Evangelho Cotidiano
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68
4º Domingo do Advento
Anúncio do Evangelho (Lc 1,39-45)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas,
— Glória a vós, Senhor.
39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
MEDITANDO O EVANGELHO
«Feliz aquela que acreditou!»
Hoje é o último Domingo deste
tempo de preparação da chegada —o Advento— de Deus a Belém. Por ser em
tudo igual a nós, quis ser concebido —como qualquer homem— no seio de
uma mulher, a Virgem Maria, mas pela obra e graça do Espírito Santo,
pois era Deus. Brevemente, no dia de Natal, celebraremos com alegria o
seu nascimento.
O Evangelho de hoje apresenta-nos duas personagens, Maria e a sua prima
Isabel, as quais nos indicam a atitude que devemos ter no nosso espírito
para contemplar este acontecimento. Deve ser uma atitude de fé, de uma
fé dinâmica.
Isabel com sincera humildade, «ficou repleta do Espírito Santo. Com voz
forte, ela exclamou: “(…) Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me
visitar?” (Lc 1,41-43). Ninguém lhe tinha contado; apenas a fé, o
Espirito Santo, tinha-lhe mostrado que a sua prima era mãe de seu
Senhor, de Deus.
Conhecendo agora a atitude de fé total por parte de Maria, quando o Anjo
lhe anunciou que Deus a tinha escolhido para ser a sua mãe terreal
Isabel não se recatou de proclamar a alegria que a fé dá. Põe-no em
relevo dizendo: «Feliz aquela que acreditou!» (Lc 1,45).
É, pois, numa atitude de fé que devemos viver o Natal. Mas, à imitação
de Maria e Isabel, com fé dinâmica. Em conseqüência, como Isabel, se for
necessário, não nos devemos conter ao expressar o agradecimento e o
gozo de ter fé. E, como Maria, ainda a devemos manifestar com obras.
«Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a
uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel» (Lc
1,39-40) para felicitá-la e ajudá-la, ficando cerca de três meses com
ela (cf. Lc 1,56).
Santo Ambrósio aconselha-nos que, nestas festas, «tenha-mos todos a alma
de Maria para glorificar o Senhor». É certo que não nos faltarão
ocasiões para partilhar alegrias e ajudar os necessitados.+ Mons.
Ramon
MALLA i Call
Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«João agitou-se de alegria e Maria se alegra com seu espírito. Isabel ficou cheia do Espírito depois de conceber; Por outro lado, Maria o era antes de conceber, porque se dizia dela: 'Bem-aventurada aquela que creste!'» (Santo Ambrósio)
«Quando Maria entra em casa de Isabel, a sua saudação é cheia de graça. Neste encontro o protagonista silencioso é Jesus. Maria o carrega em seu seio como um tabernáculo, e o oferece a nós como o presente mais sagrado. Onde quer que Maria chegue, Jesus se faz presente» (Bento XVI)
«‘Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós (...)’. Com Isabel, ficamos maravilhados e dizemos: ‘De onde vem a mim a mãe do meu Senhor?’ (Lc 1,43). Por nos dar seu filho Jesus, Maria é a mãe de Deus e nossa mãe; A ela podemos confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como orou por si mesma: «Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Confiando na sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: 'seja feita a tua vontade'» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.677)
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