São Guido de Anderlecht

Nascido
 em Brabante, Bélgica, Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e 
XI. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, 
tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e 
ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos
 pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do 
vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às
 pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.
Quando
 ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para 
auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de 
mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a
 certeza de que tinha escolhido o caminho errado, de modo que se 
convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para 
trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os 
mais necessitados.
Sendo assim, Guido deixou a vida de 
comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho 
da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. 
Percorreu, durante sete anos, as inseguras e longas estradas da Europa 
para visitar os maiores santuários da cristandade.
Depois da 
longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu 
país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um 
sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o 
sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi 
sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um polo de 
peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja 
dedicada a ele, para guardar suas relíquias.
Ao longo dos 
séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente 
entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. 
Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. 
Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou 
forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos 
recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é 
invocado pelos fiéis para a cura desse mal.
A sua festa 
litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma 
carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é 
precedida por uma procissão e finalizada com uma bênção especial, 
concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 
Saiba Mais
São Guido de Anderlecht, rogai por nós!
Filha
 de um político bem posicionado na França, Joana recusou matrimônio com 
um fidalgo milionário, por ser ele protestante calvinista. Casou-se, 
então, com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma 
vida profundamente religiosa e feliz.
Joana nasceu em Dijon, 
França, em 28 de janeiro de 1572, filha de Benigno Frèmiot, presidente 
do parlamento de Borgonha. Após seu casamento, foi morar no castelo de 
Bourbillye, e sua primeira ordem na nova casa sinalizou qual seria o 
estilo de vida que se viveria ali. Mandou que, diariamente, fosse rezada
 uma missa e que todos os servidores domésticos participassem. 
Ocupou-se, pessoalmente, da educação religiosa dos serviçais, 
ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.
Quando o 
barão feriu-se gravemente durante uma caçada, no castelo só se rezava 
por sua saúde. Mas logo veio a falecer. Joana ficou viúva aos 28 anos de
 idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das
 suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o
 trabalho. Nessa época, conheceu o futuro são Francisco de Sales, então 
bispo de Genebra. Escolheu-o para ser seu diretor espiritual e fez-se 
preparar para a vida de religiosa.
Passados nove anos de viuvez e
 depois de ter muito bem casado as filhas, deixou o futuro barão de 
Chantal, então um adolescente de 15 anos, com o avô Benigno no castelo 
de Dijon e retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto 
com Francisco de Sales, fundou a Congregação da Visitação de Santa 
Maria, destinada à assistência aos doentes. Nessa empreitada 
juntaram-se, à baronesa de Chantal, a senhora Jacqueline Fabre e a 
senhorita Brechard.
Joana, então, professou os votos e foi a 
primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a madre superiora, 
acrescentou Francisca ao nome de batismo e dedicou-se exclusivamente à 
Obra, vivendo na sua primeira  sede, em Anecy. Fundou mais 75 Casas para
 suas religiosas com toda a sua fortuna. Mas não sem dificuldades e 
sofrimentos, e sofrendo muitas perseguições em Paris, sem nunca 
esmorecer.
Depois de uma dura agonia motivada por uma febre que 
pôs fim à sua existência, morreu em Moulins no dia 13 de dezembro de 
1641. Atualmente, as Irmãs da Visitação estão espalhadas em todos os 
continentes e celebram, no dia 12 de agosto, santa Joana Francisca de 
Chantal, que foi canonizada em 1767 para ser venerada como modelo de 
perfeição evangélica em todos os estados de vida. 
 
Minha oração
“Santa Madre, que, aos moldes de 
Virgem da visitação, aprende a acolher e amar a todos, que possamos por 
sua intercessão seguir seus passos e desenvolver a arte do acolhimento. 
Por Cristo, Nosso Senhor. Amém” 
Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre Santa Joana Francisca de Chantal. Assista ao vídeo!
São João Berchmans
Fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria
Hoje,
 lembramos o jovem que viveu, durante apenas vinte e dois anos, numa 
total entrega e amor ao Cristo. São João Berchmans nasceu na Bélgica, em
 1599, de família pobre, porém, rica na vida e nas virtudes cristãs.
Tocado
 pelo testemunho de paciência heróica da mãe diante da fatal enfermidade
 e, motivado pelo pai viúvo, o qual abraçou o Sacerdócio Católico, ele 
começou a estudar em um Colégio dos Jesuítas até entrar na Companhia. Ao
 ser encaminhado para os estudos de Filosofia e Teologia de Malines para
 Roma, João mostrou com a vida seu amor a Mãe de Deus lutando contra o 
pecado: “Antes, mil vezes morrer, do que cometer o mais leve pecado ou transgredir uma regra da Ordem”.
São
 João Berchmans que fez de sua vida comum sua maior penitência, pegou 
uma grave enfermidade a qual aceitou com alegria; por isso deitou-se no 
chão, em sinal de humildade e recebeu os últimos Sacramentos. 
Testemunha-se que – com o crucifixo, o livro da Regra e o terço 
apertados sobre o peito – disse: “São estes os meus três tesouros, em cuja companhia quero morrer”, desta maneira é que despedido de todos, foi para a Eternidade repetindo: “Jesus! Maria!”.
São João Berchmans, rogai por nós!











