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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Santo do dia - 9 de abril

Santa Maria de Cléofas
Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", expressão semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo.

Por sua santidade, ela uniu-se à Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da ressurreição de Jesus (Mc 16,1): "E passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo". O mensageiro divino anunciou às piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?"

Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda a sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam seus últimos suspiros. Estava, também, com as poucas mulheres que visitaram o túmulo de Cristo para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando, ainda, o anjo anunciar a ressurreição do Senhor.

Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.

Santa Maria de Cléofas, rogai por nós!

domingo, 8 de abril de 2012

A Ressurreição do Senhor

A Ressurreição do Senhor

O Tempo de Páscoa

Introdução:
A importância capital da Páscoa da Ressurreição, a magna festa da Cristandade, a mais antiga, e centro de todas as outras, solene, majestosa é pervadida de júbilo: "Esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade".(Sl.117,24) São Paulo, Apóstolo, ressaltará o valor desse grandioso acontecimento: : "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé"(1 Cor.15.14). Na liturgia, essa alegria é prolongada pela repetição da palavra "aleluia", pelo branco dos paramentos e pelos cânticos de exultação. Com razão dizia Tertuliano: - "Somai todas as solenidades dos gentios e não chegareis aos nossos cinqüenta dias de Páscoa".

Ora, entre os acontecimentos daqueles dias, há episódios que passam muitas vezes despercebidos; porém, bem analisados, revelam em toda a sua força o poder do amor.



Oração Preparatória: Ó Imaculado e Sapiencial Coração de Maria, nós Vos oferecemos esta meditação, em reparação a todas as ofensas que recebeis pelos pecados cometidos por toda a Humanidade. E concedei-nos o dom de participar do júbilo glorioso do Vosso Imaculado Coração, inundado de inefável consolação, no momento em que foi restituído à alegria pela triunfal Ressurreição de Jesus.
Amém

I - As ressurreições ao longo dos tempos.

O profeta Elias operara a ressurreição do filho da viúva de Sarepta, em casa de quem vivia. (1Rs 17, 17-24). Mais tarde, o mesmo faria Eliseu com o filho de uma sunamita (2Rs 4, 17-37).

O próprio Salvador, tomado de pena ao encontrar o cadáver da filha de Jairo, ordenou às mulheres que não mais chorassem, pois a menina apenas dormia. Jesus conservou consigo somente os pais e três apóstolos e, tomando-a pela mão, disse-lhe: "Menina, eu te ordeno, levanta-te!". Ela se pôs de pé cheia de vida e de alegria. Maravilhados com o prodígio, os pais nem se deram conta de que a jovenzinha precisava se alimentar, e o próprio Mestre teve de lhes lembrar isto. (Mc 5, 35-43).

A compaixão de Jesus pelos sofrimentos humanos se manifestou novamente ao deparar Ele com um enterro, na cidade de Naim. Todos caminhavam consternados em extremo, pois falecera o filho de uma viúva, seu único sustento. O féretro encontrava-se cercado por gente desfeita em pranto. As misericordiosas entranhas de Nosso Senhor se comoveram: "Não chores", diz Ele à pobre mãe. E, colocando sua onipotência divina a serviço de sua bondade infinita, diz: "Moço, eu te ordeno, levanta-te!" Obedecendo à solene voz do Criador, começou a falar aquele que havia pouco ainda era defunto. Jesus tomou-o pela mão e o entregou a sua mãe (Lc 7, 11-16 ).

1 - Os sentimentos fortes e harmônicos do Coração de Jesus ...

A mais impressionante de todas as ressurreições operadas por Jesus foi, sem dúvida, a de Lázaro. Maria, irmã do morto, advertiu o Mestre de que o cadáver já estava em decomposição, pois recebera o ósculo da morte quatro dias antes. Entretanto, apesar de saber Jesus que o milagre a ser efetuado aguçaria a inveja dos fariseus e, assim, apressaria sua própria morte, Ele ansiava ardentemente cumprir os desígnios do Pai. No Sagrado Coração de Jesus encontram-se, então, dois fortes sentimentos harmônicos: a compaixão por seu amigo Lázaro e pelas irmãs dele, e a pressa em realizar a finalidade de sua Encarnação.

Manda que se remova a lápide da entrada do túmulo. Um repugnante odor se espalha entre os presentes. Uma voz possante e onipotente ordena: "Lázaro, vém para fora!" À boca do túmulo cavado na pedra, um cadáver revivescido apresenta-se com dificuldade, com vendas por todo o corpo. Uma nova determinação; diz Nosso Senhor: "Desatai-o e deixai-o ir", com divina serenidade. Era a mesma voz à qual os ventos e os mares obedeciam ... (Jo 11, 38-44).

Ao longo da Era cristã haverá outras ressurreições: São Pedro fará retornar à vida Tabita (At 9, 36-46); São Paulo, com um abraço, reerguerá da morte o jovem Êutico (At.20,9-12); São Bento devolverá com saúde, a um camponês, o filho, cujo corpo inerte havia sido posto à porta do mosteiro.

Contudo, se numerosas foram as ressurreições ao longo dos tempos, no que a Ressurreição de Cristo se distingue das demais ? (1)

II - A maior prova da divindade.

"Tenho o poder para entregar a minha vida, bem como para a reassumir" ( Jo.10,18 )

Nunca ninguém profetizou seu próprio retorno à vida terrena. Menos ainda, aconteceu de alguém operar por seu próprio poder esse milagre tão acima da natureza criada. Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou, porque não era apenas homem, mas também Deus.

A morte de Cristo consistiu na separação da alma e do corpo, como na morte dos outros seres humanos. Mas a divindade estava de tal modo ligada ao homem Cristo, que, apesar da alma e do corpo terem se separado, a própria divindade sempre esteve unida ao corpo e à alma de um modo perfeitíssimo. É necessário, pois, que creiamos não apenas que Ele se fez homem e que morreu para nossa Redenção, bem como que ressurgiu dos mortos.

São Tomás de Aquino completa: ...e a divindade do Verbo jamais se separou nem da sua alma, nem do seu corpo. Por isso, o corpo reassumia a alma e o corpo, quando queria. !

Quando professamos a nossa fé, rezando no Credo, ressuscitou ... e não, foi ressuscitado, como se o fosse por outro, é porque Jesus Cristo por sua própria força entregou a alma, reassumindo-a também, por força própria! Então, podemos ler nos Salmo 3, 6...."adormeci, e estive sepultado no sono e levantei-me."

Outra diferença ainda entre a Ressurreição de Cristo e a dos outros, é devido ao tipo de vida para a qual o morto ressuscitou. Quando Lázaro, por exemplo, foi ressuscitado, retornou para a mesma vida de antes - vida terrena e corruptível -,ao passo que Cristo ressuscitou para vida gloriosa e incorruptível. (2)

Ao contemplarmos com júbilo o triunfo de Jesus Cristo ressuscitado, juntemo-nos à Nossa Senhora, aos Apóstolos, aos Anjos,com toda a Igreja transbordando de alegria Pascal...

Oração: Ó Senhor Jesus que na verdade ressuscitastes; é certíssimo que sois o Deus todo-poderoso, pois um homem morto não pode ressuscitar-se; e que só Deus, que dispõe da vida e da morte, é capaz de semelhante prodígio. Vossa Ressurreição gloriosa garante a nossa fé, porque se Jesus é Deus, divina é a Sua Religião, divino é o Evangelho, divina é a Igreja que fundou sobre a rocha de São Pedro. Seguindo a luz de minha fé, guia infalível, fazendo os sacrifícios que ela me pede, sei que é nada disso em vão, porque "Jesus Cristo, minha esperança, ressuscitou! Aleluia!"(3)

Ó Coração de Maria, restituído à alegria pela Ressurreição de Jesus! Rogai por nós !


III - Um aspecto pouco comentado... ...na narrativa da Ressurreição de Jesus.

Embora não o tenham afirmado os Evangelistas, é de senso comum, e os bons autores são concordes a esse respeito, que Jesus apareceu em primeiro lugar a sua Mãe, logo após a Ressurreição. Na seqüência, apareceu a santa Maria Madalena (Mc 16,9; Jo.11-17) e, depois, a outras santas mulheres. (Mt 28, 9-10).

Então, Jesus apareceu a Maria, sua Mãe, logo após sair do sepulcro. Em segundo lugar, a Madalena (Jo.20,16), com enorme ternura, chamando-a pelo nome. E, em terceiro lugar, apareceu as outras mulheres, também com muita bondade, deixando que d'Ele se aproximassem e até osculassem os seus pés (Mt.28,9-10 ).

Por que motivo teria escolhido as mulheres para Se manifestar, antes dos próprios Apóstolos ?

Parece incompreensível a atitude de Nosso Senhor, encarregando às mulheres de transmitir a Boa Nova aos próprios Apóstolos, a fim de que estes a anunciem pelo mundo; tratando-se do mais importante de todos os milagres, o fundamento de nossa fé, a Ressurreição do Senhor!

E, por cúmulo, eles nem sequer chegam a lhes dar crédito..."não quiseram acreditar.! (Mc.16, 11)

1 - O fervor é um tesouro!

A esta altura nos perguntamos por que essa diferença de atitude, para com elas, de um lado, e para com os Apóstolos, de outro. O trato do Senhor para com os Apóstolos é bem descrito por São Marcos: "Finalmente apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito aos que o viram ressuscitado" (Mc.16,14). Suas primeiras palavras, portanto, segundo o evangelista, é de censura para com eles. Que diferença! Por quê ?

Não teria entendido nada dessa sublime lição quem afirmasse que Jesus quis dar preeminência à mulher sobre o homem. Não é este o caso. Na verdade, tais episódios deixam transparecer claramente a essência do Evangelho, que Nosso Senhor havia resumido nos seguintes termos: "Dou-vos um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também deveis amar-vos uns aos outros"(Jo.13,34).É no perfeito amor a Deus e ao próximo que está a síntese do Evangelho.

Era tão grande o amor que aquelas mulheres tinham por Jesus que até seu instinto de conservação havia se definhado, pois corriam risco ir. Carregavam imperfeições, mas o amor pelo Senhor era puro. E quando esse amor é assim depurado, Cristo mesmo toma sobre si a tarefa de aperfeiçoar as ações que a natureza humana decaída venha a realizar.

Com essa afirmação, não é nossa intenção fazer o elogio da imprudência enquanto tal, mas ressaltar como as atitudes irrefletidas das santas mulheres do Evangelho eram compensadas pelo puro amor de Deus - a caridade.

É oportuno lembrar que também o coração do jovem costuma mover-se pelo amor, sobretudo quando arrebatado pelo fervor primaveril. Tal como as santas mulheres, muitas vezes não se guia pela prudência, nem pela razão, mas sim pela audácia. Se se trata de um amor desinteressado e puro, Deus o premeia.

Essa chama é um tesouro, que precisa ser tratada com carinho. (1)

2 - A felicidade está em buscar Jesus

No primeiro dia da semana foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu, pois, e foi ter com Simão Pedro e com outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram¨ (Jo 20, 1-2).

"Logo no primeiro momento que ela pode, porque estava proibido segundo a lei de Moisés, dar mais de duzentos passos no sábado. Ela estava aflita esperando que o sábado passasse para poder ir ao túmulo onde estava o corpo de Jesus. Ela O amava tanto que queria vê-LO ainda que morto e estava disposta a enfrentar a madrugada, pois, está dito no Evangelho - de manhã cedo - quando ainda estava escuro. Ela partiu e não esperou a clarear do dia. Assim devemos ser nós. Quantas vezes temos uma moção interior da graça para procurar Nosso Senhor no Tabernáculo, para entrar em uma igreja, rezar um pouco, parar por um momento nossas atividades e nos dirigir a Deus e nos vem ao pensamento: Não, neste momento não estou sentindo nada, não me sinto propenso. . .

Era escuro, madrugada, era arriscado uma dama naquela circunstância sair pelas ruas, tudo indicava que não era prudente ir ao sepulcro naquela hora. Contudo, ela o faz, e faz porque está tomada de entusiasmo, de ardor, está tomada de devoção. Exemplo para nós. . .

¨Viu a pedra tirada do sepulcro¨ ; ela se deu conta que ali havia se passado algo, a pedra foi parar longe, o próprio trilho em que corria a pedra foi arrancado. Ela o que fez? Terá voltado para casa?

Quantas vezes encontramos pela nossa vida fatos sobrenaturais impressionantes e ao invés de pararmos para os considerar e nos colocar imediatamente em oração, não fazemos como Santa Maria Madalena que correu, ela podia ter caminhado pelas ruas, não, ela correu.

Depois dela ter visto o milagre, senso de hierarquia, foi avisar ao Chefe da Igreja, o Papa. ¨Foi dizer a Simão Pedro e ao outro discípulo a quem Jesus amava¨ . Ela escolheu bem as duas pessoas: Um era o Chefe o outro o mais amado; um era o que mais amava o outro era o mais amado.

¨...e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram¨.

É bem a situação de quem não tinha ouvido dizer que Nosso Senhor ressuscitaria ao terceiro dia. Se ela soubesse da ressurreição ela certamente acreditaria, mas a ela não foi dada esta notícia, porque Deus queria esta atitude de alma e conseqüentemente os méritos, o mérito de estar aflita, procurando com sofreguidão, com emoção.

Assim devemos ser nós, e por isso voltarmos sempre a Nossa Senhora e pedirmos a Ela este estado de espírito:

Oração: Oh Mãe! Vós quando soubestes da atitude de Santa Maria Madalena, ficastes alegre, porque era bem o que passava em Vosso coração, Vós queríeis encontrar o Vosso Divino Filho o quanto antes, e se Vós não Vos movestes da vossa casa foi porque o próprio Jesus Vos apareceu em primeiro lugar, as primícias da ressurreição vos foram oferecidas pelo Vosso próprio Filho.

Minha Mãe, vendo eu este exemplo de Santa Maria Madalena, nós Vos pedimos: Dai-nos a graça de sempre procurar Jesus ainda que eu esteja na aridez, porque o símbolo da morte está exatamente na aridez, naquela hora em que não sentimos nada no coração, ainda assim saiamos às pressas e com toda a ênfase a procura de Jesus. (4)

3 - Deus faz de nossos desejos a medida de Seus benefícios!

Como é admirável o amor ardente de Santa Maria Madalena: corre ao sepulcro, e não achando lá o sagrado corpo de Jesus, imagina que o tiraram. Onde o puseram? Quer a todo o custo saber; e em vez de se retirar como os discípulos e as outras mulheres, fica ali, retida pelo amor, para buscar Aquele que ela não pode achar. Fica ali sem nada temer, porque depois de haver perdido Jesus, nada há que receie perder.

Para um desejo veemente nada parece impossível e torna o homem capaz de tudo. Como é intenso o seu desejo de achar Jesus! Bem-aventurada a alma que ama a Jesus até O desejar assim! Deus faz dos nossos desejos a medida dos Seus benefícios, e junto d'Ele os maiores bens não custam muitas vezes mais que um suspiro. A nossa grande desgraça é não amar; e, por isso, não desejar com intensidade a nossa perfeição. Supliquemos a Nossa Senhora de toda a santidade, a gloriosa Rainha dos Anjos que afaste de nós os obstáculos que nós mesmos colocamos para a nossa santificação. (3) Assim seja!

CORAÇÃO DE MARIA, INUNDADO DE INEFÁVEL CONSOLAÇÃO NA ASCENÇÃO DE JESUS, rogai por nós!

Referências:
(1) Revista Arautos do Evangelho - Mons. João Clá Dias, nº 4 - abril 2002 págs. 13-17
(2) Exposição sobre o Credo - Santo Tomás de Aquino- Ed. Loyola, 2a.edição, págs.54-55
(3) Meditações - M.Hamon , Lello & Irmãos Editores- Porto, Tomo II, págs. 250-251
(4) Meditação do Mons. João Clá Dias - Catedral Metropolitana da Sé de São Paulo - 3 de julho de 2004 (sem revisão do autor)

EVANGELHO DO DIA

EVANGELHO COTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6,68

DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Evangelho segundo S. João 20,1-9.

Noprimeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.

Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalHados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalHados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalHado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.

Então, entrou também o outro discípulo, o quetinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Comentário ao Evangelho do dia feito por: Bem-aventurado Guerric d'Igny

«Porque buscais entre os mortos Aquele que vive?» (Lc24,5)

Para mim, irmãos, «viver é Cristo e morrer é lucro» (Fil 1,21). Irei, pois,para a Galileia, para o monte que Jesus nos indicou (Mt 28,16). Vê-l'O-ei eadorá-l'O-ei antes de morrer, para não mais morrer depois; porque «todo aquele que vê o Filho e acredita n'Ele tem a vida eterna»: «ainda que esteja morto,viverá»» (Jo 6,40; 11,25).

Agora, irmãos, em que é que a alegria do vosso coração é uma prova do vosso amor a Cristo? Por mim, eis o que penso [...]: se chegastes um dia a amar Jesus, vivo, morto ou volvido à vida, neste dia em que os mensageirosproclamam a Sua ressurreição na Igreja [...], o vosso coração exulta eexclama: «Trouxeram-me esta notícia: Jesus, meu Deus, vive! E a esta notícia,o meu coração, que estava entorpecido de dor, que definhava de desânimo eestava prestes a sucumbir ao desespero, o meu coração recobrou vida.» Com efeito, o som desta alegre mensagem reanima os pecadores que jaziam na morte.Sem ela, não nos restaria senão desesperar e enterrar no esquecimento aqueles que Jesus, subindo dos infernos, teria deixado no abismo.

Mas tu reconhecerás que o teu espírito retomou plenamente vida em Cristo se puderes dizer do fundo do coração: «Se Jesus vive, isso me basta! [...] Se Elevive, eu vivo, porque a minha vida depende d'Ele. Mais ainda, Ele é a minhavida, Ele é meu tudo. Que pode então faltar-me se Jesus vive? Mesmo que tudo o resto me faltasse, isso não teria nenhuma importância para mim, desde que Jesus esteja vivo!»

Santo do dia - 8 de abril

Santa Júlia Billiart

Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos, que a batizaram no mesmo dia. Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos. Desde então, Jesus foi o único alimento para sua vida. Aprendeu apenas a ler e a escrever, porque ajudava a sustentar a família.

Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida, ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.

Nesta época, decidiu ingressar na vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos, voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante, devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse Tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.

Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Para ter recursos, criava pensionatos e, ao lado deles, a escola para pobres. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da congregação. Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixaram definitivamente.

Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". Ali a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.

"Por meio do seu batismo, de sua consagração religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, que é bom, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres." Foram as palavras do papa Paulo VI para declarar santa, em 1969, Maria Rosa Júlia Billiart, que no dia 8 de abril deve receber as homenagens litúrgicas.

Santa Júlia Billiart, rogai por nós!

sábado, 7 de abril de 2012

Sábado Santo

A vigilia Pascal - Sábado Santo

"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).

No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.

Ressurreição do Senhor

A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".

O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.

É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).

Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:

"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

A Vígília Pascal

"Segundo uma antiqüíssima tradição, esta é a noite de vigília em honra do Senhor (Ex 12, 42). Os fiéis, tal como recomenda o evangelho (Lc 12, 35-36), devem asemelhar-se aos criados, que com as lâmpadas acesas nas mãos, esperam o retorno do seu senhor, para que quando este chegue os encontre velando e os convide a sentar à sua mesa" (Missal Romano, pg 275).

Esta Noite Pascal tem, como toda celebração litúrgica duas partes centrais:

- A Palavra: Nesta celebração as leituras são mais numerosas (nove, ao invés das duas ou três habituais).

- O Sacramento: Esta noite, depois do caminho quaresmal e do catecumenato, celebra-se, antes da Eucaristia, os sacramentos da iniciação cristã: o Batismo e a Crisma.

Assim, os dois momentos centrais se revestem de um acento especial: se proclama na Palavra a salvação que Deus oferece à humanidade, atingindo o ápice com o anúncio da ressurreição do Senhor.

E logo celebra-se sacramentalmente esta mesma salvação, com os sacramentos do Bastismo, da Crisma e da Eucaristia. A tudo isso também antecede um especial rito de entrada constando do rito da luz, que brilha em meio à noite, e o pregão Pascal, lírico e solene.

A Páscoa do Senhor, nossa Páscoa

Todos estes elementos especiais da Vigilia querem ressaltar o conteúdo fundamental da Noite: a Páscoa do Senhor, a sua passagem da Morte à Vida.

A oração ao início das leituras do Novo Testamento, invoca a Deus, que "ilumina esta noite santa com a gloria da ressurreição do Senhor". Nesta noite, com mais razão que em nenhum outro momento, a Igreja louva a Deus porque "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado". (Prefácio I de Páscoa).

Porém a Páscoa de Cristo é também a nossa Páscoa: "na morte de Cristo nossa morte foi vencida e em sua ressurreição resuscitamos todos" (Prefácio II de Páscoa).

A comunidade cristã se sente integrada, "contemporânea da Passagem de Cristo através da morte à vida". Ela mesma renasce e goza na "nova vida que nasce destes sacramentos pascais" (oração sobre as ofertas da Vigilia): pelo Batismo se submerge com Cristo em sua Páscoa, pela Confirmação recebe também ela o Espírito de Vida, e na Eucaristia participa do Corpo e Sangue de Cristo, como memorial de sua morte e ressurreição.

Os textos, orações, cantos todos apontam a esta gozosa experiência da Igreja unida ao seu Senhor, centralizada nos sacramentos pascais. Esta é a melhor chave para a espiritualidade cristã, que deve centralizar-se mais que na contemplação das dores de Jesus (a espiritualidade da Sexta-feira Santa é a mais fácil de assimilar), na comunhão com o Ressuscitado dentre os mortos.

Cristo, ressuscitando, venceu a morte.

Este é na verdade "o dia que o Senhor fez para nós". O fundamento de nossa fé. A experiência decisiva de que a Igreja, como Esposa unida ao Esposo, recorda e vive a cada ano renovando sua comunhão com Ele, na Palavra e nos Sacramentos desta Noite.

Luz de Cristo

O fogo novo é abençoado em silêncio, depois, toma parte do carvão abençoado e colocado no turíbulo, coloca-se então o incenso e se incensa o fogo três vezes. Mediante este rito singelo a Igreja reconhece a dignidade da criação que o Senhor resgata.

A cera, por sua vez, é agora uma criatura renovada. Devolver-se-á ao círio o sagrado papel de significar ante os olhos do mundo a glória de Cristo Ressuscitado. Por isso se grava em primerio lugar a cruz no círio. A cruz de Cristo devolve à cada coisa seu sentido. Por isso o Cânon Romano diz: "Por Ele (Cristo) segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós".

Ao gravar na cruz as letras gregas Alfa e Ômega e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: "Cristo ontem e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. Dele é o tempo. E a eternidade. A ele a glória e o poder. Pelos séculos dos séculos. Amém".

Assim expressa com gestos e palavras toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo, homens, coisas e tempo estão sob sua potestade.

O Círio é decorado com grãos de Incenso, que segundo uma tradição muito antiga, que passaram a significar simbolicamente as cinco chagas de Cristo: "Por tuas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde Jesus Cristo nosso Senhor".

Ocelebrante termina acendendo o fogo novo, dizendo: "A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração do e do espírito".

Após acender o círio que representa Cristo, a coluna de fogo e de luz que nos guia através das trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém aceso se escuta cantar três vezes: "Luz de Cristo".

Estas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja neste momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir a toda realidade com torrentes de sua luz.

Já os profetas haviam prometido a luz: "O Povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz", escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Esta luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo, que iluminará aos seus e seu Servo será a luz das nações (Is 42,6; 49,6).

O catecúmeno que participa desta celebração da luz sabe por experiência própria que desde seu nascimento está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e a entrar em sua luz maravilhosa" (1 Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, "Cristo será sua luz" (Ef 5, 14). Passará das trevas à "luz no Senhor" (Ef 5,8).

O Pregão Pascal ou "Exultet"

Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembléia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.

Em seguida é proclamada a grande Ação de Graças. Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial.

A liturgia da Palavra

Nesta noite a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a História da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus que se dirige ao seu Povo (as leituras) e o Povo que Lhe responde (Salmos e orações).

A leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "...e começando por Moisés e por todos os profetas, os interpretou (aos discípulos de Emaús) em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito"(Lc 24, 27).

Leituras do Antigo Testamento

  • Primeira leitura: Gn 1,1-2,2 ou 1,1.26-31a - Viu Deus que tudo o que tinha feito era bom.
  • Segunda leitura: Gn 22,1-18 ou 1-2.9a.10-13.15-1 O sacrificio de Abraão, nosso pai na fé.
  • Terceira leitura Ex 14-15,1 - Os israelitas cruzaram o mar Vermelho.
  • Quarta leitura: Is 54,5-14 - Com misericordia eterna te ama o Senhor, teu redentor.
  • Quinta leitura: Is 55, 1-11 - Vinde a mim, e vivereis; firmarei convosco uma aliança perpétua.
  • Sexta leitura: Br 3,9-15.32-4,4 - Caminhai na claridade do resplendor do Senhor.
  • Sétima leitura: Ez 36.16-28 - Derramarei sobre vós uma água pura, y vos darei um coração novo.

É importante destacar esta passagem ao Novo Testamento: o Missal indica neste momento diversos símbolos, tais como a decoração do altar (luzes, flores), o canto do Glória e a aclamação do Aleluia antes do Evangelho. Também se ilumina de maneira mais plena a Igreja, já que durante as leituras do Antigo Testamento deve estar iluminada de maneira discreta.
Sobretudo o evangelho, tomado de um dos três sinóticos, de acordo com o Ciclo, é o que deve destacar-se: se trata do cumprimento de todas as profecias e figuras, proclama a Ressurreição do Senhor.

Leituras do Novo Testamento

Primeira leitura: Rm 6,3-11 - Cristo, uma vez ressuscitado dentre os mortos, já não morre.

Evangelho
CICLO A: Mt 28.1-10 - Ressuscitou e vos precede em Galiléia.
CICLO B: Mc 16, 1-17 - Jesus de Nazaré, o que foi crucificado, ressuscitou.
CICLO C: Lc 24.1-12 - Por que buscam entre os mortos aquele que está vivo.

A liturgia batismal

A noite de Páscoa é o momento no qual tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã.

Depois de um caminho pelo catecumenato (pessoal, se é que se trata de adultos e da família, para as crianças, e sempre nos diz respeito, da comunidade cristã inteira), o símbolo da água -a imersão, o banho- busca ser a expressão sacramental de como uma pessoa se incorpora a Cristo na sua passagem da morte à vida.

Como diz o Missal, se é que se trata de adultos, esta noite é quando tem pleno sentido que além do Batismo também se celebre a Confirmação, para que o neófito se integre plenamente à comunidade eucarística. O sacerdote que preside nesta noite tem a faculdade de conferir também a Confirmação, para fazer visível a unidade dos sacramentos de iniciação.

A celebração consta dos seguintes elementos:

  • A ladainha dos santos (se ocorre um batizado), de acordo com a sugestão do Missal;
  • A bênção da água trata sobretudo de bendizer a Deus por tudo o que fez por meio da água ao longo da História da Salvação (desde a criação e a passagem pelo Mar Vermelho até o Batismo de Jesus no Jordão), implorando-lhe que hoje também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados;
  • o Batismo e a Confirmação sengundo seus próprios rituais;
  • a renovação das promessas batismais, se não se realizou a celebração do Batismo, (do contrário já a realizaram junto com os batizados e seus padrinhos). Trata-se de que todos participem conscientemente tanto da renúncia como da profissão de fé;
  • a sinal da aspersão, com um canto batismal, como recordação plástica do próprio Batismo. Este sinal pode se repetir todos os domingos do Tempo Pascal, ao início da Eucaristia;
    a Oração universal ou oração dos fiéis, que é o exercício, por parte da comunidade, do seu sacerdócio batismal intercedendo perante Deus por toda a Humanidade.

A Eucaristia

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristía central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu sangue, como memorial da sua Páscoa.
É o ponto mais importante da celebração.

7 de abril - Santo do dia

São Germano José
Germano nasceu no ano 1150 em Colônia, na Alemanha, de uma família poderosa e abastada, que, ainda na sua infância, perdeu todas as suas posses e passou a viver na pobreza. Mas o que marcou mesmo os tempos de criança de Germano foram as aparições da Virgem Maria, que são contadas em muitas passagens de sua vida, fatos registrados pela Igreja e narrados pela tradição dos fiéis.

Esses registros não ocorreram só na sua juventude, mas durante toda a sua vida. Apesar da falência da família, graças aos próprios esforços ele estudou e se formou em ciências humanas, assim como, depois, conseguiu o que mais desejava: ingressar num convento para sua formação religiosa, que foi o da Ordem dos Premonstratenses.

Quanto às revelações, narra a tradição que, desde muito pequeno, Germano conversava horas e horas com Nossa Senhora.

Certa vez, teria trazido uma maçã para oferecer a ela e ela estendeu a mão para apanhar a fruta. Em outra ocasião, teria brincado com o Menino Jesus sob o olhar da Virgem Mãe, que lhe teria apontado uma pedra do piso da igreja, sob a qual Germano sempre acharia dinheiro para seus calçados e roupas, já que o pai não podia mais lhe oferecer nem o mínimo necessário para sobreviver. Mais velho, conta-se que, ao rezar diante do altar de Maria, uma estranha luz o cercava e ele entrava em êxtase contemplativo.

No fim da vida, ao visitar um convento de religiosas, vizinho ao seu, determinou o lugar onde queria ser enterrado. Era mais um aviso antecipado, pois ali morreu dias depois, durante uma missa, no dia 7 de abril de 1241. Foi enterrado onde desejava. Desde então, sua sepultura se tornou um local de peregrinação, onde os devotos agradeciam e obtinham graças por sua intercessão, até com a cura de doenças fatais, segundo a tradição dos fiéis. Entretanto, muito tempo depois, quando do seu traslado para o convento onde vivera e trabalhara, por ordem do bispo, descobriu-se que seu corpo ainda não tinha sinais de decomposição.

Germano José foi beatificado, em 1958, pelo papa Pio XII. Dois anos depois, o papa João XXIII aprovou seu culto litúrgico para o dia 7 de abril e autorizou que ao lado do seu nome fosse colocada a palavra santo. Em 1961, a igreja de Steinfeld, que guarda suas relíquias mortais, foi declarada basílica menor.

São Germano José, rogai por nós!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta-feira Santa

Sexta-feira Santa! Hoje é o dia em que se faz silêncio; um silêncio respeitoso, como acontece nos velórios, porque estamos recordando o falecimento, a morte mais importante que existiu neste mundo, a morte do homem-Deus, Jesus.

Junto com nossa tristeza piedosa vai o nosso agradecimento por esse mistério que não entendemos bem, por essa morte injusta humanamente falando, por esse amor estranhamente apaixonado, pela graça de uma vida divina e eterna trazida por uma morte humano-divina. Considerações, assim poderíamos continuar fazendo à vontade, mas vamos ouvir um resumo do que aconteceu naquela primeira Sexta-Feira Santa.

Reflexão

“Tudo está consumado”. Quem for à igreja, hoje, para participar das funções litúrgicas, vai se ajoelhar quando ouvir essa frase. Vamos dobrar os joelhos como fez o centurião, logo após ouvir as palavras da boca do condenado: “Pronto, tudo está consumado. Tudo acabou”. Essas foram as últimas palavras de Jesus antes de morrer; palavras que têm a força de um selo, de um carimbo, de uma assinatura no final de um testamento. Mas, o que quer dizer “tudo está consumado”?

Por acaso essas palavras foram motivadas pelo fracasso de uma vida concluída com a condenação? Ou com a decepção de não ter sido entendido? A fé do centurião diz que não: “na verdade ele era o filho de Deus”. E a minha fé também diz que não. Para mim, Jesus estava dizendo: “Pronto, fiz o que tinha de fazer; concluí minha missão na terra; fiz a vontade de meu Pai no céu; tudo está consumado”. Não há dúvida de que se trata de um mistério; um mistério que provoca muitas perguntas.

Mas a fé é assim mesmo; a fé trata com mistérios. O silêncio que fazemos espontaneamente, hoje, é uma boa ocasião para refletir sobre o mistério da morte de Jesus e sobre o mistério da nossa morte. Podemos dizer que são dois mistérios bem diferentes, porque a minha morte, humanamente falando, é natural; vai acontecer um dia, quer queira quer não. O mistério da morte de Jesus está no fato de que, sendo ele Deus, como dizia, não poderia morrer; ou seu mistério está contido na vontade de Deus, ainda incompreensível para nós.

Enquanto o mistério de nossa morte fica reservado para o depois, para o que acontecerá conosco após a morte. Nesse caso, nossa morte em si não constitui mistério, e sim o que vem depois. Quanto a esse último mistério colocamos nas mãos de Deus, falando como falou Jesus: “Tudo está consumado. Pai, nas vossas mãos entrego o meu espírito”.

SIGNIFICADO DA SEXTA-FEIRA SANTA

A Sexta-feira Santa, ou 'Sexta-feira da Paixão', é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa.

É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.

A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.

Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.

A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta estrutura:

  • Entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se prostram em adoração diante do altar oração colecta.
  • Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto cântico do servo de Javé, Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola aos Hebreus (Hebr 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma dialogada).
  • Homilia e silêncio de reflexão.
  • Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa, seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
  • Adoração da Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e adorada ao som de cânticos.
  • Pai Nosso
  • Comunhão dos fiéis presentes. Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
  • Oração depois da comunhão.
  • Oração sobre o povo.


    Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.

    A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.

    A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O fato de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.

    Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas.

A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.

Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a fé cristã.