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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O fim do mundo será em 23 de setembro? Sacerdote católico responde

Mateus 24,36 : 

"Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai." 

Imagem referencial. Foto: Arquivo /ACI Prensa

Segundo o site ACI Digital (18/09/2017), diversos rumores difundidos nas redes sociais, que incluem vídeos no Youtube que unem argumentos científicos e bíblicos, apontam que o fim do mundo acontecerá no dia 23 de setembro. Mas, o que há de verdade em tudo isso? Um sacerdote católico responde.

 - REPUBLICADO, apenas para confirmar o que Cristo disse em Mateus 24,36 : "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai."

São Mateus, 24 - Bíblia Católica Online

PROVA IRREFUTÁVEL:  Não se apavorem. Se o prezado leitor está lendo esta matéria é sinal indiscutível que o mundo não acabou.

E devemos ter sempre em conta:

Confira também:

Segundo uma variedade de artigos e vídeos, em 23 de setembro, um alinhamento planetário singular fará com que o Planeta X – cuja existência é apenas uma hipótese científica – colapse com a Terra. Isso, asseguram, tem relação direta com fragmentos do livro do Apocalipse.

Outra especulação sobre o fim do mundo nesta data, circulando majoritariamente na rede YouTube, é que o alinhamento das constelações de Virgem e Leão com Vênus, Marte e Mercúrio assim como a posição do sol e da lua no dia 23, dariam cumprimento à profecia de Ap 12,1. Neste versículo, São João fala sobre a mulher vestida de sol, coroada por 12 estrelas e com a lua sob os seus pés. Na interpretação destes vídeos diz-se que a constelação de Virgem, que estará à frente do sol e acima da lua, representaria a mulher do Apocalipse e que a conjunção de Leão e os 3 planetas citados formariam a coroa de 12 estrelas da visão de São João. Interpretação esta que é refutada em outros vídeos, que afirmam que devido à posição do sol atrás de Vênus a figura descrita dificilmente seria observada do solo terrestre. 

OBSERVAÇÃO: o alinhamento referido das constelações e planetas ocorreu em 23 setembro 2020 = publicamos este POST naquela data.

Da mesma forma, numerólogos aparecem em vídeos repletos de argumentos afirmando que esta data marcaria o fim dos tempos ou o arrebatamento. Caberia perguntar-se, portanto, se há algo de verdade nesses rumores.

“Muitíssimo cuidado com essas pessoas que colocam datas, são hereges e estão infundindo temor nas pessoas. Ninguém sabe o dia nem a hora”, assegurou Pe. Samuel Bonilla – conhecido nas redes sociais como “Padre Sam” – em um vídeo recente.

Tomando como fonte o capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, Padre Sam recorda que os discípulos perguntaram a Jesus quando será destruído o templo de Jerusalém, quais os sinais de sua segunda vinda e quando será o fim do mundo. Jesus começa fazendo duas advertências: não se deixem enganar pelos falsos profetas e, segundo, haverá sinais naturais, mas esses não são o fim do mundo. E depois começa a responder uma a uma as perguntas que os discípulos formularam”.

Sobre a destruição de Jerusalém, recordou que isso aconteceu no ano 70, com o imperador romano Tito.

A respeito da segundo vinda de Cristo, o sacerdote explicou que “Jesus diz: o primeiro sinal será que o Evangelho tenha sido proclamado a todo o mundo. O segundo sinal será depois de certos fenômenos naturais chegará o sinal celestial do Filho do Homem. O terceiro sinal será a conversão do povo judeu”.

Diante da terceira pergunta sobre quando será o fim do mundo, duas respostas: a segunda carta aos Tessalonicenses diz (que) quando chegar a apostasia e o anticristo. E Mateus 24,35 diz cuidado, não se alarmem, ninguém sabe nem o dia nem a hora”.

Além disso, Padre Sam incentivou a não se preocupar tanto pelo fim do mundo, mas por viver segundo o ensinamento de Cristo a cada dia. “Não fiquemos nos perguntando quando será a segunda vinda ou quando é o fim do mundo, mas esforcemo-nos para estarmos preparados”, incentivou.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/o-fim-do-mundo-sera-em-23-de-setembro-sacerdote-catolico-responde-29883/

Transcrito do site Editora Cléofas - Prof. Felipe Aquino


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Santo do Dia - 22 de setembro

São Maurício e companheiros


Mártires (séculos III e IV)

Faziam parte da tropa dos valentes guerreiros e mártires do Senhor, que estiveram envolvidos no massacre da Legião Tebana

Diocleciano, assim que foi aclamado imperador, no ano 284, imediatamente nomeou Maximiano Hercúleo governador do Ocidente, com a incumbência de entrar em combate contra os gauleses, agora chamados franceses, os quais já haviam dado início à luta armada para vingarem-se da morte de Carino, filho do até então imperador, que fora assassinado pelo sanguinário Diocleciano por ocasião da sua tomada do poder.

No alto Egito, foi recrutado um batalhão de soldados cristãos, conhecidos como "a legião de soldados cristãos da Tebaida", chefiados pelo comandante Maurício. Apesar do ódio que Maximiano nutria pelos cristãos, a incorporação de tais soldados em seu exército não era nenhum acontecimento especial ou extraordinário, uma vez que o próprio imperador Diocleciano, na época, era simpatizante confesso deles. Até mesmo confiava-lhes cargos administrativos importantíssimos no Império. Nesse período, ele ainda não via ou citava os cristãos como uma ameaça ao Império Romano.

Depois de muitas batalhas, durante um período de descanso de três dias em Octodorum, por ordem do imperador, haveria três dias de comemorações e grandes festas religiosas, nas quais os deuses pagãos seriam homenageados pela vitória conseguida sobre o inimigo. É claro que os soldados cristãos da legião tebaica recusaram-se a participar de tal  festa.

Então, decidiram levantar acampamento e seguiram para Agaunum, uma aldeia a cinco quilômetros de distância da cidade. Esse ato irritou o governador Maximiano, que ordenou o retorno imediato do batalhão cristão, para que se aliassem ao restante do exército, nas solenidades aos deuses.

Comandados por Maurício e com o apoio, principalmente, de Exupério, Cândido, Vitor, Inocêncio e Vital, todos os soldados da tropa de Tebaida recusaram-se, novamente, a participar dos festejos. A irritação de Maximiano aumentou ainda mais, e a tal ponto, que imediatamente deu ordem a seu exército para marchar contra eles.

Maurício e seus companheiros foram, então, massacrados pelos soldados pagãos. O campo ficou forrado de sangue e cadáveres. Naquele lugar e naquela época, foi erguida uma igreja em honra e culto a esses santos mártires do cristianismo, encontrada somente por volta do ano 1893. A maioria das relíquias dos corpos dos soldados cristãos da legião tebaica, atualmente, é venerada no Convento de São Mauricio de Agaunum, na região do Valese, atual Suíça. Especialmente no dia 22 de setembro, determinado pelo calendário oficial da Igreja de Roma.


São Maurício e companheiros, rogai por nós!

 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

O Evangelho de São Mateus e o fim do mundo

 O Evangelho de São Mateus e o fim do mundo

Jesus sentado perante o templo de Jerusalém fala a seus discípulos da total destruição deste (24,1-2). 

Sobre esta destruição a maioria dos exegetas estão de acordo em que Jesus se referia historicamente à destruição de Jerusalém ocorrida no ano 70 d.C. Mas, esta destruição é figura profética da consumação dos tempos.

Perante este anúncio, os discípulos perguntam: quando sucederá?
«Diz-nos quando sucederá isso, e qual será o sinal de Tua vinda e do fim do mundo» (24,3ao qual Jesus responde: «Olhem, que não os enganem ninguém. Porque virão muitos usurpando meu nome e dizendo: “eu sou o Cristo”, e enganarão a muitos. Ouvirão também falar de guerras e rumores de guerras. Cuidado, não se alarmem! Porque isso é necessário que suceda, mas não é todavia o fim» (24,4-6).


Como vemos nestes primeiros versículos Jesus não responde diretamente ao “quando”, mas previne os discípulos de serem enganados, pois haverá muitas falsas profecias e muitos falsos profetas. Por outro lado, se bem que sucederão muitas guerras e catástrofes naturais, Jesus é claro que isto não é o sinal do fim.
«Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá em diversos lugares fome e terremotos. Tudo isto será o começo das dores. Então vos entregarão à tortura e os matarão, e serão odiados de todas as nações por causa do meu nome. Muitos se escandalizarão então e se atraiçoarão e se odiarão mutuamente. Surgirão muitos falsos profetas, que enganarão a muitos. E ao crescer cada vez mais a iniquidade, a caridade da maioria se esfriará. Mas o que perseverar até ao fim, esse se salvará. Se proclamará esta Boa Nova do Reino no mundo inteiro, para dar testemunho a todas as nações. E então virá o fim» (24,7-14).

Jesus continua profetizando os elementos que haverão de ocorrer antes que venha o final. Elemento que, como vemos, hão sucedido desde a morte do Senhor até nossos dias (recordemos a grande erupção do Vesúvio em 79 d.C.). Como sabemos, ainda hoje, a 2000 anos de distância, o Cristianismo é a terceira religião do mundo e em alguns lugares do Planeta nem sequer se há ouvido mencionar o nome de Jesus, de maneira que se fazemos caso à Escritura o final é ainda uma esperança.
«Quando verem, pois, a abominação da desolação, anunciada pelo profeta Daniel, erigida no Lugar Santo (o que leia, que entenda), então, os que estejam na Judeia, fujam aos montes; o que esteja no terraço, não baixe a recolher as coisas de sua casa; e o que esteja no campo, não regresse para querer seu manto. Ai das que estejam grávidas ou criando naqueles dias! Orai para que vossa fuga não suceda no inverno nem em dia de sábado. Porque haverá então uma grande tribulação, a qual não houve desde o princípio do mundo até o presente nem voltará a haver. E se aqueles dias não se abreviassem, não se salvaria ninguém; mas em atenção aos eleitos se abreviarão aqueles dias» (Mt 24,15-22).

Leia também: 21/09 – São Mateus
O fim do mundo será em 23 de setembro? Sacerdote católico responde
Quando foi escrito o Evangelho segundo Mateus?
Os Evangelhos são verdadeiros?

O texto continua com o que a maioria dos exegetas consideram uma descrição que Jesus fazia, usando termos e figuras do AT (é clara a imagem da mulher de Lot que se converteu em sal, etc.), falava diretamente da destruição física de Jerusalém. A Abominação, parece estar referindo à estátua do César que queriam pôr dentro do templo, mas cujo intento fracassou pela resistência do povo mas que de alguma maneira foi a gota de água que derramou o vaso e que fez a grande rebelião dos judeus contra os romanos e que terminaria com a destruição do templo e a deportação de todos os judeus. Em sua mensagem teológica Jesus nos deixa saber que no meio de qualquer tribulação sofrida por Seu nome, Deus nos ama e não nos abandonará.

«Então, se algum lhes disser: “olhem, o Cristo está aqui ou ali”, não acreditem. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, que farão grandes sinais e prodígios, capazes de enganar, se fosse possível, os  mesmos eleitos. Olhem que Eu os avisei! Assim se alguém vos disser: “Está no deserto”, não saiam; “Está nos aposentos”, não acreditem. Porque como o relâmpago sai por oriente e brilha até ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem» (Mt 24,23-27).

Outra vez Jesus previne a seus discípulos sobre os falsos profetas e aqueles que se farão passar por sua pessoa. Sobre este fato, já S. João, desde sua primeira carta, dá testemunho da realização desta profecia (ver 1João 2,18) e desde então, como veremos mais diante, hão aparecido muitos falsos profetas que – o único que fizeram – foi atemorizar o povo de Deus com falsas predições, e falsas doutrinas.
«Onde esteja o cadáver, ali se juntarão os abutres» (Mt 24,28).

Esta frase um pouco enigmática, há sido aceitado por muitos estudiosos como um sinal de que a vinda será tão evidente que todos se darão conta. Quer dizer, não é nem será nada que esteja escondido, mas evidente. Em seguida, inicia o que se conhece como o “Pequeno Apocalipse de Mateus” onde propõe, como o fizeram todos os apocalípticos, os sinais cósmicos que precederão à chegada do final dos tempos.
«Imediatamente depois da tribulação daqueles dias, o sol se escurecerá, a lua não dará seu resplendor, as estrelas cairão do céu, e as forças dos céus serão sacudidas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e então golpearão o peito todas as raças da terra e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória. Ele enviará a seus anjos com sonora trombeta, e reunirão dos quatro ventos a seus eleitos, desde um extremo dos céus até ao outro. Da figueira aprendam esta parábola: quando já seus ramos estão tenros e brotam as folhas, sabeis que o verão está perto. Assim também vós, quando verem tudo isto, saibam que Ele está perto, às portas» (Mt 24, 29-33).

Recordando: sobre a apocalíptica e seus sinais, devemos pensar que todos estes prodígios cósmicos, se bem que, não se pode negar que possam ser referidos a situações físicas e cósmicas que se produzirão previamente à nova vinda de Cristo, devemos supor, dado que a linguagem apocalíptica fala por meio de “sinais”, que o que Jesus queria deixar claro em seus discípulos é que seu regresso seria precedido de sinais tão evidentes e portentosos que não poderiam escapar à vista de ninguém.

Como suporte a isto devemos tomar em conta a visão cósmica que tinha as pessoas do tempo de Jesus os quais criam que a terra era plana e o centro do universo. Não tinham nem a menor ideia de que a caída de uma estrela sobre a terra é impossível, já que a mais pequena que nos rodeia é infinitamente maior que nosso sol, pelo que é pouco possível que Jesus se referia a fenômenos estelares de caráter físico, mas, mais simbólico. É de notar também que não finaliza seu discurso dizendo que o final do mundo está perto, mas, que Ele está perto. Isto é, que a salvação definitiva está à porta… que não há motivo para assustar-se ou viver com temor. Tudo o que anteceda será o sinal de que a salvação definitiva está chegando… notícia para todo o crente de grande gozo, pelo que longe de afastar esta ideia da vinda de Jesus gritavam, como nós o fazemos em nossas eucaristias “Vem Senhor Jesus!” (Ap 22,20), palavra com as quais se fecha o livro do Apocalipse.
«Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que tudo isto suceda. O céu e a terra passarão, mas minhas palavras não passarão. Mas daquele dia e hora, ninguém sabe nada, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas só o Pai» (Mt 24,34-35).

«Como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. 

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento?

Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: “Meu senhor tarda em vir”, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.»

Dado que ninguém sabe nem o dia nem a hora, Jesus termina seu discurso convidando a seus discípulos a permanecer fiéis e a estar sempre preparados, pois sua segunda vinda será de surpresa.

Podemos concluir que à pergunta feita por seus discípulos sobre quando será o fim do mundo e quais seriam os sinais para reconhecer que o final está perto, Jesus conclui dizendo: Quanto ao dia e a hora: ninguém o sabe; e pelo que toca aos sinais que o precederão, o sinal fundamental é que não haverá sinais, será ao improviso, pelo que há que viver sempre preparados.

Fonte: Lista “Reflexões”


Santo do Dia - 21 de setembro

 São Mateus

São Mateus deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder

No tempo de Jesus Cristo, na época em que a Palestina era apenas uma província romana, os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus. A cobrança desses impostos era  feita por rendeiros públicos, considerados homens cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo. Um dos piores rendeiros da época era Levi, filho de Alfeu, que, mais tarde, trocaria seu nome para Mateus, o "dom de Deus". Um dia, depois de pregar, Jesus caminhava pelas ruas da cidade de Cafarnaum e encontrou com o cruel Levi. Olhou-o com firmeza nos olhos e disse: "Segue-me". Levi, imediatamente, levantou-se, abandonou seu rentável negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Acredita-se, mesmo, que tal mudança não tenha realmente ocorrido dessa  forma, mas sim pelo seu próprio e espontâneo entusiasmo no Messias. Na  verdade, o que se imagina é que Levi, havia algum tempo, cultivava a vontade de seguir as palavras do profeta e que aquela atitude tenha sido definitiva para colocá-lo para sempre no caminho da fé cristã.

Daquele dia em diante, com o nome já trocado para Mateus, tornou-se um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo, acompanhando-o em todas as suas caminhadas e pregações pela Palestina. São Mateus foi o primeiro apóstolo a escrever um livro contando a vida e a morte de Jesus Cristo, ao qual ele deu o nome de Evangelho e que foi amplamente usado pelos primeiros cristãos da Palestina. Quando o apóstolo são Bartolomeu viajou para as Índias, levou consigo uma cópia.

Depois da morte e ressurreição de Jesus, os apóstolos espalharam-se pelo mundo, e Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos. Porém, foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram, para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde, mais uma vez, foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém, o príncipe herdeiro morreu, e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina, fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

São Mateus morreu por ordem do rei Hitarco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja em que celebrava o santo ofício da missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia, que havia decidido consagrar-se a Jesus. Inconformado com a atitude do santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.

No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. A Igreja determinou o dia 21 de setembro para a celebração de são Mateus, apóstolo. 


São Mateus, rogai por nós!

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Santo do Dia - 20 de setembro

 Santa Cândida

A primeira referência sobre Santa Cândida foi encontrada no calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta Santa.

A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro, de passagem por Nápoles. Naquela época, o apóstolo, com destino a Roma, atravessou Nápoles, onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu, imediatamente, que a pobre criança estava doente. Parou e perguntou-lhe se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro falou-lhe da Boa-Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo.

Assim, Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em casa falando sobre o cristianismo e contando tudo o que o apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O apóstolo acabou por catequizar os dois e, em seguida, batizou-os e ministrou-lhes a primeira eucaristia durante a celebração da santa missa. Esse local recebeu o nome de"Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o apóstolo consagrou Aspreno primeiro bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aquele lugar onde fora celebrada a santa missa por são Pedro tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri", onde vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isso, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou esconder-se. Então, o bispo Aspreno embarcou Cândida, junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada à morte porque se negou a renunciar à fé em Cristo.

No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma.

Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápoles encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe, no dia 20 de setembro, as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja.

Santa Cândida, rogai por nós! 

MENSAGEM de Santa Cândida - ÍNTEGRA

SANTA CÂNDIDA,VIRGEM E MÁRTIR - PADROEIRA DAS FAMÍLIAS E DOENTES- 20 DE SETEMBRO

 Santo André Kim Taegon e companheiros mártires


Os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue, as primeiras páginas da história na Igreja

 Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Foi ali que os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coreia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados pelo bispo de Pequim de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos,  como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família profundamente cristã da nobreza coreana. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos 44 anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha 15 anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa em clima de perseguição, tanto na ida quanto na volta, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coreia.

Na mesma ocasião, foram martirizados 103 homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.


Santo André Kim Taegon e companheiros mártires, rogai por nós!

 

domingo, 19 de setembro de 2021

Evangelho do Dia

Evangelho Cotidiano

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68 

 

25º Domingo do Tempo Comum

Anúncio do Evangelho (Mc 9, 30-37)

O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos,

Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”

34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.

35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”

36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

 — Palavra da Salvação.

Glória a vós, Senhor.

MEDITANDO O EVANGELHO

«O Filho do Homem vai ser entregue (...). Morto, porém, três dias depois ressuscitará»

Hoje, o Evangelho conta-nos que Jesus caminhava com os seus discípulos, evitando povoados, por uma grande planície. Para se conhecerem, não há nada melhor que caminhar e viajar em companhia. Surge então com facilidade a confidência. E a confidência é confiança. E a confiança é comunicar amor. O amor deslumbra e impressiona ao descobrirmos o mistério que se alberga no mais íntimo do coração humano. Com emoção, o Maestro fala aos seus discípulos do mistério que rói o seu interior. Umas vezes é ilusão, outras, ao pensá-lo, sente medo; a maioria das vezes sabe que não o entenderão. Mas eles são seus amigos, deve comunicar-lhes tudo o que recebeu do Pai e até agora assim o vem fazendo. Não o entendem, mas estão em sintonia com a emoção com que lhes fala, que é estima, prova de que eles contam com Ele, mesmo que seja pouca coisa, para conseguir que os seus projetos tenham êxito. Será entregue, o matarão, mas ressuscitará ao terceiro dia (cf. Mc 9,31).

Morte e ressurreição. Para uns serão conceitos enigmáticos; para outros axiomas inaceitáveis. Ele veio revela-lo, a gritar que chegou a sorte gozosa para o gênero humano, apesar que para que assim seja terá Ele, o amigo, o irmão mais velho, o Filho do Pai, que passar por cruéis sofrimentos. Mas, oh triste paradoxo!: enquanto vive essa tragédia interior, eles discutem sobre quem subirá mais alto no pódio dos campeões, quando chegue o final da corrida para o seu Reino. Agimos nós de maneira diferente? Quem está livre de ambição que atire a primeira pedra.

Jesus proclama novos valores. O importante não é triunfar, mas sim servir; assim o demonstrará no dia culminante do seu quefazer evangelizador, lavando-lhes os pés. A grandeza não está na erudição do sábio mas sim na ingenuidade da criança. «Ainda que soubesses de memória toda a Bíblia e as sentenças de todos os filósofos, de que te serviria tudo isso sem caridade e sem graça de Deus?» (Tomás de Kempis). Saudando o sábio satisfazemos a nossa vaidade, abraçando o menino abraçamos a Deus e dele nos contagiamos e nos divinizamos.

 Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz (El Montanyà, Barcelona, Espanha)