Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
25º Domingo do Tempo Comum
Anúncio do Evangelho (Mc 9, 30-37)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos,
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.
32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”
34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.
35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”
36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«O Filho do Homem vai ser entregue (...). Morto, porém, três dias depois ressuscitará»
Hoje, o Evangelho conta-nos que
Jesus caminhava com os seus discípulos, evitando povoados, por uma
grande planície. Para se conhecerem, não há nada melhor que caminhar e
viajar em companhia. Surge então com facilidade a confidência. E a
confidência é confiança. E a confiança é comunicar amor. O amor
deslumbra e impressiona ao descobrirmos o mistério que se alberga no
mais íntimo do coração humano. Com emoção, o Maestro fala aos seus
discípulos do mistério que rói o seu interior. Umas vezes é ilusão,
outras, ao pensá-lo, sente medo; a maioria das vezes sabe que não o
entenderão. Mas eles são seus amigos, deve comunicar-lhes tudo o que
recebeu do Pai e até agora assim o vem fazendo. Não o entendem, mas
estão em sintonia com a emoção com que lhes fala, que é estima, prova de
que eles contam com Ele, mesmo que seja pouca coisa, para conseguir que
os seus projetos tenham êxito. Será entregue, o matarão, mas
ressuscitará ao terceiro dia (cf. Mc 9,31).
Morte e ressurreição. Para uns serão conceitos enigmáticos; para outros
axiomas inaceitáveis. Ele veio revela-lo, a gritar que chegou a sorte
gozosa para o gênero humano, apesar que para que assim seja terá Ele, o
amigo, o irmão mais velho, o Filho do Pai, que passar por cruéis
sofrimentos. Mas, oh triste paradoxo!: enquanto vive essa tragédia
interior, eles discutem sobre quem subirá mais alto no pódio dos
campeões, quando chegue o final da corrida para o seu Reino. Agimos nós
de maneira diferente? Quem está livre de ambição que atire a primeira
pedra.
Jesus proclama novos valores. O importante não é triunfar, mas sim
servir; assim o demonstrará no dia culminante do seu quefazer
evangelizador, lavando-lhes os pés. A grandeza não está na erudição do
sábio mas sim na ingenuidade da criança. «Ainda que soubesses de memória
toda a Bíblia e as sentenças de todos os filósofos, de que te serviria
tudo isso sem caridade e sem graça de Deus?» (Tomás de Kempis). Saudando
o sábio satisfazemos a nossa vaidade, abraçando o menino abraçamos a
Deus e dele nos contagiamos e nos divinizamos.
Rev. D.
Pedro-José
YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)
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