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terça-feira, 21 de abril de 2009

A Graça de uma morte Santa

A missa e a morte

Podemos aprofundar-nos, de modo abstrato e especulativo, na doutrina cristã e católica do sacrifício da missa; igualmente, podemos fazê-lo de modo concreto e vivido, unindo-se à oblação do Salvador de forma pessoal e, mais particularmente, fazendo por antecipação o sacrifício da própria vida, para obter a graça de uma morte santa.

Mais que ninguém, Maria associa-se ao sacrifício de seu Filho, participando de todos os seus sofrimentos, na medida de seu amor por Ele.

Os santos em especial, os estigmatizados uniram-se extraordinariamente aos sofrimentos e méritos do Salvador, um São Francisco de Assis, uma Catarina de Sena, por exemplo; mas, quão profunda tenha sido tal união, fora contudo pouco em comparação a de Maria. Por um conhecimento experimental dos mais íntimos e pela grandeza de seu amor, Maria ao pé da Cruz penetrou as profundidades do mistério da Redenção, mais que São João, mais que São Pedro, mais que São Paulo. Ela penetrou ali na medida da plenitude de graça que recebera, da sua fé, do seu amor, dos dons de inteligência e sabedoria que possuía em grau proporcionado à sua caridade.

A fim de entrarmos um pouco nesse mistério, aprendendo dele lições práticas que nos permitam preparar-nos para uma boa morte, pensemos no sacrifício que devemos fazer durante nossa vida, em união com Maria, ao pé da Cruz.

Freqüentemente, exortamos os moribundos a fazer o oferecimento de suas vidas, para dar um valor de expiação, de mérito e de impetração aos seus sofrimentos derradeiros. Freqüentemente, os Soberanos Pontífices em particular, [São] Pio X convidaram os fiéis a oferecer por antecipação os sofrimentos quiçá atrozes do último instante, para assim bem se disporem a oferecê-los com um coração mais generoso à hora da morte.

Mas para que se faça, desde agora, o sacrifício de nossa vida, é mister fazê-lo em união com o sacrifício do Salvador perpetuado sacramentalmente no altar, durante a Missa, e em união com o sacrifício de Maria, Medianeira e Co-redentora. E para bem observar tudo o que tal oblação deve conter, convém lembrar-se aqui dos quatro fins do sacrifício: a adoração, a reparação, a suplicação e a ação de graças. Consideramo-las sucessivamente, examinando as lições que trazem.

Adoração

Jesus sobre a Cruz fizera de Sua morte sacrifício de adoração. Fora a mais perfeita realização do preceito do decálogo: “Adorarás o Senhor, teu Deus, prestar-lhe-ás o teu culto e só jurarás pelo seu nome” (Dt 6, 13). É com essa palavra divina que Jesus respondeu a Satã, que lhe dissera: Dar-Te-ei todos os reinos do mundo, se Tu te prostrares perante mim para me adorares, si cadens adoraveris me”.

A adoração é devida a Deus somente, por causa de sua excelência soberana de Criador já que somente Ele é o mesmo Ser, eternamente subsistente, a mesma Sabedoria, o mesmo Amor. A adoração que Lhe é devida há de ser, por sua vez, exterior e interior, inspirada pelo amor; deve ser adoração em espírito e verdade.

Jesus ofereceu a Deus uma adoração de valor infinito, no Getsemani, ao prostrar a face contra a terra, dizendo: “Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Mt 26, 39). Essa adoração reconhece pratica e profundamente a excelência soberana de Deus, mestre da vida e da morte; de Deus que, pelo amor do Salvador, queria fazer servir a morte, pena do pecado, à reparação do pecado e nossa salvação. Há neste decreto eterno de Deus que contém toda a história do mundo uma excelência soberana, reconhecida pela adoração no Getsemani.

A adoração do Salvador continua sobre a Cruz e Maria se associa a ela, na medida da plenitude da graça que recebera e que não cessara de aumentar. Ao momento da crucificação de seu Filho, ela adorara os decretos de Deus, autor da vida, que fizera da morte de seu Filho inocente reparação do pecado, para o bem eterno das almas.

Adoremos Deus, em união com Nosso Senhor e sua Santa Mãe, e digamos de todo coração, como nos insta S. S. [São] Pio X: “Senhor, meu Deus, a partir de hoje, de coração tranqüilo e submisso, aceito de vossa mão o gênero de morte que vos agradará me enviar, com todas as suas angústias, todas as suas penas e todas as suas dores”.

Todo aquele que, uma vez na vida e no dia de sua escolha, tiver recitado esse ato de resignação após a confissão e a comunhão, ganhará uma indulgência plenária que se lhe aplicará à hora da morte, conforme a pureza da consciência. Mas é recomendável repetir a cada dia esse sacrifício, para assim nos prepararmos a fazer de nossa morte, no instante derradeiro, em união com o sacrifício do Cristo continuado em substância sobre o altar, um sacrifício de adoração, considerando o domínio soberano de Deus, a majestade e a bondade Daquele “que conduz a profundos abismos e deles tira Dominus mortificat et vivificar, deducit ad inferos et reducit” (Dt 32, 39; Tb 13, 2; Sb 14,13). Essa adoração de Deus, mestre da vida e da morte, se pode fazer de modos bem diferentes, conforme as almas sejam mais ou menos esclarecidas: não é realmente melhor unir-se desta feita, a cada dia, ao sacrifício de adoração do Salvador?

Sejamos desde agora adoradores em espírito e verdade; que a adoração seja tão sincera e profunda que se reflita verdadeiramente em nossa vida e nos disponha àquela que devemos possuir no coração no instante final.

Reparação

Outro fim do sacrifício é a reparação da ofensa feita a Deus pelo pecado, e a satisfação da pena devida pelo pecado. Devemos fazer de nossa morte um sacrifício propiciatório: a adoração dever ser, a bem dizer, reparadora.

Nosso Senhor satisfez de modo superabundante por nossas faltas, porque, como diz Santo Tomás (IIIª q. 48, a. 2), ao oferecer sua vida por nós, fizera um ato de amor que mais agradava a Deus do que o aborreciam todos os nossos pecados reunidos. Sua caridade foi muito maior que a malícia dos algozes; possuía um valor infinito tirado da personalidade do Verbo.

Ele satisfez por nós, que somos os membros de Seu Corpo Místico. Mas como a causa primeira não torna inúteis as causas segundas, o sacrifício do Salvador não torna inútil o nosso, mas o suscita e lhe confere valor. Maria deu-nos o exemplo ao unir-se aos sofrimentos de seu Filho; assim, satisfez por nós, a ponto de merecer o título de Co-redentora.

Ela aceitou o martírio de seu Filho não apenas querido, mas legitimamente adorado que amava com coração afetuosíssimo, desde que o concebera virginalmente.

Com heroísmo ainda maior que o do patriarca Abraão, pronto a imolar seu filho Isaac, Maria, ao oferecer seu Filho por nossa salvação, viu-o realmente morrer com atrocíssimos sofrimentos físicos e morais. Não veio nenhum anjo para impedir a imolação e dizer a Maria, tal como ao patriarca, em nome do Senhor: “agora Eu sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu próprio filho, teu filho único”. (Gn 22, 12); Maria viu realizar-se efetiva e plenamente o sacrifício reparador de Jesus, e em face ao qual o de Isaac não era senão a figura em preâmbulo. Ela sofreu então o pecado na medida de seu amor por Deus, a quem o pecado ofende; por seu Filho, a quem o pecado crucificava; por nossas almas, a quem o pecado corrompe e mata. A caridade da Virgem ultrapassava incomensuravelmente a do patriarca; e nela, ainda mais que nele, realizaram-se as palavras que este escutara: “pois que fizeste isto, e não me recusaste teu filho, teu filho único, Eu te abençoarei. Multiplicarei a tua posteridade como as estrelas do céu” (Gn, 22, 16-17).

Ora, como o sacrifício de Jesus e de Maria foi sacrifício de propiciação ou reparação pelo pecado, de satisfação da pena devida pelo pecado, façamos do sacrifício de nossa vida uma reparação de todas as nossas faltas; peçamos desde agora que nosso último instante tenha um valor meritório e expiatório, e peçamos a graça de fazer este sacrifício com grande amor, o que lhe dobrará o valor. Sejamos contentes de pagar essa dívida à justiça divina para que a ordem seja-nos plenamente restabelecida. E se, com tal espírito, nós nos unirmos intimamente às missas que se celebram todos os dias, à oblação sempre viva ao Coração do Cristo oblação que é a alma dessas missas então alcançaremos a graça de nos unirmos do mesmo modo no derradeiro instante. Se essa união de amor a Cristo Jesus for cada dia mais íntima, a expiação do Purgatório nos será claramente abreviada; poderá mesmo acontecer de recebermos a graça de fazer nosso Purgatório totalmente sobre a terra, crescendo em amor e mérito, em vez de fazê-lo após a morte, sem mérito.

Suplicação

O moribundo não deve fazer da morte somente um sacrifício de adoração e reparação, mas também um sacrifício impetratório ou de suplicação, em união com Nosso Senhor e Maria.

São Paulo escreve aos Hebreus (5, 7): “[Cristo Jesus] nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas (...) e foi atendido pela sua piedade (... ) tornou-se autor da salvação eterna para todos os que Lhe obedecem”. Recordemo-nos da prece sacerdotal do Cristo após a Ceia e antes do sacrifício da Cruz: Jesus então rezou por seus apóstolos e por nós... “porque vive sempre para interceder em seu favor” (Hb 7, 25). Particularmente, durante o sacrifício da missa, onde Ele é o principal sacerdote.

Jesus, que rogara por seus algozes, roga pelos moribundos que se recomendam a Ele. Com Ele, a Virgem Maria intercede, recorda-se do que nós muitas vezes lhe pedimos: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.

O moribundo deve associar-se às missas que se celebram naquele instante longe ou perto dele; deve solicitar por meio delas, por meio da grande oração do Cristo, que nelas se prolonga, a graça da boa morte ou da perseverança final a graça das graças, a dos eleitos. Convém que se suplique não apenas para si, mas para todos os que morrem àquele momento.

Para nos dispormos desde agora a fazer esse ato de suplica na hora derradeira, oremos com freqüência, ao assistir à Santa Missa, por aqueles que vão morrer no correr do dia. Conforme a recomendação de S. S. Bento XV, façamos celebrar uma missa de vez em quando para obter, através desse sacrifício de suplica de valor infinito, a graça da boa morte ou a aplicação dos méritos do Salvador. Façamos também celebrar algumas missas por alguns de nossos parentes e amigos que nos causaram inquietação acerca de sua salvação, para lhes obter a graça derradeira, e por aqueles que teríamos escandalizado e talvez distanciado do caminho de Deus.

A ação de graças

Enfim, cada qual deveria fazer de sua morte, em união com Nosso Senhor e a Virgem Maria, um sacrifício de ação de graças, por todos os benefícios recebidos desde o batismo, rememorando quantas absolvições e comunhões nos remiram ou guardaram no caminho da salvação.

Jesus fizera de sua morte um sacrifício de ação de graças, ao dizer:Consummatum est Está consumado” (Jo 19, 30); Maria disse o “Consummatum est” junto com Ele. Tal forma de oração, que permanece na missa, não acabará, mesmo quando for dita a última missa, no fim do mundo. Quando não houver mais sacrifício propriamente dito, haverá sua consumação, e nela haverá sempre a adoração e a ação de graças dos eleitos que, unidos ao Salvador e a Maria, cantarão o Sanctus com os anjos e glorificarão a Deus, louvando-o.

Essa ação de graças é admiravelmente expressa pelas palavras do ritual que o padre profere à cabeceira dos moribundos, após dar-lhes a derradeira absolvição e o santo viático: “Proficiscere, anima christiana, de hoc mundo...: Saí deste mundo, alma cristã, em nome de Deus Pai Todo-poderoso, que vos criou; em nome de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que sofreu por vós; em nome da gloriosa e santa Mãe de Deus, a Virgem Maria; em nome do bem-aventurado José, seu esposo predestinado; em nome dos Anjos e Arcanjos; em nome dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires; em nome de todos os Santos e Santas de Deus. Que hoje vossa habitação seja na paz, e vossa morada na Jerusalém celeste, por Jesus Cristo Nosso Senhor”.

Concluindo, repitamos freqüentemente, a fim de lhe conferir todo seu valor, o ato recomendado por S. S. [São] Pio X, e roguemos a Maria a graça de fazer de nossa morte um sacrifício de adoração, de reparação, de suplicação e de ação de graças. Quando assistirmos os moribundos, exortemo-los ao sacrifício, a associar-se às missas que então se celebrem. E desde agora, por antecipação, façamo-lo nós mesmos, renovemo-lo com insistência a cada dia, como se fosse o último; desta feita, disporêmo-nos a fazê-lo habilmente no momento supremo: então saberemos que “Deus conduz a profundos abismos e deles tira”; nossa morte será como que transfigurada; apelaremos ao Salvador e a Sua Santa Mãe para que nos venha levar, concedendo-nos a graça derradeira, que nos assegurará definitivamente a salvação, através de um último ato de fé, de confiança e de amor.

Pe. Garrigou-Lagrange, O. P.

(Tradução: Permanência. Originalmente publicado em La vie spirituelle nº 194, nov. 1935)


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Convivendo com o demonio - precisamos conhecer o inimigo

Convivendo com o demonio

Não podemos nos furtar a conhecer o inimigo. Só o conhecendo é que podemos vence-lo

Com o pretexto de divertimento, a juventude vai sendo lançada em práticas diabólicas, e os jovens vão se acostumando a situações em que o demônio impera, por vezes, disfarçado em extravagâncias. Analise os impressionantes trechos que extraímos da imprensa:

Show diabólico — "Uma multidão tingiu a Fundição Progresso de preto no show de Marilyn Manson. Cabelos desfiados, maquiagem carregada, coturnos, correntes e cintos com espinhos metálicos completavam o visual punk do público, aglomerado na porta da casa de shows. Eram os góticos".

"Na fila do gargarejo, Diana Miranda e Luana Quitéria contavam que vieram de Brasília. Elas tinham comprado ingresso há dois meses e chegaram à porta da Fundição às oito da manhã. [...] 'Queremos ir ao inferno com ele', dizia Diana. Falando no diabo, [...] eis que o demônio adentra o palco com uma faca acoplada ao microfone. Faz caretas, põe a língua para fora, esperneia no chão.

"Em meio ao clima soturno que tomava conta do lugar, Rafael Faleiros, sósia de Manson, tinha seus 15 minutos de fama. De terno, cabelo vermelho e chapéu, ele atraía curiosos. "Adoro quando ele canta que as virgens são vendidas em quantidades", repetia.

"Ao lado, Oswaldo Henrique desfilava com uma máscara de hospital presa à boca e uma rede no braço fazendo as vezes de luva. 'É para entrar no clima teatral de Manson', dizia. O tradutor Anderson Elias [apresentou-se] de sobretudo, cartola e unhas pintadas de preto. Jefferson Guedes apostou no "estilo cyber", com uma lanterna presa ao pulso sobre as luvas de couro e máscara de gás no rosto."

"Esse é o casal mais lindo da galera, apontava uma jovem em direção a Juliana Lisita e Marcelo Gallicio. Moradores de Santa Teresa, eles já são conhecidos nas festas góticas em lugares como o Garage e a Bunker. De noite eles usam capas e maquiagens pretas, além de anéis de caveira".

"Os Rolling Stones queriam fincar o pé no lado oposto do céu"

O diabo é mais quente
— Em artigo intitulado "Simpatia pelo diabo", a articulista Martha Medeiros conta:

"Os Rolling Stones botaram a palavra sympathy na roda quando gravaram Sympathy for the devil (Simpatia pelo demônio), Os Stones queriam fincar o pé no lado oposto do céu. Eu, beatlemaníaca devota, nesse aspecto rezo com a turma do Mick Jagger: também acho o diabo mais quente.

"Assim como não há paraíso que não seja um pouco monótono, não há inferno que não seja um pouco excitante. Ou muito excitante. O diabo tenta, o diabo incomoda, o diabo perturba, o diabo veste Prada. Os bonzinhos são ótimos, mas têm um guarda-roupa neutro demais"

Fonte: Revista Catolicismo

domingo, 19 de abril de 2009

Domingo da Misericórdia - Devoção da Divina Misericórdia


A Mensagem
Devoção da Divina Misericórdia

Quanto maior o pecador, tanto maiores direitos

tem à Minha misericórdia


(Diário da Santa Faustina, 723).


A mensagem da Misericórdia Divina é que Deus é misericordioso. Ele é o próprio amor derramado por nós e quer que ninguém escape desse amor misericordioso.

Deus quer que recorramos a Ele com confiança e arrependimento enquanto ainda é tempo de misericórdia, antes que Ele venha como o Juiz imparcial. Essa volta com confiança a Ele, que é a própria Misericórdia, é a única fonte de paz para a humanidade. Recorrer a Deus e implorar a Sua misericórdia é a resposta para o mundo atribulado. Não se pode fugir dessa resposta.

A Resposta de Confiança e Conversão

O que Deus mais quer de nós é que recorramos a Ele com confiança. E o primeiro ato de confiança é: receber a Sua misericórdia. Confiar em Deus é contar com Ele, que é a própria misericórdia. O Senhor quer que vivamos com confiança n’Ele em todas as circunstâncias. Confiamos n’Ele porque Ele é Deus, e nos ama e se preocupa conosco.

A Sua misericórdia está sempre à nossa disposição, não importa o que tenhamos feito ou em que estado nos encontremos, mesmo que os nossos pecados sejam tão negros como a noite, e estejamos cheios de temores e ansiedades.

Quanto maior o pecador, tanto maiores direitos tem à Minha misericórdia (Diário da Santa Faustina, 723).

Mas podemos fazer mais ainda. Como Católicos, como Cristãos, podemos participar do Sacramento da Reconciliação e nos reconciliar com Deus e com o homem. O Senhor quer que vivamos reconciliados com Ele e uns com os outros.

sábado, 18 de abril de 2009

Ladainha da Divina Misericórdia

Ladainha da Divina Misericórdia

Que a alma que desconfia leia estes louvores da misericórdia e torne-se confiante.

Misericórdia Divina, que brota do seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente, nem humana nem angélica pode perscrutar, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na instituição da Santa Igreja, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo Batismo, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente, nem humana nem angélica pode perscrutar, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na instituição da Santa Igreja, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo Batismo, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos da vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do Inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios divinos, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das Suas mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina,única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós. na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos da vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do Inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das Suas mãos, eu confio em Vós.

Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

"Ó Deus eterno, em quem a misericórdia é insondável e o tesouro da compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa santa vontade, que é Amor e a própria Misericórdia" (Diário, 949).

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Terço da Divina Misericórdia

Este terço foi ensinado durante uma visão que Irmã Faustina teve em 13 de setembro de 1935:

Terço da Divina Misericórdia

Oração Inicial

Pai-Nosso...
Ave-Maria...
Creio...

Nas contas do Pai-Nosso, reza-se:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.

Nas contas das Ave-Marias, reza-se:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. (10 vezes)

Ao final do terço, reza-se:

Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.

Visão que Irmã Faustina teve em 13 de dezembro de 1935 e na qual lhe foi ensinado a rezar o terço da misericórdia:

"Eu vi um anjo, o executor da cólera de Deus... a ponto de atingir a terra ... Eu comecei a implorar intensamente a Deus pelo mundo, com palavras que ouvia interiormente. À medida em que assim rezava, vi que o anjo ficava desamparado, e não mais podia executar a justa punição..."

No dia seguinte, uma voz interior lhe ensinou essa oração nas contas do rosário.

Mais tarde, Jesus disse a Irmã Faustina:

"Pela recitação desse Terço agrada-me dar tudo que Me pedem. Quando o recitarem os pecadores empedernidos, encherei suas almas de paz, e a hora da morte deles será feliz. Escreve isto para as almas atribuladas: Quando a alma vê e reconhece a gravidade dos seus pecados, quando se desvenda diante dos seus olhos todo o abismo da miséria em que mergulhou, que não desespere, mas se lance com confiança nos braços da minha Misericórdia, como uma criança nos braços da mãe querida. Estas almas têm sobre meu Coração misericordioso um direito de precedência. Dize que nenhuma alma que tenha recorrido a minha Misericórdia se decepcionou nem experimentou vexame..."

"....Quando rezarem este Terço junto aos agonizantes, Eu me colocarei entre o Pai e a alma agonizante, não como justo Juiz, mas como Salvador misericordioso".

Santa Faustina - Vida de Santidade e Amor a Deus

Helena Kowalska, Santa Faustina, uma vida de Santidade e Amor a Deus

Helena Kowalska nasceu em 25 de Agosto de 1905 em Glogowice, na Polônia. Sua família era pobre, mas profundamente religiosa. Helena era dotada de grande inteligência, memória privilegiada e muito estudiosa. Mas, só pôde frequentar a escola durante três anos, pois necessitava ajudar a família. Foi preparada para receber a primeira comunhão com 9 anos de idade. Orama muito e recebia a Eucaristía todas as semanas na missa dominical.

Aos 15 anos parte para a cidade vizinha em busca de trabalho para ajudar a familia. Fica um ano e regressa com o propósito firme de dizer à sua mãe que deseja abraçar a vida religiosa. Sua mãe se opõe dizendo não possuir dinheiro para o dote exigido. A amargura invade seu coração. Aos 18 anos tenta novamente convencer os pais, mas em vão. parte, então, para a cidade industrial de Lódz, em busca de trabalho. Lá cumpre seus deveres de cristã levando uma vida comum de vaidades como suas companheiras, porém não encontrado satisfação em nada, mas sempre recebendo o chamado interior do Senhor.

Sofria muito com isso, como relata em seus escritos: Numa ocasião eu estava com minhas irmãs num baile. Quando todos se divertiam, minha alma sentia tormentos interiores. No momento que comecei a dançar, de repente vislumbrei Jesus ao meu lado, Jesus sofredor, despido de suas vestes, todo coberto de chagas, que me disse estas palavras: "Até quando te suportarei e até quando su me enganarás?"

Tentando disfarçar o ocorrido, deixei dissimuladamente minhas irmãs e companheiras e fui à Catedral de São Estanislau Kostka. Deixei-me cair diante do Santíssimo Sacramento e pedi ao Senhor que me desse a conhecer o que devia fazer.

Então ouvi estas palavras:"Vai imediatamente à Varsóvia e lá entrarás no convento. Imediatamente contei as minhas irmãs que deveria partir para Varsóvia, fis minha mala e disse a elas que se despedissem por mim de meus pais. Desci do trem sem saber a quem me dirigir e disse à Nossa Senhora: "Maria, dirigi-me, guia-me". Imediatamente ouvi em minha alma que saísse da cidade e fosse a certa aldeia, onde poderia passar a noite em segurança. Foi o que fiz. No dia seguinte bem cedo, vim à cidade e e entrei na primeira igreja que encontrei e comecei a rezar.

As missas se sucediam e em uma delas ouvi estas palavras: "Vai falar com esse padre e ele te dirá o que deves fazer em seguida" Fui à sacristia e contei o ocorrido e pedi conselho para saber qual convento ingressar. Por enquanto, disse o padre: vou enviar-te a uma senhora piedosa com a qual ficarás até ingressar no convento, a qual me recebeu muito bem. Depois de muito procurar e ser recusada, bati à porta do convento onde a madre superiora me recebeu e depois de uma breve conversação, disse-me que eu falasse com o Senhor da casa e perguntasse se ele me aceitaria.

Fui até a capela e perguntei a Jesus: Senhor, Vós me aceitais? e logo ouvi esta voz: Eu te aceito, tu estás em meu Coração. Voltei e madre me aguardava. Então perguntou se o Senhor me aceitava. Respondi que sim ela me disse: Se o Senhor aceita, então eu também aceito. Citado convento pertencia à Congregação da Mãe de Deus da Divina Misericórdia. Mas Helena não poude entrar imediatamente, pois não tinha o dote. Teve que trabalhar durante um ano e juntar o dinheiro. Em 1º de Agosto de 1925, Helena atravessou , cheia de alegria, o umbral do convento. Após três semanas, Helena já não se achava tão contente, pois percebeu que havia pouco tempo para as orações.

Começou a achar que devia ingressar em uma congregação mais religiosa. Nos dias que se seguiram, este pensamento a atormentava e estava decidida a falar com a madre superiora, mas não conseguia. Certa noite entrou para a sua cela e as luzes estavam apagadas. Deitou-se no chão e rezou muito. Depois de um momento, sua cela clareou-se e viu o rosto de Nosso Senhor, muito triste.. Chagas vivas em toda a face e grandes lágrimas caiam na colcha da cama. Então perguntou a Jesus: Jesus, quem vos infligiu tanta dor? e Jesus respondeu:"Tu me infligirás tamanha dor se saíres desta ordem! Chamei-te para cá e não a outro lugar e preparei muitas graças para ti."

Helena disse ter pedido perdão a Ele e mudado a sua decisão. No dia seguinte confessou-se e passei a sentiu-se feliz e satisfeita. Depois de dois anos, em 30 de Abril de 1928, Ir. Maria Faustina faz os votos temporários. Ë enviada para Varsóvia e trabalha na cozinha das irmãs e das alunas. no ano de 1931 é enviada ao convento da cidade de Plock e permanece até 1932. Em 1933 regressa à casa de Cracóvia e em 1º de maio faz a profissão perpétua. Poucos dias depois Ir. Faustina é enviada à cidade de Vilna e lá permanece três anos.

Esse período é bastante importante em sua vida espiritual que encontra seu mentor espiritual o padre Miguel Sopocko, confessor do convento, que ajuda -a no desenvolvimento do culto da "Divina Misericórdia", juntamente com a superiora do convento. O artista - pintor Edmundo Kazimierowski - pinta a imagem "Jesus, eu confio em vós", de acordo com as indicações de Ir. Faustina. Em 11 de maio de 1936 ela regressa à Cracóvia. Sua saúde já enfraquecida desde 1932, decai até o ponto de não mais poder executar as tarefas. A superiora a envia a uma casa de saúde perto de Cracóvia. Seu comportamento durante a doença é um hino permanente à Divina Misericórdia, bem como um exemplo de paciência diante da dor, de humildade de completa entrega à vontade divina. Em 05 de Outubro de 1938, Ir. Faustina abandona esta terra, com a vista cravada no crucifixo, tranqüila, sem queixas.

”A HUMANIDADE NÃO ENCONTRARÁ A PAZ ENQUANTO NÃO SE VOLTAR, COM CONFIANÇA, PARA A MINHA MISERICÓRDIA” (Diário, 300)

Festa da Divina Misericórdia

A grande Festa da Divina Misericórdia vai acontecer no primeiro Domingo depois da Páscoa.

Sabemos que o Diário de Santa Faustina tem quatorze passagens nas quais Nosso Senhor insiste que a “Festa da Divina Misericórdia” seja estabelecida pela Igreja. Este dia é o dia da graça para todas as pessoas, especialmente para os grandes pecadores.

Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da Minha compaixão” (Diário, 420).

Trazendo grande alegria para todas as pessoas, o Papa João Paulo II atendeu à ordem de Jesus. No dia 30 de Abril de 2000, ele declarou que o Domingo depois da Páscoa deve ser celebrado através do mundo como “Domingo da Divina Misericórdia”.

Uma das preparações para a Festa da Divina Misericórdia consiste em rezar a Novena da Divina Misericórdia em cada um dos nove dias, começando na Sexta-Feira Santa até o sábado seguinte, na véspera da Festa da Divina Misericórdia. Esta novena que o próprio Jesus Cristo pediu à Santa Faustina, dizendo:

Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu conduzirei todas essas almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.”

Eu (Santa Faustina) respondi: “Jesus, não sei como fazer essa novena e que almas conduzir em primeiro lugar ao Vosso compassivo Coração. E Jesus me respondeu que dirá, dia por dia, que almas devo conduzir ao Seu Coração” (Diário, 1209).

Nesta Novena, nós rezamos pelas intenções que Nosso Senhor Jesus Cristo indicou, rezando cada dia por um grupo de almas que Ele quer trazer ao Seu Coração. Esta Novena prepara nossa alma para a Festa da Divina Misericórdia.

Hoje, a Obra COT tem a alegria de transformar em site a Novena da Divina Misericórdia, para que todos conheçam essa santa devoção e, junto ao Coração Misericordioso de Jesus, possamos encontrar o caminho do céu!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre o Céu

Sobre o Céu

Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5)

Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17,9)

Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus” (Mt 5,20)

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais” (Jo 14,2-3)


Dizia São Francisco de Sales: Minha alma foi criada para o Céu e é para aí que me leva o anelo de meu coração; sim, paraíso de delícias, mansão divina da felicidade e da glória eterna, é entre os teus tabernáculos santos e ditosos que escolho hoje para sempre e irrevogavelmente a minha morada(Filotéia).

E em outra parte diz o mesmo santo: Representa-te uma noite serena e tranqüila e pondera como agradável é para a alma contemplar o céu todo resplandecente ao brilho de tantas estrelas.Ajunta a estes encantos inefáveis as delícias de um claro dia, em que os raios mais brilhantes do sol, entretanto, não encobrissem a vista das estrelas e da lua; e, feito isso, dize a ti mesma que tudo isso não é absolutamente nada, em comparação com a beleza e a glória do paraíso.Oh!Bem merece os nossos desejos esta mansão encantadora.Ó cidade santa de Deus, quão gloriosa, quão deliciosa és tu?“.

E São João Bosco exclama: Quanto devemos desejar a posse daquele lugar, onde se gozam todos os bens, sem mescla alguma de mal!A alma bem-aventurada só poderá exclamar: “Eu me saciarei com a visão da vossa glória” (Sl 16,15).” (O Jovem Instruído)

Já dizia Monsenhor Cauly, vigário geral de Reims: “O céu, ou paraíso, é um lugar de delícias onde os anjos e santos gozam eternamente de ventura perfeita, vendo e amando a Deus.Onde está esse lugar? Não podemos determiná-lo; porém, sempre que a Sagrada Escritura o menciona, usa da expressão « subir ao céu »; é por isso que costumamos pôr o céu no alto, além dos páramos imensos em que se movem os astros.

Quanto à sua existência, nada há mais certo. Primeiro, a razão diz que o bem tem de ser recompensado. Ora, isto nem sempre acontece neste mundo; por conseguinte, a justiça de Deus exige outro lugar de recompensa: é o céu.Mais nosso coração tem fome e sede de ventura, e não pode saciar-se na terra; logo, Deus deve satisfazê-lo num mundo melhor.Todos os povos, todas as religiões, todas as filosofias admitiram a existência de um céu ou lugar de ventura.Os pagãos o denominavam Campos Elysios; nós o chamamos paraíso ou céu. Escusado é provar que a Revelação especialmente ensina a existência do céu, pois estas expressões encontram-se muitíssimas vezes na Sagrada Escritura.

Em que consiste a felicidade do céu?Podemos dizer que vem sintetizada nestas duas palavras: isenção de todo o mal, posse de todo o bem.”

1º-Isenção de todo o mal- « Lá, como diz São João, não haverá mais choros, nem gritos, nem mágoa. Deus enxugará todas as lágrimas, e a morte não existirá mais » (Ap 21).Logo, nem sofrimentos, nem doenças.O corpo será libertado de todas as misérias, livre de todas as necessidades.
Lá, não há mais ignorância, dúvida, incerteza, nem pecados; a alma também será livre de tudo quanto a perturba.
2º- O céu é a posse de todos os bens. - Quem os poderá enumerar? São Paulo diz: « O olhar do homem não viu jamais, seu ouvido nunca percebeu, nem seu coração entendeu o que Deus reserva aos que o amam » (I Cor 2).
Quem poderá analisar esta felicidade?… Para o corpo, é o gozo sem limites dos quatro predicados da glória; para a alma, é a satisfação plena de todos os desejos.Uma palavra concretiza, a ventura essencial do paraíso: visão beatífica, isto é, contemplação que torna feliz.Vê-se Deus assim como é, « face a face », diz São João, « na sua natureza e pessoa », acrescenta o Concílio de Florença.Nele vemos mais tudo quanto se pode divisar, não só com o olhar, senão também com a inteligência.

Então, vendo a Deus, nós o amamos como sumo bem, e nele amamos tudo quanto é amável, tudo quanto legitimamente temos amado na terra.
Não somente vemos e amamos a Deus, mas nós, quais os Anjos, possuímo-Lo e gozamos Dele, e como eles ainda, achamos nesta posse, tesouros, riquezas, delícias. Enfim, esta ventura imensa é perene, eterna. Não a diminui o receio de ver este gozo, este amor, esta posse acabarem-se.
Ali fica o que constitui a ventura essencial dos eleitos. Mas há mais uma felicidade acidental, que dimana do mérito particular de cada um e é proporcional a este mérito.

« Há várias moradas no céu », diz São João. « Também o brilho difere como nos astros », diz São Paulo. Há várias auréolas de glória: Mártires, Doutores, Virgens, para premiar os três grandes méritos diferentes:

- dedicação a Deus,

- ensino da verdade,

- prática da perfeita castidade.

Enfim, existem graus na visão e gozo de Deus, de acordo com o número e grau das virtudes que tivermos praticado.”

Já dizia Santo Inácio de Loyola: “A terra me parece vil quando penso no Céu!

E Santo Agostinho assim exclamava: “Veremos a Deus; havemos de amá-Lo; havemos de possuí-Lo!

E São João Bosco dizia: “Observa ademais, filho, que tudo isso não é nada em comparação com o grande consolo que sentirá a alma ao ver a Deus.
Ele consola os Bem-aventurados com seu olhar amoroso e derrama em seu coração torrentes de delícias.
Assim como o sol ilumina e embeleza todos os objetos aonde chega sua luz, assim Deus ilumina com sua presença todo o Paraíso e cumula seus felizes habitantes com prazeres inexprimíveis.
NEle, como num espelho, verás todas as coisas, gozarás de todos os prazeres da mente e do coração.
Quanto, no Monte Tabor, São Pedro viu uma única vez o rosto de Jesus radiante de luz, foi cumulado de tanta doçura, que fora de si exclamou: “É bom para nós estar aqui!” (Lc 9,33)

Que alegria será então o contemplar, não por um instante, mas para sempre, a vista daquela face divina que apaixona os Anjos e os santos, e que embeleza todo o Paraíso!
E a formosura e a amabilidade de Maria, de quanto gozo inundará o coração dos bem-aventurados! “Como são amáveis as tuas moradas, Senhor Deus dos Exércitos!” (Sl 83,2).
Por isso, todos os coros de Anjos e todos os Bem-aventurados cantarão a sua glória, dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos! A Ele toda a honra e toda a glória, por todos os séculos dos séculos”.
Coragem, pois, meu filho!Algo terás que sofrer neste mundo, mas não importa! O prêmio que te espera no Paraíso compensará infinitamente todos os males que tenhas padecido na vida presente.
Que consolo será o teu quando te encontrares no Céu em companhia de parentes e amigos, dos Santos e dos Bem-aventurados, e puderes exclamar: “Estou salvo e estarei para sempre com o Senhor!”
Então bendirás o momento em que deixaste o pecado, em que fizeste uma boa confissão e começaste e freqüentar os Sacramentos.
Bendirás o dia em que, deixando as más companhias, te entregaste à virtude. E, cheio de gratidão, te voltarás a teu Deus e Lhe cantarás louvores e glórias por todos os séculos dos séculos.Assim seja.
” (O Jovem Instruído).

Então, diz São Francisco de Sales: entrega-te à admiração de tua pátria celeste. Oh! quão formosa, rica e magnífica és tu, minha Jerusalém querida, e quão ditosos teus habitantes!
Repreende a tua frouxidão em progredir o caminho do Céu.Porque fugi assim de minha felicidade suprema?Ah!Miserável que sou! mil vezes renunciei a estas delícias infinitas e eternas, para ir atrás de prazeres superficiais, passageiros e misturados de muita amargura.Onde tinha a cabeça, quando desprezei assim os bens estáveis e dignos de almejar, por causa dos prazeres vãos e desprezíveis?
Reanima, entretanto, tua esperança e aspira com todas as tuas forças a esta estância de delícias, ó amantíssimo e soberano Senhor, já que Vos aprouve reconduzir-me ao caminho do Céu, nunca mais me desviarei dai, nem reterei meus passos, nem voltarei atrás.

Vamos, minha alma querida, embora custe algum cansaço; vamos a esta estância de repouso; caminharemos sempre avante para esta terra abençoada, que nos foi prometida; que estamos nós a fazer no Egito?
Privar-me-ei, pois, disto e daquilo, destas coisas que me apartam do meu caminho ou me fazem parar.
Farei isto e aquilo, tudo que pode servir a me conduzir e a adiantar no caminho do Céu.”
(Filotéia)