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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A íntegra do discurso de Bento XVI em última audiência geral como Papa



Em parte em português, o Pontífice reforçou que sabe da gravidade da renúncia, mas que deu o passo com plena serenidade
O Papa Bento XVI realizou nesta quarta-feira sua última audiência geral como o líder da Igreja Católica, emocionando milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, no Vaticano. O Sumo Pontífice decidiu não fazer vários discursos traduzidos, mas dividir seu pronunciamento em várias línguas. Confira na íntegra o discurso do Papa em português:

“Queridos irmãos e irmãs,
No dia 19 de abril de 2005, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: ‘É um peso grande que colocais aos meus ombros!’ Mas, se mo pedis, confiado na Vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis. E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor.
Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.”
Na parte mais desenvolvida, em italiano, Bento XVI convidou todos a renovarem a sua confiança no Senhor “como crianças nos braços de Deus, na certeza de que esses braços sempre nos sustentam, permitindo-nos caminhar dia após dia, apesar da fadiga”.
“Agradeçamos ao Senhor por cada um dos nossos dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus ama-nos, mas espera também que nós o amemos!”, disse o Sumo Pontífice. “Nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre recebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Cada dia levei na oração cada um de vós, com coração de pai”.

Papa Bento XVI acena na entrada de sua última audiência como líder da Igreja Católica ALESSANDRO BIANCHI / REUTERS

Bento XVI agradeceu também às pessoas de todo o mundo que nas últimas semanas lhe enviaram “comoventes sinais de atenção, amizade e oração”.
“Sim, o Papa nunca está só, experimento-o agora uma vez mais, de um modo tão grande que toca o coração. O Papa pertence a todos, e tantíssimas pessoas sentem-se muito perto dele”, ressaltou. “Escrevem como irmãos e irmãs ou como filhos e filhas, com o sentido de um elo familiar muito afetuoso. Aqui se pode tocar com a mão o que é a Igreja – não uma organização, não uma associação com fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que nos une a todos. 
Experimentar a Igreja neste modo e poder assim com que poder tocar com as mãos a força da sua verdade e do seu amor, é motivo de alegria, num tempo em que tantos falam do seu declínio.”
“Nestes últimos meses senti que as minhas forças tinham diminuído (confessou Bento XVI), e pedi a Deus com insistência, na oração, que me iluminasse com a sua luz para me fazer tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja.”
“Dei este passo na plena consciência da sua gravidade e também novidade, mas com uma profunda serenidade de espírito. Amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer escolhas difíceis, dolorosas, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não nós próprios.”

Principais dúvidas sobre Bento XVI

Roupas, assessores e residência: como será a vida do Papa Emérito
A partir deste dia 28 de fevereiro, Bento XVI passa a ser conhecido como Papa Emérito e deverá se recolher à residência de Castelgandolfo, ao sul de Roma, e depois ao Mosteiro Mater Ecclesiae, dentro dos muros do Vaticano. A seguir, as perguntas mais frequentes sobre os passos do Pontífice, de acordo com a CNBB.

Quem vai assessorar Bento XVI após a renúncia?
Quer em Castelgandolfo, quer no Mosteiro Mater Ecclesiae, Bento XVI será acompanhado por dom Georg Gaenswein, seu secretário particular, e por um pequeno grupo de assistentes. Seguirão também as Memores, grupo de mulheres consagradas, membros da família pontifícia, que auxiliam o Papa nas necessidades regulares de casa.

Bento XVI vai aparecer ao público após a renúncia?
Não estão previstas aparições após 28 de fevereiro. Ele deverá deixar o Vaticano de helicóptero às 17h do dia 28. Cerca de 15 minutos depois, chegará a Castelgandolfo onde deverá saudar os vizinhos e visitantes do balcão da fachada principal. Deverá ser a sua última aparição pública.

Qual será o nome do Papa após deixar o Pontificado?
Continuará a chamar-se Sua Santidade Bento XVI. Seu título será Papa Emérito ou Romano Pontífice Emérito.

Como ele deverá se vestir?
Bento XVI deverá continuar a usar vestes brancas, mas deve trocar os sapatos vermelhos por outros marrons, doados por artesãos mexicanos. O Anel de Pescador, símbolo do poder papal, será destruído - como acontece em caso de morte do pontífice.

Onde Bento XVI vai morar após a renúncia?
Ele deverá residir em Castelgandolfo de 28 de fevereiro até o final de abril ou início de maio. Poderá ficar no aposento pontifício, pois este não foi lacrado, como ocorre quando morre um papa. Depois de Castelgandolfo, Bento XVI residirá no Mosteiro Mater Ecclesia, no Vaticano, reformado nos últimos meses para abrigá-lo. Os trabalhos de reforma foram iniciados em novembro de 2012 e serão concluídos nos próximos meses.

Onde fica Castelgandolfo?
Fica  30 quilômetros ao sul de Roma, à beira do Lago Albano. A residência foi mandada construir em 1626 pelo Papa Urbano VIII como residência de campo para passar o verão. Desde a sua construção, a Igreja já teve 31 papas, sendo que apenas 15 fizeram uso da residência em algum momento. Bento XVI, nos seus quase oito anos de pontificado, passou longas temporadas no local, onde escreveu parte da trilogia “Jesus de Nazaré”.
Durante a II Guerra Mundial, os aposentos onde ficará Bento XVI foram transformados numa maternidade, onde nasceram 50 crianças, filhas de italianos que ali se refugiavam. Os pais das crianças, como forma de agradecimento ao Papa Pio XII (Eugenio Pacelli), batizaram as crianças como Eugenio ou Pio.

Clique aqui para GALERIA trajetória deBento XVI 


Durante seu último pronunciamento ao público antes da renúncia, o papa Bento XVI, de 85 anos, mencionou, nesta quarta-feira (27) "as águas agitadas" que marcaram os oito anos de seu pontificado e advertiu que "Deus não deixará que a Igreja afunde", diante de mais de 100 mil pessoas na Praça de São Pedro.
 
"Estou realmente emocionado e vejo uma Igreja viva", disse o papa, sendo ovacionado pela multidão. "O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor." 

Ele voltou a afirmar que sua renúncia, anunciada em 11 de fevereiro, foi decidida "não para seu bem, mas para o bem da Igreja", e reiterou que sabe "da gravidade e da novidade" da decisão que tomou. "Amar a Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio", disse, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. 

Bento XVI, justificou a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua atitude foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”. 

O Pontífice afirmou que "não vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja. "Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a decisão que tomei em 19 de abril de 2006 (ao ser eleito Papa)", disse. "Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", completou.

Bento XVI também pediu que os fiéis orem pelos cardeais que, após a renúncia, terão de eleger seu sucessor, em uma tarefa que ele considera difícil. "Orem pelo meu sucessor! Que Deus os acompanhe",disse o papa.

Ao mencionar as atribuições do pontificado, Bento XVI destacou que a Igreja Católica Apostólica Romana não está representada apenas em uma pessoa, no papa, mas pertence a Deus. “Sempre soube que o barco da Igreja não é meu, não é nosso, é Dele [de Deus]”, disse.

O papa lembrou que, quando foi eleito, em 19 de abril de 2005, sentiu “um peso sobre os ombros”, mas pediu luz a Deus. “Aceitei e sempre tive a certeza de que Ele me acompanhou. [Na ocasião], disse: 'Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os meus ombros, aceitarei apesar de todas as minhas fraquezas'”, disse Bento XVI, na celebração.

Ao analisar a vida no pontificado, Bento XVI disse que um papa nunca está sozinho. “O papa pertence a todos”, ressaltou. “Um papa não está sozinho no barco de Pedro, mesmo que seja sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho.” 

Bento XVI lembrou que um cardeal, ao ser escolhido papa, perde sua privacidade e disse que, ao renunciar, ele não voltará à vida que mantinha antes do pontificado. “Quando se está empenhado é para sempre o Ministério Petrino [o pontificado]. Quem assume o Ministério Petrino perde a privacidade”, disse. “Recebe-se a vida quando perde-se a vida.”

Cerimônia
A cerimônia da renúncia segue nesta quinta-feira, quando Bento XVI deixará o Palácio Pontifício do Vaticano às 16h55 de Roma (12h55 de Brasília) do dia 28. Acompanhado do Secretário de Estado, o cardeal Bertone, ele irá ao heliporto do Vaticano, de onde viajará de helicóptero até Castelgandolfo, 30 km ao sul de Roma.

No heliporto da Vila Pontifícia, Bento XVI será recebido pelas autoridades civis e religiosas locais e, por volta das 17h30 locais (13h30 de Brasília), irá ao pórtico da residência de verão dos pontífices para saudar os fiéis daquela diocese.

Este será o último ato público do Papa, e o único sinal visível que anunciará que Bento XVI já não é mais papa será dado às 20h locais, quando a Guarda Suíça que presta guarda na porta do palácio de Castelgandolfo concluirá seu serviço e deixará o local. A partir desse momento, a Guarda Suíça deixará de prestar serviço a Ratzinger (que adotará o título “Papa emérito”), cuja segurança continuará garantida pela Gendarmaria Vaticana.
Findo o processo da renúncia, começa o da sucessão. No dia 1º de março, já em plena Sé Vacante - o período entre o falecimento ou renúncia de um papa até que seja eleito o sucessor -, o decano do Colégio Cardinalício, o cardeal Angelo Sodano, convocará os cardeais às reuniões preparatórias do Conclave, cuja data será decidida nos próximos dias. Visto que o dia 1º é sexta-feira, o mais provável é que a primeira congregação de cardeais aconteça no dia 4, na semana seguinte.

Em sua última audiência, Bento XVI fala dos problemas: ' O Senhor parecia estar dormindo'


Bento XVI: 'A Igreja Católica está viva'
Falando à multidão, o Sumo Pontífice exortou os católicos à fé e pediu que orassem "pelos cardeais e pelo próximo sucessor de Pedro"
Em sua última audiência pública, o Papa exortou os católicos à fé e disse que aqueles que abraçam o ministério abrem mão da vida privada
'Não abandono a cruz', disse Pontífice
Cerca de até 2 mil policiais garantem a segurança na praça do Vaticano

 ‘PRAÇA SÃO PEDRO’

 

Foi possivelmente sua maior audiência pública como Papa - e a última. Diante de aproximadamente 200 mil pessoas e com aspecto sereno, Bento XVI pediu aos fiéis presentes na Praça São Pedro e que acompanhavam o evento pela mídia que orem pelos cardeais e pelo sucessor ao Trono de Pedro. Ele reconheceu "a gravidade e raridade de sua decisão". Comovido ao olhar a multidão, ele sorriu e disse que a Igreja Católica continua viva.
- Estou comovido, vejo que a Igreja está viva - disse o Pontífice, após reconhecer que seu pontificado teve momentos difíceis. - Muito obrigado por terem vindo a essa minha última audiência pública. Agradeço a todos pelo apoio a essa decisão que tomei com plena liberdade. Nesse ano de fé, convido a todos a renovar a suas crenças. 



Bento XVI optou não por fazer o mesmo discurso em várias traduções, mas sim dividir o texto em diferentes línguas. Segundo analistas, o objetivo do Pontífice seria fazer um pronunciamento de caráter coletivo. Na véspera da efetivação da sua renúncia, ele disse que seu pontificado teve momentos de alegria, mas também de dificuldades, quando "parecia que o Senhor estava dormindo".

- Durante esse oito anos, sempre senti que na barca de São Pedro estava o Senhor. Sempre senti que a barca não era minha, não era nossa, mas sim do Pai. O Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e me sustentaram. Mas quando senti que as minhas forças tinham diminuído, pedi ao Senhor que me iluminasse para que eu tomasse a decisão mais justa - disse Bento XVI, em português. - Agradeço também a todos os fiéis de língua portuguesa. Envio a todos a benção apostólica. Obrigado.
O Papa acrescentou que "houve momentos em que as águas estavam agitadas, e havia ventos de proa". Ele também reforçou que não pretende voltar à vida privada, sem encontros ou conferências. Segundo ele, sua meta é continuar servindo à Santa Sé. - Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a minha decisão de 19 de abril de 2005 (quando foi eleito e aceitou a ser o Papa). Não regresso à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, conferências. Não abandono a cruz, sigo um novo caminho com o Senhor Crucificado. Sigo a serviço do recinto de São Pedro.

Enquanto isso, o Twitter do Papa (@pontifex) divulgou uma mensagem na qual o religioso exorta os fiéis a sentirem a alegria de serem cristãos. "Queria que cada um sentisse a alegria de ser cristão, de ser amado por Deus, que entregou o Seu Filho por nós", diz o post.
Os fiéis se espalhavam até o outro lado do Rio Tibre e em ruas próximas. Muitos seguravam cartazes agradecendo ao papa e lhe desejando boa sorte. "Estamos todos ao seu lado", dizia um deles.

Ao final da cerimônia, o Sumo Pontífice cantou com os milhares de fiéis a oração do Pai Nosso, acompanhado de um coro de religiosos e um órgão. Ao sair da plataforma que foi montada para o evento, Bento XVI foi intensamente aplaudido pela multidão e acenou com sorrisos de dentro do papamóvel. Ele parou seu percurso diversas vezes para beijar crianças.
Há dias, a Praça de São Pedro e seus arredores se preparavam para receber até 200 mil peregrinos nesta quarta-feira. Na quinta-feira, o Pontífice irá oficializar a renúncia e se mudar da Cidade do Vaticano para Castelgandolfo, onde residirá os próximos dois meses.
Em meio a uma megaoperação de segurança, participaram do evento personalidades da Itália e do mundo, além de todo o corpo de diplomático da Santa Sé. Um total de até 2 mil policiais estão presentes na Praça de São Pedro, entre guardas uniformizados, oficiais à paisana dispersos no meio da multidão, um esquadrão antibomba e atiradores posicionados no teto de edifícios. Estas precauções também aboliram o tradicional “beija-mão” no fim da audiência.

As autoridades de Roma também se prepararam para que a peregrinação de fiéis ao Vaticano não atrapalhasse a rotina da capital italiana. O metrô opera em plena capacidade, e as linhas de ônibus com pontos mais próximos à Praça de São Pedro receberam o reforço de mais 30 veículos.

Anel do Pescador de Bento XVI será destruído
Bento XVI também vai se desfazer de seu Anel do Pescador - outro símbolo reservado ao Papa que comanda o Vaticano. O anel deverá ser destruído, como manda a tradição da Igreja. Joseph Ratzinger usará outro anel, cujos detalhes não foram divulgados. Finalmente, decidiu-se que ele continuará usando a roupa branca, mas mais simples que a atual, sem a manta.

O Vaticano também divulgou detalhes dos últimos momentos do Papa demissionário. Na terça-feira, ele separou os documentos que serão enviados para os diversos arquivos do Vaticano, além de seus próprios estudos, que levará com ele para sua nova residência.

Cardeais serão convocados a partir de segunda-feira
Após a saída de Bento XVI, inicia o período chamado pelo Vaticano de Sé Vacante - aquele onde a Igreja Católica não tem um chefe de Estado, e todas as decisões importantes são suspensas. O Vaticano é governado pelo Colégio dos Cardeais.

Somente a partir de segunda-feira os cardeais serão oficialmente convocados a Roma para a escolha do novo Pontífice. O comunicado é feito por e-mail, mas os clérigos receberão também uma cópia impressa do documento, para que possam guardá-la. Só então o Colégio dos Cardeais estabelecerá a data em que começará o conclave.
Os religiosos somente ficarão hospedados na Casa de Santa Martha, seu alojamento durante a eleição papal, “quase na véspera do conclave”, segundo o Vaticano. As televisões e telefones estão sendo desconectados, e uma equipe faz a varredura em busca de dispositivos de escuta.

27 de fevereiro - Santo do dia

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

 

No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.


 São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

 

São Nicéforo

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio.

Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição.

Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade. Nicéforo, que assistira ao julgamento e chegara a pedir novamente perdão ao padre, dizendo que com isso ele teria o apoio de Deus para enfrentar as dores que o aguardavam, escandalizou-se com a infidelidade do estimado sacerdote.

Mesmo sem ter sido acusado ou convocado ao tribunal, Nicéforo apresentou-se de livre e espontânea vontade como cristão, disposto a morrer no lugar daquele que renegara sua fé em Cristo. Minutos depois, foi executado. Os registros e a tradição narram que sua cabeça rolou na arena e acabou depositada justamente aos pés do insensível sacerdote Sabrício.

O Martirológio Romano registra outro santo com esse nome, que viveu mais de seis séculos depois e cuja atuação em defesa da unidade da Santa Mãe, a Igreja, não foi menos corajosa e eficiente. Por isso o culto à esse primeiro mártir permanece firme, vivo e constante ao longo do tempo e junto aos devotos, principalmente no mundo católico do Oriente. 


 São Nicéforo, rogai por nós!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sexo e escândalos pairam sobre discussões prévias ao conclave

Os escândalos sexuais e disputas de poder que assombram a Igreja Católica devem desempenhar um papel importante nas reuniões prévias ao conclave que escolherá o próximo papa, e na terça-feira dois cardeais defenderam um maior debate interno sobre esses temas.
Um importante grupo de apoio a vítimas de abusos sexuais do clero também fez o que chamou de "último apelo" ao papa Bento 16 para que use sua autoridade antes da efetivação da renúncia, na quinta-feira, e puna bispos que acobertaram padres predadores em suas dioceses.


A questão dos abusos sexuais contra fiéis, principalmente menores, ganhou nova urgência depois que o cardeal escocês Keith O'Brien, acusado de comportamento inadequado com jovens padres, renunciou na segunda-feira ao comando da arquidiocese de Edimburgo e declarou que não participará do conclave na Capela Sistina.

O cardeal Cormac Murphy-O'Connor, que tornou-se assim o único britânico nas reuniões a portas fechadas do pré-conclave, declarou em Londres que o abuso sexual contra crianças é o mais grave escândalo já ocorrido na Igreja. "Essa será uma das principais coisas que os cardeais irão discutir", disse Murphy-O'Connor, que não pode votar no conclave por ter ultrapassado o limite de 80 anos. Outro cardeal, o francês Jean-Louis Tauran, disse a um jornal que os agora 115 cardeais eleitores deveriam ser informados sobre um relatório secreto sobre a corrupção no Vaticano, preparado a pedido de Bento 16.

O pontífice renunciante decidiu reservar o relatório para o seu sucessor, mas os três cardeais que o redigiram, todos maiores de 80 anos, poderão informar a seus colegas eleitores sobre algumas das conclusões, durante as consultas da semana que vem. "Os cardeais eleitores não podem decidir este ou aquele nome para votarem se não souberem o conteúdo do dossiê", disse Tauran ao jornal La Repubblica. "Se for necessário, não vejo por que eles não devem perguntar nomes", acrescentou o cardeal, que já foi ministro de Relações Exteriores do Vaticano, e hoje comanda o departamento para o diálogo inter-religioso.

Os jornais italianos há dias especulam que conspirações e supostos escândalos sexuais dentro do Vaticano podem ter influenciado Bento 16 a se tornar o primeiro papa a renunciar em quase seis séculos, em vez de morrer no cargo. O Vaticano acusou esses jornais de espalharem rumores "falsos e daninhos", numa tentativa de influenciar os cardeais que começam a chegar a Roma para a reunião de despedida com o papa, na quinta-feira.
Dois diretores da entidade norte-americana Swap, que reúne vitimas de abusos, chegaram na terça-feira em Roma para chamar a atenção para sua campanha por atitudes mais rigorosas da Igreja. "Estamos aqui para fazer um último apelo ao papa Bento 16 para que use as últimas horas do seu papado a fim de tomar uma ação decisiva que proteja as crianças", disse David Clohessly, diretor nacional da entidade.

Fonte: REUTERS 

Nota dos editores do Blog CATOLICISMO: a pedofilia e os escândalos sexuais que porventura existam na Igreja Católica Apostólica Romana devem ser punidos com rigor e forma exemplar, mas laboram em grave equívoco os que acham que a Igreja poderá ser abalada com tais práticas.
Devemos ter sempre em mente que a Igreja Católica Apostólica foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que garantiu: 'e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'.
Portanto, podemos confiar que jamais os alicerces da Igreja fundada por Jesus Cristo e que teve São Pedro como primeiro papa sofrerão abalos de monta.

Marina Silva já amarelou ante o gayzismo de Jean Wyllys



 Os marqueteiros e estrategistas de Marina estão trabalhando duro para vender a imagem dela como “pró-vida” entre cristãos desavisados.



A eleição presidencial de 2014 nem começou, e os embates políticos estão pegando fogo. Vários sites noticiosos, inclusive o Portal RIUS, destacaram o apoio velado de Marina Silva ao chamado “casamento” gay no último final de semana. Tudo começou quando Marina, que é a fundadora do Rede Sustentabilidade, não gostou de uma tuitada do deputado federal Jean Wyllys, do PSOL do Rio. Na mensagem de Twitter, o deputado supremacista gay acusou-a de ser a favor de um plebiscito para o povo decidir a união civil gay no Brasil.


Wyllys também a acusou de “velho conservadorismo”. Marina, que detesta ser chamada de “conservadora”, disparou: “Eu sou a favor que todos os brasileiros tenham os mesmos direitos. Essa questão não demanda plebiscito”. Para não deixar nenhuma dúvida, em nota pública o Rede Sustentabilidade explicou: “Em nenhum momento Marina defendeu a realização de plebiscito sobre o casamento homoafetivo”.

“Homoafetivo” uma ova! Esse tipo de relação é simplesmente homoerótica. Homoafetividade é a relação normal de amizade e afeto entre um pai e seu filho e um homem e seu amigo, conforme mostra meu artigo “Sou Homoafetivo”. Apesar da posição confundindo “homoafetividade” com homoerotismo, a ex-militante do PV, que luta para consolidar o Rede Sustentabilidade e se lançar candidata presidencial em 2014, aposta numa imagem “pró-vida”, torcendo para que o público se esqueça de que em 2010 ela foi criticada pelo movimento pró-vida por ter condenado a onda conservadora contrária ao aborto e ao homossexualismo que se levantou na eleição presidencial daquele ano.


O problema desta semana surgiu quando ela foi criticada por defender a realização de plebiscitos populares para decidir a regulamentação da utilização de drogas como a maconha e até para decidir o aborto — posição não diferente de alguns setores evangélicos. Foi aí que Jean Wyllys entrou na briga, afirmando que o novo partido de Marina faria um plebiscito sobre “casamento gay”.

Para o socialista gay, a socialista verde deixou claro: A questão do “casamento” gay não pode ser decidida em plebiscito. Wyllys pode, pois, descansar tranquilo. Marina não negocia valores para ela inegociáveis, inclusive meio-ambiente e “casamento” gay. Podem colocar em plebiscito aborto e drogas, mas aquelas duas questões sagradas, jamais.

Não sei o que mais pesa nesses valores. O passado dela como militante comunista, ou seus conselheiros espirituais: o ex-católico Leonardo Boff e o ex-presbiteriano Caio Fábio. Seja como for, a imagem “pró-vida” não cai bem nela. O título de “conservadora” (alguém que se opõe à cultura da morte em sua totalidade) lhe cai muito pior, pois o histórico dela nada tem a ver com conservadorismo. Mesmo assim, os marqueteiros e estrategistas de Marina estão trabalhando duro para vender a imagem dela como “pró-vida” entre cristãos desavisados. E entre evangélicos, alguns líderes fazem questão de promover a imagem de uma Marina piedosa. Na eleição presidencial passada, a líder neopentecostal Valnice Milhomens tentou fazer propaganda dessa imagem no púlpito de uma igreja, mas foi cortada pelo apóstolo Hudson Teixeira, um líder neopentecostal internacional, que pontuou que púlpito não era lugar para propaganda eleitoral gratuita.

Por que não usam nos púlpitos a imagem dela como militante comunista? Não. Preferem o quadro da Marina (supostamente) piedosa.  Ouvi dizer que ela estava, tempos atrás, dando aulas de escola dominical numa igreja Assembleia de Deus em Brasília. Se for da mesma denominação do bispo Manoel Ferreira, o amigo do Rev. Moon, não é de assustar ninguém. Mas se não for, o pastor dessa igreja deveria ter seu registro pastoral cassado e, como castigo, sentar no banco para ouvir o Evangelho.

Para Marina, deveriam dar a escolha: sentar no banco para conhecer o verdadeiro Evangelho, ou apodrecer no falso evangelho de Leonardo Boff e Caio Fábio. Mas desgraçadamente, para ela, a Teologia da Libertação é o único “evangelho” da vida dela, conforme documentado neste vídeo de Caio Fábio:

Questões como “casamento” gay e aborto são, para os seguidores de Jesus Cristo, inaceitáveis, inegociáveis. Quer o nazismo ou o comunismo imponham esses valores estatais sobre a sociedade, a defesa do verdadeiro casamento e da vida é missão do cristão. Ele não defenderia o tal “casamento” gay, ou adoção de crianças por duplas gays, ou o aborto nem que isso lhe custasse a vida. Evidentemente, os valores inegociáveis de um militante de ideologia marxista não são os mesmos valores inegociáveis de um seguidor de Jesus Cristo.  Se Jean Wyllys tivesse tido um confronto comigo ou outro cristão conservador, seria muito fácil responder: “Defendo o casamento normal e o ‘casamento’ gay é contra a família natural”. 

De forma igual, é muito fácil dar uma resposta sobre pedofilia ou adoção de crianças por duplas gays. É fácil e simples. Simples porque o cristão não tem ideologias e mestres estranhos a quem agradar. Para o cristão verdadeiro, estando ele atuando na política ou não, só há um Mestre a quem servir. Na política, ele faz como Daniel e seus colegas Sadraque, Mesaque e Abednego: ele não se prostra diante dos ídolos estatais, ainda que se chamem aborto e “casamento” gay. Entretanto, para Marina, não é tão simples assim. Apesar de sua fachada verde, ela nunca conseguiu ser menos vermelha do que cristã. E não dá para mudar isso da noite para o dia.

Após deixar o cargo, Bento XVI será chamado de Papa Emérito



Pontífice continuará usando batina branca, mas trocará sapatos italianos vermelhos por mexicanos marrons
Após deixar o posto de líder da Igreja Católica, Bento XVI continuará sendo chamado de Sua Santidade e terá o título de Papa Emérito ou Romano Pontífice Emérito, de acordo com comunicado divulgado nesta terça-feira pelo Vaticano. Segundo o porta-voz Federico Lombardi, o período de Sede Vacante - ausência do Papa - começa na quinta-feira (28), a partir das 20h (horário local). Na sexta-feira, dia 1° de março, o decano do colégio cardinalício enviará a convocação para o início das congregações gerais, que poderiam começar na segunda-feira, dia 4 de março. 

              Bento XVI durante sua última oração do Angelus antes de deixar seu posto 
                                                ALESSANDRO BIANCHI / REUTERS

Lombardi salientou que Bento XVI usará um anel diferente do de Pontífice, que será destruído pelo camerlengo e seus colaboradores. Em relação a sua vestimenta, o Papa Emérito continuará a usar uma batina branca simples, e não está previsto que utilize os usuais sapatos vermelhos italianos, mas sim mocassins marrons que foram presentes de um sapateiro em sua viagem a León, no México.

Após o dia 28 de fevereiro, Bento XVI será levado a sua nova residência no Castelo Gandolfo, onde ficará nos próximos meses junto a seus documentos privados. Os documentos sobre seu pontificado ficarão no Vaticano para serem arquivados.

Depois do período de descanso, o Papa vai se mudar para um mosteiro de clausura na ala norte dos jardins do Vaticano. O local passará a ser o seu novo lar, mostrando que o Pontífice escolheu não viver próximo a seu sucessor para não influenciá-lo, segundo assessores.
Bento XVI, de 85 anos, é o primeiro Papa católico a renunciar em quase 600 anos. Dada a raridade da ocasião, autoridades do Vaticano tiveram que se reunir com urgência para decidir o novo título do religioso e como ele irá se vestir.