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domingo, 22 de maio de 2011

'Só tenho a agradecer a ela e a Deus', diz mulher que recebeu milagre de Irmã Dulce

A funcionária pública Cláudia Cristiane Santos de Araújo, moradora de Malhador, a 50 km de Aracaju, se emociona ao falar de Irmã Dulce. Nesta sexta-feira, a 9 dias da beatificação do "Anjo bom da Bahia", nome dado à freira pelo escritor Jorge Amado, Cláudia, de 42 anos, tornou-se ilustre na cidade onde reside com o marido, caminhoneiro, e os dois filhos, de 21 e 10 anos. Isso porque a Igreja Católica revelou que foi ela que, em janeiro de 2001, sofreu hemorragia grave após o parto do segundo filho, Gabriel, e posteriormente recebeu um milagre de Irmã Dulce. Os médicos, segundo a funcionária pública, já desacreditavam que ela pudesse sobreviver.

Cláudia conta que em 10 de janeiro daquele ano foi a Itabaiana, cidade próxima a Malhador, para dar à luz ao segundo filho. Com 9 meses de gestação, foi atendida na Maternidade São José. Após o parto, teve uma hemorragia e passou por três cirurgias antes de ser transferida para o Hospital e Maternidade Renascença, na capital sergipana, em coma.

- Os médicos de Itabaiana disseram à minha família que haviam feito tudo o que foi possível para me salvar. Estava em coma e não me recordo de como tudo aconteceu - diz.

Em Aracaju, recebeu a visita do amigo e padre José Almir de Menezes, que levou uma foto de Irmã Dulce e pediu à freira que salvasse Cláudia.

- Não me lembro dessa visita. Sei que depois de alguns dias a hemorragia estava contida e eu, recuperada. Só tenho a agradecer a Irmã Dulce e a Deus, e também ao padre José Almir, um grande amigo da família - acrescenta.

A funcionária pública disse que antes do segundo parto não conhecia a história de vida do "Anjo Bom da Bahia".

- É uma grande satisfação ter recebido essa graça. Tinha fé, mas não a conhecia. E veio justamente de Irmã Dulce, que foi uma pessoa que fez tudo pelos mais humildes - diz.

O padre José Almir de Menezes, de Nossa Senhora das Dores, no interior de Sergipe, foi quem pediu ajuda espiritual de Irmã Dulce para salvar a vida da amiga:

- Eu disse a ela, você acredita que Irmã Dulce pode interceder por você? Ela disse acredito. Rezamos um pouco, dei a unção dos enfermos. Ela teve alta entre dois dias e meio e três dias depois - conta o padre.

O cirurgião Sandro Barral afirma que a mulher foi examinada por mais de 10 médicos no Brasil e por seis médicos na Itália e ninguém teve explicação científica para a recuperação da paciente.

- Ninguém conseguiu explicar porque a melhora se processou de forma tão rápida, em condição tão adversa - afirma.

A cerimônia de beatificação da freira baiana, morta em 1992, aos 77 anos, acontece no próximo dia 22 de maio, no Parque de Exposições de Salvador. Às 14h, haverá um espetáculo artístico reunindo mais de 600 alunos do Centro Educacional Santo Antônio (CESA) - complexo de educação das Obras Sociais Irmã Dulce - com idades entre 6 e 15 anos.

Após a apresentação das crianças, terá início, às 17h, a celebração canônica com uma missa seguida do roteiro litúrgico do Rito de Beatificação do Vaticano. A cerimônia será presidida pelo cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, o delegado papal na solenidade, representando o Papa Bento XVI.

História de Irmã Dulce

A freira comoveu a Bahia em seus 77 anos de renúncias e dedicação aos pobres. Desde o dia 13 de março de 1992, data de sua morte, o número de graças concedidas pela intercessão de Irmã Dulce tem se multiplicado em todo Brasil, segundo a Igreja.

Batizada de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a professora de história e geografia resolveu homenagear a mãe, que morreu quando ela tinha apenas 6 anos, ao se ordenar freira da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, aos 20 anos. Dali em diante, ela seria conhecida, e cultuada, como Irmã Dulce.

A dedicação aos necessitados começou bem antes de seu ingresso na vida religiosa. Aos 13 anos, após conhecer uma comunidade carente na companhia de uma tia, Irmã Dulce começou a ajudar aos necessitados na porta de sua casa, em Salvador.

Nas duas primeiras visitas que fez ao Brasil, o Papa João Paulo II desviou seu percurso para visitar a Mãe dos Pobres na Bahia. Em outubro de 1991, Irmã Dulce já não dormia mais na cadeira de madeira onde passara as noites dos últimos 30 anos de sua vida.

Com 70% da capacidade respiratória comprometida, a freira baiana recebeu o Santo Padre em sua cama de enferma no Convento Santo Antônio (inaugurado por ela em 1947), onde cinco meses depois viria a falecer.

Foi no galinheiro desse mesmo convento que, em 1949, ela instalou os 70 doentes carentes que cuidava, dando origem ao Hospital Santo Antônio, hoje reconhecido pelo Ministério da Saúde como o maior hospital beneficente do Brasil.

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