Ofício das Trevas
Quarta-feira da Semana Santa
Havendo sacerdote ou diácono, ele preside, de acordo com a
precedência. Deve vestir vestes corais de acordo com seu estado. Não se usam
estolas ou pluviais. Os demais clérigos usam também vestes corais. Se um
sacerdote ou diácono presidir, deve haver um cerimoniário e alguns acólitos,
com sobrepelizes. Um dos acólitos é o encarregado de extinguir as velas após os
salmos. É bom haver um grupo de cantores, para entoar os hinos, as antífonas e
os salmos.
Se apenas leigos celebrarem o Ofício, um deles dirigirá, com as
adaptações indicadas. Se esses leigos forem seminaristas ou religiosos, usarão
veste talar ou hábito, com sobrepeliz.
No centro do local onde se celebra o Ofício das Trevas,
preferencialmente no coro antes do presbitério, coloca-se um ambão, de onde se
dirá os salmos, leituras e orações. O presbítero sentará na sede, acompanhado
de dois diáconos, ou de um diácono e o cerimoniário, ou do cerimoniário e outro
acólito, se houver. Sendo o diácono a presidir, senta-se ao seu lado o
cerimoniário e outro acólito, se houver. O Bispo senta-se no trono ou no
faldistório, de acordo com as regras do Cerimonial dos Bispos.
O candelabro de trevas, constando de quinze velas, é colocado em
frente ao altar, à sua direita. Essas velas serão apagadas, aos poucos, durante
o rito. Além do candelabro de trevas, as velas que circundam o Altar podem
estar acesas, como se faz durante a Missa, e serão apagadas durante o Cântico
de Simeão. Um apagador de velas é colocado perto do candelabro de trevas.
Não se usa cruz processional nem velas processionais ou tochas
durante o Ofício das Trevas.
Dando início à celebração, os clérigos em veste coral,
cerimoniários, acólitos e cantores ou coro entram em silêncio e reverência, de
forma processional, vindo o celebrante por último, e se aproximam do altar.
Genuflectem ao Santíssimo Sacramento, ou, em sua falta, inclinam-se
profundamente diante do altar, e vão para seus lugares.
Para a extinção de cada vela, o acólito responsável pega o apagador,
reverencia o altar e vai ao candelabro para cumprir sua função.
Na Abertura, no Cântico de Simeão, nas orações, bem como na
despedida, todos permanecem de pé. No salmo e leituras, permanecem sentados,
exceto quem lê ou entoa o salmo. Na Abertura , faz-se o sinal-da-cruz sobre o
corpo, e no Cântico de Simeão e na bênção, também.
Refrão: “Mesmo
as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o dia.”
Abertura
Vem,
ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis)
Vem,
não demores mais, vem nos libertar! (bis)
Ó
Deus santo e forte, imortal Senhor, (bis)
Tem
compaixão de nós por teu grande amor! (bis)
Venham
vigiar, nos pede o Senhor, (bis)
Com
ele vigiemos, fiéis no amor! (bis)
Glória
ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
Glória
à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis)
Venham
com fervor para a oração, (bis)
Já
se aproxima a Páscoa da Ressurreição. (bis)
Recordação da Vida
Irmãos
e irmãs, recordamos nesta noite a hora em que Cristo Jesus entrou em agonia no
Horto das Oliveiras, recordemos todos aqueles que no mundo inteiro, a estas
horas, se encontram angustiados, desesperados, quem sabe, porque a vida se
tornou para eles um “beco sem saída...”
Coloquemos aqui as nossas próprias angústias (silêncio).
Em
tudo isso, é a própria agonia de Cristo que continua e se prolonga na vida dos
homens e mulheres sofredoras, discriminados, excluídos da sociedade. “Rostos de
Cristo” mais uma vez levando cusparadas e bofetões.
Neste
ano 2011, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e a vida no
planeta”, e como lema “A criação geme em dores de parto (Rm8, 22)”. Seguindo
esta ideia é que a CNBB propõe que todas as pessoas de boa vontade olhem para a
natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do
aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em
geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis.
Trazemos
para este momento de oração os irmãos e irmãs que se encontra nas trevas dos vícios,
das drogas; nas trevas das prisões, dos hospitais; no mundo da prostituição, da
corrupção, da violência..., enfim, todos aqueles que sofrem, nos quais Cristo
sofre neles.
Meu povo, preste atenção
(Lamentações)
(Lamentações)
Meu povo preste atenção
Ao canto que eu entoar
No tempo de Jeremias
Tamanho foi o meu penar
Que estas lamentações
De "A" a "Z" vou cantar:
Ao canto que eu entoar
No tempo de Jeremias
Tamanho foi o meu penar
Que estas lamentações
De "A" a "Z" vou cantar:
Diz um "A", diz um "A", diz um
"A":
Ah! Como está tão deserta
Quem era tão povoada;
Parece pobre viúva
Quem antes se orgulhava;
Rainha entre as nações,
Hoje ao imposto obrigada!
Ah! Como está tão deserta
Quem era tão povoada;
Parece pobre viúva
Quem antes se orgulhava;
Rainha entre as nações,
Hoje ao imposto obrigada!
Diz um "BÊ", diz um "BÊ", diz
um "BÊ":
Banhadas ´stão suas faces,
Corre o pranto a noite toda,
Daqueles que a amavam,
Já ninguém mais a consola;
Dos seus amigos traída,
São inimigos agora.
Banhadas ´stão suas faces,
Corre o pranto a noite toda,
Daqueles que a amavam,
Já ninguém mais a consola;
Dos seus amigos traída,
São inimigos agora.
Diz um "CÊ", diz um "CÊ", diz
um "CÊ":
Cercou Judá a vergonha,
Escrava foi desterrada,
Em terra estranha hoje mora
Sem paz, sem lar, sem pousadas;
Aqueles que a perseguem
Agarram-na sufocada.
Cercou Judá a vergonha,
Escrava foi desterrada,
Em terra estranha hoje mora
Sem paz, sem lar, sem pousadas;
Aqueles que a perseguem
Agarram-na sufocada.
Jerusalém, Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
Is 55, 6-7
“Buscai o Senhor, enquanto pode ser
achado; invocai-o enquanto ele está perto. Abandone o ímpio seu caminho, e o
homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele,
volte para nosso Deus, que é generoso no perdão.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se uma vela
da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um
"DÊ", diz um "DÊ", diz um "DÊ":
De luto estão as estradas
Que rumam para Sião,
A sua festas, quem vem?...
Suas portas, que solidão!
Seus sacerdotes, suas jovens,
Toda a cidade, aflição!
De luto estão as estradas
Que rumam para Sião,
A sua festas, quem vem?...
Suas portas, que solidão!
Seus sacerdotes, suas jovens,
Toda a cidade, aflição!
Diz um
"E", diz um "E", diz um "E":
Ei-los felizes, tranqüilos,
Os que de Sião se apossaram,
Pois o Senhor a castiga,
Seus crimes o provocaram,
Cativos, todos os seus filhos
Os opressores levaram.
Ei-los felizes, tranqüilos,
Os que de Sião se apossaram,
Pois o Senhor a castiga,
Seus crimes o provocaram,
Cativos, todos os seus filhos
Os opressores levaram.
Diz um
"FÊ", diz um "FÊ", diz um "FÊ":
Fenece toda a beleza,
Sião, tão desfigurada,
Seus chefes são cães sem dono,
Parecem rês enxotada,
Caminham cambaleantes,
Tocados qual vil manada.
Fenece toda a beleza,
Sião, tão desfigurada,
Seus chefes são cães sem dono,
Parecem rês enxotada,
Caminham cambaleantes,
Tocados qual vil manada.
Jerusalém,
Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta
para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
Ez 18, 30b-32
“Arrependei-vos, convertei-vos de
todas as vossas transgressões, a fim de não terdes ocasião de cair em pecado.
Afastai-vos de todos os pecados que praticais. Criai para vós um coração novo e
um espírito novo. Por que haveis de morrer ó casa de Israel? Pois eu não sinto
prazer na morte de ninguém – oráculo do Senhor Deus. Convertei-vos e vivereis!”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a segunda
vela da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um
"GUÊ", diz um "GUÊ", diz um "GUÊ":
Gravados em sua lembrança,
Dias de grande aflição,
Quando seu povo aía
Dos inimigos nas mãos,
E ninguém socorria
E grande era a gozação.
Gravados em sua lembrança,
Dias de grande aflição,
Quando seu povo aía
Dos inimigos nas mãos,
E ninguém socorria
E grande era a gozação.
Diz um
"HAGÁ", diz um "HAGÁ", iz um "HAGÁ":
Havia graves pecados,
Jerusalém, quem os fez!
Quem antes muito gabava,
Cospe-lhe agora a nudez;
Gemendo, o rosto entre as mãos,
Tenta esconder sua tez.
Havia graves pecados,
Jerusalém, quem os fez!
Quem antes muito gabava,
Cospe-lhe agora a nudez;
Gemendo, o rosto entre as mãos,
Tenta esconder sua tez.
Diz um
"I", diz um "I", diz um "I":
Impuras são suas vestes,
Não quis pensar no depois;
Hoje enterra na lama,
Quem consolava se foi...
"Senhor, vê meu sofrimento,
quanto o inimigo me dói!"
Impuras são suas vestes,
Não quis pensar no depois;
Hoje enterra na lama,
Quem consolava se foi...
"Senhor, vê meu sofrimento,
quanto o inimigo me dói!"
Jerusalém,
Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta
para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
Is 1, 16-18
“Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a
maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! Aprendei a
fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão,
defendei a viúva. Vinde, debatamos – diz o Senhor. Ainda que vossos pecados
sejam como púrpura, tornar-se-ão brancos como a neve. Se forem vermelhos como o
carmesim, tornar-se-ão como lã.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a terceira
vela da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um "JI", diz um "JI", diz
um "JI":
Jazem seus ricos tesouros
Nas mãos dos seus adversários;
Pasmada viu os pagãos
Entrar em seu Santuário,
Gente por ti proibida
De orar no encontro sagrado.
Jazem seus ricos tesouros
Nas mãos dos seus adversários;
Pasmada viu os pagãos
Entrar em seu Santuário,
Gente por ti proibida
De orar no encontro sagrado.
Diz um "LÊ", diz um "LÊ", diz
um "LÊ":
Lamenta o povo e geme
Por um pedaço de pão;
Entrega todas suas jóias
Por sua sustentação...
"Senhor, vê até que ponto
chegou minha humilhação!"
Lamenta o povo e geme
Por um pedaço de pão;
Entrega todas suas jóias
Por sua sustentação...
"Senhor, vê até que ponto
chegou minha humilhação!"
Diz um "MÊ", diz um "MÊ", diz
um "MÊ":
Meditem vocês que passam
Pelo caminho que eu vou,
Me digam, vocês me digam
Se há dor como minha dor...
E vejam como maltratam
Quem o Senhor castigou!
Meditem vocês que passam
Pelo caminho que eu vou,
Me digam, vocês me digam
Se há dor como minha dor...
E vejam como maltratam
Quem o Senhor castigou!
Jerusalém, Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
Is 53, 11b-12
“Meu Servo, o justo, fará justos
inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com
ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois
entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade,
resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a quarta
vela da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Salmo
86(85) – 1ª Versão (ré maior)
“Cristo,
durante sua vida terrena, fez orações e súplicas a Deus, em voz alta e com
lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte.” (Hb 5, 7)
Em comunhão com todos os que estão
dominados pelas injustiças, ou passando por qualquer sofrimento, peçamos ao
Senhor vida e salvação.
1. Senhor, me escuta e reponde, / Sou
fraco e necessitado, / Me salva, sou teu amigo, / Teu servo em ti confiado.
2. Tu és meu Deus, tem piedade, / O dia
todo te invoco, / Alegra meu coração, / Pra ti, Senhor, eu me volto.
3. Tu és perdão e bondade, / Acolhes aos
que te imploram, / Atende agora esta prece, / No meu sofrer me consola.
4. Na angústia chamo por ti, / Por tu
respondes, Senhor. / Que deus faria o que fazes? / Ninguém te iguala em amor.
5. Os povos todos virão / Louvar a tua
majestade; / Tu fazes grandes prodígios, / Só tu és Deus de verdade.
6. Me ensina o caminho certo, / Pra andar
em tua verdade, / Reúne meu coração, / Que siga tua vontade.
7. De coração agradeço / Tão grande amor
tens por mim, / Tiraste-me do abismo, / Assim te louvo, sem fim.
8. Furiosos se levantaram, / Querendo me
derrubar; / Contigo não se incomodam, / Altivos querem matar.
9. Mas tu, Senhor de ternura, / Paciente,
cheio de amor, / De mim tem pena, ó Deus, / Atento a teu servidor.
10. Me dá tua força, Senhor, / Teu servo
vem libertar, / E aqueles que me odeiam / Calados hão de ficar.
11. Ao Pai, Senhor, demos glória, / A
Jesus Cristo também, / Ao Espírito-Mãe de amor, / Deus uno e santo. Amém!
SILÊNCIO
Diz um
"NÊ", diz um "NÊ", diz um "NÊ":
Nestes meus ossos um fogo
Do alto ele ateou,
Armou-me uma esparrela
E para trás me passou,
E qual cidade arrasada,
Na solidão me deixou.
Nestes meus ossos um fogo
Do alto ele ateou,
Armou-me uma esparrela
E para trás me passou,
E qual cidade arrasada,
Na solidão me deixou.
Diz um
"O", diz um "O", diz um "O":
Oh! Como pesa em meu dorso
Das minhas culpas o fardo,
Que o Senhor amarrou,
Nos ombros meus pendurado;
Entregue aos inimigos,
Um pobre traste encurvado.
Oh! Como pesa em meu dorso
Das minhas culpas o fardo,
Que o Senhor amarrou,
Nos ombros meus pendurado;
Entregue aos inimigos,
Um pobre traste encurvado.
Diz um
"PÊ", diz um "PÊ", diz um "PÊ":
Pegou meus caros valentes,
Para bem longe os mandou;
Para matar meus soldados
U´a multidão convocou;
E a capital de Judá,
Bela donzela esmagou.
Pegou meus caros valentes,
Para bem longe os mandou;
Para matar meus soldados
U´a multidão convocou;
E a capital de Judá,
Bela donzela esmagou.
Jerusalém,
Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta
para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
2Cor 6, 1-4a
“Nós vos exortamos a não receberdes
em vão a graça de Deus, pois ele diz: “No momento favorável, eu te ouvi e no
dia da salvação, eu te socorri”. É agora o momento favorável, é agora o dia da
salvação. Não damos a ninguém nenhum motivo de escândalo, para que o nosso
ministério não seja desacreditado. Mas em tudo nos recomendamos como ministros
de Deus.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a quinta
vela da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um "QUÊ", diz um "QUÊ", diz
um "QUÊ":
Que grande pranto que eu choro,
Meus olhos são água só;
Quem me conforta está longe,
Quem de mim sentia dó;
Meus filhos estão perdidos,
Venceu o forte, o maior...
Que grande pranto que eu choro,
Meus olhos são água só;
Quem me conforta está longe,
Quem de mim sentia dó;
Meus filhos estão perdidos,
Venceu o forte, o maior...
Diz um "RÊ", diz um "RÊ", diz
um "RÊ":
Reza de mãos estendidas
Sião, sem consolação;
Mando o Senhor inimigos
Acurralar a nação;
Jerusalém para eles
É lixo e podridão!
Reza de mãos estendidas
Sião, sem consolação;
Mando o Senhor inimigos
Acurralar a nação;
Jerusalém para eles
É lixo e podridão!
Diz um "SI", diz um "SI", diz
um "SI":
Sim, justo é o Senhor,
Pois lhe desobedeci;
Vejam vocês, povos todos,
A dor que mereci:
Ver minhas filhas, meus filhos
No cativeiro, eu vi!
Sim, justo é o Senhor,
Pois lhe desobedeci;
Vejam vocês, povos todos,
A dor que mereci:
Ver minhas filhas, meus filhos
No cativeiro, eu vi!
Jerusalém, Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
2Cor 4, 10-11
“Por toda parte e sempre levamos em
nós mesmo os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja
manifestada em nossa frágil natureza. De fato, nós, os vivos, somos
continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de
Jesus seja manifestada em nossos corpos.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a sexta
vela da direita e outra da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um "TÊ", diz um "TÊ", diz
um "TÊ":
Tentei chamar meus amantes,
Mas foram só falsidades,
Meus anciãos, sacerdotes,
Morreram foi na cidade,
Quando buscavam comida,
Passando necessidade.
Tentei chamar meus amantes,
Mas foram só falsidades,
Meus anciãos, sacerdotes,
Morreram foi na cidade,
Quando buscavam comida,
Passando necessidade.
Diz um "VÊ", diz um "VÊ", diz
um "VÊ":
Vê, Senhor, minha tristeza,
Minhas entranhas remoem,
Meu coração se pertuba,
Pois não cumpri tua ordem;
Na rua matam meus filhos,
Em casa todos já morrem.
Vê, Senhor, minha tristeza,
Minhas entranhas remoem,
Meu coração se pertuba,
Pois não cumpri tua ordem;
Na rua matam meus filhos,
Em casa todos já morrem.
Jerusalém, Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta
para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
At 13, 26-30a (5º DQ)
“Irmãos, a nós foi enviada esta
mensagem de salvação. Os habitantes de Jerusalém e seus chefes não reconheceram
a Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se leem todos os sábados.
Embora não encontrassem nenhum motivo para a sua condenação, pediram a Pilatos
que fosse morto. Depois de realizarem tudo o que a Escritura diz a respeito de
Jesus, eles o tiraram da cruz e o colocaram num túmulo. Mas Deus o ressuscitou
dos mortos.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a sétima
vela da direita)
SILÊNCIO
Diz um
"XIS", diz um "XIS", diz um "XIS":
"XIS" é o mistério da dor,
gemer sem consolação;
meus inimigos me escutam,
fazem de mim gozação;
meu dia já consumaste,
o deles logo verão!...
"XIS" é o mistério da dor,
gemer sem consolação;
meus inimigos me escutam,
fazem de mim gozação;
meu dia já consumaste,
o deles logo verão!...
Jerusalém,
Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
1Cor 1, 27b-30
“Deus escolheu o que o mundo
considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que
para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia,
para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que
ninguém possa gloriar-se diante dele. É graças a ele que vós estais em Cristo
Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça,
santificação e libertação.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
(obs.: apaga-se a sétima
vela da esquerda)
SILÊNCIO
Diz um "ZÊ", diz um "ZÊ", diz
um "ZÊ":
Zela tão bem no castigo
Que a eles vais aplicar,
Como soubeste punir-me
Por todo este pecar;
Sem conta são meus gemidos,
Meu coração a parar...
Zela tão bem no castigo
Que a eles vais aplicar,
Como soubeste punir-me
Por todo este pecar;
Sem conta são meus gemidos,
Meu coração a parar...
Jerusalém, Jerusalém,
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta
para teu Senhor,
Volta para teu Senhor! (bis)
Volta para teu Senhor! (bis)
Texto:
1Pd 2, 21b-24 (Sexta-feira da Paixão)
“Cristo sofreu por vós deixando-vos
um exemplo, a fim de que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum,
mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. Quando injuriado, não retribuía as
injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua causa nas mãos
daquele que julga com justiça. Sobre a cruz, carregou nossos pecados em seu
próprio corpo, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça.
Por suas feridas fostes curados.”
Refrão: “Mesmo as trevas não são trevas para ti. A noite e luminosa como o
dia.”
SILÊNCIO
Do Tratado sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo
(Tract. 84,1-2:CCL36,536-538)
(Séc.V)
A plenitude do amor
Irmãos
caríssimos, o Senhor definiu a plenitude do amor com que devemos amar-nos uns
aos outros, quando disse: Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida
pelos amigos (Jo 15,13). Daqui se conclui o que o mesmo evangelista João diz em
sua epístola: Jesus deu a sua vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a
vida pelos irmãos (1Jo 3,16), amando-nos verdadeiramente uns aos outros, como
ele nos amou até dar a sua vida por nós.
É
certamente a mesma coisa que se lê nos Provérbios de Salomão: Quando te
sentares à mesa
de
um poderoso, olha com atenção o que te é oferecido; e estende a tua mão,
sabendo que também deves preparar coisas semelhantes (cf. Pr 23,1-2 Vulg.).
Ora,
a mesa do poderoso é a mesa em que se recebe o corpo e o sangue daquele que deu
a sua vida por nós. Sentar-se à mesa significa aproximar-se com humildade.
Olhar com atenção o que é oferecido, é tomar consciência da grandeza desta
graça. E estender a mão sabendo que também se devem preparar coisas semelhantes,
significa o que já disse antes: assim como Cristo deu a sua vida por nós,
também devemos dar a nossa vida pelos irmãos. É o que diz o apóstolo Pedro:
Cristo sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, a fim de que sigamos os seus passos
(cf. 1Pd 2,21). Isto significa preparar coisas semelhantes. Foi o que fizeram,
com ardente amor, os santos mártires. Se não quisermos celebrar inutilmente as
suas memórias e nos sentarmos sem proveito à mesa do Senhor, no banquete onde
eles se saciaram, é preciso que, como eles, preparemos coisas semelhantes.
Por
isso, quando nos aproximamos da mesa do Senhor, não recordamos os mártires do
mesmo modo como aos outros que dormem o sono da paz, ou seja, não rezamos por
eles, mas antes pedimos para que rezem por nós, a fim de seguirmos os seus
passos. Pois já alcançaram a plenitude daquele amor acima do qual não pode
haver outro maior, conforme disse o Senhor. Eles apresentaram a seus irmãos o
mesmo que por sua vez receberam da mesa do Senhor.
Não
queremos dizer com isso que possamos nos igualar a Cristo Senhor, mesmo que,
por sua causa, soframos o martírio até o derramamento de sangue. Ele teve o
poder de dar a sua vida e depois retomá-la; nós, pelo contrário, não vivemos
quanto queremos, e morremos mesmo contra a nossa vontade. Ele, morrendo, matou
em si a morte; nós, por sua morte, somos libertados da morte. A sua carne não
sofreu a corrupção; a nossa, só depois de passar pela corrupção, será por ele
revestida de incorruptibilidade, no fim do mundo. Ele não precisou de nós para
nos salvar; entretanto, sem ele nós não podemos fazer nada. Ele se apresentou a
nós como a videira para os ramos; nós não podemos ter a vida se nos separarmos
dele.
Finalmente,
ainda que os irmãos morram pelos irmãos, nenhum mártir derramou o seu sangue pela
remissão dos pecados de seus irmãos, como ele fez por nós. Isto, porém, não
para que o imitássemos, mas como um motivo para agradecermos. Portanto, na
medida em que os mártires derramaram seu sangue pelos irmãos, prepararam o
mesmo que tinham recebido da mesa do Senhor. Amemo-nos também a nós uns aos
outros, como Cristo nos amou e se entregou por nós.
Responsório 1Jo
4,9.11.10b
Padre.
Foi nisto
que a nós se mostrou o amor que Deus Pai tem por nós: enviou-nos seu Filho
Unigênito para que nós vivamos por ele.
Todos:
Se Deus
nos amou deste modo, também nós nos devemos amar.
Padre.
Deus nos
amou , por primeiro, e enviou-nos seu Filho Unigênito, como vítima por nossos
pecados.
Todos:
Se Deus
nos amou deste modo, também nós nos devemos amar.
Cântico de Simeão (Lc 2, 29-32)
(obs.: apagam-se as velas do
Altar: primeiro da esquerda e depois da direita)
Como o velho Simeão, figura de todos
os que esperam a realização das promessas de Deus, contemos nossa certeza de
recermos d’Ele, cada dia, sua paz e salvação.
1. Agora, Senhor, podes deixar / Partir
em paz teu servidor, / Porque os meus olhos já contemplam, / Da salvação o
resplendor! / Segundo a tua palavra, / Vi a tua salvação, / Manda em paz teu
servidor, / No fulgor do teu clarão!
2. Pra todos os povos preparaste / A
salvação que resplendeu, / A luz que ilumina as nações todas, / A glória deste
povo teu! / Glória ao Pai, glória ao Menino, / Deus que veio e Deus que vem; /
Glória seja ao Deivino, / Que nos guarde sempre. Amém!
Pai nosso
Ave Maria
Oração
Ó
Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz para arancar-nos à
escravidão do pecado, concedei aos vosos servos e servas, a graça da
ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Avisos
Prova de amor maior não há
Refrão:
Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão. (bis)
1. Eis que Eu vos dou o meu novo mandamento:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado".
2. Vós sereis os meus amigos se seguirdes meu preceito:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado".
3. Como o Pai sempre me ama, assim também Eu vos amei:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado".
4. Permanecei no meu amor e segui meu mandamento:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado".
5. E chegando a minha Páscoa, vos amei até o fim:
"Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado".
6. Nisto todos saberão que vós sois os meus discípulos:
"Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado".
Bênção e Despedida.
Faz-se o strepitus com um pedaço de madeira ou o breviário,
significando o terremoto ocorrido na morte de Jesus. Os demais podem juntar-se
ao strepitus com seus breviários.
Apaga-se a última vela do candelabro de trevas ou pode retirá-la e colocá-la
atrás do Altar, como uma das tradições antigas. Este último gesto, como também
as trevas em si, simboliza que Cristo sofreu um temporário abafamento das
trevas.
Obs.: para este ofício utilizamos como base o a estrutura
do Ofício Divino das Comunidades. As Músicas aqui propostas são:
- O refrão: “Mesmo as trevas...” – ODC, cd 06, fx 15 ou no livro de cantos da Diocese - nº 21
- A abertura: uma das melodias do ODC, cd 06, fxs 39-46
- “Meu povo preste atenção” – cd Tríduo Pascal – I: Quinta-feira Santa e Sexta-feira Santa (Cantos do Hinário Litúrgico da CNBB) – Paulus – fx. 15
- Cântico de Simeão – ODC, cd 03, fx 39
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