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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Devoção a Nossa Senhora das Dores

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa. 

 A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgota, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus. 


Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz. 


As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

 

Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

 

Eis as promessas:


1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

 

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
 

Eis as Graças:

 

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.

2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.


 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Festa da Santa e Poderosa Cruz

Exaltemos a Santa e Poderosa Cruz!

Hoje a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Essa festa vem dos primórdios da cristandade, porque a morte do Senhor sobre a Cruz é o ponto culminante da Redenção da humanidade. A glorificação de Cristo e a nossa salvação passam pelo suplício da Cruz. Cristo, encarnado na Sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene).

Os apóstolos resumiam sua pregação no Cristo crucificado e ressuscitado dos mortos, de quem provêm a justificação e a salvação de cada um. São Paulo dizia que Cristo cancelou “o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na Cruz” (Cl 2,14). É por isso que cantamos na celebração da adoração da santa Cruz na Sexta-Feira Santa: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo: Vinde! Adoremos!”

O caminho da cruz, da humilhação e da obediência, foi o que Deus escolheu para nos salvar. Por isso, amamos e exaltamos a santa Cruz. Santo Antônio, Doutor do Evangelho e “martelo dos hereges”, dizia: “Porque Adão no paraíso não quis servir ao Senhor (cf. Jr 2,20), por isso o Senhor assumiu a forma de servo (cf. Fl 2,7) para servir ao servo, a fim de que o servo já não se envergonhasse de servir ao Senhor.”


Aproximemo-nos da Cruz de Cristo neste dia e rezemos esta oração do século X, que brotou do coração de um grande santo da nossa Igreja, Santo Odilon, um monge Abade do Monastério de Cluny:

cartaaosamigosAo nome de Jesus, todo joelho deve dobrar-se no céu, na terra e nos infernos; diante Dele dobro agora os joelhos; confesso minhas faltas ao pai das luzes, ao mestre de todos os espíritos, Àquele que governa, tanto na terra quanto no céu.
 
Do Senhor, que adoro incessantemente, a cruz está comigo.
Cruz que é para mim um refúgio, cruz que é meu caminho e minha força…
  A cruz, estandarte que não se pode tomar… cruz, arma que torna invencível.
A cruz afasta todo mal. A cruz afugenta as trevas.

Através dessa cruz eu avanço no caminho de Deus.
A cruz para mim é vida; para ti, inimigo, é a morte.
Que a cruz de Nosso Senhor seja para mim grandeza suprema.

Que sua ressurreição me dê firmeza de fé e uma esperança segura na ressurreição dos justos; que a sua gloriosa ascensão ao céu me leve a cada dia a desejar o céu, e o Espírito Santo que penetra em nossos corações seja a remissão de todo o nosso passado.
Amém!


Santo do dia - 14 de setembro

São Materno de Colônia


É conhecido como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha. Desde o século IV, criou-se uma tradição cristã, na cidade de Trier, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado para divulgar o Evangelho no mundo germânico. Essa tradição fazia de Trier a primeira sede episcopal cristã da Alemanha, portanto dotada de jurisprudência sobre as demais.

A figura de Materno, o bispo de Colônia, é, de fato, muito importante para a história da Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, graças ao imperador Constantino. Mas a Igreja continuava exposta às divisões internas dos cristãos, que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.

Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África: o cisma donatista. Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores. Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregado os livros sagrados às autoridades romanas. Até mesmo negavam-se a aceitar a reinclusão dos sacerdotes que haviam agido dessa maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos. E, por isso, os donatistas de Cartago não reconheciam o novo bispo, Ceciliano, porque um dos bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.

Chamado para arbitrar, o imperador Constantino, em 313, escreve ao papa Melquior, de origem africana, para convocar o bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial. E ainda o informa que os bispos Materno, da Alemanha, Retício e Martino, da França, já estavam a caminho de Roma. O imperador Constantino, obedecendo às suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e da França.

Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao bispo Ceciliano. Mas o cisma não terminou, mesmo contando, também, com a notável presença de santo Agostinho, bispo de Hipona.

Entretanto, em Trier, a fama de santidade de seu primeiro bispo fez a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo. Ao longo dos séculos, a catedral de Trier, que abriga as relíquias de são Materno, foi reconstruída e, hoje, podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais desse templo. Seu culto foi autorizado pelo Vaticano, em consequência dessa devoção secular e ainda presente nos fiéis. A data de sua tradicional festa litúrgica, no dia 14 de setembro, foi mantida. 

São Materno de Colônia, rogai por nós!

 

Exaltação da Santa Cruz - símbolo da vitória de Jesus - 14 de setembro

Símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus

 
Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos ” (I Cor 1,23).

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.

Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”. “Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!”

Santa Cruz, sede a nossa salvação!


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Qual o significado nome de Maria?

Você precisa refletir sobre essas belíssimas palavras…

Este nome não nos pode ser indiferente; antes, deve interessar-nos muito saber conhecê-lo e pronunciá-lo com fervor, é muito importante que nos detenhamos a examinar e a meditar o que ele significa.

É difícil acertar com o seu verdadeiro significado… Dão-se mais de trezentas significações a este, e foi providência do Senhor que significasse muitas coisas e todas muito boas, para dar-nos a entender que na Santíssima Virgem se reúnem todas as excelências e perfeições.
De todas estas interpretações vejamos as mais prováveis que são as seguintes:

1-Formosa
Melhor ainda, “a Formosura”, por excelência, como se quisesse significar que só Ela é “a formosura” e que qualquer outra fora d’Ela não existe senão na aparência. “Formosa como a lua”, canta a Igreja; porque assim como nas trevas da noite, onde tudo é feio e triste, aparece a luz plácida, serena e bela da lua, realçando no meio das trevas e brilhando mais que todas as estrelas juntas… assim Maria destaca-se e eleva-se pela sua branca formosura e comunica-se a todos os que d’Ela querem participar.

A Igreja também a chama – Tota Pulchra. – Toda formosa, pois que n’Ela não há nada que não seja formoso: seu corpo, sua alma, seus olhos, seus sentidos, seu coração… tudo; porque n’Ela não há nada feio, ou manchado com alguma coisa que embace essa formosura.
Pensa no que o mundo chama formoso e se convencerá de que ele nem sequer conhece a sombra do que é a formosura. A uma beleza corporal, muitas vezes artificial, sempre aparente, pois apenas é uma coisa exterior e nada mais… a isso chama ele formosura…; com essa formosura se contenta…, não conhece outra. Ao contrário, olha para Maria e a todo o momento a verás formosíssima, e Toda Formosa. Que bem quadra este nome a Maria, se o significado de Maria é este!

2- Senhora e Dominadora
E é de fato verdadeira Senhora. Nunca foi escrava, nem serva do demônio… do pecado… das paixões. Escrava só do Senhor…, e por isso mesmo Rainha e Senhora. O povo cristão assim o entende e por isso a chama Nossa Senhora. Recorda como é Senhora dos anjos, que se gloriam de poder servi-la. Eles foram muitas vezes seus servos; na Anunciação, na fugida para o Egito, na gruta de Belém… no mesmo Calvário, anjos de dor foram a ampará-la e a chorar com Ela. E dominadora dos próprios demônios que a temem só com ouvir-lhe o nome. A este santo nome ajoelham os céus, a terra e os abismos. O demônio teme a Senhora, pois assim quis Deus para que a humilhação fosse maior e mais admirável o triunfo de Maria.


E, finalmente, Senhora dos homens. Mas senhora e Rainha de Misericórdia. Jesus dividiu o seu reino e o seu cetro, e ficando Ele com a justiça, como Juiz que é dos vivos e dos mortos, deu a Maria o poder da Misericórdia. A sua grandeza e majestade não ofende, não aterra; pelo contrário, arrasta amorosamente com mais força, ainda que seja muito suave esta força.
Vê, não sentes em ti isto mesmo ao prostrar-te aos pés desta grande Senhora? Por isso é Rainha e Senhora dos corações. Ninguém senão Ela, tem direito a mandar nos nossos corações.

Examina se é Ela que realmente manda e dispõe, como Senhora absoluta do teu coração.

3- Mar e Estrela do Mar
O mar é o conjunto de todas as águas da terra e do céu que caem por meio da chuva e que sempre nele vão parar.

Assim, diz o Gênesis que ao criar Deus a terra, reuniu todas as águas num ponto e chamou-as – Mar. Do mesmo modo sucedeu com Maria; todas as graças que o Senhor repartiu pelas criaturas, anjos e homens, reuniu-as em Maria – e por isso, é o mar de graças onde se encontram todas as que queiramos buscar.

Do mar se levantam as nuvens, que logo caem em forma de chuva a fecundar a terra; assim derrama Maria do Oceano imenso das suas graças, as que fazem frutificar as almas em virtude e santidade. As águas do mar são amargas, como foram amargas as penas do Coração de Maria, verdadeiro mar de amarguras, pois sofreu mais do que todos os corações juntos, na Paixão de seu Filho. Por isso, se chama a Rainha dos Mártires, por ter padecido mais que todos eles.

Finalmente, é Estrela do Mar, porque é a luz que guia os navegantes no mar deste mundo…, do mar das paixões, que é no que mais facilmente podemos naufragar…, no qual navegamos geralmente às escuras, pois que a todo o instante nos cega o amor próprio e a força da paixão dominante. Ela é a Estrela que está no alto para que sempre a possamos ver…, para que a possamos encontrar sempre. Por isso a colocou Deus tão alto, para que de qualquer parte a vejamos; mas também por isso mesmo, não a podemos ver sem levantarmos os olhos…, quanto mais os abaixares para veres as coisas da terra menos a encontrarás.

Vês como fica bem à Virgem Santíssima este nome em todos e em cada um destes significados! Compreendes, portanto, porque só a Ela convém nome tão excelso? Trabalha por imitá-la e tê-la sempre presente, repetindo sem cessar este dulcíssimo nome, como se gosta de repetir o nome duma pessoa que se ama.

Texto retirado do livro: Pontos de Meditação Sobre a Vida e Virtudes de Nossa Senhora.D.Ildefonso Rodriguez Villar,1954.

Santo do dia - 13 de setembro

São João Crisóstomo
 João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo.

João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica, considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.

O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloquente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.

Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é, "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.

Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto, para João, era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como consequência, a perseguição.

Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.

Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos, destaca-se o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos. 

São João Crisóstomo, rogai por nós!


São Maurílio de Angers
 Maurílio nasceu na segunda metade do século IV, em Milão, na Itália. Na juventude, viajou para a Gália, agora França, atraído pela fama do bispo mais ilustre de sua época, Martinho de Tours.

Naquela época, a região da Gália tinha muito pouco conhecimento do Evangelho. Já existiam vários bispos destacados pelas cidades, mas o cristianismo era um fenômeno particularmente urbano e poucos camponeses tinham acesso aos ensinamentos. A finalidade da missão de Maurílio era essa. Após sua ordenação sacerdotal, saiu em missão para evangelizar os camponeses dos campos mais distantes das cidades.

Então, Maurílio entregou-se, de corpo e alma, à vida de pregação, sempre pronto a ajudar os pobres e doentes. Seu esforço teve muito êxito, pois, em 423, chegou à sua região uma delegação de camponeses, que lhe pediram para ser o bispo de sua localidade. Maurílio recebeu, então, a sua consagração episcopal e iniciou um ministério que durou cerca de 30 anos.

Foi assim que Maurílio tornou-se muito respeitado e amado pelos humildes lavradores. A voz da tradição popular conta-nos as histórias de vários prodígios ocorridos por sua intercessão. Com isso, ganhou fama de santidade, que foi passada, ao longo do tempo, para as gerações cristãs.

O que fez com que Maurílio se tornasse padroeiro dos jardineiros foi a sua demora para batizar um menino, que acabou falecendo sem o sacramento. Sentindo-se culpado, abandonou a diocese e foi para a Inglaterra, onde se transformou num jardineiro. Mas ele foi chamado de volta e aceitou continuar seu episcopado.

O bispo Maurílio morreu em Angers, na França, em 13 de setembro de 453, onde foi sepultado na igreja que recebeu seu nome. Em 1239, suas relíquias foram colocadas em uma nova urna, mas depois de muitos séculos acabaram se perdendo, quando, em 1791, a igreja foi demolida. Entretanto uma pequena parte foi salva e encontra-se, hoje, sob a guarda da Catedral de Angers, da qual são Maurílio é o padroeiro, sendo celebrado no dia de sua morte.


São Maurílio de Angers, rogai por nós!

  
 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Santo do dia - 12 de setembro

São Nilo

Seu testemunho atraiu a muitos, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália

Neste dia mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina.

Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, com o nascimento de uma filha, acabou viúvo e depois descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças acabou se fixando em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina.

Seu testemunho atraiu a muitos, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros.

São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma.

Este pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1005.

São Nilo, rogai por nós!

 São Guido de Anderlecht



Nascido em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 


São Guido de Anderlecht, rogai por nós!


 

domingo, 11 de setembro de 2016

Evangelho do Dia

EVANGELHO COTIDIANO


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

24º Domingo do Tempo Comum

Evangelho segundo S. Lucas 15,1-32.

 
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem.   Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». 
 
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:  «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar?
Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros   e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’.  Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. 

Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda, até a encontrar?
Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’.  Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».

 
Jesus disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos.  O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos.  Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta.  Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar privações. 

Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos.  Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.  Então, caindo em si, disse:
‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. 
 
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho:
‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos:
‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos,
porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’.
E começou a festa. 

Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.  Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe: ‘
O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’.  Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. 

Mas ele respondeu ao pai:
‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. 
 
Disse-lhe o pai:
‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Comentário do dia:  São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 5 sobre o filho pródigo; PL 52,197

«Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha»

O filho regressa a casa do pai e exclama : «Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores.» [...] Mas o pai acorreu, e acorreu de longe. «Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós» (Rom 5, 8). O Pai acorreu [...] na pessoa do Filho, quando por Ele desceu do Céu à Terra. «O Pai que Me enviou está comigo», diz Ele no evangelho (Jo 16,32). E lançou-se-lhe ao pescoço: lançou-Se a nós quando, por Cristo, toda a sua divindade desceu do Céu e Se instalou na nossa carne. E cobriu-o de beijos. Quando? Quando «se encontraram a compaixão e a verdade, se abraçaram a justiça e a paz» (Sl 84,11).

Mandou trazer-lhe a melhor túnica, a túnica que Adão tinha perdido, a glória eterna da imortalidade. Pôs-lhe um anel no dedo: o anel da honra, o título de liberdade, o especial penhor do espírito, o sinal da fé, a caução das núpcias celestes. Ouve o que diz o apóstolo Paulo: «Desposei-vos com um único esposo, como virgem pura oferecida a Cristo» (2Cor 11,2). E calçou-lhe umas sandálias: para termos os pés calçados quando anunciamos a boa nova do evangelho, a fim de que sejam «os pés daqueles que anunciam a boa nova da paz» (Is 52,7; Rom 10,15).

Por ele mandou matar o vitelo gordo. [...] O vitelo foi morto por ordem do pai porque Cristo, o Filho de Deus, não podia ser morto contra a vontade do Pai. Ouve novamente o apóstolo Paulo: «Ele não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós» (Rom 8,32).