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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências".

"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências".

A frase é do Papa Calisto, ao tomar posição e combater ideias que iam contra os ensinamentos da igreja embora proferidas por uma autoridade reconhecidado catolicismo.
Calisto sabia muito bem o que era penitência. Na Roma do século II, Calisto nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, começou sua sina de sofrimento.
Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, sendo deportado para a Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém, foi aí que, apesar do sofrimento, sua vida se iluminou.

Nas minas da Sardenha, ele tinha muito contacto com cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança, Calisto converteu-se.
Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre. Começou a trabalhar no serviço imediato do papa Vítor e, desta forma, conseguiu tornar-se religioso. O sucessor do papa, Zeferino, incumbiu Calisto de várias missões de sucesso, até que o nomeou responsável pelas catacumbas.
As catacumbas de Roma tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, elas serviam também para cerimónias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto as organizou e valorizou, erguendo nelas uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde os pontífices foram enterrados.

Quando o Papa Zeferino morreu, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo.
Hipólito, um dos grandes pensadores do catolicismo e da história, era o principal deles. Hipólito queria mudar a visão sobre a Santíssima Trindade e proibir que alguns tipos de pecados fossem perdoados, mas Calisto se manteve firme na defesa da Igreja, causando o rompimento de Hipólito e seus seguidores. Anos depois, Hipólito se reconciliaria com a Igreja, morrendo como mártir e sendo canonizado.

Quanto a Calisto, que foi papa por seis anos, acabou morto após ser martirizado e torturado, como em tantas fases de sua vida.
Teve uma pedra amarrada ao pescoço e foi jogado em um poço para morrer.
Hoje, as catacumbas de Roma levam seu nome e São Calisto está enterrado sob o solo onde foi erguida a basílica de Nossa Senhora em Transtevere.

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