São Cirilo de Alexandria
Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo,
bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente
de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.
Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte
liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo
conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do
pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no
Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a
cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da
cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o
verdadeiro cristianismo.
Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de
Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que
professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus,
da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de
pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários
sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos,
esse papa se fez representar por Cirilo.
O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431,
no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a
proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de
considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.
Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que
continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as
idéias "nestorianas" ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no
Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos
acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua
eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.
Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do
Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e
confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua
morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
São Cirilo de Alexandria, rogai por nós!
Seja bem-vindo! Este Blog se propõe a divulgar o catolicismo segundo a Igreja Católica Apostólica Romana. Os editores do Blog, não estão autorizados a falar em nome da Igreja, não são Sacerdotes e nem donos da verdade. Buscam apenas ser humildes e anônimos missionários na Internet. É também um espaço para postagem de orações, comentários, opiniões. Defendemos a Igreja conservadora. Acreditamos em DEUS e entregamo-nos nos braços de MARIA. Que DEUS nos ilumine e proteja. AMÉM
terça-feira, 27 de junho de 2017
segunda-feira, 26 de junho de 2017
Grupo católico extrapola na prática de exorcismo e desrespeita o papa
Uma
notícia do mundo católico revelada nos últimos dias pela imprensa italiana
assombrou crentes e não crentes. Os Arautos do Evangelho, um tradicional
grupo católico e de origem brasileira, está sendo investigado
pelo Vaticano. O motivo da sindicância: uma gravação em vídeo divulgada em
reportagem do vaticanista Andrea Tornielli, do jornal La Stampa que
exibe os integrantes praticando exorcismos fora das fórmulas da Igreja.
Com uma hora e 19 minutos de duração, o registro exibe o fundador da
organização, o monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, de 77 anos, reunido
com cerca de 60 integrantes para apresentar uma transcrição do que seria um
diálogo entre um sacerdote da própria associação e o demônio.
Integrantes dos Arautos do Evangelho,
fundada por João Scognamiglio Clá Dias, grupo dissidente da TFP, assistindo
missa de coroação de Nossa Senhora na Igreja do Sagrado Coração de Jesus em São
Paulo (Paulo Pinto/Estadão Conteúdo/Dedoc)
O ponto
máximo é quando o papa Francisco se torna o assunto. O pontífice, que segundo os
preceitos do catolicismo, tem de ser respeitado como a maior autoridade da
Igreja, se transforma em alvo de chacota no tal diálogo.
“E o
Vaticano?”,
pergunta o sacerdote do diálogo.
Resposta:
“Estou na cabeça. Ele é meu. Eu mexo na cabeça. Ele faz tudo o que quero. Ele é
um estúpido. Ele me serve .”
Pergunta
o sacerdote: “Como será a morte dele?” Diz o demônio: “Ele vai
escorregar e vai cair. Vai bater a cabeça. Mas ainda falta um pouco. Vai ser no
Vaticano. E virá outro papa, Rodé (o nome citado é
do cardeal esloveno Franc Rodé, de 82 anos, um dos críticos do pontificado de
Francisco). E será bom.”
O exorcismo é aceito e praticado no
catolicismo. Jesus Cristo, como diz as Escrituras, exorcizou e passou a
incumbência aos doze apóstolos. Hoje, há cerca de 300 sacerdotes que o fazem no
mundo, 10% deles no Brasil. Todos devem ter sido nomeados pelo bispo local. Na
diocese da qual pertence Clá não há ninguém autorizado. Diz Juarez de Castro,
pároco da Assunção de Nossa Senhora, em São Paulo: “O que se vê nesse vídeo
é uma verdadeira alucinação, Clá ultrapassou os limites do que prega a fé
católica.”
A
tradição litúrgica admite a existência do diabo e a ele se deve renunciar. Mas, como explica o livro
recém-publicado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Exorcismos: Reflexões Teológicas e Orientações Pastorais: “A Igreja reprova as várias formas de
superstição, a preocupação excessiva com satanás e os demônios. A Igreja sempre
preferiu priorizar em sua pregação a Boa-Nova do Evangelho. Ela não coloca em
destaque a fala sobre o maligno e sua ação contrária ao reinado de Deus.”
Os
Arautos do Evangelho são uma dissidência da TFP. Ao longo de 30 anos, Clá participou da TFP e chegou a ser uma espécie de
secretário particular, o homem de confiança de Plínio. Quatro anos
depois da morte do Plínio ele criou os Arautos. Hoje a organização está
presente em cerca de 50 países.
Para ler
a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas.
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São João Eudes e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
Com São João Eudes (1601-1680),
podemos dizer que a devoção ao Sagrado Coração como que atingiu a
maioridade. Com efeito, graças à sua ação, esta devoção deixou de ser
exclusivamente privada e se tornou pública e oficial. Com ele se
instituiu o culto litúrgico ao Sagrado Coração.
Sua missão foi mais do que a de simples precursor de Paray-le-Monial.
São Pio X chama-o “pai, doutor apóstolo” da devoção ao Sagrado Coração
de Jesus e de Maria.
Enérgico adversário do Jansenismo na França, São João Eudes estudou com
os padres da Companhia de Jesus em Caen, ingressando depois no Oratório
de Jesus e de Maria Imaculada. Ali tomou contacto com a espiritualidade
do Cardeal de Bérulle (1575-1629), cuja nota tônica, colocada na
contemplação do Verbo Encarnado, nisto muito se assemelha à do fundador
dos jesuítas.
Essa espiritualidade tem como base a
comtemplação da vida interior do Salvador e a consideração dos mais
variados estados de sua alma. É muito rica, pois tais estados são
variadíssimos, como a mutação das águas do oceano: ora são amenas, ora
majestosas, ora fustigam os rochedos, ora são acolhedoras e acessíveis a
todos.
A partir de fins da Idade Média a reflexão piedosa sobre a Humanidade
Santíssima de Cristo cresceu muito, a ponto de se tornar uma forma usual
de devoção. O Cardeal de Bérulle foi dos mais destacados expoentes
desse movimento geral da piedade católica.
Segundo essa corrente – comumente chamada Escola Francesa – o devoto, ao
considerar o interior divino, procura ser dócil aos movimentos que essa
contemplação desperta em si. É o culto à vida interior de Cristo.
Considera Sua adoração ao Padre Eterno, Sua abnegação e espírito de
sacrifício, Seu amor e devotamento pelos homens.
A devoção ao Sagrado Coração está aí
muito presente, pois, na literatura ascética do século XVII, “ Coração
de Jesus” e “vida interior de Jesus” são expressões usadas
indistintamente.
São João Eudes assimilou também nesta escola uma especial devoção a
Nossa Senhora, que se refletirá em toda sua atividade de escritor,
fundador e missionário. Também faz parte da Escola Francesa a
contemplação simultânea dos estados de alma de Jesus e Maria. Disso é um
exemplo magnífico e conhecida oração Ó Jesus, que viveis em Maria, cuja
íntegra é a seguinte:
“Ó Jesus, que viveis em Maria, vinde e vivei no vosso servo, com o
espírito de vossa santidade, com a plenitude de vossa virtude, com a
perfeição das vossas vias, com a comunicação das vossas graças; dominai
sobre os poderes infernais, com o vosso espírito, para a glória do Pai”.
Seguindo o espírito da Escola Francesa, São João Eudes dirá que Maria é o
paraíso de Jesus, que Maria está em Jesus, e que ela participou, em
sintonia perfeita, dos vários estados da alma do Divino Salvador.
Ainda sob o influxo da Escola Francesa, este Santo aprendera a honrar,
na Paixão, primordialmente as angústias e as aflições da alma de Nosso
Senhor. Esta prática conduz os fiéis, ao contemplar a Paixão, a se
deterem especialmente nos tormentos morais do Jardim das Oliveiras. Tais
idéias serão o ponto de partida do ensinamento e do apostolado Santo.
Essa doutrina – muito elevada e muito própria a santificar – era,
entretanto, apresentada pelo Cardeal de Bérulle e por sua escola em
termos não facilmente acessíveis ao comum dos fiéis. Premido pelas
necessidades de sua atividade missionária, São João Eudes, em suas
pregações, a adaptará e a colocará ao alcance do povo.
Este Santo fundou duas congregações: uma masculina, a Congregação de
Jesus e Maria, destinada à pregação de missões paroquiais e à direção de
seminários, e outra feminina, a Ordem de Nossa Senhora da Caridade do
Refúgio, para a regeneração das mulheres decaídas.
Em 1648 São João Eudes conseguiu a aprovação de um Ofício e uma Missa do
Coração de Maria, por ele compostos. Anos mais tarde, em 1672, obteve o
mesmo para um Ofício e uma Missa próprios do Sagrado Coração de Jesus,
igualmente compostos por ele, celebrados a partir de 20 de outubro
daquele ano em várias dioceses da França. Por esta sua atividade, a
Igreja o chama “autor do culto litúrgico dos Corações Sagrados de Jesus e
Maria”.
Nesse mesmo ano, São João Eudes começou a pregar com freqüência a
devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A referida festa, celebrada nos
seminários dirigidos pela Congregação fundada por ele, pouco a pouco
transpôs seus muros e se difundiu pela França inteira.Quase todas as
igrejas e comunidades religiosas que haviam adotado a festa do Coração
de Maria adotaram também o Coração de Jesus.
É interessante lembrar que, em 20 de outubro de 1674, a Princesa
Francisca da Lorena, abadessa das beneditinas de São Pedro de
Montmartre, fez celebrar solenemente o Ofício e a Festa do Sagrado
Coração de Jesus na capela de seu mosteiro, em presença de uma parte da
corte de Luís XIV. Era o ofício composto pelo Santo. No século XIX,
nessa mesma colina de Montmartre, seria erguida uma monumental basílica,
que se tornaria um dos símbolos da devoção ao Sagrado Coração.
São João Eudes foi missionário a vida inteira. Começará pregando a
devoção ao Imaculado Coração de Maria. Só no fim da vida passou a
colocar ênfase no Sagrado Coração de Jesus. Mas, para o santo francês,
as duas devoções têm uma sintonia completa. Ele popularizou, aliás a
expressão “o Sagrado Coração de Jesus e Maria”, para mostrar a perfeita
consonância de vontade, afetos, aspirações, vias e pensamentos entre a
Mãe e o Filho. Os dois corações pulsavam em uníssono.
Para São João Eudes, o coração significa especialmente o interior, a
vida íntima, os estados de alma. Esta característica ficará na devoção
ao Sagrado Coração de Jesus nos Tempos Modernos, que busca seu alimento
sobretudo na contemplação reparadora das dores morais – menosprezos,
ultrajes, esquecimentos – que o Divino Mestre e sua Igreja sofrem da
parte dos homens ingratos e endurecidos pelo pecado.
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As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança
Que suave e encantadora luz as aparições e revelações do Coração de Jesus irradiam sobre estes pensamentos!
Um santo religioso, o Pe. Varin, diz:“Depois da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, a virtude própria dos pecadores deveria ser a confiança. Mas depois que o Coração de Cristo se manifestou ao mundo, essa confiança pode chegar aos limites da audácia. Não foi esse Coração divino que, segundo as aparições de Paray-le-Monial, respondendo ao golpe da lança do Longino, derramou sobre ele não somente o perdão, mas a santidade e a graça do martírio? Não é este Coração que alimenta os pecadores o sangue que eles fazem correr – como o pelicano alimenta as suas crias com o sangue do peito que elas lhe dilaceram (cf. Hino Adoro te devote) – e que não quis ser ferido nem aberto, segundo São Vicente Ferrer, senão para mostrar aos culpados a fonte inesgotável do perdão? Não é, enfim, este Coração que do fundo do sacrário grita a todos: Vinde a mim, todos que estais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei (Mt 11,28)? Não está ele devorado por uma sede insaciável de curar? E por acaso não lhe saciamos nós essa sede quando lhe levamos as nossas faltas para que as perdoe?”.
Leia também: A grande promessa do Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação
Devemos observar que as almas iniciadas nos suaves segredos dos sentimentos íntimos do Coração de Jesus são justamente as que se convertem nos apóstolos mais zelosos da confiança depois do pecado e da arte de aproveitar as próprias faltas. A vida de Santa Gertrudes contém muitos trechos sobre isso. Também Santa Margarida Maria de Alacoque repete com frequência: “O Coração de Jesus é o trono da misericórdia, em que os que melhor são recebidos são os miseráveis, desde que o amor os acompanhe no abismo das suas misérias”.
“E quando cometerdes alguma falta, não vos perturbeis por isso, porque essa inquietação e a excessiva precipitação afastam a nossa alma de Deus e expulsam Cristo do nosso coração. Pedindo-lhe perdão, supliquemos ao seu Sagrado Coração que satisfaça por nós e nos devolva à graça da sua divina Majestade. Digamos confidentemente, então, ao amável Coração de Jesus: ‘Ó, meu único amor, olhe para o seu pobre escravo e repare o mal que eu apenas cometi. Faça-me retornar à vossa glória, à edificação do meu próximo e à saúde da minha alma.’ Dessa maneira, nossas faltas muito nos servirão para nos humilhar e para reconhecermos quem somos e quanto nos é útil estar ocultos no abismo do nosso nada. Depois de terdes humilhado, voltai a ser fiéis, porque o Sagrado Coração gosta desta maneira de agir, que mantém a alma em paz”.
Retirado do livro: “A Arte de Aproveitar as Próprias Faltas”. Joseph Tissot. Ed. Cléofas e Cultor de Livros.
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