Santos João Fischer e Tomas More
João Fischer era inglês, chamado por Deus à vida sacerdotal. Fez uma linda caminhada acadêmica até chegar a ser Arcebispo de Rochester.
Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Ele não se vendia: diante do contexto das confusões da Reforma ele já havia se declarado contra. Também escreveu e defendeu a fé católica.
Henrique VIII, por causa de um envolvimento com uma amante, quis que a Igreja declarasse nulo seu casamento. Mas, ao ser analisado pelo Bispo de Rochester, viu-se que não era o caso. Mas com insistência e imposição, Henrique VIII se "auto-declarou" chefe da Igreja da Inglaterra.
Em meio às confusões religiosas e políticas, o testemunho de Fischer indicou a verdade, que nem sempre é acolhida. O Papa já havia escolhido ele para Cardeal, mas Henrique VIII o condenou à morte.
E ao ser apresentado para o martírio, São João Fischer deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ele estava ali. E seu sangue foi derramado em 1535.
No mesmo ano, Tomás More, pai de família e de grande influência no meio universitário, era chanceler do rei, mas não se vendeu diante do ato de supremacia de Henrique VIII. Também foi martirizado. Era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Em 1535 Tomás More foi decapitado.
Em meio às confusões, o testemunho faz a diferença.
Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
21 de junho - Santo do dia

Luís nasceu no dia 9 de março de 1568, na Itália. Foi o primeiro dos sete filhos de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e sobrinho do duque de Mântua. Seu pai, que servia ao rei da Espanha, sonhava ver seu herdeiro e sucessor ingressar nas fileiras daquele exército. Por isso, desde pequenino, Luís era visto vestido como soldado, marchando atrás do batalhão ao qual seu pai orgulhosamente servia.
Entretanto, Luís não desejava essa carreira, pois, ainda criança fizera voto de castidade. Quando tinha dez anos, foi enviado a Florença na qualidade de pajem de honra do grão-duque de Toscana. Posteriormente, foi à Espanha, para ser pajem do infante dom Diego, período em que aproveitou para estudar filosofia na universidade de Alcalá de Henares. Com doze anos, recebeu a primeira comunhão diretamente das mãos de Carlos Borromeu, hoje santo da Igreja.
Desejava ingressar na vida religiosa, mas seu pai demorou cerca de dois anos para convencer-se de sua vocação. Até que consentiu; mas antes de concordar definitivamente, ele enviou Luís às cortes de Ferrara, Parma e Turim, tentando fazer com que o filho se deixasse seduzir pelas honras da nobreza dessas cortes.
Luís tinha quatorze anos quando venceu as resistências do pai, renunciou ao título a que tinha direito por descendência e à herança da família e entrou para o noviciado romano dos jesuítas, sob a direção de Roberto Belarmino, o qual, depois, também foi canonizado.
Lá escolheu para si as incumbências mais humildes e o atendimento aos doentes, principalmente durante as epidemias que atingiram Roma, em 1590, esquecendo totalmente suas origens aristocráticas. Consta que, certa vez, Luís carregou nos ombros um moribundo que encontrou no caminho, levando-o ao hospital. Isso fez com que contraísse a peste que assolava a cidade.
Luís Gonzaga morreu com apenas vinte e três anos, em 21 de junho de 1591. Segundo a tradição, ainda na infância preconizara a data de sua morte, previsão que ninguém considerou por causa de sua pouca idade. Mas ele estava certo.
O papa Bento XIII, em 1726, canonizou Luís Gonzaga e proclamou-o Padroeiro da Juventude. A igreja de Santo Inácio, em Roma, guarda as suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte. Enquanto a capa que são Luís Gonzaga usava encontra-se na belíssima basílica dedicada a ele, em Castiglione delle Stiviere, sua cidade natal.
São Luís Gonzaga, rogai por nós!
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segunda-feira, 20 de junho de 2011
20 de junho - Santo do dia

Teresa, Mafalda e Sancha, filhas de Dom Sancho I e da Rainha Dulce, eram portuguesas.
Teresa, a primogênita, nasceu em 1177.
Desde de cedo, muito bem educada, sentiu o chamado à vida religiosa, mas conforme o costume do tempo, acabou sendo dada em casamento com o Rei Afonso e tornou-se Rainha de Lion. Por diversos motivos o casamento foi nulo. Ela voltou pra casa e entrou para a vida religiosa. Afonso não gostou e armou uma guerra contra o pai de Teresa e contra Portugal. Ela, já no convento, consumiu-se na intercessão. Um exemplo a seguir de despojamento e de busca da vontade de Deus.
Mafalda teve momentos parecidos com o de Teresa. Casou com Henrique I, mas este faleceu e ela retornou para casa, despojando-se de seus bens e entrando para a vida religiosa.
Viveu a total dependência de Deus.
Sancha: uma jovem que não se casou como acontecera com suas irmãs. Fundou um convento da Ordem Cisterciense em Coimbra, onde viveu as regras com fidelidade até sua morte.
No ano de 1705, as três irmãs portuguesas foram beatificadas.
Que sigamos o exemplo dessas mulheres de oração, que buscaram a vontade de Deus.
Bem-aventuradas Teresa, Mafalda e Sancha, rogai por nós!
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domingo, 19 de junho de 2011
Evangelho do dia - Solenidade da Santíssima Trindade
Domingo da SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por: Santo Atanásio
Ora, sendo o Pai o «único Deus sábio» (Rm 16,27), o Filho é a Sua sabedoria, porque «Cristo é poder e sabedoria de Deus» (1 Cor 1,24). Por conseguinte, ao recebermos o Espírito de sabedoria, recebemos o Filho e adquirimos assim a Sua sabedoria. [...] O Filho é a vida, pois Ele disse: «Eu sou a Vida» (Jo 14,6). Mas também se diz na Escritura que somos vivificados pelo Espírito quando Paulo nos diz que «o Pai, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do Seu Espírito que habita em vós» (Rm 8,11). Mas ao sermos vivificados pelo Espírito, é Cristo que Se faz vida em nós: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20).
Existindo, assim, no seio da Trindade uma tal correspondência e uma tal unidade, quem poderá separar o Filho do Pai, e o Espírito do Filho, ou do Pai? [...] O Mistério de Deus não é concedido ao nosso ser com discursos eloquentes, mas pela fé e por preces respeitosas.
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Evangelho segundo S. João 3,16-18.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por: Santo Atanásio
«Todo o que n'Ele crê [...] tenha a vida eterna»
Insensatos, que não cessais de revelar-vos indiscretos na procura da Trindade, sem vos contentardes em acreditar tão-só que Ela existe, tal como vos orienta o Apóstolo, que diz: «quem se aproxima de Deus tem de acreditar que Ele existe e recompensa aqueles que O procuram» (Heb 11,6). Que ninguém se ocupe de questões supérfluas, mas se contente em apreender o conteúdo das Escrituras, [...] que dizem que o Pai é fonte — «o Meu povo abandonou-Me, a Mim, nascente de águas vivas» (Jr 2,13); «Abandonaste a fonte da sabedoria!» (Br 3,12) — e luz, segundo João: «Deus é luz» (1Jo 1,5). O Filho, com efeito, em relação a essa fonte, é rio, de acordo com o salmo: «Enches, a transbordar, o rio caudaloso» (Sl 65 /64,10), e em relação à luz é resplendor, quando Paulo diz que «é resplendor da Sua glória e imagem fiel da Sua substância» (Heb 1,3). Assim sendo, o Pai é luz, e o Filho o Seu resplendor. [...] E é no Filho que somos iluminados pelo Espírito, como diz também Paulo: «que o Pai vos dê o Espírito de sabedoria e vo-Lo revele, para o conhecerdes, e sejam iluminados os olhos do vosso coração» (Ef 1,17-18). É, porém, Cristo quem nos ilumina n'Ele quando somos iluminados pelo Espírito, pois a Escritura diz: «O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). Para além disso, sendo o Pai fonte e Cristo rio, é dito igualmente que bebemos do Espírito: «e todos bebemos de um só Espírito» (1Cor 12,13). Dessedentados, pois, pelo Espírito, é de Cristo que bebemos, porquanto bebemos «de um rochedo espiritual que os seguia, e esse rochedo era Cristo» (1Cor 10,4).Ora, sendo o Pai o «único Deus sábio» (Rm 16,27), o Filho é a Sua sabedoria, porque «Cristo é poder e sabedoria de Deus» (1 Cor 1,24). Por conseguinte, ao recebermos o Espírito de sabedoria, recebemos o Filho e adquirimos assim a Sua sabedoria. [...] O Filho é a vida, pois Ele disse: «Eu sou a Vida» (Jo 14,6). Mas também se diz na Escritura que somos vivificados pelo Espírito quando Paulo nos diz que «o Pai, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do Seu Espírito que habita em vós» (Rm 8,11). Mas ao sermos vivificados pelo Espírito, é Cristo que Se faz vida em nós: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20).
Existindo, assim, no seio da Trindade uma tal correspondência e uma tal unidade, quem poderá separar o Filho do Pai, e o Espírito do Filho, ou do Pai? [...] O Mistério de Deus não é concedido ao nosso ser com discursos eloquentes, mas pela fé e por preces respeitosas.
Santo do dia - 19 de junho

Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.
Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.
Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.
A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.
Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.
No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.
Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.
Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte.
Santa Juliana Falconieri, rogai por nós!
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sábado, 18 de junho de 2011
Santo do dia - 18 de junho

Nasceu em Veneza no ano de 1625 dentro de uma família nobre, que proporcionou a ele uma formação intelectual muito boa e também integral.
Ele conheceu o Cristianismo através do testemunho de sua família. Seguir a Cristo supõe renúncia, cruz, decisões grandes e pessoais.
No meio dos estudos ele se tornou um diplomata europeu e, ali, dava testemunho de Igreja e Cristianismo, mas dentro de si havia o chamado ao sacerdócio.
Deixou tudo: bens e carreira e foi ordenado sacerdote. Tornou-se cada vez mais um servo na Igreja e foi escolhido para ser assessor do Papa. Não demorou muito e ele foi ordenado Bispo de Bérgamo (onde fez um maravilhoso trabalho apostólico). Em seguida foi transferido para Pádua, onde cuidou principalmente da formação do Clero, para colocar em prática todas as decisões do Concilio de Trento.
Era um homem de oração. Não existirá um santo na Igreja que não tenha vivido seriamente a vida penitencial e a vida de oração.
São Gregório era um homem de grandes atividades, porque tinha grande intimidade com o Senhor. Tantos trabalhos teve que, com 72 anos, foi atestada a sua morte. Morreu de tanto trabalhar.
São Gregório Barbarigo, rogai por nós!
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
7 de junho - Santo do dia

A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens.
Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa.
Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo.
Depois de viver, até os vinte e três anos de idade, recolhido como solitário, doou toda a sua fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu por quase quatorze anos. Viajou por todos os lugares santos de Jerusalém, Acre e outras cidades da Palestina, conduzindo a sua existência pelo caminho da santidade. Foi nessa ocasião que sua virtude taumatúrgica para com os pobres passou a manifestar-se. Vestido com roupas pobres, vivendo só de esmolas, Ranieri lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões.
Já com fama de santidade, em 1154 retornou a Pisa e ao Mosteiro de São Vito, mas sempre como irmão leigo. Em pouco tempo, tornou-se o apóstolo e diretor espiritual dos monges e dos habitantes da cidade. Segundo os registros da Igreja, os seus prodígios ocorriam por meio do pão e da água benzidos, os quais distribuía a todos os aflitos que o solicitavam, o que lhe valeu o apelido de "Ranieri d'água".
Depois de sete anos do seu regresso da longa peregrinação, Ranieri morreu no dia 17 de junho de 1161. E desde então os milagres continuaram a ocorrer por sua intercessão, por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura.
Canonizado pelo papa Alexandre III, são Ranieri de Pisa foi proclamado padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa. A catedral dessa cidade conserva suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte.
São Ranieri de Pisa, rogai por nós!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Dom Sérgio da Rocha é nomeado pelo papa chefe da Arquidiocese de Brasília
O Vaticano publicou ontem no jornal L’Osservatore Romano o nome do novo arcebispo metropolitano de Brasília: Dom Sérgio da Rocha, que, de 2007 a 2008, foi arcebispo coadjutor antes de assumir o arcebispado de Teresina. O comando da igreja local estava vago desde a saída de dom João Braz de Aviz, em 15 de fevereiro último, para servir em um alto posto no Vaticano. Dom Sérgio, 51 anos, será o mais jovem arcebispo a dirigir a igreja local, entre os três que o antecederam. A posse está marcada para 6 de agosto.

Esta é a segunda vez que um arcebispo de Teresina é transferido para Brasília. O primeiro foi o cardeal dom José Freire Falcão, que assumiu em 1984 e atualmente é arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília.
Em entrevista ao Correio (leia Cinco perguntas para), o novo arcebispo mostrou-se surpreso com a sua escolha pelo Vaticano. O religioso evitou assuntos polêmicos como o da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder direitos e deveres civis a uniões homoafetivas. Preferiu guardar as opiniões porque ainda não é o arcebispo de Brasília. “Prefiro falar disso em outro momento”, explicou. Ele é conhecido dentro da Igreja Católica como moderno e muito ligado aos acontecimentos da realidade. No site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há vários artigos dele em que expressa opinião sobre temas atuais, como a importância da Lei Maria da Penha e o acidente nuclear de Fukushima, no Japão. O bispo propõe uma revisão nas normas de segurança das usinas nucleares.
Dom Sérgio nasceu em 1959, em Dobrada, no interior de São Paulo, e teve rápida ascensão na trajetória eclesiástica. Tornou-se padre aos 25 anos e aos 42 era bispo pela Catedral de São Carlos (SP). Estudou filosofia, fez mestrado em São Paulo e doutorado em Roma. Foi bispo auxiliar de Fortaleza e, até a divulgação da nomeação para Brasília, era arcebispo metropolitano de Teresina. Na segunda-feira, ele comemorou uma década de bispado. “No dia 13, comemorei 10 anos como bispo com o desafio de vir para Brasília. Tenho esperança de contar com o apoio do povo de Brasília, porque o bispo não trabalha sozinho, mas em equipe e com muito diálogo para definir as ações da igreja”, disse.
O novo arcebispo de Brasília, integrante do Conselho Permanente da CNBB, desembarcou ontem na cidade para uma reunião da Conferência. Para comemorar a escolha de dom Sérgio, ontem, os religiosos da Arquidiocese celebraram uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana.
Cinco perguntas para Dom Sérgio da Rocha
A que o senhor credita a escolha?
Eu não imaginava que pudesse ser nomeado para Brasília. Recebi a notícia com surpresa. Imaginei que tivessem outros que pudessem assumir. Até porque estou em Teresina há apenas quatro anos. Acredito que fui escolhido por causa do meu trabalho aqui (Teresina) e em Fortaleza, que também é uma grande capital. Tem as funções que exerço na CNBB e isso, de alguma maneira, deve ter colaborado. Venho direto a Brasília. Numa perspectiva de fé, eu entendo que quando se entrega uma função como essa para alguém, não é só pela experiência, mas conta também o dom e graça concedida por Deus.
Brasília é a capital do país e respira política. Como o senhor pretende lidar com essa característica da cidade?
O campo da política é importante e a Igreja deve dar atenção especial a ele. Mas Brasília não se reduz a isso. Tem o campo da educação, da saúde, da universidade, dos mais pobres. Tem muitas outras coisas que é preciso dar atenção. No campo político, a relação com a Igreja deve ser de respeito, diálogo cordial e da autonomia. A Igreja tem o seu papel e os Poderes da República, o seu campo de atuação. Desse modo, a gente contribui para o povo, que é o mesmo cuidado pela Igreja e pelo Estado. A gente pretende estimular a cidadania, de modo que ele saiba os seus direitos e suas obrigações.
Brasília abriga os Três Poderes e daqui saem decisões importantes e algumas delas ferem os preceitos católicos, como a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer os direitos e deveres civis a casais homoafetivos. O que o senhor pensa a respeito desse assunto e como pretende lidar com essas decisões sendo o principal administrador da Igreja Católica na capital do país?
Eu hoje vou focar a entrevista mais na minha ida para Brasília. Em outro momento mais calmo, eu comento esse assunto. Prefiro me ater à passagem para Brasília. Não nego a atender no futuro. Só adianto que o critério geral será respeitar as distintas competências.
A violência é um tema que tem assustado o fiel brasiliense. Tivemos um sequestro longo na última terça-feira e uma freira era refém. A presença de um diácono da Pastoral Carcerária foi importante na negociação. Como o senhor pretende amenizar esse sentimento de insegurança dos fiéis?
Essa preocupação da violência não se reduz a esse fato. Infelizmente, tenho percebido que esse tipo de situação está crescendo e agravando-se. Penso que a população deve saber que essas preocupações e essas angústias são também as do arcebispo da Igreja. Eu também sinto e assumo como causa procurar considerar atentamente e buscar as saídas para isso.
Quais seriam essas saídas?
A Igreja pode desempenhar vários papéis. Seja na linha da formação das pessoas, na educação, mas também na linha da justiça social. Há pouco tempo, tivemos uma campanha da fraternidade que recordava as palavras do profeta Isaías, que a paz é fruto da justiça. É muito importante manter a justiça social. Esse lado da formação da consciência e da cidadania é fundamental. Isso a Igreja já pode e deve fazer. Trabalhar o coração das pessoas na linha da espiritualidade é muito importante. A paz tem que acontecer como fruto da justiça social.

Esta é a segunda vez que um arcebispo de Teresina é transferido para Brasília. O primeiro foi o cardeal dom José Freire Falcão, que assumiu em 1984 e atualmente é arcebispo emérito da Arquidiocese de Brasília.
Em entrevista ao Correio (leia Cinco perguntas para), o novo arcebispo mostrou-se surpreso com a sua escolha pelo Vaticano. O religioso evitou assuntos polêmicos como o da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder direitos e deveres civis a uniões homoafetivas. Preferiu guardar as opiniões porque ainda não é o arcebispo de Brasília. “Prefiro falar disso em outro momento”, explicou. Ele é conhecido dentro da Igreja Católica como moderno e muito ligado aos acontecimentos da realidade. No site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há vários artigos dele em que expressa opinião sobre temas atuais, como a importância da Lei Maria da Penha e o acidente nuclear de Fukushima, no Japão. O bispo propõe uma revisão nas normas de segurança das usinas nucleares.
Dom Sérgio nasceu em 1959, em Dobrada, no interior de São Paulo, e teve rápida ascensão na trajetória eclesiástica. Tornou-se padre aos 25 anos e aos 42 era bispo pela Catedral de São Carlos (SP). Estudou filosofia, fez mestrado em São Paulo e doutorado em Roma. Foi bispo auxiliar de Fortaleza e, até a divulgação da nomeação para Brasília, era arcebispo metropolitano de Teresina. Na segunda-feira, ele comemorou uma década de bispado. “No dia 13, comemorei 10 anos como bispo com o desafio de vir para Brasília. Tenho esperança de contar com o apoio do povo de Brasília, porque o bispo não trabalha sozinho, mas em equipe e com muito diálogo para definir as ações da igreja”, disse.
O novo arcebispo de Brasília, integrante do Conselho Permanente da CNBB, desembarcou ontem na cidade para uma reunião da Conferência. Para comemorar a escolha de dom Sérgio, ontem, os religiosos da Arquidiocese celebraram uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana.
Cinco perguntas para Dom Sérgio da Rocha
A que o senhor credita a escolha?
Eu não imaginava que pudesse ser nomeado para Brasília. Recebi a notícia com surpresa. Imaginei que tivessem outros que pudessem assumir. Até porque estou em Teresina há apenas quatro anos. Acredito que fui escolhido por causa do meu trabalho aqui (Teresina) e em Fortaleza, que também é uma grande capital. Tem as funções que exerço na CNBB e isso, de alguma maneira, deve ter colaborado. Venho direto a Brasília. Numa perspectiva de fé, eu entendo que quando se entrega uma função como essa para alguém, não é só pela experiência, mas conta também o dom e graça concedida por Deus.
Brasília é a capital do país e respira política. Como o senhor pretende lidar com essa característica da cidade?
O campo da política é importante e a Igreja deve dar atenção especial a ele. Mas Brasília não se reduz a isso. Tem o campo da educação, da saúde, da universidade, dos mais pobres. Tem muitas outras coisas que é preciso dar atenção. No campo político, a relação com a Igreja deve ser de respeito, diálogo cordial e da autonomia. A Igreja tem o seu papel e os Poderes da República, o seu campo de atuação. Desse modo, a gente contribui para o povo, que é o mesmo cuidado pela Igreja e pelo Estado. A gente pretende estimular a cidadania, de modo que ele saiba os seus direitos e suas obrigações.
Brasília abriga os Três Poderes e daqui saem decisões importantes e algumas delas ferem os preceitos católicos, como a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer os direitos e deveres civis a casais homoafetivos. O que o senhor pensa a respeito desse assunto e como pretende lidar com essas decisões sendo o principal administrador da Igreja Católica na capital do país?
Eu hoje vou focar a entrevista mais na minha ida para Brasília. Em outro momento mais calmo, eu comento esse assunto. Prefiro me ater à passagem para Brasília. Não nego a atender no futuro. Só adianto que o critério geral será respeitar as distintas competências.
A violência é um tema que tem assustado o fiel brasiliense. Tivemos um sequestro longo na última terça-feira e uma freira era refém. A presença de um diácono da Pastoral Carcerária foi importante na negociação. Como o senhor pretende amenizar esse sentimento de insegurança dos fiéis?
Essa preocupação da violência não se reduz a esse fato. Infelizmente, tenho percebido que esse tipo de situação está crescendo e agravando-se. Penso que a população deve saber que essas preocupações e essas angústias são também as do arcebispo da Igreja. Eu também sinto e assumo como causa procurar considerar atentamente e buscar as saídas para isso.
Quais seriam essas saídas?
A Igreja pode desempenhar vários papéis. Seja na linha da formação das pessoas, na educação, mas também na linha da justiça social. Há pouco tempo, tivemos uma campanha da fraternidade que recordava as palavras do profeta Isaías, que a paz é fruto da justiça. É muito importante manter a justiça social. Esse lado da formação da consciência e da cidadania é fundamental. Isso a Igreja já pode e deve fazer. Trabalhar o coração das pessoas na linha da espiritualidade é muito importante. A paz tem que acontecer como fruto da justiça social.
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