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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Santo do dia - 26 de outubro

Santo Evaristo

Papa (+105)


No atual Anuário dos Papas, encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja Católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da Era Cristã, portanto é muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele.

Enquanto do anterior, papa Clemente, temos muitos registros, até de próprio punho, como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto, do papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo; as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos santos venerados no mundo católico.

Naqueles tempos, o título de "papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão, as informações, às vezes, se contradizem. Mas santo Eusébio mostra-se muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia.

Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações, consagrando 17 sacerdotes, nove diáconos e 15 bispos, destinados a diferentes paróquias.

Foi de sua autoria a divisão de Roma em 25 dioceses e a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote.

Papa Evaristo morreu no ano 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas, em Roma.


Santo Evaristo, rogai por nós! 


Santo Alfredo, o Grande

Rei de Wessex (849-901)


Alfredo é, a justo título, chamado “o Grande” porque é o efetivo fundador do Reino Unido anglo-saxão. Mas é, ao mesmo tempo, o modelo de rei cristão, que sobrepõe à própria glória o bem dos súditos, a prática dos conselhos evangélicos, a caridade.

Promoveu a cultura, preocupou-se com a instrução do povo e do próprio clero, ao qual forneceu, traduzidos por ele, os Diálogos de são Gregório Magno e o De consolatione philosophiae, do santo filósofo Severino Boécio. Não ganho a coroa da santidade de qualquer modo no campo de batalha, se bem que tivesse sido arrastado à guerra pelas contínuas e davastadoras incursões dos dinamarqueses.

Estes tinham conseguido, num primeiro momento, pôr em fuga seus soldados, e ele próprio, Alfredo, para escapar à captura, teve de refugiar-se num bosque. Nele reorganizou seu exército, preparando-o para a desforra. E em Edington, em 878, alcançou a definitiva vitória contra os invasores, cujo rei, Guthrum, converteu-se ao cristianismo, estabelecendo com Alfredo um tratado de paz que assegurou ao mesmo tempo a unidade do reino da Inglaterra e um rápido desenvolvimento da Igreja.

A recordação das empresas, mas também das virtudes não comuns do piedoso monarca, perdurou longamente na memória dos ingleses, que tiveram sempre grande devoção a este santo, mesmo depois da reforma de Henrique VIII.


 Santo Alfredo, rogai por nós!

São Luís Orione
 Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários
 
O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione. Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872.
Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: “Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens”. Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: “Renovar tudo em Cristo”. Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.

Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da “Pequena Obra da Divina Providência”. Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os “Eremitas da Divina Providência”. Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos “Filhos da Divina Providência”, Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência.

A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a “trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade”. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915).

Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos “Filhos da Divina Providência”, em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das “Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional.

O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos.

Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: “Jesus! Jesus! Estou indo.” Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.

O Papa Pio XII o denominou “pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada” e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.

São Luís Orione, rogai por nós!

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