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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Estes seis pecados ficaram “fora de moda”...

…mas nem por isso deixaram de ser pecado. Pior: justamente por ninguém mais colocar o dedo nessas feridas, estes males não são combatidos e persistem tranquilamente impunes em nossa época”.

“Um catálogo de pecados descatalogados. Parece até um trava-língua; mas, lendo o que vem a seguir, você entenderá a expressão.

Declaratio terminorum, “esclarecimento dos termos”. Catálogo (do latim catalogus, e do grego katálogos): é uma relação ordenada de objetos (livros, documentos etc.) que estão relacionados entre si. Descatalogar: tirar objetos que faziam parte de um catálogo. Neste sentido, é possível falar, por exemplo, de um catálogo de pecados

Já na doutrina de Cristo nós encontramos catálogos de pecados, e desses alguns podem ser leves e outros, mortais, ou seja, que separam o homem da união com Deus, fonte da vida, e que podem conduzir à condenação eterna. No Novo Testamento encontramos mais de vinte listas de pecados, algumas nos evangelhos sinóticos, ou seja, no próprio ensinamento de Cristo: “É do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez” (Mc 17, 21-22; em Mt 15, 19-20 mencionam-se sete). Na parábola do publicano citam-se três: “ladrões, injustos, adúlteros” (Lc 18, 11). E de outros pecados concretos falam as parábolas da cizânia, do rico epulão, do homem avaro, do servo infiel, do juízo final, do escândalo etc.

Também nos escritos dos Apóstolos se formulam catálogos de pecados, sobretudo em São Paulo. A lista mais completa e impressionante encontra-se na Carta aos Romanos (cf. 1, 24-32), onde achamos denunciado, de maneira muito especial, o nefando pecado da união homossexual entre homens ou entre mulheres (cf. 1, 26-28). Outra lista enumera:Nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 9-10). “Com tais indivíduos nem sequer deveis comer… Tirai o perverso de vosso meio” (1Cor 5, 11.13).

Deve haver, portanto, na consciência dos discípulos de Jesus um sentido bem vivo do pecado, que nunca considere o mal como bem; que descubra inclusive os pecados internos, e não somente os que se manifestam em obras externas (“Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração”, Mt 5, 28); e que leve em conta não somente os pecados de comissão, mas também os de omissão (as virgens néscias, cf. Mt 25, 11-13; o servo que não faz render os seus talentos, 25, 27-29; o juízo final, que indica as obras de caridade necessárias e não realizadas, 25, 41-46) etc.
Três observações prévias.
Primeiro, um pecado torna-se descatalogado, mais ou menos, quando se dão estes sinais:
  1. Quando a pregação deixa de falar de uma certa virtude e de assinalar os pecados que lhe são contrários.
  2. Quando o pecado se tornou de tal modo generalizado que chega a ser visto como algo “normal”, que não mais pesa na consciência.
  3. Quando já é um pecado que não costuma ser acusado no sacramento da Confissão, nem mesmo pelos poucos cristãos praticantes que continuam se confessando, ou porque não o consideram relevante ou porque ignoram na prática sua pecaminosidade, ainda que às vezes tenham dele algum conhecimento doutrinal.
A simonia pode ser um exemplo de pecado descatalogado em grande medida naquelas regiões e épocas em que se tornou quase que o modo normal através do qual os filhos dos nobres, mais instruídos e de presença mais forte no mundo, ascendiam aos altos cargos da Igreja. No século IX muitos senhores consideravam (erro crasso) que bispados, monastérios e paróquias faziam parte de seus domínios. Por isso, pensavam que cabia a eles dar a investidura de autoridade nessas entidades eclesiais. O tráfico dos postos eclesiásticos mais importantes era considerado geralmente como algo lícito e normal. Era um pecado descatalogado.

No entanto, no século XI e na primeira metade do XII, celebraram-se oito concílios regionais na Inglaterra, na França e na Itália para erradicar o erro e o pecado da simonia. A ação de papas como Nicolau II (1058-1061) e Gregório VII (1072-1085), a obra e pregação de grandes santos, como São Bruno (1030-1101) e São Bernardo (1090-1153), foram vencendo essa praga. Note-se, porém, que enquanto a epidemia espiritual da simonia estava com toda a sua força, podia haver bispos — como de fato houve —, abades e párocos bons, ortodoxos e pastoralmente zelosos, os quais, no entanto, de boa consciência, haviam ascendido a suas posições por meios simoníacos.

Segundo, não tratarei aqui da culpabilidade subjetiva dos que incorrem em pecados descatalogados. É possível que haja uma culpabilidade atenuada ou quase nula nas pessoas que incorrem em pecados descatalogados objetivamente graves. Esta é a doutrina moral — a ignorância invencível, por exemplo, e outras considerações — sempre comum na Igreja.

Terceiro, o catálogo que forneço aqui de pecados descatalogados é muito incompleto. Justamente por isso, prefiro apresentá-lo de modo desordenado. Exponho alguns somente a título de exemplo. Seria possível mencionar muitos outros, pois são muitos os que se dão sobretudo nas igrejas locais que estão em boa parte arruinadas e à beira da extinção.



— O afastamento crônico da Missa dominical tornou-se um pecado descatalogado. O terceiro mandamento da lei de Deus ordena que seja dado, em privado e em público, um culto de louvor, adoração e ação de graças a Deus. Esta obrigação é muito grave, porque a Igreja existe para a glória de Deus. Por isso, os cristãos não praticantes são pecadores públicos. Não há vida cristã se não há vida eucarística, já que, como em vários textos afirma o Concílio Vaticano II, a Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã.

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

5 de abril - Santo do dia

São Vicente Ferrer

Nascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma.
São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos.

São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões.

Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará.

Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja.

São Vicente Ferrer, rogai por nós!

terça-feira, 19 de março de 2013

Cerimônia no Vaticano inaugura pontificado do Papa Francisco

Durante a cerimônia de entronização nesta terça-feira, o Papa Francisco ressaltou a figura de José, patrono da Igreja, e pediu aos fiéis que sejam guardiões da dádiva de Deus. A missa que inaugura o pontificado do argentino Jorge Bergoglio foi celebrada na presença de mais de 150 mil pessoas, além de líderes religiosos e chefes de Estado do mundo todo. Confira os textos da missa de entronização na íntegra:

 Papa caminha até o altar durante a missa inaugural GABRIEL BOUYS / AFP

“Queridos irmãos e irmãs!
Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.

Saúdo, com afeto, os irmãos cardeais e bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos representantes das outras igrejas e comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos chefes de Estado e de Governo, às delegações oficiais de tantos países do mundo e ao corpo diplomático.

Ouvimos ler, no evangelho, que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa” (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: “São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo” (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como ouvimos na primeira leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu espírito. E José é “guardião”, porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação.

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem Herodes que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos guardiões da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para guardar, devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura. A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou com uma esperança, para além do que se podia esperar (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.

Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu! Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! 

Amém”.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Mediação da Virgem Santíssima - Parte 1

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA.

Parte – I.


Um dos objetivos deste site é resgatar a autêntica espiritualidade Católica, que nasce e se apóia na prática, no respeito e principalmente no entendimento da sacralidade presente na Doutrina, nos Dogmas e na Tradição herdada dos santos Apóstolos, santos Papas, e santos Doutores de nossa amada Igreja, da qual o próprio SALVADOR e REDENTOR JESUS CRISTO, é a Cabeça e o Divino Condutor.

Por tudo isso, decidimos resgatar importantes pensamentos e conceitos teológicos sobre a “Mediação Universal de MARIA Santíssima”, A MÃE de DEUS e nossa, quando em 1954 a Igreja comemorava o centenário do Dogma da Imaculada Conceição, reconhecido pelo Papa Pio IX e instituído em 1854.

Antes de apresentarmos a Doutrina desta Mediação da Mãe, cumpre-nos explicar e expor o Ofício Medianeiro de CRISTO.

Ao falar da Mediação de CRISTO, santo Tomás de Aquino ensina: “O Ofício de Medianeiro entre DEUS, e os homens consiste em uni-los”. (Suma Teológica3, q.26, a.1). A essência, pois, e a finalidade da Mediação de CRISTO está em unir os homens com DEUS.

O Medianeiro, segundo Santo Tomás, apresenta a DEUS as orações dos homens, oferece o Sacrifício, que é o ato principal da virtude da religião, e distribui aos homens os Dons Divinos que santificam as almas.

Este Ofício de Medianeiro, elevado a suprema perfeição, cabe e pertence exclusivamente a CRISTO Homem-DEUS, o único que nos pode reconciliar com DEUS, oferecendo-LHE um Sacrifício de valor infinito, que é perpetuado substancialmente no Sacrifício da Santa Missa. Somente CRISTO, Cabeça da humanidade, nos conquistou, com direito de Justiça, todas as graças necessárias a nossa salvação. É precisamente neste sentido que São Paulo ensina:

“Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo em Redenção por todos.” (1 Tm. 2, 5-6)

Com estas palavras o Apóstolo quer dizer que nenhuma outra pessoa, tem, em si mesma, autoridade própria, nem merecimentos próprios, para se apresentar diante de DEUS, como Medianeiro dos homens, e neste sentido, a Mediação de CRISTO é única e exclusiva.

Mas esta Mediação absolutamente necessária, superabundante e suficientíssima, e que não carece absolutamente do auxílio de quem quer que seja, não exclui medianeiros subalternos e dependentes de CRISTO.

Com diáfana clareza o Papa Leão XIII na Encíclica “Fidentem piumque” de 20 de setembro de 1896, nos prova esta asserção:

“Há quem ache ousada a grande confiança no patrocínio da Virgem e queira repreender-nos. Em verdade, somente a CRISTO compete o nome e partilha de Medianeiro, a CRISTO que é uma só pessoa DEUS e Homem, e assim restaurou o gênero humano na graça: “Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo, em Redenção por todos.” ( 1 Tm. 2, 5-6)

Mas, como ensina o “Anjo da Escola”, nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre DEUS e os homens, enquanto como ministros e instrumentos, cooperam na união dos homens com DEUS (Suma Teológica 3, q. 26, a.1,2), como os Anjos e Santos do Céus, os profetas e sacerdotes de ambos os Testamentos.

Esta dignidade gloriosa cabe, em ponto mais elevado, à Santíssima VIRGEM. Pois não se pode imaginar uma só personalidade que operasse na reconciliação dos homens com DEUS como MARIA, ou pudesse jamais operar como ELA. Quando os homens tinham incorrido na eterna perdição, MARIA deu-nos o SALVADOR. Pois foi ELA quem, em lugar de todo o gênero humano deu o Seu consentimento, quando o Anjo anunciou o Mistério da Paz (Suma Teológica 3, q. 30, a. 1). É Dela que nasceu JESUS, e ELA é verdadeiramente SUA MÃE e, por esta causa, Digna e Legítima Medianeira do Medianeiro.

É, pois, este o pensamento do papa Leão XIII: “Há um só Medianeiro, e esse é JESUS CRISTO. Mas há junto de JESUS CRISTO, a Santíssima Virgem, MÃE de DEUS, que por sua íntima cooperação com a Obra da Redenção, foi constituída Medianeira, e nesta Sua posição central, MARIA supera a todos os Anjos e Santos; é Medianeira num sentido, como nenhum Anjo e Santo o pode ser”.

Mas, se de fato, a mediação de JESUS CRISTO foi suficientíssima, superabundante, não carecendo do auxílio de quem quer que fosse, para executa-la, qual a razão, então, de MARIA Santíssima cooperar intimamente nela e merecer o título de Medianeira?

MARIA Santíssima é Medianeira Universal, não porque DEUS dELA necessitasse, mas porque unicamente assim o quis.

DEUS, infinitamente livre, podia querer e não querer a Redenção. E querendo a Redenção, podia escolher aquele modo de remir os homens que mais LHE agradasse. Pois, infinitamente sábio, tinha a sua disposição infinitos planos redentores.

Entre os infinitos planos, então, escolheu e executou aquele em que MARIA Santíssima ocupa, junto ao Divino Redentor, a posição central de MÃE e Medianeira Universal.

Segundo esse plano, na hora estabelecida por DEUS, o VERBO Eterno assume a natureza humana, por Obra do Divino ESPÍRITO SANTO; mas a assume no seio castíssimo da Virgem, e somente após ELA ter dado seu livre, espontâneo e pleno consentimento. A Virgem, portanto, por Sua própria vontade, torna-se MÃE do Salvador, fornecendo-LHE o Sangue Preciosíssimo a ser derramado e o corpo Santíssimo a ser imolado no Santo Sacrifício da Cruz.

Durante os anos que levou a preparação do Santo Sacrifício, MARIA Santíssima vive com o FILHO em perfeita, ininterrupta e íntima comunhão de sentimentos e dores.

Na Sexta Feira Santa, no alto do Calvário, MARIA Santíssima apresenta a DEUS a Vítima Divina. MÃE e FILHO entrelaçados num só sentimento, numa só vontade, oferecem o Sacrifício Redentor à Justiça Divina. Eis, pois, JESUS, o Redentor do gênero humano, satisfazendo plenamente pelos pecados dos homens, e eis a Seu lado a Santíssima MÃE a Co-Redentora, que por Seus sofrimentos, se torna MÃE de todos os remidos.

E agora perguntamos: A missão da Santíssima Virgem estará concluída com a morte do Redentor ou continuará ELA pela distribuição das Graças, conquistadas com Sua cooperação, na dolorosa Obra da Redenção?

A mesma Vontade Santíssima que escolheu a Virgem para MÃE do Redentor, que LHE pediu assistência Maternal para os 33 anos de vida e para a hora do Sacrifício Supremo, esta mesma Vontade quer e determina que ELA seja, junto do FILHO, a Dispensadora de todas as Graças. Pois, o Plano Redentor, abrange não só a conquista de todas as Graças, realizadas aqui na Terra, mas também a distribuição das mesmas que se faz nos Céus.

Seria até de estranhar, se Deus convidasse a Virgem para acompanhar o SALVADOR na Sua crudelíssima jornada, começada na Encarnação e concluída no Calvário, e não A associasse a CRISTO nas alegrias da distribuição de todas as graças, fruto preciosíssimo também do sofrimento da MÃE Celeste.

Portanto, a Santíssima Virgem, unida a CRISTO, aqui na Terra nos sofrimentos cruéis da Redenção, está agora unida a CRISTO nos Céus, na distribuição dos frutos da Redenção.

Como vemos, aqui temos enfeixado, em poucas palavras, o Plano da Redenção do gênero humano, e neste Plano está contida a Mediação da Santíssima Virgem. Distinguimos duas fases da Mediação Universal de MARIA Santíssima:

A primeira compreende a participação de MARIA SANTÍSSIMA nos mistérios da salvação humana: a começar da Encarnação do VERBO, por ELA livremente aceita, continuada durante os 33 anos da Vida do SENHOR e concluída com o Sacrifício da Cruz. Esta primeira parte da Mediação confere a MARIA Santíssima o glorioso título de Co-Redentora do gênero humano, e disso tratará as três próximas partes.

A segunda fase da Mediação universal de MARIA Santíssima diz respeito à distribuição de todas as Graças, iniciada no Dia da Gloriosa Assunção da Santíssima Virgem e a perpetuar-se até o fim do mundo, e que Lhe dá o consolador título de Dispensadora de Todas as Graças. Fatos que abordaremos a partir da quinta parte. Pois, enquanto a aquisição das Graças pela Mediação da Virgem é um fato já realizado e consumado, a Distribuição das mesmas é um fato a consumar-se diariamente, até o Juízo Final.

Mais adiante falaremos ainda da devoção que devemos ter à Medianeira de Todas as Graças e de exemplos Marianos, onde poderemos admirar as infinitas maneiras pelas quais a Santíssima Virgem exerce Sua missão Celestial de Medianeira do Medianeiro.

Fonte: Derradeiras Graças