rtar para possíveis problemas em um processo tão corrido. Mas especialistas logo diluíram as dúvidas. A irmã Célia Cardorin, responsável pelas causas de Frei Galvão e Madre Paulina, explica: “O que acontece é que figuras mais populares geralmente têm testemunhos de membros importantes do clero, além do apoio político de dignatários de vários países.”

DUPLA
O cardeal Joseph Ratzinger (à dir.), atual papa Bento XVI,
foi o parceiro intelectual e homem forte de João Paulo II

Faz sentido. Não são poucos os relatos de líderes políticos exaltando a figura de João Paulo II na Positio, documento sigiloso que é uma espécie de biografia do candidato, cuja função é apresentar sua fama de santo em vida e suas virtudes heroicas à Congregação para as Causas dos Santos, espécie de ministério desse assunto do Vaticano. Fama de santo é o que não faltou a esse polonês de olhos azuis profundos. Já no seu funeral, a multidão presente bradava: ‘Santo súbito!’ Sua espiritualidade transbordante, sua diplomacia inata, que conquistava milhões só com o simbólico gesto de beijar o chão de um país visitado, sua inteligência e fina ironia colocadas em segundo plano ante sua humildade missionária, sua disposição incansável em se desencastelar dos muros do Vaticano e participar do mundo como um agente transformador. Tudo isso embalados por um carisma autêntico, de efeito globalizante, tão próprio de seu tempo. João Paulo II é um santo para sua época, assim como houve outras gerações nos altares ao longo desses séculos de cristianismo (leia quadro à pág. 72), cada uma refletindo sua sociedade.

Ainda em vida, João Paulo II foi louvado, em inúmeras ocasiões, como grande liderança na arena internacional. Atribui-se a ele, por exemplo, pelo menos parte, a responsabilidade pelo fim de regimes ditatoriais de esquerda no Leste Europeu, como na sua Polônia e nas vizinhas Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Alemanha Oriental e, finalmente, na União Soviética. Trata-se de uma influência que ele construiu, com muito esforço, por meio de uma riquíssima produção intelectual e de viagens que misturavam religião e política. Foram 104 jornadas a 129 países, com distância total percorrida de mais de um milhão de quilômetros. Para efeito de comparação, o papa anterior que mais ti­nha viajado, Paulo VI, havia feito 12 viagens.

Só ao Brasil, João Paulo II, que ficou conhecido por aqui como João de Deus, veio em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi a mais marcante. Ainda com o vigor de seus 58 anos e recém-eleito papa, ele arrastou multidões com a simpatia de um astro pop. “Na missa campal do Maracanã (RJ) cantou o refrão da música tema de sua visita com os fiéis”, lembra o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, representante oficial da CNBB na cerimônia de beatificação. Pouco se sabia, na época, sobre os rumos doutrinários do recém-eleito, assunto que viraria polêmica com o passar dos anos. “Apesar da imagem de conciliador e tolerante que passava para fora da igreja, internamente ele se mostraria extremamente conservador”, ressalva o padre jesuíta e teólogo João Batista Libânio.

Na visita seguinte, em 1991, esse conservadorismo já havia se escancarado. João Paulo II havia revisto boa parte das mudanças progressistas colocadas em prática a partir do Concílio Vaticano II e fazia sentir a mão pesada da tradição sobre iniciativas locais que floresceram no final da ditadura militar. A força das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs), por exemplo, formadas a partir da doutrina da Teologia da Libertação, uma interpretação à esquerda do catolicismo, se dissolveu. Pudera; Roma havia enquadrado praticamente todas as lideranças do movimento e substituído cerca de 300 cardeais e sete bispos brasileiros.

Não foi só no Brasil que as contradições do polonês se evidenciaram. Avesso ao comunismo e às ditaduras de esquerda dos quais fora vítima, enquanto apoiava o levante de trabalhadores poloneses contra o governo socialista do país, ele se alinhou à política de Ronald Reagan (1981-1989), presidente dos Estados Unidos, que dava suporte a movimentos supostamente democráticos contra governos legítimos com inclinações socialistas. “A trajetória do pontificado de João Paulo II na Europa, onde ele foi um campeão da liberdade, é completamente diferente da que escolheu seguir nas Américas”, explica o padre José Oscar Beozzo, estudioso da história da Igreja Católica na América Latina. “O preto e o branco não bastam para explicar a complexidade de seu papado.” Críticas a seu pontificado se estendem ainda ao que alguns entendem como intransigência e outros como coe­rência em assuntos como homossexualidade, sexo fora do casamento, fertilização in-vitro, aborto e uso de métodoscontraceptivos. O papa polonês foi rigorosamente contrário a todos. “Compactuar com algo que ele não acreditava para não perder fiéis seria trair a missão que Deus havia lhe confiado”, valida dom Dimas. “O compromisso dele era com a fé da Igreja e isso bastava.”

No fim, nenhuma de suas opiniões lhe custaram a continental popularidade. Iniciativas históricas, como o encontro ecumênico da “Oração pela Paz” em 1986, na cidade italiana de Assis, o sofrimento público tanto depois do atentado sofrido em 1981 quanto no fim da vida, a profunda espiritualidade, que o fazia se mortificar com jejuns rigorosos e se flagelar com uma cinta de couro garantiram uma espécie de imunidade às críticas mais pesadas. Poucos momentos sintetizaram tão bem a devoção pelo polonês quanto seu funeral, em 8 de abril de 2005. Mais de 200 lideranças políticas de todo o mundo se reuniram na Praça São Pedro para acompanhar a missa de réquiem, transmitida ao vivo para mais de um bilhão de pessoas.

Gritos de santo já eclodiam da massa de fiéis que testemunhavam a cerimônia, pedindo a canonização imediata. “Quando vi João Paulo II rezar o breviário na Catedral de Brasília, em 1991, já vi um santo rezando, e não só um papa”, lembra o Monsenhor Czeslaw Roskowski, padre polonês de 76 anos que foi aluno de Wojtyla na Polônia em 1968 e é hoje pároco da igreja São Judas Tadeu, em Brasília. O documento cabal que validou os anseios populares e testemunhos como o de Roskowski veio com a história da irmã Marie Simon, freira francesa curada da doença de Parkinson invocando o nome de João Paulo II – a primeira de muitas intervenções milagrosas do papa, que devem se multiplicar nos próximos anos.

Com mais um milagre reconhecido oficialmente, ele se tornará santo. Não há dúvidas de que isso acontecerá em breve. Segundo o postulador da causa, monsenhor Slawomir Oder, já foram recebidos mais de 1,5 mil relatos convincentes de milagres atribuídos ao santo padre. Entre 80 e 100 e-mails e cartas chegam diariamente ao seu escritório com histórias de graças alcançadas nos mais variados países, inclusive por não católicos que, por simpatia à figura de João Paulo II, pediram sua intercessão. Há notícias de bebês que nasceriam com má-formações, mas vieram ao mundo saudáveis, doentes cardíacos e que sofrem de câncer curados instantaneamente e casais dados como inférteis que tiveram filhos. Essas intervenções supostamente milagrosas, embaladas pela mística e o carisma desse polonês, fazem cair por terra todas as contradições e as sombras de seu pontificado. Até porque a função de um santo não é ser perfeito. O papel de um santo é ser um retrato de sua fé. E isso Karol Wojtyla tentou. Com todas as suas faces.

Transcrito da Revista ISTOÉ


Sexta-feira Santa

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

MADRUGADA DE SEXTA-FEIRA "SANTA"

Acabou o breve julgamento judaico de Jesus.

Haja vista as "provas" apresentadas pelo sumo-sacerdote e a firme atitude de Jesus de, a qualquer preço, proteger seu apóstolos e seguidores - negando-se a se defender e assumindo a responsabilidade exclusiva de todas as acusações - Jesus foi, por unanimidade, condenado à morte.

Em seguida, imediatamente ele foi conduzido à prisão judaica.

AMANHECER DE SEXTA-FEIRA

Esbirros do Sinédrio conduziram Jesus a Pôncio Pilatos, com o pedido pessoal do sumo-sacerdote para Jesus ser também condenado à morte pelos romanos, dessa vez por crime de tentativa de rebelião contra a autoridade romana.

Esta manobra do sumo-sacerdote tinha motivos óbvios, ou seja, ele não queria que o Sinédrio sujasse as mãos matando um compatriota judeu, e muito menos produzir um mártir, e sim Jesus deveria ser morto pelos romanos.

Logo após o conhecido diálogo com Pôncio Pilatos, que condenou Jesus à morte na cruz, Jesus foi imediatamente conduzido ao pátio da prisão romana para o rotineiro açoitamento que precedia a crucificação.

FINAL DA MANHÃ DE SEXTA-FEIRA

Como ocorria com todos os condenados à crucificação, Jesus foi açoitado por soldados romanos.

Entretanto, o célebre e degradante episódio que ocorreu em seguida - as humilhações, zombarias, insultos, escárnios e maus tratos a Jesus - não foi de autoria dos soldados romanos, e sim foi protagonizado por infelizes judeus, criados da corte de Pilatos, naquele momento na folga para almoço, que com aquela atitude queriam "mostrar serviço" aos seus senhores romanos.

QUASE MEIO-DIA DE SEXTA-FEIRA

Um grupo de soldados romanos, seguido por uma lamentosa procissão, conduziu Jesus ao cimo do Gólgota.

POUCO DEPOIS DO MEIO-DIA DE SEXTA-FEIRA

Jesus e mais dois sentenciados foram crucificados, sob a vista da multidão que os cercavam.

TRÊS HORAS DA TARDE DE SEXTA-FEIRA

Morreu, crucificado como um reles criminoso, o maior, o mais heróico, o mais amoroso, o mais sábio e o melhor homem que já nasceu na Terra, Jesus, o mais perfeito intérprete do Cristo da Terra, o meigo e divino Rabi da Galiléia!

Suas últimas palavras terrenas, pronunciadas quando ele agonizava e enquanto sofria dores lancinantes, bem identificaram e testemunharam a sua elevadíssima hierarquia espiritual:

- Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem!

22 de abril - Santo do dia

Santa Maria Egipcíaca

Nasceu no Egito no século V, e com apenas 12 anos tomou a decisão de sair de casa, em busca dos prazeres da vida. Providencialmente, conheceu um grupo de cristãos peregrinos que ia para o Santo Sepulcro, e os acompanhou, apenas movida pelo interesse no passeio.

Por três vezes quis entrar na Igreja, mas não conseguiu. E uma voz interior lhe fez perceber o quanto ela era escrava do pecado. Ela recorreu a Virgem Maria, representada numa imagem que ali estava, e em oração se comprometeu a um caminho de conversão. Ingressou na Igreja e saiu de seu sepulcro.

Com a graça do Senhor ela pôde se arrepender e se propor a um caminho de purificação.

Ela foi levada ao deserto de Judá, onde ficou por quarenta anos, e nas tentações recorria sempre a Virgem Maria. Perto de seu falecimento, padre Zózimo foi passar seus últimos dias também nesse deserto e a conheceu, levou-lhe a comunhão e ela faleceu numa sexta-feira. O padre ao encontrar seu corpo, enterrou-a como a santa havia pedido em um recado.

Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quinta-feira Santa

Quinta-feira Santa - Eucaristia: Sacramento do amor

A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a sexta-feira da paixão e morte do Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. Esses três dias formam uma grande celebração da páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimônia do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento, dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós, amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o fim".



A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.

Fazei isto em memória de ' mim. E depois de comer, fez o mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.

O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida e da oração dos fiéis.

A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença, outra exigência do amor.

A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.

Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."

O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós" (Jo 17,20-21).

Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de pensar, nos senti mentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.

Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra...

Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em minha memória".

Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre".

Santo do dia - 21 de abril

Santo Anselmo

Anselmo fugiu de casa para poder tornar-se um religioso. Para ele o significado do ato ia além de abandonar a proteção paterna, significava esquecer toda a fortuna e influência que sua família possuía.

Anselmo nasceu em Aosta, no norte da Itália, em 1033, e seu pai freqüentava as rodas da nobreza reinante. Por isso projetou para o filho uma carreira que manteria e até aumentaria a fortuna do clã, razão pela qual se opunha rigidamente à vontade do filho de tornar-se sacerdote. Como Anselmo perdera a mãe muito cedo, e tinha um coração doce e manso, como registram os escritos, fez a vontade do pai até os vinte anos.

Mas, dentro de si, a tristeza crescia. Anselmo queria dedicar-se de corpo e alma à sua fé, contrária à vida mundana de festas em meio ao luxo e à riqueza. Estudava com os beneditinos e sua vocação o chamava a todo instante. Assim, um dia não agüentou mais e fugiu de casa.

Vagou pela Borgonha e pela França até chegar à Normandia, onde, então, se entregou aos estudos religiosos, sob a orientação do monge Lanfranco. Em pouco tempo, ordenou-se e formou-se teólogo. Tão rapidamente quanto sua alma desejava, viu-se eleito abade do mosteiro e professor. Passou, então, a pregar pelas redondezas e, como o cargo o permitia, a liderar a implantação de uma grande reforma monástica.

Como seu trabalho lhe trouxe renome, passou a influenciar intelectualmente na sua época, tanto espiritual quanto materialmente, por meio do que escrevia. Foram tantos os escritos deixados por ele que é considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.

Chegou a arcebispo-primaz da Inglaterra. Conta-se que enfrentou duras perseguições do rei Guilherme, o Vermelho, e de Henrique I. Mas tinha a fala tão mansa e argumentos tão pacíficos que com eles desarmava seus inimigos e virava o jogo a seu favor.

Anselmo morreu em Canterbury, com setenta e seis anos, no dia 21 de abril de 1109, e foi declarado "doutor da Igreja" pelo papa Clemente XI em 1720.

Santo Anselmo, rogai por nós!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

20 de abril - Santo do dia


Santa Inês de Montepulciano



A santa de hoje nasceu no centro da Itália, em Montepulciano, no ano de 1274. Sua família tinha muitas posses, mas possuía também o essencial para uma vida familiar feliz: o amor a Jesus Cristo.

Muito jovem, sentiu o chamado a consagrar-se totalmente ao Senhor, ingressando na família Dominicana. Uma mulher de penitência, oração, recolhimento e busca da vontade de Deus, que a fez galgar altos degraus na vida mística.

Próximo do lugar em que ela vivia, havia uma casa de prostituição, e Inês se compadecia dessas mulheres, e ofereceu penitências e orações por elas. Aquele lugar de pecado, virou lugar de oração, e muitas daquelas se converteram e algumas até entraram para a vida religiosa. Um grande milagre de Santa Inês ainda em vida.

Morreu com 43 anos de idade, e seu último conselho às suas irmãs foi: “Minhas filhas, amai-vos umas às outras porque a caridade é o sinal dos filhos de Deus!”.

Santa Inês de Montepulciano, rogai por nós!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Oração e Novena a Santo Expedito

Oração á Santo Expedito

Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes, socorrei-me nesta hora de aflição e desespero, intercedei por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, vós que sois o santo guerreiro, vós que sois o santo dos aflitos, vós que sois o santo dos desesperados, vos que sois o santo das Causas Urgentes.

Protegei-me, Ajudai-me, Dai-me forças, Coragem e Serenidade.

Atendei ao meu pedido (faça aqui o pedido). Ajudai-me a superar estas horas difíceis, protegei-me de todos os que possam me prejudicar. Protegei a minha família e atendei ao meu pedido com urgência. Devolvei-me a Paz e a tranqüilidade. Serei grato pelo resto de minha vida e levarei o seu nome a todos os que tem fé. Obrigado. Amem.

Rezar um Pai Nosso e 1 Ave Maria.

NOVENA A SANTO EXPEDITO

Esta oração deve ser feita para os que têm urgência na solução de alguns problemas. Ela deve ser feita durante 9 dias.

Senhor, tende piedade de mim

Jesus Cristo, tende piedade de mim

Senhor, tende piedade de mim

Jesus Cristo, nos ouça.

Jesus Cristo, nos escute

Pai celestial, que sois Deus, tende piedade de mim

Deus, Espírito Santo, tende piedade de mim

Santa Maria, Rainha dos Mártires, rogai por mim

Santo Expedito, fiel até a morte, rogai por mim

Santo Expedito, que tudo perdeu para ganhar a Jesus,

rogai por mim

Santo Expedito que foste atormentado, rogai por mim

Santo Expedito, que pereceste gloriosamente pela espada,

rogai por mim

Santo Expedito, que recebeste do Senhor

a Coroa de Justiça que é prometida aos que lhe amam,

rogai por mim

Santo Expedito, ajudante daqueles que lhe pedem coisas,

rogai por mim

Santo Expedito, patrono da juventude, rogai por mim

Santo Expedito, auxílio dos estudantes, rogai por mim

Santo Expedito, modelo de soldado, rogai por mim.

Santo Expedito, protetor dos viajantes, rogai por mim.

Santo Expedito, salvador dos enfermos, rogai por mim

Santo Expedito, consolador dos aflitos, rogai por mim

Santo Expedito, apoiador fiel dos que se apegam em vós,

rogai por mim

Santo Expedito eu te suplico, não deixe pra amanhã

o que podes fazer hoje, vem em meu auxílio

Jesus, Cordeiro de Deus, que tiras o pecado do mundo,

perdoe-me Senhor

Jesus, Cordeiro de Deus, que tiras o pecado do mundo,

escute-me Senhor.

Jesus, Cordeiro de Deus, que tiras o pecado do mundo,

tende piedade de mim Senhor.

Jesus, escute-me

Jesus, escute minha oração

Que minha voz chegue a ti, Senhor

Amém.

Santo do dia - 19 de abril

Santo Expedito

Expedito, era chefe da 12a Legião romana, então estabelecida em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Ocupava esse alto posto porque o imperador Diocleciano tinha-se mostrado, no começo de seu reinado, favorável aos cristãos, confiando-lhes postos importantes na administração e no exército.

Essa legião era conhecida como a "Fulminante", nome que lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Foi sob Marco Aurélio, durante a campanha da Alemanha. O imperador, estabelecido em um campo fortificado, na região dos Quades, isto é, na atual Hungria, se havia deixado cercar pelos bárbaros. Era pleno verão.

A água faltava e a 12a Legião, recrutada, era em grande parte cristã. Seus soldados se reuniram fora do campo, ajoelharam e oraram, como oram os cristãos. Depois, retomaram logo a ofensiva, mas, mal tinham começado, uma chuva abundante se pôs a cair, e fez recuar os inimigos. Subitamente, os raios e o granizo caíram sobre o exército inimigo com tal violência, que os soldados debandaram em pânico indescritível. O exército romano estava salvo e vencedor.

Como se vê, santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões romanas, encarregada de guardar as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Mas a história da Igreja é bastante pobre em detalhes sobre a vida de seus chefes que se distinguiram no comando pelas virtudes de cristãos e de lealdade à causa por que lutavam, como exemplo das mais belas virtudes.

"Expedito" ficou sendo o nome do chefe, apelido dado por exprimir perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava, então, no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam, freqüentemente, a certas pessoas um apelido, o qual designava um traço de seu caráter.

Desse modo, Expedito designa, para nós, o chefe da 12a Legião romana, martirizado com seus companheiros em Melitene, no dia 19 de abril de 303, sob as ordens do imperador Diocleciano. Seu nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para ser reconhecido no mundo cristão, pois condiz, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram desse militar um mártir.

Desde seu martírio, Expedito tem se revelado um santo que continua atraindo devotos em todo o mundo. Além de padroeiro das causas urgentes, santo Expedito também é conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes e dos viajantes. Ele era militar e, se já não bastasse a tradição que envolve o seu nome, temos a da sua conversão. Conta-se que, assim que resolveu se converter, uma tentação se manifestou em forma de corvo. O animal gritava "Crás! Crás!", que significa, em latim, "Amanhã! Amanhã!". O que se esperava era que ele adiasse o batismo, mas Expedito teria pisoteado o corvo e gritado: "Hodie! Hodie!", ou seja, "Hoje! Hoje!". E assim agiu.

Santo Expedito, rogai por nós!