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domingo, 15 de março de 2009

A propósito de uma excomunhão

A propósito de uma excomunhão
Por: IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Desde que se tornou conhecida, pela divulgação na mídia, a declaração do arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, de que incorreram na pena de excomunhão os que executaram e consentiram no aborto dos gêmeos que esperava a menina de 9 anos de Alagoinha
(PE), estuprada pelo padrasto, têm faltado pedras para atirar no referido prelado e na Igreja Católica.
Chocou o Brasil a notícia da gestação da menina pernambucana. Mas, em relação
ao aborto praticado, o que mais choca é a distorção de fatos, de modo a se justificar a
morte dos gêmeos, aproveitando-se também o episódio para se condenar a Igreja Católica
por sua intransigência.

Interessante notar que os mesmos que defendem ferrenhamente a separação da Igreja
e do Estado,
em nome do laicismo, não admitindo que a Igreja se manifeste em defesa da
vida por ocasião da discussão judicial sobre o aborto, são aqueles que, no presente episódio,
vêm prescrever o que a Igreja deve dizer ou pensar sobre seus dogmas e doutrina,
lembrando muito a incoerência voltariana do Tratado da Tolerância: devemos tolerar todos, menos “a infame” (a Igreja Católica).

Eis os fatos, segundo os testemunhos do Conselho Tutelar de Alagoinha e do pároco da
cidade:
em que pese o parecer unânime do referido conselho, contrário ao aborto, e da
vontade inicialmente manifestada pelo pai e pela mãe da menina pela preservação da vida dos netos, a pressão de uma assistente social, com a transferência da menina para outro hospital, o aborto foi realizado, com a maior rapidez, para evitar discussões, sempre sob o argumento, altamente discutível, de que a gestação levaria fatalmente à morte da mãe e das crianças.
E qual foi a declaração do tão criticado arcebispo?
Que o crime do aborto é mais grave do que o crime do estupro, estando os que o praticaram, e consentiram na sua realização, excomungados “ipso facto”.

Eis o direito aplicável à hipótese:
a) Código Penal Brasileiro —
ainda que seja crime, o aborto não se pune quando a gestação resulta de estupro (art. 128, II);
b) Código de Direito Canônico da Igreja Católica
— a excomunhão “latae sententiae” é aquela na qual incorre o fiel católico pelo simples fato de praticar o aborto, independentemente de processo e sentença expressa, em face da extrema gravidade do delito (cc. 1314, 1318 e 1398); para o fiel católico, a excomunhão significa ficar privado de receber os sacramentos (c. 1331, § 2º); pode ser levantada se estiver arrependido e houver se confessado (cc. 1355, § 2º, 1357, § 1º, e 1358, § 1º).

Ou seja, o que dom Fernando Cardoso Sobrinho fez foi apenas esclarecer que, pelo ato
que praticaram, os que provocaram o aborto da menina de Alagoinha deixaram de participar
da comunhão da Igreja Católica. Podem voltar a ela? Claro, desde que arrependidos do gravíssimo pecado que cometeram e devidamente perdoados pelo sacramento da confissão.

É questão de coerência. Ninguém é obrigado a pertencer à Igreja. Mas se o faz, deve estar
de acordo com sua doutrina, defendida em sua integralidade pela Igreja Católica por
mais de dois milênios. Diante de tantas contemporizações, sempre se buscando atenuar
as exigências do Evangelho, não é demais lembrar, como dizia um santo de nosso tempo,
que não é a doutrina de Cristo que deve se adaptar às épocas históricas, mas os tempos é que se devem abrir à luz do Evangelho.

Diante de tão triste episódio, só podemos nos solidarizar com a dor imensa da menina
estuprada e obrigada a abortar
, lamentar o sacrifício de duas vidas humanas, e nos colocar ao lado de dom José Cardoso Sobrinho, para, junto com ele, receber as pedras
que ainda continuarão a ser atiradas nele e na Igreja Católica pela intransigente defesa
da vida humana.

A FÉ em DEUS supera tudo

A superação pela fé


Como a esperança de renovação simbolizada pelo Natal dá forças para enfrentar tragédias pessoais


Quando os cristãos passaram a celebrar o Natal, instituído pelo papa Libério no ano 354, tomaram emprestada uma data já cultuada em celebrações pagãs. O solstício de inverno, a noite mais longa do ano no Hemisfério Norte, era festejado havia séculos. Entre os persas, comemorava-se o “nascimento do deus sol invencível” – ou Mitra, divindade que, segundo a mitologia, teria se aliado ao astro rei para garantir luz e calor na Terra.


No solstício, tem-se a impressão de que o Sol será vencido. Mas ele ressurge, invencível. No Império Romano, a Saturnália começava em 17 de dezembro e durava 12 dias. Havia grandes jantares, enfeitavam-se as árvores e trocavam-se presentes – símbolos de uma prosperidade vindoura. Ao cristianizar as festas pagãs, a Igreja Católica adotou o dia 25 de dezembro como o do nascimento de Jesus, identificando Cristo com o Sol que os pagãos veneravam.


A idéia associada ao Natal é que o menino Jesus ilumina as pessoas que estão na penumbra, na escuridão, diz Fernando Altemeyer, professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: “Quando as pessoas encontram o amor de Deus, as coisas mais difíceis podem ser amenizadas. Assim, elas podem conseguir reconstruir a sua vida”.
Ao associar a esperança de prosperidade dos cultos pagãos ao nascimento de Cristo e aos ensinamentos que ele deixou, o Natal se converteu numa data carregada de simbologias ligadas à vida, à fé e à perseverança.


A cena reproduzida nesta página, pintada no século XIX pelo francês Jean-Hyppolite Flandrin (1809–1864) na capela de St. Germain-des-Prés, em Paris, transmite essa idéia. Ela mostra a chegada do Cristo a Jerusalém, evento que teria sido previsto pelo profeta Zacarias. Segundo o Antigo Testamento, o Messias entraria em Jerusalém para as festas de Páscoa em cima de um jumento. Jesus é então reconhecido rei, o rei do reino dos céus. É uma comemoração da Paixão.
Durante os primeiros séculos, a Igreja Católica só festejou a Paixão de Cristo na Páscoa. Com o tempo, ficou claro que, para confirmar a ressurreição, era importante celebrar também o nascimento de Jesus. Foi assim que, a partir do século IV, o Natal se tornou a data fundamental do calendário religioso dos católicos. De lá para cá, ela evoca a transcendência fundamentada na crença de que Deus se fez homem para salvar a humanidade. O Natal é o momento em que Deus se “rebaixa” para erguer e resgatar a humanidade.


Para quem viveu uma situação dramática, a chegada do Natal traz a perspectiva de novos sentidos onde só havia escuridão. “Até mesmo uma mãe que perdeu um filho pode perceber o apoio que recebeu das pessoas que jamais imaginou que iriam confortá-la”, afirma o teólogo Altemeyer. Mãe da menina Isabella, que morreu assassinada aos 5 anos, em março, no crime que mais chocou a sociedade brasileira em 2008, Ana Carolina de Oliveira vive o desafio de seguir em frente depois da tragédia. Isso exige uma fé em permanente renovação. “Não tenho como não lembrar dos momentos tão especiais de cumplicidade”, diz Ana Carolina. “Isso me faz muita falta. Eu sempre gostei do Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para ela o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. Imaginar que não tenho mais essas coisas me deixa muito triste.”


Ana Carolina diz que o apoio familiar, as sessões de terapia e sobretudo a fé a ajudam a seguir em frente. “Quando o indivíduo tem religião e acredita que aquela era a hora em que o ente querido tinha de morrer, costuma se recuperar com mais facilidade”, diz Valéria Tinoco, psicóloga de um instituto paulistano especializado em luto. “Elaborar o luto não é sofrer mais. É pensar em projetos futuros, em relações com pessoas novas. É dar mais espaço para a vida do que para a tristeza. Enquanto se está de luto, a vida deixa de ser interessante. Quando a vida volta, a dor pode coexistir. A dor existe, mas ela não é única.”


Assim como a fé, a capacidade de superação deriva do que alguns filósofos chamam de “transcendência”. “Em nossa sociedade, a fé é importante porque, entre outros fatores, ela expressa que as coisas podem ser diferentes e que não é adequado adotar uma postura de resignação diante dos desafios”, afirma o teólogo e filósofo Pedro Lima Vasconcellos, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica.
Num passado recente, dizia-se que o avanço da ciência e da tecnologia faria as religiões desaparecer. Ainda que o número de ateus possa ter aumentado, vê-se também um ressurgimento da religiosidade. O que explica essa explosão? Para os estudiosos, as pessoas ainda precisam da religião para lidar com as tragédias e acreditar que elas tenham algum propósito, algum sentido.


Foi isso que o professor de futsal Francisco Ludwig, conhecido como Francis, tentou encontrar depois das enchentes que castigaram Santa Catarina. Ele vive em Blumenau, é casado e tem três filhos. Sua vida mudou na noite de 23 de novembro, quando as chuvas destruíram sua casa e a de quase todos os seus vizinhos. Francis levou os desabrigados para o Colégio Shalom, ligado à Igreja Batista, onde ele leciona. “Chegamos a acolher 120 pessoas ao mesmo tempo”, afirma. “Procurei motivá-las. Dizia que Deus quer nos mostrar que devemos ser solidários e humildes.” Segundo ele, o tempo de convivência no abrigo serviu para unir as pessoas. Muitas que se conheceram ali se tornaram amigas e foram morar juntas – seja pela amizade, seja para dividir os gastos enquanto a situação continua precária.


A solidariedade e a humildade evocadas por Francis para consolar os desabrigados reunidos no abrigo estão na base dos ensinamentos de Cristo. São valores que tendem a unir as pessoas para enfrentar situações trágicas. Nos momentos em que a finitude da vida se revela de forma brutal, é comum que elas superem as diferenças e as barreiras religiosas para se ajudar mutuamente. Em muitos casos, a tragédia não apenas aproxima as vítimas umas das outras; também as aproxima da fé. O Natal, celebrado como uma festa em que as famílias se reencontram e os amigos se unem, permite reforçar os laços afetivos, criando a perspectiva de que não se está sozinho. “O fato de centenas de milhões de pessoas estar comemorando juntas uma data, em comunhão, ajuda na superação porque traz a noção de pertencimento”, diz Jacob Goldberg, professor convidado da faculdade de medicina da University College London, da Inglaterra, e autor do livro A Clave da Morte (editora Maltese). “É uma força para superar o luto.”


Há tragédias pessoais que questionam as crenças mais profundas. “A fé que dispensa a dúvida vira extremismo”, afirma Oneide Bobsin, teólogo, professor de Ciências da Religião e reitor das Faculdades EST (antiga Escola Superior de Teologia) de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Para ele, “certeza e incerteza são os dois lados da mesma moeda do poder da fé”. Esse parece ser o caso de Luiz Alberto de Vasconcellos Filho, de 53 anos. Nascido no Recife, Lulinha, como é conhecido, é dono de uma imobiliária no Guarujá, litoral paulista. Casado há 28 anos, ele descobriu ter hepatite C em 1992. “Tinha mal-estar, fraqueza. Fiquei ‘para baixo’. Passei a beber e piorei. O meu organismo já não agüentava mais o tratamento. Eu estava muito debilitado”, diz Lulinha. Só neste ano, ele foi internado oito vezes. “Às vezes, fico um pouco depressivo. Sem paciência. Mas vou vivendo, aos trancos e barrancos. Nunca pensei em desistir.” Lulinha afirma confiar no médico que o acompanha, doutor Sergio Mies. “Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Não tenho religião. Tenho inveja de quem tem fé numa religião. Estudei em colégio de padre. s


Temo a Deus. O doutor Sergio é o meu Deus”. Salete, a mulher de Lulinha, diz que, embora afirme não ter religião, o marido anda com uma santinha pendurada no pescoço, presente da mãe. “Eu tenho muita fé”, diz Salete. “Sou católica. Rezo. A mãe dele também reza muito. Acho que essa corrente de orações e pensamentos positivos em torno dele ajuda”, diz Salete. “Neste Natal, o nosso pedido é muita saúde. Vamos abrir a Bíblia, fazer uma oração e pedir a Deus que arrume um fígado para o Lulinha o mais rápido possível.”


A perseverança que leva Lulinha a lutar pela vida (ele afirma ter gastado R$ 600 mil em tratamentos desde que descobriu a doença) é uma característica das pessoas resilientes, que conseguem enfrentar situações difíceis sem se desestruturar. “Resiliência é quando a pessoa supera uma tragédia ou uma crise e consegue voltar para o trabalho, para as relações sociais e afetivas”, diz Kátia Monteiro de Benedetto Pacheco, psicóloga do Instituto de Reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Não significa que a pessoa não sofra. Ela sofre. Mas consegue continuar desempenhando os papéis de antes. Às vezes, até revê seus valores.” Para Esdras Guerreiro Vasconcellos, psicólogo e professor de pós-graduação do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, o resiliente torna-se mais humano após passar por uma grande dificuldade. “Ele tem uma crença inabalável na vida”, diz Esdras. “O resiliente passa por crises. Mas se renova e se revitaliza na própria crise.”


O caso do ex-caminhoneiro Luiz Paciani, de 58 anos, ilustra essa situação. Ele sofreu um acidente na estrada, no interior de São Paulo, no dia 14 de março. Sofreu duas amputações na perna direita. “Pelo jeito que ficou o caminhão, acho que tive muita sorte nesse acidente. Não pensei que fosse morrer. Também não tive medo. Nunca senti medo da morte. Nem penso nisso”, diz. O acidente impôs limitações a sua vida. Ele não pode dirigir. Também foi obrigado a abandonar as partidas de futebol que disputava quase todo domingo. “Substituí o futebol por baralho. Todo domingo vou ao clube. Os meus amigos perguntam: ‘Vai jogar futebol?’. Eu respondo: ‘Não. Esqueci a chuteira’.” Luiz diz não se importar com a aparência. “Não estou nem aí se as pessoas ficam olhando. Vou à praia, à piscina, ao sítio, festa, casamento, ando de shorts. Não tenho vergonha nenhuma”, afirma. “Tenho fé. Acredito em Deus. A fé me ajudou. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Olho mais para o futuro. Não fico pensando no passado. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar prótese, comprar um carro adaptado e voltar a dirigir.”


Para os especialistas em resiliência, desenvolver a capacidade de vislumbrar o que pode ser feito para se adaptar à nova realidade independe da fé – mas, quando existe, a fé pode ajudar a enfrentar situações difíceis de maneira mais positiva. “A pessoa que usa a religião como um apoio, para se fortalecer e procurar superar os obstáculos, terá um melhor resultado na resiliência”, diz Kátia Pacheco, do Hospital das Clínicas.


A trabalhadora rural Cacilda Galante Ferreira, de 37 anos, ficou conhecida no Brasil inteiro por sua obstinada luta para preservar a vida da filha, Marcela. A menina nasceu sem o córtex cerebral, mas permaneceu viva por 1 ano e 8 meses. Depois da morte da filha, em agosto, o diagnóstico de anencefalia foi questionado e alguns médicos disseram que Marcela sofria, na verdade, de merocrania, malformação rara em que há apenas resquícios do tecido cerebral. Qualquer que seja a verdade científica, ela não diminui em um milímetro a força do exemplo de Cacilda. “Não chorei nem um segundo desde que recebi a notícia de que ela tinha uma doença rara”, diz ela. “Fui eu quem consolou a família quando ela foi embora. Sinto muitas saudades. Mas tristeza não.” Cacilda vive hoje num sítio na área rural de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo. Quando Marcela estava viva, ela e a mãe moravam na cidade.


O quarto da menina, com seu berço e brinquedos, até hoje não foi desmontado. “Quero passar o Natal lá para me sentir mais perto dela. Quando sinto saudades da Marcela, aperto o peito bem forte, respiro fundo e começo a sentir o cheiro dela. Para mim, a Marcela não morreu. Ela continua viva dentro do meu peito”, diz.

Católica, Cacilda afirma que a fé foi fundamental para superar os momentos mais delicados. “Aceitei de coração e sabia que Deus me recompensaria de alguma maneira. Essa foi a vida que Deus deu para ela, mesmo que durasse um minuto. Deus foi muito bom de deixar ela viver comigo tanto tempo. Eu costumo dizer que a Marcela é a minha pedra preciosa, que eu lapidei com muito carinho e entreguei bonitinha para Deus. Um dia a gente vai se reencontrar.”
A esperança de Cacilda, que acredita num reencontro com a filha em outro plano, é o alimento para aceitar uma situação sobre a qual ela não tinha controle algum. “Isso ajuda a pessoa a suportar e até a vencer situações”, diz o teólogo Oneide Bobsin. “A pessoa acolhe a vontade divina, seja ela qual for. Nessa perspectiva, é possível superar as adversidades a partir da fé. Mas não há uma garantia de sucesso.”


Embora alguns religiosos afirmem que a atual celebração do Natal, com sua vertente consumista ofuscando o teor espiritual, tenha perdido parte do significado, é inegável que a data preserva o sentimento de esperança. “A consciência do mistério, o respeito àquilo que desconhecemos, pode significar alegria, renascimento e esperança”, afirma o psicólogo Jacob Goldberg. “O espírito natalino é fundamentalmente a esperança”, diz o padre Juarez Pedro de Castro, da Arquidiocese de São Paulo. “É uma força que Deus coloca dentro da gente que faz com que nós possamos nos levantar, nos reerguer.”


De maneira paradoxal, o Natal pode ser também uma fonte de frustrações. Segundo o psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de Medicina e Espiritualidade da Universidade de São Paulo, é a época do ano com maior número de surtos psicóticos, suicídios e situações de violência. Como as festas de final de ano são datas que costumam ser alegres, quem está de luto tende a se sentir excluí­do. “É importante encontrar um espaço para a dor nesses momentos”, diz a psicóloga Valéria Tinoco. “É bom falar da pessoa querida, marcar a ausência ajuda. Fingir que nada aconteceu é ruim.” Para evitar sentimentos extremados, Sérgio Oliveira, que é espírita, recomenda buscar a renovação em si próprio, nos gestos que estão ao alcance de cada um. “Quem perdeu um parente querido pode se envolver com projetos de caridade”, afirma. “Procurar uma causa social ajuda muito: fazer o Natal num orfanato, num asilo. É uma idéia que tem muito mais afinidade com Cristo e que traz um consolo.”

O Natal pode ser também o momento de exercer o perdão, como fazem, ou tentam fazer, alguns dos personagens que aparecem nesta reportagem. A fé não precisa se expressar numa linguagem religiosa. Já no século XVI, o pai da Reforma Protestante, Martinho Lutero, dizia que aquilo em que se põe o coração pode se transformar em seu Deus – religioso ou não.


LUTO
“Todo momento é difícil”A família e a religião ajudam Ana Carolina a suportar a dor pela perda de Isabella
“Já se foram quase nove meses e a cada dia é mais difícil acreditar, e entender, o que aconteceu. Todos os momentos são difíceis, desde o amanhecer até o anoitecer. Nossas rotinas foram quebradas. Estarei em casa, com minha família, mas será um ano diferente. Eu sempre gostei de Natal e passava todos esses momentos com a minha filha. Montávamos a árvore, escrevíamos a cartinha do Papai Noel. Tentava mostrar para a Isabella o verdadeiro espírito do Natal, nada material, e sim a história do menino Jesus. É triste demais saber que mais um dia vai passar e ela nunca mais vai voltar.”
ESPERA
“Meu médico é Deus”Na fila do transplante de fígado, Luiz Alberto jamais perdeu a vontade de lutar pela vida
“Quem tem hepatite C vai vivendo e sabe que, um dia, vai precisar fazer um transplante. Quem não consegue matar o vírus morre. Só neste ano, fui internado oito vezes por causa de infecções no pulmão e no abdome. Já me acostumei a sofrer. Mas fico na expectativa do transplante. Às vezes, fico pensando se esse é o meu carma. Se sou um predestinado. Mas uma batalha eu já ganhei: estou vivo. Confio muito no meu médico. Sabe o apelido que eu dei a ele? Deus. Ele vai me salvar.”
UNIÃO
“Deus nos quer solidários”O professor Francis Ludwig fez de uma escola um abrigo que uniu os flagelados de SC
“Chovia demais em 23 de novembro. Acolhi mais de 25 pessoas na minha casa, num dos bairros mais atingidos de Blumenau, a 50 metros do Colégio Shalom, onde trabalho. O barranco atrás da casa cedeu e derrubou o muro. Passei a coordenar um abrigo no colégio. Procurei motivar as pessoas, apresentar uma vida que é possível. Isso aconteceu porque Deus queria nos mostrar que devemos ser solidários e humildes. Se a gente não tiver sonhos, não pensar no futuro, a tendência é desanimar. O Natal é um período de reflexão. Temos de traçar metas e correr atrás. Muitas pessoas saíram do abrigo fortalecidas.”


RESILIÊNCIA
“A fé me ajudou”Vítima de um acidente, o ex-caminhoneiro Luiz Paciani segue otimista
Perdi muito sangue. Para me tirar dali, foram uns 40 minutos. Mas sabe que não fiquei desesperado? Pelo jeito que ficou o caminhão, tive muita sorte nesse acidente. Não sei de onde tiro forças. Minha família é muito boa. Muito unida. Não imaginei que eu fosse reagir bem depois do acidente. Estou abismado comigo mesmo. Penso em seguir a vida. Colocar a prótese. Voltar a dirigir. Comprar um carro adaptado. Tenho planos. Este é o primeiro Natal depois do acidente, A comemoração vai ser legal. Eu sempre fazia uma farra. Vou inventar alguma coisa.”

O CRUCIFIXO - A Força da Fé



O CRUCIFIXO.

» A FORÇA DA FÉ «



Este crucifixo está entre os sacramentais da Igreja Católica, é um símbolo Sagrado cujos efeitos são obtidos graças à oração da Igreja.
ORAÇÃO DE ADORAÇÃO DIANTE AO CRUCIFIXO:
Eis me, aqui ó bom e dulcíssimo Jesus! De joelhos ante a vossa divina presença, eu Vos peço e suplico, com o mais ardente fervor de minha alma, que Vos digneis gravar em meu coração profundos sentimentos de fé, de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar, enquanto com sincero afeto e íntima dor de coração considero e medito em vossas cinco chagas, tendo bem presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós, ó bom Jesus: Traspassaram as minhas mãos e os meus pés, e contaram todos os meus ossos.
OREMOS:
“Oh! Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição de Vosso Filho JESUS CRISTO, Senhor Nosso, concedei-nos, Vo-lo suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos os prazeres da vida eterna. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. Rogai por nós a Deus, aleluia... Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, aleluia...”




(Indulgência plenária para os que tendo feito a confissão e a comunhão, recitarem esta Oração diante de um Crucifixo, rezando pelas necessidades da Santa Igreja, ao menos um Pai Nosso, uma Ave Maria e o Gloria ao Pai. O Papa Pio XI concedeu ainda uma indulgência de 10 anos, cada vez que se rezar, de coração contrito, esta oração. 19 de janeiro de 1934.)



ORAÇÃO DE SÃO BENTO DIANTE DA CRUZ.



"A CRUZ SAGRADA SEJA MINHA LUZ".
"NÃO SEJA O DRAGÃO MEU GUIA".
"RETIRA-TE, SATANÁS.”
“NUNCA ME ACONSELHES COISAS VÃS!"
"É MAU O QUE ME OFERECES.”
“BEBE TU MESMO O TEU VENENO!".



O CRUCIFIXO DE SÃO BENTO
A Cruz de São Bento não é um símbolo mágico que cancela cada dificuldade da nossa vida, mas um meio que pode ajudar a superá-la.
Para tirar os benefícios deste crucifixo não basta fazê-lo benzer ou usá-lo como talismã, mas são proporcionais ao grau da nossa fé e da confiança que colocamos em Deus e em São Bento.
Todo Cristão, a exemplo de Jesus Cristo, deve carregar a sua cruz. Pois, é necessário que nossas faltas sejam expiadas; nossa fé seja; provada; e nossa caridade purificada, para que aumentem nossos méritos.



O símbolo da nossa redenção, a Cruz, gravada na medalha, não tem por fim nos livrar da prova; no entanto, a virtude da cruz de Jesus e a intercessão de São Bento produzirão efeitos salutares em muitas circunstâncias, a medalha concede, também, graças especiais para hora da morte, pois, São Bento com São José são padroeiros da boa morte.
Para se ficar livre das ciladas do demônio é preciso, acima de tudo, estar na graça e amizade com Deus. Portanto, é preciso servi-lo e amá-lo, cumprindo, todos os deveres religiosos: Oração, Missa dominical, recepção dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça; em uma palavra, cumprimento de todos os mandamentos da lei de Deus e da Igreja.
Nem o demônio, nem alguma criatura, tem o poder de prejudicar verdadeiramente uma alma unida a Deus.



Trazer consigo o CRUCIFIXO.
Podemos trazê-lo ao pescoço como sinal de amor a nossa FÉ e TESTEMUNHO a JESUS CRISTO.
Numerosos são os benefícios atribuídos ao crucifixo de São Bento, de fato se usado com fé e com o Patrocínio do Santo; protege:
Das epidemias;
Dos venenos;
De alguns tipos de doenças especiais;
Dos malefícios;
Dos perigos espirituais e materiais que possam causar o Demônio;
A Santa Sé a enriqueceu com numerosas indulgências: Indulgência Plenária em ponto de morte; Indulgência Parcial.



Explicação:
São Bento servia-se do Sinal da Cruz para fazer milagres e vencer as tentações. Daí veio o costume, muito antigo, de representá-lo com uma cruz na mão.
Através dos séculos, foram cunhadas medalhas de São Bento de várias formas. Desde o século XVII, começaram-se a cunhar medalhas, tende de um lado a imagem do Santo com um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento das quais São Bento saiu milagrosamente ileso.



O QUE ESTÁ ESCRITO NA CRUZ MEDALHA DE SÃO BENTO



SÃO BENTO É O PATRONO DOS EXORCISTAS



Na frente da medalha são apresentados uma cruz e entre seus braços estão gravadas as letras C S P B, cujo significado é, do latim: Cruz Sancti Patris Benedicti - "Cruz do Santo Pai Bento".
Na haste vertical da cruz lêem-se as iniciais C S S M L: Crux Sacra Sit Mihi Lux - "A cruz sagrada seja minha luz".
Na haste horizontal lêem-se as iniciais N D S M D: Non Draco Sit Mihi Dux - "Não seja o dragão meu guia".
No alto da cruz está gravada a palavra PAX ("Paz"), que é lema da Ordem de São Bento. Às vezes, PAX é substituído pelo monograma de Cristo: I H S.
À partir da direita de PAX estão as iniciais: V R S N S M V: Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana - "Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs!" e S M Q L I V B: Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas - "É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!".



Nas costas da medalha está São Bento, segurando na mão esquerda o livro da Regra que escreveu para os monges e, na outra mão, a cruz. Ao redor do Santo lê-se a seguinte jaculatória ou prece: EIUS - IN - OBITU - NRO - PRAESENTIA - MUNIAMUR - "Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte".



É representado também a imagem de um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente, ileso.



Oração a São Bento para alcançar alguma graça:
Ó glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições, que nas famílias reine a paz e a tranqüilidade; que se afastem de nós todas as desgraças tanto corporais como espirituais, especialmente o mal do pecado. Alcançai do Senhor a graça... que vos suplicamos, finalmente, vos pedimos que ao término de nossa vida terrestre possamos ir louvar a Deus convosco no Paraíso. Amém.



Depois que se curou, São Francisco desejava ardentemente saber os planos de Deus para sua vida. Por isso, começou a passar horas em solidão diante do Crucifixo e rezou esta prece diante do Crucifixo, quando estava em oração diante do altar da abandonada igreja de São Damião em Assis, quando esta ainda estava em ruínas.
Foi, então, que ouviu o Crucificado mandá-lo reconstruir sua Igreja.Francisco interpretou tais palavras como se referindo à igreja e de São Damião e não à Igreja Católica, a qual precisava de uma reforma religiosa.


“-Senhor, que queres que eu faça???”
Até que um dia percebeu que Ele lhe respondia:
“-Vai, Francisco! Reconstrói a minha Igreja!”
A Oração
Senhor, quem sois vós e quem sou eu? Vós o Altíssimo Senhor do céu e da terra e eu um miserável vermezinho, vosso ínfimo servo.
Grande e magnífico Deus, meu Senhor Jesus Cristo,iluminai o meu espíritoe dissipai as trevas de minha alma;dai-me uma fé íntegra,uma esperança firme e uma caridade perfeita.
Concedei, meu Deus,que eu vos conheça muito,para poder agir sempre segundo os vossos ensinamentos e de acordo com a vossa santíssima vontade.
Absorvei, Senhor, eu vos suplico, o meu espírito,e pela suave e ardente força do vosso amor,desafeiçoai-me de todas as coisas que debaixo do céu existem,a fim de que eu possa morrer por vosso amor, ó Deus,que por meu amor vos dignastes morrer.



Ajoelhados: Ajoelhar-se perante alguém era sinal de homenagem a um soberano. Hoje significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2,10). Rezar de joelhos é mais comum nas orações individuais. “Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se de joelhos para orar” (Cf. At 9,40).
Genuflexão: É dobrar os joelhos, num gesto de adoração a Jesus , Também fazemos genuflexão diante do crucifixo, em sinal de adoração. (Não é adoração à cruz objeto, mas a Jesus que nela foi pregado).

sábado, 14 de março de 2009

Em artigo, Vaticano critica excomunhão de envolvidos em aborto em menina brasileira

Em artigo, Vaticano critica excomunhão de envolvidos em aborto em menina brasileira

O Vaticano afirmou que antes de pensar na excomunhão dos envolvidos no aborto feito na garota brasileira de 9 anos que ficou grávida de gêmeos após ser violentada pelo padrasto, "seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente

Antes de pensar em excomunhões seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente, devolvendo a ela um nível de humanidade", disse o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Salvatore Rino Fisichella, em artigo publicado pelo jornal vaticano L'Osservatore Romano com data de domingo, 15/3.

As declarações de Fisichella contrastam com a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que dias após o aborto da menina anunciou a excomunhão de sua mãe, dos médicos e dos integrantes de ONG's envolvidos no caso.

"A terrível historia da violência cotidiana" da qual a menina foi vitima, sofrendo abusos frequentes por parte de seu padrasto, "teria passado despercebida com a intervenção do bispo", observa o presidente da Pontifícia Academia para a Vida.

Para o representante do Vaticano, a menina brasileira "deveria ter sido defendida antes de tudo", mas "não foi feito isto, lamentavelmente, prejudicando a credibilidade de nossas instruções que, para muitos, parecem marcadas por insensibilidade, incompreensão e falta de misericórdia".

A criança, admite o prelado no artigo, "levava dentro de si outras vidas, tão inocentes quanto a sua, embora frutos da violência, e que foram suprimidas, mas isso não era suficiente para fazer um julgamento que pesa como um machado".

O caso da menina ganhou destaque na mídia internacional, em meio a protestos contra a decisão de Dom José. A repercussão se tornou ainda maior pela postura da Igreja Católica em um Estado laico, interferindo diretamente nas decisões judiciais, e porque o padrasto, acusado de violentar a menina de 9 anos e sua irmã, de 14, não foi excomungado.

No fim de semana passado, comunidades eclesiais de base italianas afirmaram que a decisão do arcebispo brasileiro demonstram, "mais uma vez, o sentido de distanciamento radical entre a 'Igreja do Poder' e os dramas humanos".

Em uma nota emitida na ocasião, as comunidades também criticaram o Vaticano por sua postura, afirmando que a Santa Sé teria apoiado a postura de Dom José.

Comentário dos editores do Blog: de forma sistemática a imprensa, especialmente a do Brasil com destaque para o O Globo e Correio Braziliense, procuram deixar a impressão de que as excomunhões foram revogadas ou sequer aconteceram.
A pena de excomunhão é aplicada automaticamente e jamais poderia ser aplicada - como não foi - à menina, que não tinha consciência, ou a mãe dela, que foi pressionada pelos médicos.
Também adversários da Igreja Católica buscam confundir quando criticam o padrastro não ter sido excomungado - ele cometeu um pecado mortal que não é punido com a excomunhão, eobra qualquer católico, sabe ou tem a obrigação de saber, as consequências de um PECADO MORTAL.
Pelo que entendemos do pronunciamento publicado no
L'Osservatore Romano é feita a exposição da necessidade, infelizmente não atendida, da criança ser bem cuidada.
Continuamos defendendo tenazmente o SAGRADO DIREITO de um ser humano inocente e indefeso, carregada por uma mulher no ventre, TEM O DIREITO de SER PROTEGIDO, CUIDADO e de NASCER.]

Oração à CRUZ GLORIOSA



A CRUZ DE DOZULÉ - França.


> Orações reveladas por Nosso Senhor em Dozulé.
> As promessas de N. Senhor Jesus Cristo às Orações ensinadas em Dozulé.
> Orações Reveladas na Obra Testemunhas da Cruz.
> O Padre Pio fala de Dozulé a J.N.S.R.

Orações Reveladas por N. Senhor JESUS CRISTO, em Dozulé na França.
(Dozulé é uma pequenina cidade na França, próximo de onde viveu Santa Terezinha)
(Oração revelada a uma alma vítima, já falecida, com autorização eclesiástica
.)
(rezar diariamente)



ORAÇÃO à CRUZ GLORIOSA:
“Piedade, meu Deus, para os que te blasfemam, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem.
Piedade, meu Deus, para os escândalos do mundo. Livrai-os do espírito de satanás.
Piedade, meu Deus, para os que fogem de ti. Dai-lhes o gosto da Santa Eucaristia.
Piedade, meu Deus, para os que vieram arrepender-se aos pés da Cruz Gloriosa, que eles encontrem ali a paz e a alegria em Deus nosso Salvador.
Piedade, meu Deus, a fim de que venha o teu Reino, mas salvai os que ainda é tempo. Porque o tempo está próximo e eis que Eu venho. Amém.
Vinde Senhor Jesus!”

Em seguida, rezar uma dezena do terço...
Encerrar com a seguinte jaculatória:
“Senhor derramai sobre o mundo inteiro os tesouros da tua infinita misericórdia”.

Em 28 de março de 1975 (sexta-feira) acrescentou o Senhor Jesus sobre a oração acima descrita:
“Desejo que digam cada dia a oração, seguida de uma dezena do terço.
Cada lar que a rezar com grande confiança, será protegido de todo cataclisma, pois derramarei, em seus corações, a Minha misericórdia”.

Se pedirem: quem vos envia? Direis que é Jesus de Nazaré, o Filho do homem Ressuscitado. Lembrai-vos não temei as humilhações, as maledicências e as zombarias que se levantarão contra vós. Sereis odiados por causa de Meu nome, mas perseverais até o fim. Se o desejardes, fazei-vos acompanhar por uma pessoa. Tendes todo o vosso tempo para cumprir esta tarefa. (...) No lar cuja porta vos for fechada não voltai mais.

Dizei isto em alta voz: O pecado entrou no mundo por causa do homem. Eis porque peço ao homem que faça elevar a Cruz Gloriosa. Dizei-lhes que depois voltarei na glória, e me vereis como Me vê esta serva.

Em 4 de julho de 1975 (sexta-feira), às 15:15 horas, durante a recitação do terço, conduzido pelo pároco da pequena cidade, Jesus se manifestou e disse:

“Dizei isto em voz alta: Eis o que deve escrever a religiosa: Esta carta se dirige ao Chefe da Igreja (Papa). É Jesus de Nazaré que vo-la dita pela boca de sua serva: ELE diz: bem aventurados os chamados de meu Pai que encontraram a paz e a alegria nesta terra de Dozulé, mas quanto será grande o número deles quando o mundo inteiro vier arrepender-se ao pé da cruz gloriosa, que vos peço façais elevar. Com efeito, não é mais o tempo em que ressuscitava os corpos, mas chegou o momento em que devo ressuscitar os espíritos.

Entendei bem isto: os dias que precederam o dilúvio, as pessoas não desconfiavam de nada, até a chegada do dilúvio, que as levou a todas. Hoje, porém, vos sois avisados, viveis o tempo em que EU vos dizia: Haverá nesta terra perturbações de todas as espécies, a iniqüidade é a causa da miséria e da fome. As nações ficarão na angústia, fenômenos e sinais no céu e na terra.

Assim, ficai preparados, pois a grande tribulação está próxima, tal como não houve semelhante desde o começo do mundo, até esse dia, e como não haverá nunca mais. Eu vos digo, esta jovem geração não passará antes que isto aconteça. Mas não temais nada, pois eis que se eleva no céu o Sinal do Filho do homem, que Madalena viu brilhar do oriente ao ocidente. Vós, Chefe da Igreja, em verdade Vo-lo digo, é por esta Cruz erguida sobre o mundo que as nações serão salvas. Meu Pai, Me enviou para vos salvar, e chegou o momento em que devo derramar, nos corações humanos, a Minha misericórdia”.

Novamente sobre o mesmo assunto voltou a manifestar-se nosso Salvador e Redentor, em 19 de setembro de 1975 (sexta-feira):

“Dizei isto em alta voz: Vós, sacerdotes e religiosos encarregados da mensagem, não deixeis a humanidade correr para sua perdição. EU vos tenho pedido para trabalhar, a fim de fazer erguer a Cruz Gloriosa. Não vedes que chegou o momento, face os fenômenos que acontecem? Pois o tempo corre e Minha mensagem fica na sombra. Se for assim, o número dos salvos será pequeno. Mas vós, que não escutais a palavra de Meu Pai, vosso castigo será grande.
Com efeito é pelo número dos salvos que sereis julgados. Não useis o meio da sabedoria e da reflexão, mas ouvi a loucura da mensagem. Com efeito, é por esta mensagem que aprouve a DEUS salvar o mundo. Não sejais como os judeus que pediram sinais. Mas por esta mensagem, única e definitiva, que Deus revelou a Sua serva, as palavras que tem saído da sua boca não são palavras humanas, mas por aquilo que lhe revelou o ESPÍRITO, chegou o momento em que devo derramar, nos corações humanos, a Minha misericórdia. Mas, vejam bem os que tem a responsabilidade da mensagem, são eles que Me impedem, porquanto deixam o mundo na ignorância.
Lembrai-vos, os dias serão abreviados por causa dos eleitos, mas aí dos que não cumprem a Palavra de DEUS!”

As Promessas de Nosso Senhor:
(reveladas na mensagem de 05/12/1975 – sexta-feira)
As Chamas de Meu Coração me queimam. Mais que nunca quero direcioná-las para cada um de vós. Eis o que prometo a humanidade inteira, quando conhecer Minha mensagem e a por em prática:
_ Adoçarei a amargura em que se afogam as almas dos pecadores;
_ Cumularei de graças as almas sacerdotais e religiosas, pois é por elas que deve ser conhecida Minha mensagem;
_ Guardarei perto do Meu Coração as almas piedosas dos fiéis; elas têm me conformado no caminho do Calvário;
_ Derramarei os Raios da Minha Graça, no momento em que conheceram a Minha mensagem, sobre os pagãos e sobre todos aqueles que ainda não Me conhecem;
_ Atrairei para a unidade da Igreja as almas dos hereges e dos apóstolos;
_ Receberei na morada de Meu Coração as crianças e as almas humildes a fim de que guardam uma afeição especial ao Nosso Pai dos Céus;
_ Concederei graças de todo tipo aqueles que, conhecendo Minha mensagem, perseveraram até o fim;
_ Aliviarei as almas do Purgatório, Meu Sangue extinguirá suas queimaduras;
_ Reaquecerei os corações mais endurecidos as almas indiferentes, aquelas que forem mais profundamente o Meu Coração;
_ Prometo a todos aqueles que vierem arrepender-se ao Pé da Cruz Gloriosa, e que disserem todos os dias a oração que lhes ensinei, que nesta vida, satanás não terá mais poder sobre eles, e que, por todo um tempo de sujeira, num instante, tornar-se-ão puros e serão filhos de Deus para a eternidade. Meu Pai, cuja bondade é infinita, quer salvar a humanidade, que está à beira do abismo. Com esta última mensagem é preciso preparar-vos. Sabei que será no momento em que não mais acreditareis que a mensagem se cumprirá, pois não sabeis nem o dia, nem a hora em que voltarei na Glória”.

Tortura e martírio

Tortura e martírio

A tortura era feita para que o cristão concordasse em renegar publicamente a sua fé e a oferecer sacrifícios aos deuses romanos e as vezes eram feitas as escondidas em calabouços. Em geral as torturas eram suplícios terríveis, mas feitas de modo a não matar o torturado, e se ele cedesse era libertado e retornava para casa.

O martírio era um castigo, uma condenação, com sentença proferida pelo magistrado encarregado do julgamento, e era as claras, em público,brutal, feito para matar e em geral terminava com os condenados sendo queimados, ou esquartejados, desmembrados ou atirados as feras.

Mas antes, o condenado sofria açoites com vários tipos de varas e chicotes, alguns feitos com finos galhos de arbustos com espinhos, que cortavam a carne sem sangrar, arrancavam pedaços dos seios e a pele da planta dos pés, prolongavam o sofrimento, tudo isto para deleite da multidão.

Em alguns casos, quando o condenado era figura importante ou soldado, tinham o privilégio de morrer degolado pela espada ou machado. O martírio era documentado nos chamado “Atos de Martírio” e eram publicados na cidade onde ele ocorria, e arquivados na biblioteca em Roma.
Conforme historiadores da época, os condenados comuns esperneavam, gritavam, berravam, prometendo tudo para parar o sofrimento, mas os santos, com uma fé inabalável, apenas oravam ou cantavam hinos de louvor a Deus, piedosamente aguardando seu encontro com Jesus.

Segundo os martirologistas, somente uma pessoa santa e fé inabalável, poderia resistir ao martírio. Por isto os mártires da época com “Atos de Martírio” autênticos, são considerados santos sem passar todo o longo processo de beatificação e canonização.

sexta-feira, 13 de março de 2009

A Santa Missa explicada - conclusão...

Chegamos à Oração Eucarística, o ritual central da Missa.

É o momento em que Deus vai atender a súplica dos fiéis e santificar as oferendas transformando o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Jesus. O celebrante lembra que agora, mais do que nunca, o pensamento de todos deve estar voltado para o Senhor e por isso trava com os fiéis este diálogo:
- O Senhor esteja convosco.- Ele está no meio de nós.- Corações ao alto.- O nosso coração está em Deus.- Demos graças ao Senhor, nosso Deus.- É nosso dever e nossa salvação.

O ritual prossegue com a recitação do Prefácio pelo celebrante. O Prefácio é um verdadeiro hino de ação de graças, um grito de alegria por havermos tido a suprema graça de receber Jesus, nosso Senhor e dom do Pai, que Se sacrificou para nos salvar.
Em nome da assembléia, o celebrante glorifica a Deus e Lhe rende graças por toda a obra da salvação (ou por um de seus aspectos, de acordo com o dia, a festa ou o tempo). De certa forma, o Prefácio anuncia o conteúdo da Oração Eucarística.

Ao Prefácio segue-se a oração “Santo”, pela qual a assembléia proclama a santidade e grandeza de Deus. No início da oração, repetindo “Santo” três vezes os fiéis reconhecem a existência de Deus nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Agora estamos todos preparados para o momento da Consagração. Os fiéis se ajoelham, o celebrante estende as mãos sobre o pão e o vinho e pede ao Espírito Santo que os transforme no Corpo e no Sangue de Jesus (“Santificai, pois, estas oferendas...”).

O momento da Consagração é descritivo da Última Ceia. O celebrante relembra e repete os mesmos gestos de Jesus, obedecendo à Sua ordem (“Fazei isto em memória de mim”).
Ergue a hóstia oferecendo-a à consagração. Em seguida ergue o cálice oferecendo o vinho igualmente à consagração. Acontece a transubstanciação. Pão e vinho adquirem as propriedades do Corpo e do Sangue de Jesus.
A Eucaristia é o Sacramento da presença de Jesus ressuscitado. A assembléia, de pé, reconhece isso dizendo “Toda vez que comemos deste pão e bebemos deste cálice anunciamos, Senhor, a Vossa morte e proclamamos a Vossa ressurreição”.


O celebrante ainda ora pela Igreja Católica e pelas necessidades dela e termina esta parte, elevando o pão e o vinho num gesto de oferenda, com uma oração que resume todo o louvor da Oração Eucarística: "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, toda honra e toda glória...".Os fiéis se preparam para receber a comunhão, ou seja, se preparam para receber o Corpo de Cristo e, com esse gesto, comungar, partilhar dos mesmos sentimentos de amor e entrega a Deus que Jesus teve quando Se sacrificou por nós. E não pode haver comunhão com Cristo sem haver antes a comunhão entre irmãos.



Todos rezam, então, o Pai Nosso. E rezam com Jesus, falando com Deus pela boca de Seu Filho. Através desta oração, os membros da grande família presente à celebração reconhecem novamente a Deus como Pai e suplicam a graça de poderem viver como verdadeiros filhos e amarem-se como verdadeiros irmãos em Cristo.
Paz é fruto da justiça. Paz é fruto da igualdade. Paz é tão necessária quanto o ar que respiramos. Quando quis dar aos Apóstolos o melhor de Si, Jesus lhes disse “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.
O celebrante recorda esse momento e ora pedindo a Jesus que nos dê a mesma paz que Ele ofereceu aos Apóstolos. Os fiéis respondem “Amém”, e com isto fazem suas as palavras do celebrante.
Os fiéis, que disseram a Jesus que querem viver na Paz de Deus, demonstram esta disposição com o abraço da paz.
Eles se cumprimentam com um abraço ou um aperto de mão e um sorriso de cumplicidade e amizade. Afinal, estão todos à mesma mesa e vão tomar, juntos, a mesma Refeição. E só podem entrar em comunhão com Cristo e com Deus se estiverem em paz e em comunhão uns com os outros.

A Santa Missa explicada - continuação

Terminada a Segunda Leitura, os fiéis levantam-se para aclamar “Aleluia!”.

Chegou um momento muito importante e de grande alegria: eles irão ouvir a Palavra de Deus transmitida por Jesus Cristo. É a leitura do Evangelho.O Evangelho é, de fato, o ponto alto da Liturgia da Palavra. Jesus está presente através da Sua Palavra, como vai estar presente também depois, no pão e no vinho consagrados.Completou-se a leitura dos textos bíblicos (as Leituras e o Evangelho). O celebrante explica, então, com suas próprias palavras os fatos narrados nos textos.

Esta interpretação é a homilia, uma pregação pela qual ele traduz e aplica a Palavra de Deus aos nossos dias.A homilia é obrigatória aos domingos e nas festas de preceito, e recomendável nos demais dias.
Depois de ouvir a Palavra de Deus, de novo de pé os fiéis fazem uma declaração pública de que acreditam nas verdades ensinadas por Jesus. Isto é, reafirmam que estão, todos, unidos pela mesma crença num só Deus, o Deus que lhes foi revelado por Jesus.

Essa declaração é o Credo: “Creio em Deus Pai...”
Os fiéis reafirmaram sua crença. Então se dirigem em conjunto a Deus dizendo de seus anseios, necessidades e esperanças através da oração dos Fiéis ou oração Universal que o celebrante recita e onde, a cada pedido, os fiéis suplicam “Senhor, escutai a nossa prece!”.

É quando se pede pela Igreja, pelos que sofrem, pelas necessidades do país, pelas necessidades da comunidade onde se realiza a Missa etc.Os fiéis, cheios de gratidão, oferecem a Deus o frutodo seu trabalho, louvando o Senhor e bendizendoSeu Filho, em cujo corpo serão transformados o pãoe o vinho oferecidos. Antes de receber a comunhãoem Cristo, os fiéis se cumprimentam reafirmando acomunhão entre irmãos - e reafirmam sua adoraçãoa Deus rezando o Pai Nosso, a oração queaprendemos da boca de Jesus.

A celebração eucarística se completa com a partilhado pão e do vinho, a comunhão do sacerdote e orecebimento da comunhão pelos fiéis.A celebração eucarística é o supremo e mais belo ritual da Missa, reproduzindo com delicadeza o acontecimento central da Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia.A Missa recorda este momento com o Ofertório, a Oração Eucarística e a Comunhão.

Jesus é a Vítima do Sacrifício que se vai realizar sobre o altar. Ali são preparados para o Sacrifício o pão e o vinho, que depois de consagrados se transformam no Corpo e no Sangue de Jesus. Durante a preparação os fiéis permanecem sentados.
O celebrante vai para a frente do altar e recebe as ofertas trazidas em procissão. Pão e vinho e outras ofertas, frutos do trabalho do homem, são apresentados ao altar simbolizando o oferecimento que os fiéis fazem a Deus de suas vidas, cheios de gratidão por todas as graças recebidas. (Por isso esta parte da Missa também é conhecida como Ofertório.)
Entregues as oferendas, de novo de pé os fiéis atendem à convocação do celebrante (“Orai, irmãos e irmãs...”)
e pedem a Deus que aceite o sacrifício que elas representam: “Receba o Senhor por tuas mãos (as mãos do celebrante) este sacrifício para glória do Seu nome...”

O acólito derrama um pouco de água sobre os dedos do celebrante enquanto este diz em voz baixa a oração do Lavabo: “Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade e purificai-me do meu pecado”.
Em seguida, o celebrante toma as oferendas - pão e vinho - e as oferece a Deus (“Acolhei, ó Deus, as preces dos vossos fiéis...”).

continua...