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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Santa Margarida Maria Alocoque




Propagou à devoção ao Sagrado Coração de Jesus, de quem recebeu entre outras mensagens as "Doze Promessas de Jesus às almas devotas de Seu Sagrado Coração"


Na bonita região francesa de Borgonha, Margarida Maria nasceu em 22 de julho de 1647, na modesta família Alacoque. Teve uma juventude difícil, ao lado dos pais, que pelo excesso de afeto traçaram a meta de vida da filha, calcada sobre as próprias ambições mundanas.Recebeu toda formação cultural e religiosa, desde a infância, das monjas clarissas. Depois vieram as dificuldades, primeiro o pai faleceu. Logo em seguida, contraiu uma doença não identificada, que a manteve na cama por um longo período.


Como nada na medicina curava o seu mal, Margarida, então, prometeu a Nossa Senhora, entregar todos os seus dias a serviço de Deus, caso recuperasse a saúde. Para sua própria surpresa, logo retornou à sua vida normal. Convencida da intervenção da Providência Divina em favor de sua vida terrena. Aos vinte e quatro anos de idade, entrou para a Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales.Tomou o nome de Margarida Maria fez o seu noviciado, um tempo de iluminação e sofrimento.


Rezando e contemplando Jesus Eucarístico, passou a dialogar com o próprio Cristo, que lhe expôs o coração dilacerado e fez revelações sobre a necessidade de mais amor e devoção à Eucaristia.Estas experiências místicas foram severamente contestadas pelos religiosos e religiosas da sua época. Esta pobre monja foi testada e provada de todas as maneiras possíveis e várias vezes, para comprovar suas narrativas. A humanidade, nesta época, estava assolada pela peste e tremia diante da eminência da morte. O coração do povo era levado à um "Deus duro do castigo".


Mas, as visões e mensagens de Margarida Maria, não, apontavam para o "Deus do amor e da salvação", o que gerava uma forte oposição.O padre jesuíta Cláudio de La Colombière, porém, respeitado estudioso das manifestações dos sinais de Deus, verificou que a mensagem que ela transmitia era verdadeira. Com o seu apoio e orientação espiritual, as experiências místicas de Margarida Maria começaram a ser vistas de outra maneira. Aos poucos esta mensagem era assimilada por todos os conventos da Visitação, assim como pelo clero. O culto ao Sagrado Coração de Jesus começou a ser difundido também entre os fieis.


Até que ela própria, antes de morrer, pôde ver muitos de seus críticos cultuando e propagando a devoção do Sagrado Coração. E foi assim que, depois de algum tempo, esta mensagem estava espalhada por todo o mundo católico.Faleceu com apenas quarenta e três anos de idade, no dia 17 de outubro de 1690, em Paray-le-Monial, na sua França. Foi canonizada em 1920, pelo Papa Bento XV.

Santa Margarida Maria de Alacoque teve a data de sua festa litúrgica antecipada por um dia para não coincidir com a de Santo Inácio de Antioquia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Justiça autoriza transfusão de sangue em Testemunha de Jeová

Fé e vida

Justiça autoriza transfusão de sangue em testemunha de Jeová que se negava a recebê-lo

Justiça
Conflito legal entre a fé e a vida
Internada em estado grave no Hospital de Base, testemunha de Jeová registrou em cartório que não queria transfusão de sangue. Para tentar salvar a mãe, filha vai ao tribunal com o objetivo de autorizar a intervenção

Um juiz autorizou médicos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) a realizarem transfusões de sangue em uma testemunha de Jeová, mesmo contra a vontade dela. O pedido à Justiça partiu de uma filha da paciente, internada em estado grave e inconsciente para uma cirurgia na cabeça. A decisão é rara no histórico do Judiciário brasiliense. Seguidores da religião da mulher doente resistiam ao tratamento devido à necessidade de ela receber sangue de outras pessoas, o que contraria princípios da doutrina (veja Para saber mais).

A paciente de 55 anos havia manifestado o desejo de não receber sangue de outra pessoa em hipótese alguma, por meio de procuração assinada e reconhecida em cartório em 2006. Integrantes da igreja que ela frequentava apresentaram o documento à direção do HBDF, quando a família a internou. Diante disso, os médicos disseram que só poderiam levar a cirurgia adiante com uma autorização judicial. Sem dinheiro para pagar advogado, a filha recorreu à Defensoria Pública do DF, em 28 de janeiro último. Os defensores públicos anexaram laudos médicos no pedido à Justiça. Eles comprovavam que a paciente corria risco de morte caso não recebesse tratamento neurocirúrgico de urgência, incluindo transfusões de sangue. A decisão saiu na primeira hora de 29 de janeiro.

Ela partiu do juiz Luís Eduardo Yatsuda Arima, da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF. “Entre o direito à liberdade religiosa e o direito à vida, deve prevalecer o direito à vida”, sentenciou o magistrado. Em sua decisão, o juiz lembrou que a vida é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, um “bem inviolável, máxime do nosso ordenamento e protegida pelo Estado com prioridade.” A filha e outros parentes da paciente não foram encontrados pelo Correio. A assessoria informou apenas que uma paciente com o mesmo nome da testemunha de Jeová morreu no hospital em 1º de fevereiro. O assessor alegou não ter como saber se ela foi operada ou recebeu transfusão porque o prontuário foi arquivado. Sequer sabia qual a doença da mulher.

O controle dos pacientes da maior unidade de saúde pública da capital é manual. Apoio de especialistas A decisão do juiz Luís Eduardo Arima tem o apoio de juristas do Distrito Federal. Entre eles, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Jomar Alves Moreno. “O direito à vida, garantido pela Constituição, tem valor maior que qualquer outro interesse. É obrigatoriedade do Estado garantir a integridade física e a vida de um cidadão brasileiro. Os médicos poderiam fazer a cirurgia até mesmo sem a autorização judicial”, afirmou.

Especializado em direito da família e direito civil, Rômulo Sulz tem a mesma tese. “Quando temos dois princípios constitucionais que conflitam, temos que observar o que é o mais importante. Nesse caso, a vida. Sem a vida a pessoa não pode exercer a religião”, comentou o advogado, que também é conselheiro da OAB-DF. Professor de Direito Civil da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Viegas disse ainda que médicos podem ser processados por omissão caso não façam as transfusões necessárias, mesmo o paciente se manifestando contra. “O hospital tem a obrigação de recorrer à Justiça. A questão religiosa não pode se sobrepor ao direito à vida. O profissional e a unidade de saúde podem responder a um processo pela omissão”, observou.

Escrituras interpretadas

A base religiosa que as testemunhas de Jeová alegam para não permitirem transfusões é obtida em textos bíblicos. No Gênesis (9:3-4) está escrito: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento. Como no caso da vegetação verde, deveras vos dou tudo. Somente a carne com sua alma — seu sangue — não deveis comer.” No Levítico (17:10) existe restrição semelhante: “Quando qualquer homem da casa de Israel ou algum residente forasteiro que reside no vosso meio, que comer qualquer espécie de sangue, eu certamente porei minha face contra a alma que comer o sangue, e deveras o deceparei dentre seu povo.”

No entanto, o principal fundador da doutrina, Charles Taze Russel, apenas proibiu, por volta de 1892, comer sangue, mas nada falou de transfusões. Seu grande sucessor, Rootherford, em 1939, respondendo a uma carta de um dos seguidores, disse que não se deveria comer a carne de animais com o seu sangue, conforme a recomendação do Velho Testamento, mas também não tratou de transfusão. A proibição começou a ser implantada a partir de 22 de dezembro de 1943, quando saiu um artigo na revista Consolation (Consolação) defendendo a idéia.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Rosário

O ROSÁRIO

Começamos citando a advertência do Santo Padre: "O Rosário, é uma oração marcadamente contemplativa.Sem isto o Rosário é um corpo sem alma e a sua recitação corre o perigo de tornar-se uma simples repetição mecânica".

Muitos confundem o Rosário com o Têrço.

O Rosário tem 20 mistérios, 5 mistérios gozósos, 5 dolorósos,5 luminósos e 5 gloriósos.
O terço tem a quarta parte do Rosário ou seja 5 mistérios.
Segunda e Sabado rezar os Mistérios Gozosos, Terças e Sextas os Mistérios Dolorósos, na Quinta os Mistérios Luminósos e nas Quartas e Domingos rezar os Mistérios Gloriósos.
Segurando a Cruz do Terço, reza-se o Creio em Deus Pai; na primeira conta o Pai Nosso, em cada uma das três contas seguintes uma Ave Maria.Ao final de cada Misterio "O Gloria ao Pai" e ainda a oração ensinada em Fátima:"Ó Meu Jesus perdoai-nos ,livrai-nos do fogo do inferno,levai as almas para oCéu e socorrei principalmente as que mais precisarem.
Amem.
No final rezar uma Salve Rainha.
Cumpre lembrar que agora serão necessários 4 Terços para se orar um Rosário.E o que correspondia ao Terço agora é o Quarto, pois é a quarta parte do Rosário.Cada terço tem 5 mistérios lembrando as 5 chagas de Jesus, e cada mistério tem 10 Aves Marias lembrando os 10 mandamentos.

Os Místicos e os 14 Santos auxiliares

OS MÍSTICOS

Os seguintes são os mais notáveis místicos da história da Igreja.Eles contruiram de maneira definitiva a vida da Igreja pelos seus escritos.

Alguns tiveram visões e receberam os estigmas de Jesus.Cumpre notar que alguns não são santos.

S. Agostinho, Angelo Silesius, Santo Antônio Abade (SantoAntão), S. Bernardo Clairvaux, São Boaventura, Santa Catarina de Genova, Santa Catarina de Sienna, S. Clemente da Alexandria, David de Augsburg, David de Dinant, De Foucauld, Charles, Denys-o Carthusiano, Meister Eckhart, São Francisco de Assis, Santa Gemma Galgani, Santa Gertrudes, São Gregório de Nyssa, Gerhard Groote, Santa Hildegard de Bingen, Walter Hilton, Hugh de SãoVictor, São João de Ávila, São João da Cruz, John Scotus Erigena, Juliano de Norwich, Margery de Kempe, S. Louis de Montfort,S Luis de Granada, S Maximus-o Confessor, Santa Melquiades, Thomas Merton, Nicholas de Cusa, São Paulo apóstolo, Pierre d’Ailly, Ricardo de São Victor, Richard Rolle, Santa Tereza d' Ávila , Santa Terezinha de Lisieux ( Santa Teresinha do Menino Jesus), Tomas à Kempis e São Thomas de Aquino.

OS 14 SANTOS AUXILIARES
Os 14 santo auxiliares são conhecidos pela vontade de ajudar, através de orações aqueles em necessidades. O termo usado em Latin "Auxilium" significa Assistência.
Os 14 santos auxiliares são :
Santa Catarina da Alexandria , São Cristóvão, Santa Bárbara, São Giles, Santa Margarete, São Jorge, São Pantaleão, São Vito, São Erasmo, São Braz , Sannto Eustáquio, Santo Acácio, São Dionísio e São Ciríaco.

Eles eram invocados em grupo por causa da peste negra que devastou a Europa de 1346 a 1349.Entre os sintomas da doença era a língua que se tornava negra , uma garganta inflamada, fortíssima dor de cabeça, febre e cólicas abdominais. ( talvez fosse uma combinação de varíola e cólera).Atacava sem aviso, retirava a razão das vitimas e matava em poucas horas. Muitos morreram sem receber os últimos Sacramentos.Brigadas circulavam nas estradas, suspeitos da doença eram mortos, animais sacrificados, vilas inteiras morriam, vários famintos, aldeias inteiras terminavam em valas comuns, a ordem social e familiar acabou e a doença parecia incurável.Os piedosos invocaram os santo suplicando pela sua intervenção e vários se curaram ou não contraíram a doença.

Esta devoção começou na Alemanha e ainda é muito forte por lá.

O Poder do Rosário

O PODER DO ROSÁRIO
Nossa Senhora de Gietrzwald e o poder da oração
Temos em nossas mãos o poder de mudar muitas coisas, rezando diariamente o Rosário.
Uma aparição da Santíssima Virgem na Polônia nos dá disso um exemplo.

Infelizmente, hoje é muito comum encontrar paróquias que não têm pároco, ou várias paróquias cujo pároco é o mesmo. Obviamente isso traz como conseqüência dificuldades para as pessoas freqüentarem os sacramentos, horários de missa complicados, doentes sem assistência religiosa, e muitos outros problemas análogos. A tendência natural das pessoas é queixar-se, procurar um culpado, mas esquecemos que a solução desse tipo de problemas passa muitíssimas vezes por nossas próprias mãos.

Como? Utilizando o poder da oração do Rosário. E a história das aparições de Nossa Senhora de Gietrzwald, no norte da Polônia, nos dá desse poder uma prova concreta.Uma história tumultuosaPoucas nações têm uma história mais tumultuada que a da Polônia. De antiga potência na região leste da Europa, e baluarte do catolicismo, passou no século XVIII por uma decadência moral espantosa, que chegou a extremos, como o fato de bispos imorais serem linchados pelo povo, e o próprio rei condecorar generais invasores inimigos. Nada estranho, pois, que o país tenha então desaparecido, repartido entre seus vizinhos.

Mas foi justamente o choque e a humilhação dessa divisão que produziu um sobressalto religioso e um ressurgimento nacional.Dois dos países que dividiram a Polônia — a Rússia cismática e a Prússia protestante — colocavam todo tipo de obstáculos para a renovação moral do país. Entre esses obstáculos estava o controle das paróquias, motivo pelo qual muitas ficavam sem pároco por períodos mais ou menos prolongados. Mesmo havendo sacerdotes disponíveis, estes não podiam cumprir suas obrigações. Parecia uma situação sem saída.Justamente nesse momento deram-se as aparições de Nossa Senhora a duas meninas de 12 e 13 anos, entre os dias 27 de junho e 16 de setembro de 1877.

A primeira das aparições ocorreu a Justyna Szafrynska, quando voltava com a mãe de um exame religioso para avaliar se estava preparada para a primeira comunhão. Passavam diante de uma árvore existente na frente da Igreja, quando a menina viu a Virgem. Surpreendida, mas tímida, decidiu voltar ao mesmo local no dia seguinte, com sua amiga Barbara Samulowska, de 12 anos. Logo que começaram a rezar ali o Rosário, viram uma “brilhante Senhora” sentada num trono, com o Menino Jesus em suas mãos, e rodeada de anjos. As meninas lhe perguntaram quem era, e Ela respondeu:- Sou a Virgem Maria da Imaculada Conceição.- E que deseja a Mãe de Deus?- Desejo que rezem o Rosário todos os dias.

Numa das aparições seguintes, entre perguntas sobre se estas ou aquelas pessoas tinham se salvado, perguntaram se a Igreja na Polônia voltaria a ser livre, e se as paróquias da região receberiam párocos em breve. A resposta de Nossa Senhora foi muito clara:- Sim. Se as pessoas rezarem com ardor, a Igreja não será oprimida e as paróquias abandonadas receberão sacerdotes em breve.Esta resposta da Virgem difundiu-se pelo local, e as pessoas começaram a rezar o Rosário, não só individualmente, mas de modo especial em família e em público. E igualmente começaram as peregrinações ao local. É claro que as autoridades anticatólicas da zona fizeram de tudo para evitar essa renovação religiosa.

Declararam ser tudo uma fraude, uma manifestação de nacionalismo, um perigo público para o Estado, e até obstáculo para o “progresso”. Os padres que defenderam ou apoiaram as videntes foram presos e multados por “espalhar falsidades”. Um dos que mais se distinguiu em difundir as aparições foi o capuchinho Honorato Kozminski, beatificado em 1988.Mas as perseguições não conseguiram evitar que as pessoas continuassem rezando o Rosário. Pelo contrário, solidificavam as pessoas na sua determinação.O bispo local procedeu conforme as normas sapienciais da Igreja nesses casos. Enviou delegados para investigar discretamente o que se passava e verificar a conduta das videntes.

Sabendo que aumentava a recitação pública do Rosário, ordenou aos religiosos do local que rezassem também com o povo, dando ele próprio o bom exemplo. Seus delegados confirmaram que as meninas videntes se comportavam normalmente, e que nada nelas indicava desejo de ganhar notoriedade ou aproveitar de outra forma os acontecimentos.Cinco anos depois, e graças à perseverança na reza do Rosário, a situação era completamente diversa. As paróquias tinham sacerdotes, a freqüência aos sacramentos se multiplicava, aumentaram as vocações nos mosteiros da região e houve notórias graças de conversão de pecadores.

A recitação do Rosário em família tornou-se comum e permanece até hoje. Os próprios perseguidores da Igreja acharam melhor não mexer no caso, para evitar problemas maiores.Se bem que o bispo diocesano tenha publicado no ano seguinte os resultados favoráveis do seu inquérito, e o Papa Paulo VI tenha elevado a igreja de Gietrzwald a basílica menor em 1970, foi somente em 1977, nas cerimônias comemorativas do primeiro centenário das aparições, que estas foram aprovadas oficialmente pelo bispo local.Hoje podemos fazer o mesmoNas minhas numerosas viagens de norte a sul do Brasil, fiquei muitas e muitas vezes chocado pela falta de clero e de sacramentos até em capitais, especialmente no mês de janeiro, durante as “férias” religiosas.

É claro que a tremenda crise pela qual atravessa a santa Igreja tem parte nisso, e não pequena. Mas não podemos nós fazer algo para solucionar o problema? Não podemos organizar também a reza do Rosário?A doutrina católica não muda, e Nossa Senhora, como boa mãe, sempre quer nos ajudar. Portanto, aquilo que ajudou a outros no passado pode nos auxiliar hoje também. Afinal, Deus é o Senhor da História, e é Ele que move os corações dos homens. Na procura de um sacerdote fervoroso para a cidade, paróquia ou instituição, vence quem consegue mover o Sagrado Coração a nos conceder o que pedimos. O que para nós pode ser ou parecer impossível, para Ele não o é.

Nada é impossível para Deus.

E mover o Sagrado Coração está ao nosso alcance, por meio da Virgem Santíssima. Basta rezar com fervor, conforme a Virgem recomendou às meninas em Gietrzwald.

"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências".

"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências".

A frase é do Papa Calisto, ao tomar posição e combater ideias que iam contra os ensinamentos da igreja embora proferidas por uma autoridade reconhecidado catolicismo.
Calisto sabia muito bem o que era penitência. Na Roma do século II, Calisto nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, começou sua sina de sofrimento.
Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, sendo deportado para a Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém, foi aí que, apesar do sofrimento, sua vida se iluminou.

Nas minas da Sardenha, ele tinha muito contacto com cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança, Calisto converteu-se.
Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre. Começou a trabalhar no serviço imediato do papa Vítor e, desta forma, conseguiu tornar-se religioso. O sucessor do papa, Zeferino, incumbiu Calisto de várias missões de sucesso, até que o nomeou responsável pelas catacumbas.
As catacumbas de Roma tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, elas serviam também para cerimónias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto as organizou e valorizou, erguendo nelas uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde os pontífices foram enterrados.

Quando o Papa Zeferino morreu, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo.
Hipólito, um dos grandes pensadores do catolicismo e da história, era o principal deles. Hipólito queria mudar a visão sobre a Santíssima Trindade e proibir que alguns tipos de pecados fossem perdoados, mas Calisto se manteve firme na defesa da Igreja, causando o rompimento de Hipólito e seus seguidores. Anos depois, Hipólito se reconciliaria com a Igreja, morrendo como mártir e sendo canonizado.

Quanto a Calisto, que foi papa por seis anos, acabou morto após ser martirizado e torturado, como em tantas fases de sua vida.
Teve uma pedra amarrada ao pescoço e foi jogado em um poço para morrer.
Hoje, as catacumbas de Roma levam seu nome e São Calisto está enterrado sob o solo onde foi erguida a basílica de Nossa Senhora em Transtevere.

Oração Poderosa a Nossa Senhora Aparecida

Oração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima que em Vossa querida imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número de Vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de Vossa misericórdia, prostrado aos Vossos pés, consagro-Vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.

Consagro-Vos minha língua para que sempre Vos louve e propague Vossa devoção.
Consagro-Vos meu coração, para que, depois de DEUS, Vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de Vossos filhos e filhas.
Acolhei-me debaixo de Vossa proteção.
Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais, e sobretudo, na hora de minha morte.
Abençoai-me, ó Mãe celestial e com Vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza. afim de que, servindo-Vos fielmente nesta vida, possa louvar-Vos, amar-Vos e dar-Vos graças no céu, por toda eternidade.
Assim seja!

Observação: aconselha-se que se ande com uma cópia no bolso, bolsa, pois será uma grande e infalível proteção.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Precisamos conhecer o inimigo, para vence-lo

Como é que o demônio se comporta

Padre Gabriele Amorth

Duma forma geral, podemos dizer que o demônio faz tudo para não ser descoberto, mostra-se muito lacônico e procura todos os meios para desencorajar o paciente e o exorcista. Para melhor clarificação podemos classificar este comportamento em quatro fases: antes de ser descoberto, durante os exorcismos, na proximidade da saída e depois da libertação. Assinalamos igualmente que nunca se encontram dois casos iguais. O comportamento do Maligno é o mais variado e imprevisível. Só farei referência a certos aspectos de comportamento mais freqüentes.

1 – Antes de ser descoberto.
O demônio provoca distúrbios físicos e psíquicos: a pessoa envolvida procura tratar-se com médicos, mas nenhum suspeita da verdadeira origem do seu mal. Os médicos, em certos casos, começam um longo tratamento, testando diversos medicamentos, que resultam sempre ineficazes; por isso é vulgar que o paciente mude várias vezes de médico, acusando-os a todos de não entenderem a sua doença.
O tratamento dos males psíquicos é o mais difícil; muitas vezes os especialistas não notam nada (como também acontece com as doenças físicas), e a vítima passa por um “obcecado” aos olhos dos familiares. Uma das cruzes mais pesadas destes “doentes” reside no fato de não serem nem compreendidos, nem acreditados.
Quase sempre acontece que, estas pessoas, depois de terem batido às portas da medicina oficial, em vão, mais tarde ou mais cedo acabam por se dirigir a curandeiros, ou ainda pior a adivinhos, bruxos, quiromantes, ou feiticeiros. E assim ainda pioram os seus males.

Normalmente, quando alguém recorre a um exorcista (aconselhado por um amigo, raramente por sugestão de um padre) geralmente já fez o percurso pelos médicos que o deixaram numa desconfiança total e, na maioria dos casos, já foi aos bruxos ou similares. A falta de fé ou pelo menos o fato de não ser praticante, juntamente com a imensa e injustificável carência eclesiástica neste domínio, permitem compreender este tipo de comportamento. A maior parte das vezes é um verdadeiro acaso encontrar alguém que fale da existência de exorcistas.
Não esquecer que o demônio, mesmo nos casos de possessão total (em que é ele que falta e age servindo-se dos membros da sua infeliz vítima) não age continuamente, mas intercala a sua ação (designada em linguagem corrente sob a designação de “momentos de crise”), com fases de sossego mais ou menos longas.
Excetuando os casos mais graves, a pessoa pode prosseguir os seus estudos ou o seu trabalho de forma aparentemente normal, sendo ele o único na realidade a saber o preço desses esforços.

2 – Durante os exorcismos.
Em principio, o demônio faz tudo para não ser descoberto ou pelo menos para dissimular a amplitude da possessão, embora não o consiga sempre. Por vezes é obrigado a manifestar-se desde a primeira oração por causa da força dos exorcismos.
Lembro-me de um jovem que, quando recebeu a primeira bênção, apenas me inspirou uma ligeira desconfiança, então pensei ”É um caso fácil: uma ou talvez duas bênçãos será o suficiente para resolver o problema”. Na segunda vez, enfureceu-se a partir daí já não voltei a começar o exorcismo sem ter comigo quatro homens robustos, para o segurar.

Noutros casos é preciso esperar a hora de Deus. Recordo-me duma pessoa que tinha procurado vários exorcistas (incluindo a mim próprio) sem que alguém lhe tivesse encontrado alguma coisa de especial. Até que um dia o demônio manifestou-se aos exorcismos como habitualmente, com a freqüência necessária para libertar os possessos.
Em certos casos logo desde a primeira ou a segunda bênção o demônio revela por vezes toda a sua força que varia de pessoa para pessoa; outras vezes esta manifestação é progressiva; há pessoas que apresentam em cada sessão problemas novos. Dá a impressão de que todo o mal que está neles deve aparecer pouco a pouco para poder ser eliminado.

O demônio reage de forma muito diferente às orações e às ordens. Muitas vezes esforça-se por se mostrar indiferente mas, na realidade, ele sofre e o seu sofrimento vai aumentando até que se chegue à libertação. Alguns possessos ficam imóveis e silenciosos não reagindo às provocações senão com os olhos.
Outros lutam: convém então segurá-los para impedir os cativos de fazerem mal; outros lamentam-se, sobretudo quando se lhes aplica a estola sobre os locais dolorosos, como indica o Ritual, ou ainda quando se faz um sinal da cruz ou quando se asperge com água benta. Raros são os que se mostram com fúrias, mas esses devem ser segurados com firmeza pelos assistentes do exorcista, ou pelas pessoas da família.

No que se refere a falar, os demônios geralmente mostram-se muito reticentes. O Ritual determina justamente que não se façam perguntas por pura curiosidade, mas que se pergunte só aquilo que pode ser útil à libertação.
A primeira coisa é o nome: para o demônio, tão pouco dado a manifestar-se, o fato de revelar o seu nome constitui uma derrota; quando diz o nome, mostra-se sempre relutante em repeti-lo nos exorcismos posteriores. Ordena-se em seguida ao Maligno que diga quantos demônios habitam no corpo de paciente. Esse número pode ser elevado ou reduzido, mas há sempre um chefe que usa o primeiro dos nomes indicados.

Quando o demônio tem um nome bíblico ou dado pela tradição (por exemplo: satanás, ou belzebu, lúcifer, zabulão, meridiano, asmodeu...) trata-se de caça grossa, mais dura para vencer. Mas a dificuldade em grande parte reside na força com que o demônio tomou posse duma pessoa. Quando são vários demônios, o chefe é sempre o último a sair.

A força da possessão resulta também da reação do demônio aos nomes sagrados. Regra geral o maligno não pronuncia nem pode pronunciar estes nomes: Substitui-os por outras expressões como “Ele” para designar Deus ou Jesus, ou “Ela” para designar a Santíssima Virgem. Pode também dizer: “O teu chefe” ou “a tua patroa” para falar de Jesus ou de Nossa Senhora.
Por outro lado, quando a possessão é excessivamente forte o demônio é de um coro elevado (recordemos que os demônios conservam o coro que ocupavam enquanto anjos como os Tronos, os Principados, as Dominações...), então pode acontecer que pronuncie os nomes de Deus e de Santa Virgem, mas acompanhados de horríveis blasfêmias.

Muitas pessoas pensam, não se sabe porquê, que os demônios são linguareiros e que, se uma pessoa vai assistir a um exorcismo, o demônio vá enumerar todos os seus pecados em público. Não há nada mais falso, os demônios falam com precaução e quando se apresentam faladores, dizem coisas estúpidas a fim de distrair o exorcismo e de escapar ás suas perguntas. Podem acontecer exceções.

O Pe. Cândido, um dia convidou para assistir a um dos seus exorcismos um sacerdote que se gabava de não acreditar nisso. Este aceitou o convite, e quando lá estava adotou uma atitude quase de desprezo ficando com os braços cruzados, sem rezar (ao contrário do que devem fazer os presentes) e com um sorriso irônico nos lábios. A certa altura o demônio dirigiu-se a ele: “Tu dizes que não acreditas em mim. Mas acreditas nas mulheres, nelas acreditas, ah sim, nelas acreditas e de que maneira!”. O desgraçado recuou devagarzinho em direção à porta e escapou-se a toda a pressa.

Outra vez o demônio fez a descrição dos pecados para desencorajar o exorcista. O Pe. Cândido ia benzer um belo jovem que tinha nele uma besta mais forte do que ele. O demônio tentou desencorajar o exorcista nestes termos: “Não vês que está a perder o teu tempo com este? Ele é daqueles que nunca rezam, é um dos que freqüentam..., é um dos que fazem...”, seguindo duma longa série de vergonhosos pecados. No fim do exorcismo, o Pe. Cândido delicadamente tentou convencer o jovem a fazer uma confissão geral. Mas ele não queria saber de nada disso. Quase que foi preciso empurrá-lo à força para um confessionário; e lá apressou-se a dizer que não tinha nada de que tivesse de se acusar.

“Mas não fizeste tal coisa em tal ocasião?” insistiu o Pe. Cândido. E o jovem estupefato teve de reconhecer a sua falta. “E por acaso não fizeste aquilo?” e o desgraçado cada vez mais confuso, teve de reconhecer um após outro, todos os pecados que o Pe. Cândido lhe recordava, valendo-se das declarações do demônio. Depois, finalmente, recebeu a absolvição. E o jovem foi-se embora confuso: “Já não percebo nada! Estes padres sabem tudo!”.

Entretanto o Ritual sugere que se pergunte também há quanto tempo o demônio se encontra naquele corpo, por que razão, etc... Falaremos oportunamente acerca do comportamento que convém adotar em caso de bruxaria, questões que é preciso colocar e a maneira de agir.
Por agora sublinharemos que o demônio é o príncipe da mentira. Pode perfeitamente acusar tal ou tal pessoa a fim de suscitar suspeitas e inimizades. As respostas do demônio devem ser sempre passadas ao crivo cuidadosamente.
Contentar-me-ei em dizer que o interrogatório do demônio geralmente tem uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes por uma importância reduzida. Aconteceu muitas vezes pro exemplo que o demônio, ao sentir-se muito enfraquecido, respondia a perguntas relativas à data da sua saída e depois de fato não saía naquela data.

Um exorcista experimentando como o Pe. Cândido, que se apercebia imediatamente que tipo de demônio estava a enfrentar e adivinhava a maior parte das vezes até o seu nome, fazia muito poucas perguntas. Outras vezes quando perguntava o nome, o demônio respondia: “Tu já sabes”. E era verdade.
Em geral os demônios falam espontaneamente nos casos de possessões fortes, para tentar desencorajar ou amedrontar o exorcista. Eu próprio ouvi por diversas ocasiões frases do tipo: “Não podes nada contra mim!”; “Aqui é a minha casa!”; “Estou aqui bem e fico aqui!”; “Só estás a perder o teu tempo!”. Ou então ameaças: “Vou devorar-te o coração!”; “Esta noite o medo há de te impedir de fechares os olhos”; “Vou-me introduzir na tua cama como uma serpente”; “Hei de te fazer cair da cama abaixo”.

Porém, perante certas respostas, pelo contrário, fica silencioso. Quando eu lhe digo por exemplo: “Estou envolvido no manto da Virgem; o que é que tu podes fazer?”; “O Arcanjo Gabriel é o meu santo patrono; tenta lutar contra ele”; “o meu Anjo de guarda cuida para que nada me aconteça; não podes fazer nada”, etc...
Encontra-se sempre um ponto particularmente fraco. Alguns demônios não resistem à cruz feita com a estola sobre as partes doloridas; outras não resistem quando se sopra sobre a face do paciente, e outros ainda opõem-se com todas as suas forças à aspersão de água benta.
Existem também frases, nas orações de exorcismo ou noutras orações que o exorcista pode rezar às quais o demônio reage violentamente ou perdendo a força. Então basta insistir na repetição destas frases, como preconiza o Ritual.

O exorcismo pode ser longo ou breve: é o exorcista quem decide em função de diversos fatores. A presença do médico é útil por vezes, não só para estabelecer o diagnóstico inicial, mas também para dar a sua opinião quanto à duração do exorcismo. Sobretudo quando o possesso não goza de boa saúde (se é cardíaco, por exemplo) ou quando o exorcista não se está a sentir bem: o médico então pode aconselhar que se termine. Em geral é o exorcista que se apercebe quando é inútil continuar.

3 – Na proximidade da saída.
É um momento difícil e delicado que pode durar muito tempo. O demônio por um lado faz parecer que já perdeu uma parte das suas forças, mas por outro lado tenta jogar as últimas cartadas. Muitas vezes tem-se a seguinte impressão: enquanto no caso de doenças vulgares, o doente vê melhorar o seu estado progressivamente até á cura completa, no caso de um possesso, produz-se o contrário, isto é, a pessoa em questão vê o seu estado sempre a piorar e no momento em que ela já não pode mais, fica curada. Nem sempre as coisas se passam assim, mas é o que acontece com mais freqüência.

Para o demônio, deixar uma pessoa e voltar para o inferno, onde quase sempre fica condenado a permanecer, significa morrer eternamente e perder toda a possibilidade de se mostrar ativo, incomodando as pessoas. Ele exprime este desespero em expressões que são repetidas muitas vezes durante os exorcismos: “Eu morro, eu morro” – “Não posso mais” – “Já chega vocês matam-me” – “corja de assassinos, de carrascos; todos os padres são assassinos”, e frases assim.
O conteúdo muda completamente em relação aos primeiros exorcismos. Se antes dizia: “Tu não podes fazer nada contra mim” agora diz: “Tu matas-me, venceste-me”. Se antes dizia que nunca se iria embora porque estava lá bem, agora afirma que se sente horrivelmente mal e que deseja ir-se embora. É claro que cada exorcismo para o demônio, equivale a ser chicoteado: “sofre” muitíssimo, mas inflige igualmente muita dor e cansaço à pessoa em que se encontra: Chega a confessar que durante os exorcismos está pior que no inferno.

Um dia, enquanto o Pe. Cândido exorcizava um indivíduo já à beira da libertação, o demônio declarou abertamente: “Julgas que eu me ia embora se não estivesse pior aqui?”. Os exorcismos tornaram-se-lhe verdadeiramente insuportáveis.
Um outro fator que é preciso ter em conta, se se quer ajudar as pessoas que estão em via de libertação, é que o demônio se esforça por lhes comunicar o seus próprios sentimentos: ele não pode mais e procura transmitir um sensação de esgotamento intolerável; ele está desesperado e tenta transmitir o seu próprio desespero ao possesso; sente que está perdido, que já lhe resta pouco tempo para viver, que não está mais em condição de raciocinar corretamente e transmite ao paciente a impressão de que tudo acabou, que a sua vida chegou ao seu termo, e este cada vez mais se convence de que vai enlouquecer.

Quantas vezes as pobres vítimas, afligidas, não declaram ao exorcistas: “Diga-me francamente se eu estou louco!”. Para o possesso os exorcismos também são cada vez mais cansativos e, por vezes, se não vêm acompanhados ou forçados, faltam ao encontro.
Tive mesmo casos de pessoas próximas ou bastante próximas da libertação, que desistiram totalmente de se deixar fazer exorcizar. Da mesma forma que muitas vezes é preciso ajudar estes “doentes” a rezar, a ir à Igreja e a freqüentar os sacramentos, porque eles não conseguem sozinhos, também é conveniente incitá-los a submeter-se aos exorcismos e, sobretudo no momento da fase final, encorajá-los continuamente.

O cansaço físico e um certo sentimento de desmoralização devidos à lentidão dos acontecimentos aumentam sem dúvida estes problemas e dão a impressão de que o mal se tornou incurável. O demônio por vezes causa males físicos, mas sobretudo psíquicos, que é preciso tratar por via médica, mesmo após a cura. Contudo as curas completas, sem seqüelas, são possíveis.

4 – Após a libertação.
É fundamental que a pessoa liberta não afrouxe o seu ritmo de oração, nem a freqüência aos sacramentos e mantenha uma vida cristã empenhada. Uma bênção, de tempos a tempos, não será supérfula. Porque acontece com bastante freqüência que o demônio ataque, isto é, que tente voltar. Não precisa que ninguém lhe abra a porta. Contudo, mais do que a convalescença poderíamos falar duma fase de consolidação, indispensável para assegurar a libertação.
Tive alguns casos de recaída: nos casos em que não houve negligência da parte do individuo, em que ele tinha continuado a manter um ritmo de vida espiritual intensa, a segunda libertação foi relativamente fácil.

Pelo contrário, a partir do momento em que a recaída foi favorecida pelo abandono da oração ou pior ainda, por se ter deixado cair num estado de pecado habitual, então a situação só piorou, tal como conta o Evangelho segundo Mateus (12,43-45): o demônio volta acompanhado de sete espíritos piores do que ele.
O leitor não deixou de ter oportunidade de ficar com a noção de que o demônio faz tudo para dissimular a sua presença. Já o dissemos e repetimos. Esta observação ajuda, (mas não o suficiente certamente) a distinguir a possessão de certas formas de doenças psíquicas em que o doente faz tudo para chamar a atenção. O comportamento do demônio é exatamente ao contrário.
Fonte: Derradeiras graças