Cujo nome de batismo era Paula Francisca Maria – nasceu na cidade de Bréscia, Itália, no dia 6 de novembro de 1813 e faleceu no dia 15 de dezembro de 1855. Foi a fundadora da Congregação das Servas da Caridade. Estudou no colégio das irmãs da Visitação e tinha como diretor espiritual Faustino Pinzoni. Preocupada com a problemática social – seu pai era industrial -, em 1836 deu início à Congregação das Servas da Caridade.
Entregou-se de corpo e alma ao cuidado dos doentes, vítimas da peste que assolou Bréscia. Foi-lhe confiado o hospital de São Lucas, quando Bréscia sofria os efeitos de uma guerra contra a Áustria. Santa Maria Crucificada de Rosa e suas companheiras trabalharam incansavelmente dia e noite, cuidando dos feridos. Em 1852, a fundadora e as vinte e cinco companheiras fizeram a sua profissão religiosa. A consolidação da Congregação foi difícil, mas aos poucos, o trabalho das Irmãs foi reconhecido e hoje se encontram espalhadas por todos os continentes. Foi canonizada por Pio XII, em 1954.
Santa Maria Crucificada de Rosa, rogai por nós!
Esse fato chamou a atenção dos pagãos com quem convivia. Assim, teve a oportunidade de ensinar a palavra de Cristo a todos os que a cercavam. Tornou-se tão conhecida que passaram a chamá-la de "Cristiana", a serva cristã.
A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.
Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV. Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem; só a conheciam pelo nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.
Quando alguma criança caía doente nessas regiões, a mãe levava-a de porta em porta, a fim de consultar as vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.
A fama desse milagre chegou aos ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.
Até que, um dia, a rainha desse povo, chamada Nana, adoeceu gravemente e nenhum remédio conseguia fazê-la melhorar. Tentaram de tudo. Nada parecia possível. Então, alguém se lembrou dos chamados "poderes" da serva cristã. Como último recurso, foram sugeridos à rainha, que mandou chamá-la. Assim, essa humilde escrava foi ao palácio atender a rainha, levando consigo apenas a certeza de sua fé e a confiança de suas orações. Logo conseguiu curar a soberana.
A antiga tradição russa narra que, certa vez, uma senhora procurou-a, pedindo que solicitasse a intervenção de Deus para que seu filho, gravemente enfermo, não morresse. Nina se ajoelhou aos pés da cama onde estava a criança e rezou com tanto fervor que o menino abriu os olhos, sorriu e levantou-se na frente de todos. Foi o bastante para que toda a região mostrasse interesse pela religião da serva de Cristo. Quanto mais prodígios ela promovia, mais catequizava e convertia os pagãos.
Enquanto ela se recuperava, seu marido, o rei Mirian, certo dia, saiu em comitiva para uma caçada. Mas o grupo acabou isolado no bosque devido a uma violentíssima tempestade. A situação era crítica, com trovões e raios incendiando árvores, pedras rolando ao vento e atingindo pessoas. O pavor tomou conta de todos, clamaram por seus deuses, mas nada acontecia. Lembrando-se da rainha, o rei decidiu rezar para o Deus de Cristiana. Uma luz, então, foi vista saindo do céu, a tempestade cessou e todos puderam regressar sãos e salvos à Corte. Nesse instante, o rei sentiu a fé invadir seu coração.
Ao voltar, procurou a escrava Nina e lhe pediu que falasse tudo o que sabia sobre sua religião. Acabou catequizado e convertido. Entretanto os reis Mirian e Nana não podiam ser batizados, pois na Corte não havia nenhum bispo. Seguindo a orientação de Cristiana, o rei enviou esse pedido ao imperador Constantino. Nesse meio tempo, mandou construir a primeira igreja cristã, de acordo com uma planta feita sob orientação de Nina, já liberta. Quando chegou o primeiro bispo da Geórgia acompanhado de um grupo de sacerdotes missionários, encontraram o povo já abraçando a doutrina de santa Nina, como os fiéis a chamavam por força de sua piedade e prodígios de fé. Com facilidade, converteram a nação inteira, a partir da grande solenidade do batismo do casal real.
Depois, junto com o bispo, o rei Mirian e a rainha Nana construíram o Mosteiro Samtavro, anexo àquela igreja, onde mais tarde foram sepultados. Nele também viveu alguns anos santa Nina, que morreu no ano 330.
Venerada pelos fiéis como padroeira da Geórgia, suas relíquias estão guardadas na Catedral da Metiskreta, antiga capital do país. Seu culto foi confirmado, sendo realizado, no Oriente, em 14 de janeiro, enquanto a Igreja de Roma a comemora no dia 15 de dezembro.
Santa Cristiana, rogai por nós!
Virgínia, riquíssima, filha de um doge da República de Gênova,
nasceu em 2 de abril de 1587. O pai, Jorge Centurioni, era um
conselheiro da República. A mãe, Leila Spinola, era uma dama da
sociedade, católica fervorosa e atuante nas obras de caridade aos
pobres. Propiciou à filha uma infância reservada, pia e voltada para os
estudos. Mesmo com vocação para a vida religiosa, Virgínia teve de
casar, aos quinze anos, por vontade paterna, com Gaspar Grimaldi
Bracelli, nobre também muito rico. Teve duas filhas, Leila e Isabela.
Esposa dedicada, cuidou do marido na longa enfermidade que o acometeu, a
tuberculose. Levou-o, mesmo, para a Alexandria, em busca da cura para a
doença, o que não aconteceu. Gaspar morreu em 1607, feliz por sempre
ter sido assistido por ela.
Ficou viúva aos vinte anos de idade. Assim, jovem, entendeu o fato como
um chamado direto de Deus. Era vontade de Deus que ela o servisse
através dos mais pobres. Por isso conciliou os seus deveres do lar, de
mãe e de administradora com essa sua particular motivação. O objeto de
sua atenção, e depois sua principal atividade, era a organização de uma
rede completa de serviços de assistência social aos marginalizados. O
intuito era que não tivessem qualquer possibilidade de ofender a Deus,
dando-lhes condições para o trabalho e o sustento com suas próprias
mãos.
Desenvolvia e promovia as "Obras das Paróquias Pobres" das regiões
rurais conseguindo doações em dinheiro e roupas. Mais tarde, com as duas
filhas já casadas, passou a dedicar-se, também, ao atendimento dos
menores carentes abandonados, dos idosos e dos doentes. Fundou uma
escola de treinamento profissional para os jovens pobres. Numa fria
noite de inverno, quando à sua porta bateu uma menina abandonada pedindo
acolhida, sentiu uma grande inspiração, que só pôs em prática após
alguns anos de amadurecimento.
Finalmente, em 1626, doou todos os seus bens aos pobres, fundou as "Cem
Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres de Jesus Cristo" e entrou
para a vida religiosa. Enquanto explicava o catecismo às crianças,
pregava o Evangelho. As inúmeras obras fundadas encontravam um ponto de
encontro nas chamadas "Obras de Nossa Senhora do Refúgio", que instalou
num velho convento do monte Calvário. Logo o local ficou pequeno para as
"filhas" com hábito e as "filhas" sem hábito, todas financiadas pelas
ricas famílias genovesas. Ela, então, fundou outra Casa, depois mais
outra e, assim, elas se multiplicaram.
A sua atividade era incrível, só explicável pela fé e total confiança em
Deus. Virgínia foi uma grande mística, mas diferente; agraciada com
dons especiais, como êxtases, visões, conversas interiores, assimilava
as mensagens divinas e as concretizava em obras assistenciais. No seu
legado, não incluiu obras escritas. Morreu no dia 15 de dezembro de
1651, com sessenta e quatro anos de idade, com fama de santidade, na
Casa-mãe de Carignano, em Gênova. A devoção aumentou em 1801, quando seu
túmulo foi aberto e seu corpo encontrado intacto, como se estivesse
apenas dormindo. Reavivada a fé, as graças por sua intercessão
intensificaram-se em todo o mundo.
Duas congregações distintas e paralelas caminham pelo mundo, projetando o
carisma de sua fundadora: a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do
Refúgio no Monte Calvário, com sede em Gênova; e a Congregação das
Filhas de Nossa Senhora do Monte Calvário, com sede em Roma.
Virgínia foi beatificada em 1985. O mesmo papa que a beatificou, João
Paulo II, declarou-a santa em 2003. O seu corpo é venerado na capela da
Casa-mãe da Congregação, em Gênova, com uma festa especial no dia de sua
morte. Mas suas "irmãs" e "filhas" também a homenageiam no dia 7 de
maio, data em que santa Virgínia Centurione Bracelli vestiu hábito
religioso.
Santa Virgínia Centurione Bracelli, rogai por nós!
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